Força Aérea - Exército de Libertação Popular (China)

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Suetham
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Re: Força Aérea - Exército de Libertação Popular (China)

#1246 Mensagem por Suetham » Dom Jan 05, 2025 7:57 am

https://www.aereo.jor.br/2025/01/04/che ... do-futuro/
Chengdu J-36: uma interpretação chinesa da guerra aérea do futuro

Um resumo sobre novo caça furtivo da China, com base em análises de diversos observadores

O Chengdu J-36, a nova aeronave de combate recentemente revelada pela China, marca um salto significativo na guerra aérea. Oficialmente apresentado em 26 de dezembro, o J-36 atraiu ampla atenção por seu design diferenciado e capacidades avançadas. A configuração de asa delta grande e o layout de três motores distinguem a aeronave dos designs tradicionais de caças. Com foco em velocidade, alcance e furtividade, o J-36 exemplifica a ambição da China de redefinir os parâmetros do combate aéreo moderno.

No centro de seu conceito, o J-36 representa uma “interpretação chinesa” da guerra aérea do futuro, priorizando alcance e autonomia em detrimento das capacidades tradicionais de combate aéreo aproximado. Projetado para missões de longo alcance, o J-36 será capaz de penetrar em espaços aéreos fortemente defendidos, tornando-o uma plataforma ideal para operações de negação de acesso e área (A2/AD). Ele está equipado com um conjunto abrangente de sensores que aumentam a consciência situacional e permitem que funcione tanto como uma plataforma de ataque quanto como um interceptador.

Uma das características de destaque do J-36 é sua capacidade de voar em supercruzeiro, ou seja, em velocidade supersônica sem o uso de pós-combustores. Isso permite que ele realize missões de forma mais rápida e eficiente do que seus predecessores, aumentando tanto sua capacidade de sobrevivência quanto suas taxas de surtidas. Suas características de furtividade, combinadas com um design de baixa assinatura radar em todos os aspectos, permitirão que evite a detecção inimiga enquanto realiza ataques de precisão em território inimigo.

Os compartimentos de armas da aeronave foram projetados para acomodar uma ampla gama de armamentos, desde mísseis ar-superfície até mísseis ar-ar de longo alcance como o PL-17. Essas capacidades permitem ao J-36 atacar ativos críticos, como bases aéreas, porta-aviões, aviões-tanque e aeronaves de vigilância. Sua capacidade de lançar grandes bombas planadoras e outras armas de longo alcance ampliará ainda mais seu potencial ofensivo, permitindo que engaje alvos a distâncias consideráveis.

Estrategicamente, o J-36 é posicionado como um pilar da dominância regional da China, especialmente no contexto de um possível conflito envolvendo Taiwan. Ao integrar tecnologias avançadas de comunicação e sensores, o J-36 não é apenas uma plataforma isolada, mas um nó essencial em um ecossistema interligado. Ele pode retransmitir dados de alvos para outros ativos, comandar enxames de drones e até mesmo servir como um centro de comando aéreo.

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O infográfico mostra que, usando canais de comunicação de rádio seguros, os pilotos do J-36 poderão controlar UAVs de reconhecimento e ataque no modo “ala não tripulado”, que poderão conduzir combates aéreos de longo alcance com aeronaves táticas da Força Aérea e da Marinha dos EUA, o que permitirá que as tripulações do J-36 evitem o combate direto com aeronaves inimigas

O surgimento do J-36 levanta questões sobre sua classificação. Embora alguns tenham se apressado em chamá-lo de um “caça de sexta geração”, essas definições geracionais podem ser enganosas. O tamanho da aeronave, sua funcionalidade multifuncional e a integração avançada de sensores colocam-na em uma categoria única, talvez melhor descrita como um “cruzador aéreo”. Isso reflete sua capacidade de dominar tanto os domínios aéreo quanto terrestre, desafiando os conceitos tradicionais ocidentais de design de caças.

As comparações com plataformas ocidentais destacam o potencial do J-36 de afetar o equilíbrio de poder no Pacífico. Diferentemente do F-35, que enfatiza capacidades multifuncionais, ou do J-20, que se destaca em furtividade e velocidade, o J-36 combina esses atributos enquanto supera as limitações de seus predecessores. Suas capacidades de longo alcance podem forçar os adversários a repensarem suas estratégias de implantação, particularmente na segunda cadeia de ilhas.

O desenvolvimento da aeronave também destaca uma mudança na postura estratégica da China. Ao revelar o J-36, a China envia uma mensagem clara: não está mais satisfeita em apenas alcançar o Ocidente. Em vez disso, está traçando seu próprio caminho na aviação militar, aproveitando inovações autóctones para redefinir as regras de engajamento.

Críticos notaram que a revelação do J-36 pela China é tanto uma declaração política quanto uma conquista tecnológica. A aeronave simboliza a crescente confiança da China e sua disposição de desafiar a dominância dos EUA na região.
Esse artigo é uma pequena deferência ao pensamento chinês sobre a plataforma de nova geração denominado J-36, embora seja descritivo, ainda permanece aquém das considerações chinesas mais profundas dessa nova aeronave.

A consideração mais importante do J-36 é sua capacidade de geração de energia. O projeto ser trimotor ocorre dessa característica fundamental para o J-36 em seus próprios requisitos de energia, com importância secundária na sua capacidade de carga útil e autonomia estendida. O fato do caça ser trimotor não tem fundamentalmente nada a ver com o atraso tecnológico em projetos de motores aeronáuticos em relação aos russos e americanos. Entendido esse requisito, poderemos perceber a razão dessa dimensão e importância em termos de geração de energia. O design do motor não se concentra mais no empuxo-peso, o que importa é o seu subsistema de geração de energia em todo o seu envelope de voo, a regulação do sistema de energia é de extrema importância. Embora a aeronave pudesse atingir padrões descritos (supersônico e geração de energia) dentro do contexto de dois motores, o alcance ainda seria um problema.

Os chineses entendem a importância fundamental da GE (Guerra Eletrônica) na guerra aérea. Desde o desenvolvimento do caça J-16D e demais aeronaves dedicadas de GE, os chineses perseguem a ramificação da capacidade GE para sua frota aérea e terrestre. O J-16D, como uma aeronave com melhor manobrabilidade do que uma aeronave Y-9 dedicada na GE, seria fundamental na escolha de posições de cobertura EM, mais flexível e tem mais opções de apoio ao enfrentar ECCM inimigo. Em exercícios típicos simulados, o J-16D fornecendo cobertura a uma aeronave de 5ª geração, embora tenha sofrido perdas, cumpriu os requisitos de missão, mesmo com uma extrema desvantagem numérica. Então, os chineses olharam para o F-35. O processo de maturação tecnológica envolveu o J-20, visando as capacidades melhoradas do J-20S (biplace), destacando que novas funções não poderiam ser alcançadas com upgrades do J-20, só podendo ser alcançado pelas aeronaves de próxima geração.

Juntando a excelente consciência situacional, GE e capacidades de comando e controle, aliado ao fato de ter a capacidade de transportar uma grande carga útil (não adequado ainda para um caça não tripulado), acabaria se tornando um "cruzador aéreo", embora eu não aprecie essa descrição, porque navios de guerra e aeronaves não são mutuamente intercambiáveis, eu chamaria o J-36 de uma aeronave multifunção especializado.

Portanto, o J-36 disporia de:

:arrow: Consciência situacional - Recursos AWACS limitados que podem ser comparáveis a um MiG-31 fazendo a função

Em uma missão de penetração de longo alcance ou DCA em um espaço aéreo contestado como função dedicado do J-36, os AWACS comprometidos não estarão disponíveis para um gerenciamento de batalha e alerta antecipado para prover consciência situacional para o J-36.

:arrow: Capacidade de integração de comando e rede - Controle de outras aeronaves e CCAs

A aeronave pode se destacar e operar em um sistema ao lado de plataformas não tripuladas CCAs, bem como aeronaves tripuladas, possuindo capacidades de comando e rede aprimorados.

:arrow: Capacidades de GE - Recursos limitados/estendidos de GE formando uma variedade de contramedidas por si só

A furtividade e a GE terão um papel a desempenhar para aumentar a sobreviência da aeronave. Não ser visto não é mais suficiente e a China entende a guerra aérea dessa forma. Aeronaves furtivas dependem de sistemas eletrônicos avançados para sobreviver em um ambiente saturado de radares e sensores avançados.

:arrow: Capacidade de grande carga útil - Abrangendo armas de ataque de curto, médio e longo alcance

Um grande compartimento de armas interno central é visível, que pode ser longo o suficiente para acomodar o míssil PL-17 de longo alcance, mísseis de cruzeiro standoff KF-98A ou ALBM hipersônico YJ-21. Também há dois compartimentos menores. Apesar de ser descrito como um "cruzador aéreo", as fontes chinesas alegam que seu papel principal é ainda no papel ar-ar.

:arrow: Capacidade de grande autonomia - Penetração no espaço aéreo neutro/contestado com base no seu layout sem cauda e características furtivas omnidirecionais

Dentro de suas respectivas capacidades, o J-36 contribui para o papel antiacesso na região do Pacífico Ocidental, dando a PLAAF uma maior versatilidade para missões em profundidade, supostamente afetando toda a Segunda Cadeia de Ilhas. É uma consideração importante, porque uma das capacidades críticas da PLAAF é ainda a falta de uma frota de aeronaves de reabastecimento aéreo que sejam capaze de apoiar as aeronaves chinesas, uma independência em termos de requisito de combustível dará maior flexibilidade para o J-36 em determinados tipos de missões.

Ainda por cima, o motor de ciclo variável estará em conformidade com o design do J-36 e completará os requisitos e metas de desempenho da aeronave.




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Re: Força Aérea - Exército de Libertação Popular (China)

#1247 Mensagem por Suetham » Seg Jan 06, 2025 8:15 pm


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Re: Força Aérea - Exército de Libertação Popular (China)

#1248 Mensagem por Goldfinger » Ter Jan 07, 2025 10:07 am

Suetham escreveu: Dom Jan 05, 2025 7:57 am https://www.aereo.jor.br/2025/01/04/che ... do-futuro/
Chengdu J-36: uma interpretação chinesa da guerra aérea do futuro

Um resumo sobre novo caça furtivo da China, com base em análises de diversos observadores

O Chengdu J-36, a nova aeronave de combate recentemente revelada pela China, marca um salto significativo na guerra aérea. Oficialmente apresentado em 26 de dezembro, o J-36 atraiu ampla atenção por seu design diferenciado e capacidades avançadas. A configuração de asa delta grande e o layout de três motores distinguem a aeronave dos designs tradicionais de caças. Com foco em velocidade, alcance e furtividade, o J-36 exemplifica a ambição da China de redefinir os parâmetros do combate aéreo moderno.

No centro de seu conceito, o J-36 representa uma “interpretação chinesa” da guerra aérea do futuro, priorizando alcance e autonomia em detrimento das capacidades tradicionais de combate aéreo aproximado. Projetado para missões de longo alcance, o J-36 será capaz de penetrar em espaços aéreos fortemente defendidos, tornando-o uma plataforma ideal para operações de negação de acesso e área (A2/AD). Ele está equipado com um conjunto abrangente de sensores que aumentam a consciência situacional e permitem que funcione tanto como uma plataforma de ataque quanto como um interceptador.

Uma das características de destaque do J-36 é sua capacidade de voar em supercruzeiro, ou seja, em velocidade supersônica sem o uso de pós-combustores. Isso permite que ele realize missões de forma mais rápida e eficiente do que seus predecessores, aumentando tanto sua capacidade de sobrevivência quanto suas taxas de surtidas. Suas características de furtividade, combinadas com um design de baixa assinatura radar em todos os aspectos, permitirão que evite a detecção inimiga enquanto realiza ataques de precisão em território inimigo.

Os compartimentos de armas da aeronave foram projetados para acomodar uma ampla gama de armamentos, desde mísseis ar-superfície até mísseis ar-ar de longo alcance como o PL-17. Essas capacidades permitem ao J-36 atacar ativos críticos, como bases aéreas, porta-aviões, aviões-tanque e aeronaves de vigilância. Sua capacidade de lançar grandes bombas planadoras e outras armas de longo alcance ampliará ainda mais seu potencial ofensivo, permitindo que engaje alvos a distâncias consideráveis.

Estrategicamente, o J-36 é posicionado como um pilar da dominância regional da China, especialmente no contexto de um possível conflito envolvendo Taiwan. Ao integrar tecnologias avançadas de comunicação e sensores, o J-36 não é apenas uma plataforma isolada, mas um nó essencial em um ecossistema interligado. Ele pode retransmitir dados de alvos para outros ativos, comandar enxames de drones e até mesmo servir como um centro de comando aéreo.

Imagem
O infográfico mostra que, usando canais de comunicação de rádio seguros, os pilotos do J-36 poderão controlar UAVs de reconhecimento e ataque no modo “ala não tripulado”, que poderão conduzir combates aéreos de longo alcance com aeronaves táticas da Força Aérea e da Marinha dos EUA, o que permitirá que as tripulações do J-36 evitem o combate direto com aeronaves inimigas

O surgimento do J-36 levanta questões sobre sua classificação. Embora alguns tenham se apressado em chamá-lo de um “caça de sexta geração”, essas definições geracionais podem ser enganosas. O tamanho da aeronave, sua funcionalidade multifuncional e a integração avançada de sensores colocam-na em uma categoria única, talvez melhor descrita como um “cruzador aéreo”. Isso reflete sua capacidade de dominar tanto os domínios aéreo quanto terrestre, desafiando os conceitos tradicionais ocidentais de design de caças.

As comparações com plataformas ocidentais destacam o potencial do J-36 de afetar o equilíbrio de poder no Pacífico. Diferentemente do F-35, que enfatiza capacidades multifuncionais, ou do J-20, que se destaca em furtividade e velocidade, o J-36 combina esses atributos enquanto supera as limitações de seus predecessores. Suas capacidades de longo alcance podem forçar os adversários a repensarem suas estratégias de implantação, particularmente na segunda cadeia de ilhas.

O desenvolvimento da aeronave também destaca uma mudança na postura estratégica da China. Ao revelar o J-36, a China envia uma mensagem clara: não está mais satisfeita em apenas alcançar o Ocidente. Em vez disso, está traçando seu próprio caminho na aviação militar, aproveitando inovações autóctones para redefinir as regras de engajamento.

Críticos notaram que a revelação do J-36 pela China é tanto uma declaração política quanto uma conquista tecnológica. A aeronave simboliza a crescente confiança da China e sua disposição de desafiar a dominância dos EUA na região.
Esse artigo é uma pequena deferência ao pensamento chinês sobre a plataforma de nova geração denominado J-36, embora seja descritivo, ainda permanece aquém das considerações chinesas mais profundas dessa nova aeronave.

A consideração mais importante do J-36 é sua capacidade de geração de energia. O projeto ser trimotor ocorre dessa característica fundamental para o J-36 em seus próprios requisitos de energia, com importância secundária na sua capacidade de carga útil e autonomia estendida. O fato do caça ser trimotor não tem fundamentalmente nada a ver com o atraso tecnológico em projetos de motores aeronáuticos em relação aos russos e americanos. Entendido esse requisito, poderemos perceber a razão dessa dimensão e importância em termos de geração de energia. O design do motor não se concentra mais no empuxo-peso, o que importa é o seu subsistema de geração de energia em todo o seu envelope de voo, a regulação do sistema de energia é de extrema importância. Embora a aeronave pudesse atingir padrões descritos (supersônico e geração de energia) dentro do contexto de dois motores, o alcance ainda seria um problema.

Os chineses entendem a importância fundamental da GE (Guerra Eletrônica) na guerra aérea. Desde o desenvolvimento do caça J-16D e demais aeronaves dedicadas de GE, os chineses perseguem a ramificação da capacidade GE para sua frota aérea e terrestre. O J-16D, como uma aeronave com melhor manobrabilidade do que uma aeronave Y-9 dedicada na GE, seria fundamental na escolha de posições de cobertura EM, mais flexível e tem mais opções de apoio ao enfrentar ECCM inimigo. Em exercícios típicos simulados, o J-16D fornecendo cobertura a uma aeronave de 5ª geração, embora tenha sofrido perdas, cumpriu os requisitos de missão, mesmo com uma extrema desvantagem numérica. Então, os chineses olharam para o F-35. O processo de maturação tecnológica envolveu o J-20, visando as capacidades melhoradas do J-20S (biplace), destacando que novas funções não poderiam ser alcançadas com upgrades do J-20, só podendo ser alcançado pelas aeronaves de próxima geração.

Juntando a excelente consciência situacional, GE e capacidades de comando e controle, aliado ao fato de ter a capacidade de transportar uma grande carga útil (não adequado ainda para um caça não tripulado), acabaria se tornando um "cruzador aéreo", embora eu não aprecie essa descrição, porque navios de guerra e aeronaves não são mutuamente intercambiáveis, eu chamaria o J-36 de uma aeronave multifunção especializado.

Portanto, o J-36 disporia de:

:arrow: Consciência situacional - Recursos AWACS limitados que podem ser comparáveis a um MiG-31 fazendo a função

Em uma missão de penetração de longo alcance ou DCA em um espaço aéreo contestado como função dedicado do J-36, os AWACS comprometidos não estarão disponíveis para um gerenciamento de batalha e alerta antecipado para prover consciência situacional para o J-36.

:arrow: Capacidade de integração de comando e rede - Controle de outras aeronaves e CCAs

A aeronave pode se destacar e operar em um sistema ao lado de plataformas não tripuladas CCAs, bem como aeronaves tripuladas, possuindo capacidades de comando e rede aprimorados.

:arrow: Capacidades de GE - Recursos limitados/estendidos de GE formando uma variedade de contramedidas por si só

A furtividade e a GE terão um papel a desempenhar para aumentar a sobreviência da aeronave. Não ser visto não é mais suficiente e a China entende a guerra aérea dessa forma. Aeronaves furtivas dependem de sistemas eletrônicos avançados para sobreviver em um ambiente saturado de radares e sensores avançados.

:arrow: Capacidade de grande carga útil - Abrangendo armas de ataque de curto, médio e longo alcance

Um grande compartimento de armas interno central é visível, que pode ser longo o suficiente para acomodar o míssil PL-17 de longo alcance, mísseis de cruzeiro standoff KF-98A ou ALBM hipersônico YJ-21. Também há dois compartimentos menores. Apesar de ser descrito como um "cruzador aéreo", as fontes chinesas alegam que seu papel principal é ainda no papel ar-ar.

:arrow: Capacidade de grande autonomia - Penetração no espaço aéreo neutro/contestado com base no seu layout sem cauda e características furtivas omnidirecionais

Dentro de suas respectivas capacidades, o J-36 contribui para o papel antiacesso na região do Pacífico Ocidental, dando a PLAAF uma maior versatilidade para missões em profundidade, supostamente afetando toda a Segunda Cadeia de Ilhas. É uma consideração importante, porque uma das capacidades críticas da PLAAF é ainda a falta de uma frota de aeronaves de reabastecimento aéreo que sejam capaze de apoiar as aeronaves chinesas, uma independência em termos de requisito de combustível dará maior flexibilidade para o J-36 em determinados tipos de missões.

Ainda por cima, o motor de ciclo variável estará em conformidade com o design do J-36 e completará os requisitos e metas de desempenho da aeronave.
Interessante infográfico. No entanto acho muito improvável que o J-36 realmente seja capaz de Mach 2.8 .

Aliás, não ficaria nenhum pouco surpreso se os 3 motores não tiverem pós-combustor. Os escapamentos dos motores estão à frente e acima da borda de fuga, que parecem ser painéis articulados. O uso de pós-combustores tradicionais implicaria em cargas térmicas tremendas na estrutura da borda de fuga. O YF-23 tinha um arranjo semelhante mas muito mais "parrudo" e mesmo assim era um dos pontos que teve desempenho e durabilidade abaixo do esperado durante os testes de vôo.

Três motores com 10-12t de empuxo seco cada seriam mais do suficientes para impulsionar o J-36 a algo em torno de Mach 1.8-2.0, sem comprometer os longo alcance que claramente é um requisito essencial.




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