Lá só com padrinho (de preferência mais de um) e dos FORTES, senão...
E não disse que o IA-2, como PROJETO, é uma josta; apenas repassei (porque
NÃO ME DEIXARAM ATIRAR
) as impressões de diversos que TENTARAM atirar com a atual versão. Isso de modo algum significa que
nunca vá prestar, apenas que tem que melhorar muito ainda.
Se forem ler meu texto original, amigos Duka e Aiatolá, verão que declaro ser muito difícil de ocorrer cook-off, por exemplo. Não obtive UM ÚNICO relato de que isso tenha ocorrido. Podemos ver de duas formas: a de que arma alguma do lote distribuído chegou a ser capaz de disparar o suficiente para que isto acontecesse ou - minha preferida, acredito mesmo nisso - a de que é aço demais e transferência demais de calor para a frente, o que se não evita, ao menos adia um bocado a detonação espontânea de um cartucho na câmara superaquecida. O que é bastante BOM!
Resta buscar as causas das falhas. Tenho algumas pistas:
Eu estava footografando a arma pelo lado esquerdo. Em dado momento quis um close do seletor de fogo, que estava na posição mais para trás, a "I" (Intermitente, ou seja, semiauto). Como a posição da alavanca esconde o ressalto, o Oficial que me assessorava gentilmente puxou a alavanca mais para baixo, o que a deixou uns 30º ABAIXO de qualquer posição de fogo. Nem fotografei aquilo, achei FEIO demais. Só dias depois, revendo as fotos, lembrei do
causo e pensei: "tá, e se algum Operador meio afobado/bisonho/estressado (treinamento sob estresse é muito comum) puxar o seletor com força demais? Sai tiro ou nega?
Os sete ressaltos de trancamento do ferrolho se encaixam no interior da câmara. As tolerâncias das ranhuras receptoras são mínimas. (1) Um pequeno erro de engenharia poderia atrapalhar o correto trancamento e causar Incidente de Tiro (lembrar que o ferrolho é ROTATIVO, ou seja, tem que girar e encaixar corretamente). SE isto for causa de algumas panes, sugeriria o alargamento - e, se necessário, redesenho - das citadas ranhuras. (2) SE a câmara aquecer MENOS que a cabeça do ferrolho (e já falei, a câmara tem aço pra burro, brabo de aquecer muito), esta se dilatará mais, o que, combinado com as citadas tolerâncias mínimas do design das ranhuras, poderá evitar que o ferrolho complete sua ciclagem. Logo, pane.
Fui informado que aquela peça na lateral direita da arma, que serve para direcionar para longe do Operador os estojos das munições disparadas, teve que ser redesenhada em relação à da versão anterior, pois "atrapalhava o funcionamento". Não entrei em detalhes pois, ao mesmo tempo em que analisava o Fz, debatia cerradamente com um Cap Cav que nos acompanhava sobre a possibilidade de se desenvolver um Guarani IFV (VBCI). Seus argumentos detonaram os meus e atualmente os adoto. Mas, com o debate, deixei de perguntar o exato porquê da modificação da peça, ou seja, em que "atrapalhava". Bueno, e se a peça ATUAL também "atrapalha"?
Finalizando, o tiro com a arma foi OFICIALMENTE proibido para todo mundo, ou seja, o EB não estava ME sacaneando! Por que fariam isso de proibir geral, exceto se pelo excesso de panes? Notar que a própria Instrução foi prejudicada...
Por enquanto era isso.