Fórum Defesa Brasil

Eu acredito que a operação foi um sucesso, pois o alvo foi abatido (se esta era a intenção da polícia), pois, como mostra as imagens, não faltou tiro para que o mesmo fosse neutralizado, mas, do ponto de vista técnico, mesmo sem ser um especialista, vê-se que houve um excesso de risco, não controlado, que, ao meu ver, não compensa os danos que poderiam ter causado. Afinal, o Policial faz curso numa Academia de Polícia para aprender técnicas, e, se no momento de empregá-las, não é capaz de fazê-lo, seja por motivos emocionais, falta de controlo, etc, este não deveria estar a realizar este tipo de operação.

Ainda bem que não houve casualidades, pelo menos conhecidas, pois não acredito que a Polícia receba este tipo tipo de treinamento, pois a sua função é investigar, e efectuar apreensões, seja ela de material, ou pessoal. O que vi ali foi uma vontade de exterminar com o mesmo, pois, ao revidar, os bandidos estavam a atirar em direção ao helicóptero, e não em direção aos moradores, portanto, não havia a quem defender, e estando no helicóptero, poderiam ter distanciado-se, e mantido contacto visual através dos dispositivos a bordo, e coordernar a equipa de solo.

Se começarmos a apoiar este tipo de operação, onde os riscos não são levados em conta, mais vale chamar as FFAA, que estão mais capacitadas, tanto no treinamento do pessoal, como em material (AH-2 Sabre manda lembranças), e deixá-los caçar os traficantes a vontade, já que se houver danos colaterais, estes entram para as estatísticas, e coloca-se a culpa no crime organizado, e segue a vida... pelo menos, enquanto acontece as famílias dos outros...

Andre Correa escreveu:Eu acredito que a operação foi um sucesso, pois o alvo foi abatido (se esta era a intenção da polícia), pois, como mostra as imagens, não faltou tiro para que o mesmo fosse neutralizado, mas, do ponto de vista técnico, mesmo sem ser um especialista, vê-se que houve um excesso de risco, não controlado, que, ao meu ver, não compensa os danos que poderiam ter causado. Afinal, o Policial faz curso numa Academia de Polícia para aprender técnicas, e, se no momento de empregá-las, não é capaz de fazê-lo, seja por motivos eomocionais, falta de controlo, etc, este não deveria estar a realizar este tipo de operação.

Ainda bem que não houve casualidades, pelo menos conhecidas, pois não acredito que a Polícia receba este tipo tipo de treinamento, pois a sua função é investigar, e efectuar apreensões, seja ela de material, ou pessoal. O que vi ali foi uma vonta de exterminar com o mesmo, pois, ao revidar, os bandidos estavam a atirar em direção ao helicóptero, e não em direção aos moradores, portanto, não havia a quem defender, e estando no helicóptero, poderiam ter distanciado-se, e mantido contacto visual através dos dispositivos a bordo, e coordernar a equipa de solo.

Se começarmos a apoiar este tipo de operação, onde os riscos não são levados em conta, mais vale chamar as FFAA, que estão mais capacitadas, tanto no treinamento do pessoal, como em material (AH-2 Sabre manda lembranças), e deixá-los caçar os traficantes a vontade, já que se houver danos colaterais, estes entram para as estatísticas, e coloca-se a culpa no crime organizado, e segue a vida... pelo menos, enquanto acontece as famílias dos outros...

Deve ser muito fácil investigar e fazer apreensões num território dominado por uma facção criminosa, que se mistura ao residentes do local e armados de fuzis, granadas, etc... Será que é tão dificil ver que esta não é uma situação comum de SEGURANÇA PÚBLICA? Um grande efetivo do BOPE, que é sem dúvidas alguma a unidade mais preparada para lhe dar com esse tipo de cenário, foi empregado na operação para contenção e apreensão do traficante, não conseguiu nem chegar ao local, nem empregando um veiculo blindado, por ter enfrentado forte fogo inimigo, imagine como seria equipes da PC fazendo investigações no local com o intuito de prender os elementos! Será que não da para visualizar o problema? Para os que moram aqui no Brasil, e estão mais "acostumados" com a criminalidade, não conseguem entender a complexidade da coisa, imagine quem mora num pais Europeu, onde um homicidiozinho, que ocorre a cada minuto aqui no Brasil, se transformaria em manchete jornalistica por uma semana inteira!

O cara já vinha sendo caçado pela polícia a anos e nunca foi pego (apesar de alguns confrontos), mesmo sabendo os locais que frequentava, será que foi por incapacidade, omissão ou incompetência da polícia?

O caso do RJ é atípico a qualquer outro no mundo. Não tem parametro de comparação, em termos de Segurança Pública. Acho que uma unica comparação possível seria com conflitos de guerra civil mesmo, onde alguns territórios de um determinado pais é ocupado por forças rebeldes. A única diferença, ao meu ver, é que não há um fator ideológico como causa mas sim o lucro fácil do tráfico.

Não sou especialista nessa área, mas me pareceu que o comandante fez muita pressão no atirador, imagino que nesse caso o comandante deveria dar a ordem para abrir fogo e colocar a aeronave na melhor posição para o tiro e ponto, o atirador dispararia a arma nos momentos em que tivesse uma boa solução de tiro.
Acho que de repente essa pressão levou os atiradores a dispararem sem uma boa solução de tiro e assim errarem mais, claro que era uma situação bastante dinâmica e analisar agora, friamente fica bem mais fácil.
Abraços
Denilson

denilson, pensei a mesma coisa, mas lembrei de um probleminha básico, o helicóptero não é blindado, se ele se colocasse em uma melhor posição de tiro ele também ficaria mais vulnerável ao tiro dos traficantes.

Marechal-do-ar escreveu:denilson, pensei a mesma coisa, mas lembrei de um probleminha básico, o helicóptero não é blindado, se ele se colocasse em uma melhor posição de tiro ele também ficaria mais vulnerável ao tiro dos traficantes.

Tudo bem, de repente não dava para oferecer uma boa posição para o tiro (os), mas ai nesse caso, levando em consideração que havia população ao redor, não deveriam cancelar a missão?
Mas levando-se em consideração que mesmo não sendo a melhor posição ainda fosse possível o disparo, o comandante colocou muita pressão no (s) atirador (es), no final das contas quem aperta o gatilho é o atirador, e só ele sabe qual o melhor momento, não o piloto que esta um metro a frente (+/-), como é uma situação dinâmica e de muito estres (lembrando que o atirador esta prestes a matar uma pessoa) e ainda tem o "chefe" gritando na orelha.... eu acho um pouco complicado.
Tem até um momento em que o comandante grita "dá dá dá", e o carro nem aparece na tela, os disparos acertam a rua... o carro estava escondido pelo prédio, imagino que o comandante estava vendo o carro e o atirador ainda não, é uma possibilidade.

Então henriquejr, a abordagem para o RJ tem que ser diferente da abordagem tradicional.
E neste caso, que equipem o BOPE com armamentos típicos de Guerra Civil, como mais carros blindados, tal como dos CFN, e realiza-se operações conjuntas com CFN e utilizando aeronaves da FAB para monitoração, como VANTs e ST, e utilizaem Helicópteros como Blackhawk, Caracal e Sabre, próprios para este tipo de confront, para que estes casos sejam erradicados o mais rápido possível, e com menores riscos de danos colaterais, pois prolongar esta guerra, apenas aumenta a morte de inocentes, directa ou indirectamente, a longo prazo.

Até quando vão ficar a pensar nas consequências eleitorais?

Ah, ainda dá tempo de limpar até a COPA/OLIMPÍADAS. Ou vão fazer acordo com os traficantes?

Senhores, mantenhamos um FATO em mente: discorrer a respeito e dizer o que e como deveria ou não ser feito é uma coisa quando se está diante de um teclado, outra MUITO diferente é quando se está na linha de frente. Pode-se treinar um homem para ser extremamente capacitado em todo tipo de missão mas não se pode treiná-lo para deixar de ser HUMANO...

Lembrar ainda o velho ditado: NENHUM PLANO RESISTE AO PRIMEIRO CONTATO COM O INIMIGO!

No documentário Águias da Cidade (aliás muito bom) a equipe médica faz de tudo para não fazer pressão sobre o piloto para que ele não cometa erros, imagina numa situação onde o atirador tem uma "espalhadora de balas" (projéteis) disparando num ambiente urbano e noturno, com um alvo em movimento e ele também em movimento, onde qualquer erro pode acertar (com perdão do trocadilho) um inocente e o chefe ainda gritando no ouvido.

Os atiradores dessa missão são literalmente os "caras".

Tigrada, não seria o caso de se perguntar primeiro POR QUE o conflito se deu em área densamente povoada? Não lembra o Afeganistão e Iraque, onde os insurgentes tratavam de se esconder no meio da população? Assim, NÃO HÁ como pegá-los em campo aberto e sem riscos de vítimas inocentes (danos colaterais, diriam os ianques).

Tudo tem seu preço e, pessoalmente, me sinto melhor sabendo que mais um vago da pesada está a sete palmos. PALMAS PRA POLÍCIA!!!

Túlio, estou comentando a respeito das dificuldades que tiveram os atiradores, e mesmo assim mataram só o Vago.
Esses atiradores estão de parabéns e é bom saber que temos profissionais desse nível, numa guerra é fácil, é "só" atirar para o lado que esta o inimigo e pronto.
Na minha opinião bandido bom é bandido morto.
Abraço
Denilson

Esta é uma sinuca de bico... tem todo o lado social... o blablabla do não tem pra onde ir, nem todo mundo é bandido e tales... massssss... se eu vejo alguém armado e este não está de farda, o mínimo que faço é sair de perto. Um tiro pode ser ouvido a centenas de metros, se ouço uma rajada, e o barulho de um heli, vou continuar igual a um idiota no meio da rua? Se as pessoas fossem menos burras, as coisas seriam menos difíceis.

Já ser alvejado dentro de casa, infelizmente, acontece mais do que gostaríamos...

Pior que concordo, Keko véio, a josta é que o vago não é trouxa, sabe a repercussão disso, daí se enfiar e permanecer justamente no meio da população, já que ali é mais complicado de ser atingido, dada a dita repercussão social de um projétil perdido (como vemos no que de hoje em diante passo a chamar também de PIG, não dá para aturar essa p*tada, POWS!!!).

Se vejo solução? Sinceramente NÃO! Fica mais ou menos assim: ou deixamos a vagabagem tomar conta ou mudamos radicalmente o enfoque...

Bom, tal como eu disse, se a intenção era eliminar o alvo a qualquer custo, a operação foi um sucesso total. Seria ainda melhor se não houvesse uma fila gigante de pretendentes para o posto deixado

A Polícia Civil e Federal deveriam combater fortemente o tráfico no RJ, de modo a investigar os modos de abastecimento, tanto de drogas, como armamentos, e cortar o mal pela raiz, PRENDENDO os cabeças, enquanto que o policiamento ostensivo ficaria apenas para Polícia Militar. Se a viatura em solo avariou, deveria ter outras viaturas do mesmo tipo disponíveis para qualquer imprevisto, visto a prisão daquele traficante ser tão importante.

Mas trocar tiro assim, acertando inúmeras residências, sem qualquer controlo, e falar que isso é uma consequência, poder ser uma bela desculpa para os traficantes, que na justiça pagam pelos seus erros, mas não para a Polícia. Para ver como foi equivocado, e se os traficantes estivessem no bairro do Governador do Estado, ou de qualquer outra autoridade importante, e começassem a atirar no helicóptero da PCERJ, duvido que revidassem, a partir do helicóptero, com a mesma intensidade de tiros e descuido, e que o comandante da ação estaria tão centrado em eliminar os ocupantes da viatura a qualquer preço, sem preocupar-se com a segurança imediata dos outros cidadãos.

Ainda bem que não houve danos a inocentes, mas se este é o preparo que a Polícia tem no momento, precisa então melhorar, e muito, ou então deixar bem claro que essa é a intenção, e dar tempo para as pessoas de bem deixarem suas casas, pois caso os policias percam-se no calor do momento, como seres humanos, podem, e muito provavelmente irão, cometer erros irreparáveis, e que depois, não sejam julgados pelas suas atitudes, afinal, se morrer um traficante e alguns inocentes, o mais importante é que o traficante morreu, pois é assim que a CF manda, pois não?

O que não dá para continuar é excessos descontrolados de força, pontuais, sem qualquer amparo técnico ou legal, e dizer que é assim mesmo. Se é para ter clima de guerra, então que se declare a mesma formalmente, e façam como deve ser.

De maneira alguma sou contra operações policiais, mas precisam ser bem planeadas e executadas, com limites claros e delineados... não dá para justificar o despreparo dos elementos que participaram na operação, seja por coação, ou por impulso proprio, pois mesmo não estando lá no momento, sei que, para poder ali estar, tem todo um treinamento a ser cumprido, e quem escolhe trabalhar com segurança pública, não pode descontrolar-se emocionalmente, como outras pessoas poderiam. Não é um trabalho para qualquer um, e infelizmente, não há espaço para amadorismo.

Foi exatamente isso que pensei...

Andre Correa escreveu:Se a viatura em solo avariou, deveria ter outras viaturas do mesmo tipo disponíveis para qualquer imprevisto, visto a prisão daquele traficante ser tão importante.

Aquele blindado da polícia não foi doado por uma empresa de segurança?



André... Acho que você já se esqueceu do nível de descaso dos políticos por aqui...