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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sex Out 16, 2015 7:30 pm
por FCarvalho
Alcantara escreveu:Não sei... NENHUM ponto em comum com os equipamentos atuais da MB. [073]
Eu não sei em que fase está a construção destes navios, mas pelo que li no texto, nem as turbinas foram entregues pelos Ucranianos.
Ademais, caso fossem negociadas, três destes navios poderiam na verdade substituir uns 6 navios mais antigos nossos, liberando orçamento e/ou equipamentos que poderiam eventualmente ser implementados nos navios russos.
Seria interessante ao menos ver como estão nos estaleiros, e o que foi feito nelas, e o que poderia ser acrescido, ou não. Um alternativa interessante seira verificar com Moscou a flexibilidade deles no sentido de comunalizar onde e como possível os sistemas destes navios com a CV-3.
Perguntar não deve estar custando tão caro assim.

abs.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sex Out 16, 2015 10:14 pm
por LeandroGCard
FCarvalho escreveu:Eu entendi direito ou a MB abriu mão do Bofors 40 na CV-3?

abs.
Não é um Trynity com cobertura stealth sobre o hangar, ao lado dos lançadores de Chaff/Flare?


Leandro G. Card

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sex Out 16, 2015 10:39 pm
por Bolovo
LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Eu entendi direito ou a MB abriu mão do Bofors 40 na CV-3?

abs.
Não é um Trynity com cobertura stealth sobre o hangar, ao lado dos lançadores de Chaff/Flare?


Leandro G. Card
É.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 8:18 am
por ciclope
O padrão ocidental de 8 misseis ante-navios no máximo se deve ao fato de se esperar que as escoltas só enfrentem um navio de superfície em ultimo caso. Espera-se que antes disso os navios inimigos tenham sido destruídos pela aviação embarca em PA ou em terra bem como pelos submarinos.
Já no oriente eles não tem PAs a dar com o pal. Por isso muitos misseis ante navios de longo alcance e de preferencia supersônicos.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 8:39 am
por P44
FCarvalho escreveu:P44, não seja maldoso com os primos pobres... [032]

abs.
só tou dando ideias :( :oops: :cry:

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 10:36 am
por Luís Henrique
FCarvalho escreveu:
Alcantara escreveu:Não sei... NENHUM ponto em comum com os equipamentos atuais da MB. [073]
Eu não sei em que fase está a construção destes navios, mas pelo que li no texto, nem as turbinas foram entregues pelos Ucranianos.
Ademais, caso fossem negociadas, três destes navios poderiam na verdade substituir uns 6 navios mais antigos nossos, liberando orçamento e/ou equipamentos que poderiam eventualmente ser implementados nos navios russos.
Seria interessante ao menos ver como estão nos estaleiros, e o que foi feito nelas, e o que poderia ser acrescido, ou não. Um alternativa interessante seira verificar com Moscou a flexibilidade deles no sentido de comunalizar onde e como possível os sistemas destes navios com a CV-3.
Perguntar não deve estar custando tão caro assim.

abs.
Sim. Mas o Brasil não tem problemas com a Ucrânia.
A Rússia vende as 3 fragatas para nós e a Ucrânia vende as turbinas...
Por U$ 200 mi a unidade é uma fragata com excelente custo-benefício...

600 mi e poderíamos ter em curtíssimo tempo 3 fragatas novas e bem armadas.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 10:40 am
por Luís Henrique
Alcantara escreveu:Não sei... NENHUM ponto em comum com os equipamentos atuais da MB. [073]
Graças à Deus.

Se tivesse alguma coisa em comum com os equipamentos atuais da mb, seria uma sucata velha.

Alcântara, qualquer fragata nova será equipada com sensores e armamentos novos e diferentes dos que estão em uso pela mb.

Mas o preconceito nos prejudica muito.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 11:10 am
por Luís Henrique
Os navios estavam previstos para serem comissionados em 2017. Pelo menos dois já estão na água desde 2013. Devem estar em estagio muito avançado.

Acredito que assinando um contrato agora, ainda daria tempo de fazer algumas customizações e receber os 3navios entre 2017 e 2018.

Seu poder de fogo é muito bom.

Para defesa de ponto do navio tem dois CIWS ak630 + 8 mísseis antiaéreos de curto alcance igla.

Para defesa de ponto da força tarefa possui 36 mísseis antiaéreos de médio alcance BUK.

Contra submarinos possui 2 lançadores duplos de torpedos pesados de 533mm + 12 foguetes antisubmarino e anti-torpedos do sistema RBU-6000.

Contra navios e alvos em terra possui 8 mísseis a escolha do cliente: CLUB ou Yakhont, além de um canhão de 100mm.

O CLUB é o mesmo que foi usado pelos russos contra o isis, mas normalmente para exportação os russos oferecem uma versão com menos alcance.
Talvez para um cliente especial e desejado como o Brasil, os russos concordem em vender a versão de maior alcance...

A fragata desloca mais de 4000 toneladas e ainda opera com um helicóptero de porte médio.

É ou não é uma ótima opção para a MB???

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 3:25 pm
por Bolovo
mmatuso escreveu:Essa fragata dispara aqueles misseis de cruzeiro que despejaram na Siria?
Sim, tem um VLS para levar 8 mísseis Klub. É o roxo, o sistema Kaliber.

http://img15.hostingpics.net/pics/444654Pr11356.jpg

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 5:51 pm
por Alcantara
FCarvalho escreveu:
Alcantara escreveu:Não sei... NENHUM ponto em comum com os equipamentos atuais da MB. [073]
Eu não sei em que fase está a construção destes navios, mas pelo que li no texto, nem as turbinas foram entregues pelos Ucranianos.
Ademais, caso fossem negociadas, três destes navios poderiam na verdade substituir uns 6 navios mais antigos nossos, liberando orçamento e/ou equipamentos que poderiam eventualmente ser implementados nos navios russos.
Seria interessante ao menos ver como estão nos estaleiros, e o que foi feito nelas, e o que poderia ser acrescido, ou não. Um alternativa interessante seira verificar com Moscou a flexibilidade deles no sentido de comunalizar onde e como possível os sistemas destes navios com a CV-3.
Perguntar não deve estar custando tão caro assim.

abs.
Eu acho que poderíamos usar, hipoteticamente falando, os sistemas nacionais listados para o Tamandaré.
Mas o que me preocupa mesmo não é a parte "lógica" (software de controle), e nem os sistemas acessórios (canhão, etc), porque isso pode ser trocado. O "hardware" (sistema de propulsão CODOG, CODAG, CODAD, tipo de motor, turbina, caixa de transmissão, redução, etc) é uma coisa bem mais difícil de se mexer. E um "casamento" pro resto da vida operacional do equipamento.

Obs: é, eu sei... com dinheiro, TUDO pode ser mudado, tudo tem solução... com dinheiro, frise-se.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 6:14 pm
por Alcantara
Luís Henrique escreveu:
Alcantara escreveu:Não sei... NENHUM ponto em comum com os equipamentos atuais da MB. [073]
Graças à Deus.

Se tivesse alguma coisa em comum com os equipamentos atuais da mb, seria uma sucata velha.

Alcântara, qualquer fragata nova será equipada com sensores e armamentos novos e diferentes dos que estão em uso pela mb.

Mas o preconceito nos prejudica muito.
Cara, olha só. NÃO neguei a possibilidade de uso, só levantei uma DÚVIDA. Quem é antigo aqui no Fórum sabe que a minha principal diferença para com os equipamentos russos fica, principalmente, no campo da LOGÍSTICA. O jeito de "pensar" o combate, o uso do equipamento é/era diferente.

E esse meu ponto de vista, pelo que se vê nas matérias da mídia especializada, é o mesmo adotado pelas FFAA do Brasil. A nossa "lógica" é ocidental. Quando compramos algo deles, não somos nós que nos adaptamos à lógica deles, e sim ELES é devem se adaptar à nossa (Exemplos: Mi-35 da FAB, Igla, etc).

Duvido muito que, na hipotética compra dessas belonaves, nós simplesmente nos adaptaríamos ao navio em vez de fazer o contrário! Adaptar o navio é possível? Como disse antes, com dinheiro TUDO tem solução. Só que, EM GERAL, isso sai caro.

Por isso que eu fiz aquela citação, que ficou distorcida por "Graças à Deus" e pelo "preconceito".

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 6:20 pm
por Bolovo
Alcantara escreveu:
Luís Henrique escreveu: Graças à Deus.

Se tivesse alguma coisa em comum com os equipamentos atuais da mb, seria uma sucata velha.

Alcântara, qualquer fragata nova será equipada com sensores e armamentos novos e diferentes dos que estão em uso pela mb.

Mas o preconceito nos prejudica muito.
Cara, olha só. Quem é antigo aqui no Fórum sabe que a minha principal diferença para com os equipamentos russos fica, principalmente, no campo da LOGÍSTICA. O jeito de "pensar" o combate, o uso do equipamento é/era diferente.

E esse meu ponto de vista, pelo que se vê nas matérias da mídia especializada, é o mesmo adotado pelas FFAA do Brasil. A nossa "lógica" é ocidental. Quando compramos algo deles, não somos nós que nos adaptamos à lógica deles, e sim ELES é devem se adaptar à nossa (Exemplos: Mi-35 da FAB, Igla, etc).

Duvido muito que, na hipotética compra dessas belonaves, nós simplesmente nos adaptaríamos ao navio em vez de fazer o contrário! Adaptar o navio é possível? Como disse antes, com dinheiro TUDO tem solução. Só que sai caro. Por isso que eu fiz aquela citação.
E o que raios é essa lógica ocidental? Que coisa impossível é essa? Adaptar o que? Meu caro, o mundo globalizou. O muro caiu já faz 25 anos. Temos o Mi-35 voando com 83% de disponibilidade, com visão noturna, disparando o único míssil ar-terra guiado do país, numa base sediada no meio do nada. Virtualmente, é a aeronave mais moderna e capaz do país. Pelo visto souberam se adaptar, não?

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 6:36 pm
por Alcantara
Bolovo escreveu:E o que raios é essa lógica ocidental? Que coisa impossível é essa? Adaptar o que? Meu caro, o mundo globalizou. O muro caiu já faz 25 anos. Temos o Mi-35 voando com 83% de disponibilidade, com visão noturna, disparando o único míssil ar-terra guiado do país, numa base sediada no meio do nada. Virtualmente, é a aeronave mais moderna e capaz do país. Pelo visto souberam se adaptar, não?
Ótimo exemplo. Se adaptaram à nós, e não o contrário.

Resolução de problemas de compatibilidade nos Mi-35M da FAB
In Helicópteros, Negócios e serviços on 15/03/2010 by E.M.Pinto Marcado: Helicópteros, Negócios e serviços

https://pbrasil.files.wordpress.com/2009/10/mi35.jpg

Uma equipe técnica russa inicia hoje, em Porto Velho, os trabalhos para sanar dois problemas que tem atrasado a aceitação oficial dos helicópteros de ataque Mi-35M, de fabricação russa, pela Força Aérea Brasileira (FAB). Os problemas em si, na verdade, são absolutamente normais e previsíveis no caso da entrada de um tipo totalmente novo em serviço, ainda mais tratando-se de um modelo oriundo de um país, a Rússia, de onde o Brasil nunca operou qualquer aeronave militar, antes. Basicamente, segundo a reportagem de ASAS apurou com exclusividade, tratam-se de ajustes de compatibilidade entre a aviônica das aeronaves e o sistema de comunicação existente nos capacetes de vôo padrão da FAB, de origem norte-americana; e a adaptação da fonte de força externa brasileira aos helicópteros.
Uma vez sanados estes problemas, a FAB irá definir a data para a cerimônia de recebimento oficial dos Mil Mi-35M e sua apresentação oficial para a imprensa.

:arrow: https://pbrasil.wordpress.com/2010/03/1 ... 5m-da-fab/

Ele lamenta, no entanto, a demora em receber materiais de consumo e de reparo vindos da Rússia para a manutenção das aeronaves.

"Existe uma lei russa na parte de exportação e importação de material militar, que impede que o atendimento ao Brasil seja mais rápido. Com isso nós temos um bom helicóptero, mas não temos um suporte logístico à altura para que tenhamos uma disponibilidade melhor das aeronaves."

:arrow: http://br.sputniknews.com/mundo/2015041 ... z3oraMn0WB

Diferentemente do que acontece com qualquer outro equipamento americano e/ou europeu, não creio que nenhum equipamento russo venha para o Brasil e seja utilizado "off the self".

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 7:29 pm
por JL
Primeiro sou fã de armamento soviético/russo, gosto de muitos equipamentos, mas faço as ressalvas abaixo, o que dificulta a entrada deste no Brasil

1-) Pré conceito por causa da guerra fria, do socialismo etc;
2-) Assistência pós venda péssima quando comparada com os produtos ocidentais;
3-) Instabilidade política, não se pode ter certeza que eles vão cumprir qualquer contrato, devido a problemas econômicos e conflitos: Ucrânia, Síria etc;
4-) Baixa durabilidade dos componentes, que tem vida útil curta, isto é uma característica dos projetos russos, que esta melhorando gradativamente. Vejam na época da guerra fria uma turbina de um Mig durava menos de 50% de uma ocidental, os russos simplesmente trocavam e mandavam a usada para revisar na fábrica. Mas isto é difícil quando se esta longe do fabricante;
5-) Concepção dos sistemas diferenciada, tudo é diferente do padrão ocidental com o que os militares estão familiarizados, vejam não estou dizendo que é inferior, apenas que são diferentes;
6-) A língua russa escrita é difícil de ler, muito diferente de ter plaquetas e instruções em inglês;

Tudo isso é fato, os produtos norte americanos tem outros tipos de problemas e os franceses outros e os nacionais também e assim vai, nada é perfeito.

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

Enviado: Sáb Out 17, 2015 7:44 pm
por Alcantara
JL escreveu:Primeiro sou fã de armamento soviético/russo, gosto de muitos equipamentos, mas faço as ressalvas abaixo, o que dificulta a entrada deste no Brasil

1-) Pré conceito por causa da guerra fria, do socialismo etc;
2-) Assistência pós venda péssima quando comparada com os produtos ocidentais;
3-) Instabilidade política, não se pode ter certeza que eles vão cumprir qualquer contrato, devido a problemas econômicos e conflitos: Ucrânia, Síria etc;
4-) Baixa durabilidade dos componentes, que tem vida útil curta, isto é uma característica dos projetos russos, que esta melhorando gradativamente. Vejam na época da guerra fria uma turbina de um Mig durava menos de 50% de uma ocidental, os russos simplesmente trocavam e mandavam a usada para revisar na fábrica. Mas isto é difícil quando se esta longe do fabricante;
5-) Concepção dos sistemas diferenciada, tudo é diferente do padrão ocidental com o que os militares estão familiarizados, vejam não estou dizendo que é inferior, apenas que são diferentes;
6-) A língua russa escrita é difícil de ler, muito diferente de ter plaquetas e instruções em inglês;

Tudo isso é fato, os produtos norte americanos tem outros tipos de problemas e os franceses outros e os nacionais também e assim vai, nada é perfeito.
Concordo com os itens 2, 4 e 5. Veja, se um equipamento russo chegar a ser convidado/aceito a participar em programa de aquisição, não se pode dizer que está tendo preconceito com eles (porque com certeza a qualidade já foi julgada e aceita). Política é uma coisa muito volátil. Mesmo entre os ocidentais existe rusgas e desentendimentos (Canadá / Espanha, Brasil / França, etc). E, bem, a língua do manual original é o de menos. O problema é não é a língua, é não ter dados pormenorizados com que você está acostumado a ver no manual (se não tem, como traduzir?).