JAS-39 Gripen

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: JAS-39 Gripen

#12571 Mensagem por knigh7 » Seg Mar 07, 2016 2:03 pm

A FAB idealiza operar os Gripens espalhados, apoiados por C130/Kc390.

E o Matador será bastante conveniente para realizar ataques a longa distância. Vai possibilitar que o caça não fique muito tempo no ar ou fique longe da área, importante contra FFAA mais poderosas.

Obs: Parabéns pelo post.




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Túlio
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Re: JAS-39 Gripen

#12572 Mensagem por Túlio » Seg Mar 07, 2016 2:39 pm

knigh7 escreveu:A FAB idealiza operar os Gripens espalhados, apoiados por C130/Kc390.
E é, dado o perfil do caça (repito, desde a versão original), o melhor uso possível. Se terá de alterar alguns paradigmas atuais, tipo "tantos F-5 e AMX no Rio, tantos F-5 em Canoas e tantos AMX em Santa Maria". Isso é SUBUTILIZAR um meio tão capaz!

Mais acima um Colega mencionou que o ideal seria ter as atuais sete bases capazes de operar caças com 36 fixos em cada; isso é o mais anti-Gripen que se pode imaginar. Não importa quantos tenhamos, o ideal é mantê-los em permanente rodízio entre as ditas bases, tipo hoje tem 5 em Santa Maria, amanhã nenhum, depois de amanhã 4 e por aí vai, valendo para todas as bases. Isso complica o planejamento de qualquer um, num momento ele está montando um ataque-surpresa para destruir uma dúzia de caças (como é hoje) com base e tudo, no que o ataque é lançado a base continua lá, os caças sumiram (ou pior, estão contraatacando). Novamente, Princípio da Incerteza.

Claro, não que isso faça grande diferença, diante da "perigosa" vizinhança que temos... :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: JAS-39 Gripen

#12573 Mensagem por Bolovo » Seg Mar 07, 2016 3:19 pm

Túlio escreveu:
knigh7 escreveu:A FAB idealiza operar os Gripens espalhados, apoiados por C130/Kc390.
E é, dado o perfil do caça (repito, desde a versão original), o melhor uso possível. Se terá de alterar alguns paradigmas atuais, tipo "tantos F-5 e AMX no Rio, tantos F-5 em Canoas e tantos AMX em Santa Maria". Isso é SUBUTILIZAR um meio tão capaz!

Mais acima um Colega mencionou que o ideal seria ter as atuais sete bases capazes de operar caças com 36 fixos em cada; isso é o mais anti-Gripen que se pode imaginar. Não importa quantos tenhamos, o ideal é mantê-los em permanente rodízio entre as ditas bases, tipo hoje tem 5 em Santa Maria, amanhã nenhum, depois de amanhã 4 e por aí vai, valendo para todas as bases. Isso complica o planejamento de qualquer um, num momento ele está montando um ataque-surpresa para destruir uma dúzia de caças (como é hoje) com base e tudo, no que o ataque é lançado a base continua lá, os caças sumiram (ou pior, estão contraatacando). Novamente, Princípio da Incerteza.

Claro, não que isso faça grande diferença, diante da "perigosa" vizinhança que temos... :lol: :lol: :lol: :lol:
Uma base aérea é importante porque ela concentra tudo que é necessário para a operação de uma força aérea. Vai além do caça, lá estão os armamentos, o combustível, os pilotos, as unidades AAAe, onde se realizam os cursos, os treinamentos etc. Fazendo uma analogia, é como se fosse CT de um clube de futebol. Não adianta ter os melhores jogadores do mundo e o melhor estádio se o CT é uma várzea. Mas isso é muito custoso. Nós imaginamos espalhar caças pelo Brasil todo como uma maneira de cobrir todo o espaço aéreo, mas para isso, não são necessárias bases aéreas, esquadrões inteiros sediados em todos esses locais. Um método bem eficaz e utilizado hoje são os pequenos destacamentos realizando o alerta QRA em algumas bases, ou seja, 2~4 caças deslocados para um aeródromo qualquer para realizar as missões de policiamento aéreo (imagino que seja isso o principal motivo para espalhar tantos caças pelo Brasil). É assim em vários países, como Argélia, Irã, Austrália e Canadá, por exemplo.

Em caso de guerra, bases aéreas são alvos prioritários e além disso, concentram-se os meios disponíveis na região de maior importância. Por exemplo, se estiver acontecendo uma crise na fronteira norte do país, os F-5 do sul não vai operar de Canoas, vão obviamente se deslocar para um aeródromo próximo da região em crise. Imaginando a situação do Brasil, creio que uma moderna base aérea em cada região do país sediando esses esquadrões de caça e bases menores com capacidade de operação full em caso de necessidade. Quanto a Amazônia, não acho que haja necessidade de existir uma base aérea com um esquadrão sediado como há hoje, creio que vários destacamentos QRA nas bases já existentes, operando em rodízio entre os esquadrões do resto do país, faria até mais sentido. Já existem os Super Tucanos na região, que realizam a interceptação dos aviões do narcotráfico. E maior parte da população do país está no litoral e o norte é um gigantesco vazio demográfico, não sei se justificaria o gasto.

Resumindo, poucas bases, mas modernas e com muitos caças (24~32 cada), que seriam deslocados em caso de necessidade (aí vai ter que fazer valer aquele monte de KC-390 e a fama do Gripen de operar isolado). Fazendo as contas, creio que quatro bases, cada uma com 24~32 caças, num total de 96~128 caças modernos seria o ideal. Escolheria BASM para o sul, BASC para o sudeste, BANT para o norte (que tbm contaria com LIFTs, num retorno do CATRE) e BAAN para planalto central. Na Amazônia, destacamento QRA com 2~4 caças em Manaus, Porto Velho e Boa Vista.




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Re: JAS-39 Gripen

#12574 Mensagem por knigh7 » Seg Mar 07, 2016 7:49 pm

Eu acho que está tendo um pouco de confusão entre sede de esquadrão e desdobramento.

Eu acredito que em termos de sede de esquadrão não vai ser muito diferente de hoje: uma base em cada região. A partir daí a FAB consegue desdobrar para as missões.

Quando o Brig Rossato foi ouvido pela RFA, ele citou PEFs, rodovias, etc. Ele estava falando sobre desdobramento.




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Re: JAS-39 Gripen

#12575 Mensagem por Túlio » Seg Mar 07, 2016 8:35 pm

knigh7 escreveu:Eu acho que está tendo um pouco de confusão entre sede de esquadrão e desdobramento.

Eu acredito que em termos de sede de esquadrão não vai ser muito diferente de hoje: uma base em cada região. A partir daí a FAB consegue desdobrar para as missões.

Quando o Brig Rossato foi ouvido pela RFA, ele citou PEFs, rodovias, etc. Ele estava falando sobre desdobramento.

Tudo a ver com o Gripen (e mantenho, desde o A). Há poucos alvos mais apetitosos em terra do que uma Base Aérea cheinha de aviões, bem enfileiradinhos. Negócio é desdobrar:

:arrow: Em tempos de paz, manter nas bases mas treinar desdobramento e manter as estruturas necessárias (como alguns trechos de estradas aqui no RS e em outras províncias, VTRs, pessoal treinado, etc).

:arrow: Em emergências, botar em prática. Uma das muitas vantagens do Gripen é que um só caminhão-tanque pode abastecer uns 3 ou 4 (talvez 2 ou 3 se usarem CFT), outro pode levar armas, pilones e pods para todos e um terceiro vai como oficina, para pequenos reparos. Mais um para o pessoal da Seg e tá feito.

Aliás, quanto mais penso mais gosto do (meu) conceito do Gripen F (devo me penitenciar por ter escrito aqui muitas vezes que era besteira, assim, minhas desculpas e junto meus agradecimentos aos que me mostraram o quão errado eu estava). A meu ver, se (acho que sim) tiver segundo lote, por mim seria só deste modelo, de tantas vantagens que oferece. E, com CFTs, creio que seu alcance seria até maior do que o do E sem...




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Re: JAS-39 Gripen

#12576 Mensagem por Wingate » Seg Mar 07, 2016 8:50 pm

Túlio escreveu:
knigh7 escreveu:Eu acho que está tendo um pouco de confusão entre sede de esquadrão e desdobramento.

Eu acredito que em termos de sede de esquadrão não vai ser muito diferente de hoje: uma base em cada região. A partir daí a FAB consegue desdobrar para as missões.

Quando o Brig Rossato foi ouvido pela RFA, ele citou PEFs, rodovias, etc. Ele estava falando sobre desdobramento.

Tudo a ver com o Gripen (e mantenho, desde o A). Há poucos alvos mais apetitosos em terra do que uma Base Aérea cheinha de aviões, bem enfileiradinhos. Negócio é desdobrar:

:arrow: Em tempos de paz, manter nas bases mas treinar desdobramento e manter as estruturas necessárias (como alguns trechos de estradas aqui no RS e em outras províncias, VTRs, pessoal treinado, etc).

:arrow: Em emergências, botar em prática. Uma das muitas vantagens do Gripen é que um só caminhão-tanque pode abastecer uns 3 ou 4 (talvez 2 ou 3 se usarem CFT), outro pode levar armas, pilones e pods para todos e um terceiro vai como oficina, para pequenos reparos. Mais um para o pessoal da Seg e tá feito.

Aliás, quanto mais penso mais gosto do (meu) conceito do Gripen F (devo me penitenciar por ter escrito aqui muitas vezes que era besteira, assim, minhas desculpas e junto meus agradecimentos aos que me mostraram o quão errado eu estava). A meu ver, se (acho que sim) tiver segundo lote, por mim seria só deste modelo, de tantas vantagens que oferece. E, com CFTs, creio que seu alcance seria até maior do que o do E sem...
Em tempos de paz, manter nas bases mas treinar desdobramento e manter as estruturas necessárias (como alguns trechos de estradas aqui no RS e em outras províncias, VTRs, pessoal treinado, etc).
Dentro dessa alternativa, verificar possibilidade de usar aeroclubes (e suas instalações e respectivas pistas) como bases improvisadas, em caso de necessidade;

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Re: JAS-39 Gripen

#12577 Mensagem por Túlio » Seg Mar 07, 2016 9:02 pm

PQP, esqueci isso, valews, truta véio!!!




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Re: JAS-39 Gripen

#12578 Mensagem por Wingate » Seg Mar 07, 2016 9:25 pm

Em emergências, botar em prática. Uma das muitas vantagens do Gripen é que um só caminhão-tanque pode abastecer uns 3 ou 4 (talvez 2 ou 3 se usarem CFT), outro pode levar armas, pilones e pods para todos e um terceiro vai como oficina, para pequenos reparos. Mais um para o pessoal da Seg e tá feito.
Aí terias criado uma versão moderna do "Circo Aéreo" do Barão aquele. Hoje, com as vantagens das habitações pré-fabricadas, pode-se, de acordo com sua alternativa acima, movimentar uma base de um lugar para outro, até confundindo e surpreendendo o inimigo.

Como base eu imagino aquelas bem espartanas como aquelas auxiliares da RAF na Segunda Guerra Mundial onde você dispunha de uma torre de controle, alguns barracões Nissen ou Quonset e a pista de pouso e mais veículos e equipe de apoio em terra.

Wingate

Os dioramas abaixo são da WWII, só para ilustrar (pobremente) a charla.

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Re: JAS-39 Gripen

#12579 Mensagem por Túlio » Seg Mar 07, 2016 9:40 pm

Wingate escreveu:
Em emergências, botar em prática. Uma das muitas vantagens do Gripen é que um só caminhão-tanque pode abastecer uns 3 ou 4 (talvez 2 ou 3 se usarem CFT), outro pode levar armas, pilones e pods para todos e um terceiro vai como oficina, para pequenos reparos. Mais um para o pessoal da Seg e tá feito.
Aí terias criado uma versão moderna do "Circo Aéreo" do Barão aquele. Hoje, com as vantagens das habitações pré-fabricadas, pode-se, de acordo com sua alternativa acima, movimentar uma base de um lugar para outro, até confundindo e surpreendendo o inimigo.

Como base eu imagino aquelas bem espartanas como aquelas auxiliares da RAF na Segunda Guerra Mundial onde você dispunha de uma torre de controle, alguns barracões Nissen ou Quonset e a pista de pouso e mais veículos e equipe de apoio em terra.

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Duas visões:

1 - É este nível de criatividade que nos bota, Brasileiros, num ponto elevado. ADOREI!

2 - É o desprezo oficial por este nível de criatividade que nos bota, Brasileiros, ao Deus dará.

Sodas... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: JAS-39 Gripen

#12580 Mensagem por kirk » Seg Mar 07, 2016 11:41 pm

Túlio escreveu:
Carlos Lima escreveu: E' bem por ai mesmo... Existem iniciativas brilhantes Aqui e Ali mas sem o apoio e devido planejamento estrategico e a definicao do que 'queremos ser quando crescer' so vamos publicar livros e sonhos.


[]s
CB

[justificar]Cupincha véio, quem garante que os itens que elenquei acima (pág ant) foram simplesmente trancados numa gaveta e jogaram a chave fora?

1 - Os estudos do Físico Cearense apontam para a W87; e se não foram engavetados? E se tem gente desenvolvendo, chegando a algo próximo à capacidade da W88? Ressaltei que a própria W87 poderia atingir, com aperfeiçoamentos, esta precisa capacidade. E se foi este o caminho trilhado?

Não sei nem ninguém, ao menos aparentemente, dos SIs internacionais, sabe (ou o berreiro e as chorumelas, ao invés de pararem, estariam maiores do que nunca). Podem apenas especular. Mas é uma possibilidade REAL e, como tale, deve ser levada em conta.

2 - A nossa capacidade de extrair urânio em nosso próprio território e depois processá-lo ao nível de pureza que quisermos está acima de qualquer dúvida (mesmo que, oficialmente, não ultrapassemos o limite de 20%). E, como o projeto e peças das ultracentrífugas são 100% Nacionais, podemos fazer outras e esconder em qualquer canto dos nossos 8,5 milhões de km². Se até no Irã, em grande parte desértico e com menos de 1/5 do nosso território, os caras da Inteligência das grandes potências NÃO garantiram em momento algum que haviam "levantado" todos os pontos de enriquecimento, imagines aqui. Claro, isso pode ou não estar acontecendo ou mesmo já ter acontecido...

3 - O Matador continua seu desenvolvimento, alavancado pelo interesse por parte dos clientes externos. Sua capacidade de carga (em peso, não sei em volume) permite a condução de uma ogiva como a acima proposta. Mas nada impede que seja desenvolvida uma versão que o possa fazer. Muito menos uma aerolançada, que considero o próximo passo lógico...

4 - Sobre uma versão aerolançada, deixei de comentar sobre o verdadeiro Gripen N: não aquela falácia naval da SAAB, que só nós (e isso SE tivéssemos NAe operacional) iríamos operar, e numa merreca de unidades. Falo no F (biplace), a ser desenvolvido aqui, e que poderia receber (desenvolvidos aqui) CFTs, um hardpoint ventral para até 1,5 ton e instrumentação adequada para ser o nosso equivalente ao Mirage 2000N. Seria promovido comercialmente como um simples biplace para treinamento, SpecOps, Wild Weasel & quetales, sendo simplesmente omitida a capacidade extra do pilone ventral. Que levaria (se necessário) uma versão porrada do AV-TM.

Tantos "what ifs", não?

Pois te asseguro, o são tanto para nós, meros foristas, quanto para qualquer Planejador ou Operador de Inteligência estrangeiro.

CURIOSIDADE - Com a suspeitíssima explosão que praticamente liquidou o que de melhor tínhamos em cientistas especializados em lançadores (foguetes de grande capacidade, possíveis IRBMs/ICBMs) e todos os embargos ainda em vigor sobre repasse deste tipo de tecnologia ao Brasil, a dupla Gripen N (o acima citado, não o engodo naval) + AV-TM com capacidade expandida seria o pesadelo de quem intentasse algo contra nós. E falo de gente grande, não dos vizinhos fracotes, para eles 28 Gripen E e 8 Gripen F dão e sobram. Ainda sobre quantidades, notar que, desde a primeira versão, o Gripen não foi projetado para lutar emassado, é um aqui, um ali, outro acolá, todos operando NCW com o R-99 e seu radar LPI. Quem na vizinhança tem como se contrapor a isso? A VZ, com seus Flankers vergonhosamente (bem) downgraded e sem AEW&C? Nem saberiam o que os mandou ao chão! Do resto, ninguém tem algo que se possa chamar de CAÇA e muito menos de AEW&C. Ainda na vizinhança (Chile e Equador não são vizinhos, notar), só a Venezuela e o Peru possuem alguma capacidade BVR mas, sem AEW&C, são meros sitting ducks. A maioria dos outros poderia ser enfrentada apenas com Super Tucano e, talvez, algum F-5M que ainda seja capaz de combater...[/justificar]
Belo post ! [009]




[] kirk

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Re: JAS-39 Gripen

#12581 Mensagem por J.Ricardo » Ter Mar 08, 2016 11:54 am

Wingate escreveu:
Túlio escreveu:
Tudo a ver com o Gripen (e mantenho, desde o A). Há poucos alvos mais apetitosos em terra do que uma Base Aérea cheinha de aviões, bem enfileiradinhos. Negócio é desdobrar:

:arrow: Em tempos de paz, manter nas bases mas treinar desdobramento e manter as estruturas necessárias (como alguns trechos de estradas aqui no RS e em outras províncias, VTRs, pessoal treinado, etc).

:arrow: Em emergências, botar em prática. Uma das muitas vantagens do Gripen é que um só caminhão-tanque pode abastecer uns 3 ou 4 (talvez 2 ou 3 se usarem CFT), outro pode levar armas, pilones e pods para todos e um terceiro vai como oficina, para pequenos reparos. Mais um para o pessoal da Seg e tá feito.

Aliás, quanto mais penso mais gosto do (meu) conceito do Gripen F (devo me penitenciar por ter escrito aqui muitas vezes que era besteira, assim, minhas desculpas e junto meus agradecimentos aos que me mostraram o quão errado eu estava). A meu ver, se (acho que sim) tiver segundo lote, por mim seria só deste modelo, de tantas vantagens que oferece. E, com CFTs, creio que seu alcance seria até maior do que o do E sem...
Em tempos de paz, manter nas bases mas treinar desdobramento e manter as estruturas necessárias (como alguns trechos de estradas aqui no RS e em outras províncias, VTRs, pessoal treinado, etc).
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fora as pistas de fazendas, há muitas fazendas com pistas pavimentadas de ótima qualidade, fora as pistas de grama que também são de ótima qualidade.

Aeroportos secundários também, minha cidade possui um ótimo aeroporto e a cidade vizinha uma ótima pista de grama.

Aeroporto Estadual de Presidente Prudente:
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Aviashow Regente Feijó-SP
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Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: JAS-39 Gripen

#12582 Mensagem por Wingate » Ter Mar 08, 2016 12:36 pm

J.Ricardo escreveu:
Wingate escreveu: Dentro dessa alternativa, verificar possibilidade de usar aeroclubes (e suas instalações e respectivas pistas) como bases improvisadas, em caso de necessidade;

Wingate
fora as pistas de fazendas, há muitas fazendas com pistas pavimentadas de ótima qualidade, fora as pistas de grama que também são de ótima qualidade.

Aeroportos secundários também, minha cidade possui um ótimo aeroporto e a cidade vizinha uma ótima pista de grama.

Aeroporto Estadual de Presidente Prudente:
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Aviashow Regente Feijó-SP
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Excelentes locais!

A FAB poderia designar, conforme suas posições geográficas e estratégicas, determinadas pistas como "bases auxiliares", sendo que os proprietários (e/ou administradores) ficariam cientes de que poderiam ser requisitadas a qualquer momento, em caso de emergência militar. Isto não se limitaria apenas a operações de defesa mas também no caso de catástrofes naturais na região, que necessitem de socorro aéreo.

Com o uso dessas "bases auxiliares" (ou "alternativas", se caberia o termo) o poder dos caças disponíveis na FAB poderia ser multiplicado pela distribuição racional dos meios, conforme já observado.

Isto lembra um pouco a Batalha da Inglaterra, quando o Marechal Hugh Dowding distribuía seus caças por toda a Grã-Bretanha em diversas bases, procurando mantê-los, dentro do possível, fora do alcance dos bombardeiros da Luftwaffe, porém usando-os com competência contra as esquadrilhas invasoras.

O Brasil é bem maior e comporta muito mais alternativas.

Wingate




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Re: JAS-39 Gripen

#12583 Mensagem por Túlio » Ter Mar 08, 2016 1:48 pm

Taí, o que não falta é idéia boa!

Sodas é não saber se o maior interessado (FAB) pensa assim...




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Re: JAS-39 Gripen

#12584 Mensagem por Carlos Lima » Ter Mar 08, 2016 4:20 pm

Acho que é bom lembrar de uns detalhes sobre a realidade da atuação do Gripen em bases deslocadas:

É sempre bom continuar a repetir que a grande diferença é que na Suécia as bases de deslocamento, rodovias, etc são na verdade 'aeroportos', que como não são normalmente utilizados, servem de rodovias (para vocês terem uma idéia).

Além disso em função do tamanho do país a distância de tais 'bases de deslocamento' para cidades e infraestrutura muito boa em caso de necessidade é bem curta (acho que a regra era não mais de 20km ou coisa parecida...).

Um outro fator é que vários dos elementos logísticos necessários para a operação das aeronaves e a sua manutenção até um determinado nível ficam Escondido em cavernas também relativamente perto de tais 'bases de deslocamento'.

E é assim desde os tempos do Draken. Ou seja, faz parte do pensamento estratégico e operação dos caras desde a década de 50/60.

Tendo dito isso as idéias relacionadas a uso de bases de deslocamento acho que são bem legais para ser honesto, e todo mundo faz isso ao redor do mundo (até a USAF) e creio que qualquer que seja o vetor da FAB, é assim que ela vislumbraria operar as suas aeronaves (apoiadas por aeronaves maiores).

Os desafios de um país grande como o nosso é que para pelo menos mais da metade das nossas fronteiras isso é ligado a bases relativamente isoladas e que devem então possuir uma infraestrutura bem mais pesada do que a idéia de uma estrada no meio do mato, pois em muitos casos essas bases estão isoladas de qualquer centro urbano a uma distância gigante e inviável para qualquer suporte de última hora (ou seja, tais deslocamentos estão atrelados ao uso de aeronaves mais lentas, mais vulneráveis e nem sempre disponíveis). O que torna o uso em conflito 'premetidato' já que o seu adversário só tem que saber aonde estão os Hercules/KC-390.

Em todo o caso a FAB sabe disso para tanto que hoje tem bases de deslocamento com uma infraestrutura relativamente boa espalhadas aqui e ali na Amazônia (infelizmente só não tem mais por falta de $$) e hoje tais bases suportam S Tucanos e Am-X sem muitos problemas. Além disso ela adaptou veículos que cabem dentro de um C-130 para providenciarem 'cozinha', hospitais e também já demonstrou ser capaz de carregar material bélico e de apoio para tais bases e ativá-las relativamente rapidamente.

Tendo esse tipo de infraestrutura pronta hoje, já é mais do que suficiente para repelir quase que todas as ameaças atuais na região da Am. do Sul usando S Tucano / AM-X e F-5 e até que provém o contrário vai continuar sendo assim por muitos anos usando Gripen, AM-X, S Tucano dada a falta de ameaças reais na nossa região.

Se pensarmos em outro cenário que seja o 'apoio a uma coalisão', não temos que lidar com a idéia da incerteza porque estaremos fazendo parte de gigantescos pacotes provavelmente liderados pelos EUA/OTAN e seja lá quem for a vitima de tal ira coletiva já terá grande parte da sua infraestrutura pulverizada por mísseis cruise, F-35, B-2 antes de qualquer aeronave com um RCS um pouco maior dar o primeiro tiro.

Se pensarmos no cenário mais catastrófico que seria nós sermos a vitima da ira de uma coalisão, aí a coisa complica porque teríamos um bando de satélites bisbilhotando e eventuais mísseis cruise dando conta de tais bases de deslocamento em um piscar de olhos... e como são bases de deslocamento longe de tudo e de todos o 'custo' de colocá-las de volta a funcionar é praticamente proibitivo, e o custo de colocá-las fora de uso é relativamente barato.

O que causa problemas para qualquer agressor é você ter aeronaves idealmente furtivas, depois disso temos (não em órdem), recursos eletrônicos e de apoio eletrônico 'exclusivos' (AEW, Datalink, EW, etc), armamento 'exclusivo', alcance e capacidade de persistência de combate a distâncias relativamente grandes.

Obviamente que no cenário da América do Sul, lutando contra qualquer um dos países da América do Sul só temos mesmo que nos preocupar em termos munição para mais de 2 semanas de combate e olhe lá e desde o desaparecimento da Argentina enquanto 'ameaça'. Essa é a realidade.

Nesse contexto de fato ter uma aeronave como o Gripen, sem muita enfeitação de Pombo e 'features' que o coloque no preço ou mais caro do que o F-35 até que é uma boa, mas honestamente não é nem de longe o que um país continental normal precisa para ser defendido já que grande parte dos nossos centros industriais estão deslocados para leste e sul e bem perto do mar e qualquer agressor de verdade faria um certo esforço para vir pelo mar, e é aí que a coisa complica um pouco mais em termos de Defesa.

O Brasil idealmente precisaria ou de uma aeronave media para high end ou uma aeronave 'low' e uma high (stealth seria o ideal considerando que trocamos de avião a cada 35/45 anos), mas se tá díficil até para termos mais do que 36 Gripens o que dirá esses sonhos?

Então vamos fazendo o que dá com o Gripen mesmo que está mais do que o suficiente nos dias de hoje contra a Venezuela (única 'ameaça' digna de menção e olhe lá).

Foi mal pelo longo post.

[]s
CB_Lima




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Thor
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Re: JAS-39 Gripen

#12585 Mensagem por Thor » Ter Mar 08, 2016 6:17 pm

Muito bom o post, Lima. Bem realista.
Quando uma nação planeja sua defesa, baseia-se nas hipóteses de emprego e no orçamento disponível.
Se dentro de nossa realidade da América do Sul temos uma hipótese de emprego contra uma grande coalizão, ou mesmo somente contra os EUA, é de se imaginar que seria necessário muito mais que apenas Gripen e A-29. Teríamos que partir para sermos uma China ou Rússia, em termos de desenvolvimento de equipamentos, mudança de doutrina e mentalidade do povo quanto ao assunto, e muito investimento.
Mas, voltando ao nosso cenário de nos preocuparmos com a América do Sul e entorno estratégico, nossa estratégia é de sempre buscar solução pacífica, conforme prevê nossa constituição, mas se algum vizinho ousar "pensar" em algo contra o Brasil, temos algumas estratégias, tais como a dissuasão (por meio de superioridade militar, econômica, científico-tecnológica, capacidade de mobilização nacional), e se mesmo assim esse país nos agredir, contaremos com nossas forças armadas, em superioridade de número, capacidade, treinamento, comando e controle e suporte a guerra. Quem se atreveria nos anos 2020? No sul, temos 2 DE completas, com inúmeras Brigadas Blindadas e mecanizadas, e unidades estratégicas de pronto-emprego (Av Ex, FEsp, Astros), bem como nossa Força Aérea atuante, integrada, treinada, e com vetores suficientes, considerando Gripen, A-1M, F-5M, E-99, R-99, A-29, KC-390 e KC-130, entre outros. No oeste, idem... No Norte, temos a complicação da Amazônia, e dificuldade logística; mas isso serve para os dois lados. E como seriam alcançados nossos CG para uma guerra total, sendo que estão em Brasília e Sudeste, em sua maioria? Acabaria por ficar um conflito local, com combates na selva, e defesa aérea limitada, até alguém "pedir penico" por falta de esforço de guerra, com a vantagem que teríamos alguns alvos estratégicos (estruturas críticas) a nosso alcance.
Em nossa pobreza, dada a vastidão de nosso país, a FAB sempre treinou e priorizou a mobilidade. Em surgindo uma crise, as UAE seriam desdobradas para a Região e de lá operariam com a mesma eficiência... Podemos ver isso nos inúmeros exercícios da FAB, em que aeronaves são deslocadas para o Sul, Norte, Nordeste, e operam dias e semanas, cumprindo missões variadas e de maneira integrada, sem perda da capacidade de C2, diuturnamente. Dentro de nosso cenário, não consigo imaginar uma situação em que seremos pegos de surpresa...haverá sempre uma escalada da crise, nem que seja ao menos 24h para deslocarmos nossas aeronaves para a região.
E como costumo dizer por aqui quando criticam, erroneamente, aeronave de perna curta escolhida para nosso país, isso não interessa muito, pois jamais seria feita defesa aérea a partir de Anápolis para um alvo na Amazônia, por exemplo. Pode ter o alcance que for, ela teria que ser desdobrada para a região do conflito. E assim sendo, a mobilidade pesa muito mais que o alcance, neste caso.
Abraços




Brasil acima de tudo!!!
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