Pô rapaz, demorei prá responder e o CB já esculachou.
Veja bem CB, quem apregoa esta capacidade não é só a KNAAPO, a LM também coloca isso como possível com seus F-22, a diferença está na quantidade de alvos e na capacidade de armas de cada avião. Então, está no papel prá todos, inclusive para o mega-phuderoso F-22. Mas veja você que mesmo o pequenino Gripen já oferece esta capacidade, mesmo com seu pequeno radar.
Mas eu discordo que seja uma capacidade "só no papel", porque se não, não estaria lá, integrada e desenvolvida com este fim específico. Podemos especular que destes mísseis, alguns, muitos ou poucos vão errar seu alvo, mas creio que dizer que é uma capacidade "só no papel" não seja correto não. Fosse assim, os AWACS tradicionais também seriam "só no papel" e no entanto a última CRUZEX mostrou que não, além dos últimos conflitos e a preocupação russa em quebrar as pernas do sistema de defesa inimigo via mísseis ar-ar de ultra-longo alcance, justamente desenvolvidos visando os AWACS.
Mas podemos continuar debatendo estas capacidades, por exemplo, tentando desenvolver um cenário em que fossem usados apenas mísseis BVR IR, como o R-27ET ou o R-77T. Nenhum alvo receberia qualquer aviso nos seus sensores RWR, pois que o ataque IR é completamente passivo. Podemos especular também que se estivéssemos enfrentando uma esquadrilha de Rafales eles estariam com seus radares desligados e confiariam nos seus SPECTRA. Logo, saberiam da presença de apenas um SU-35-1, mas estando a mais ou menos 200Km seriam todos detectados(estariam com tanques+mísseis = RCS maior) e suas posições repassadas aos outros SU-35-1 da formação, cujos radares estariam desligados. Isso feito, seria questão de aproximar pelo melhor ângulo e disparar praticamente à queima roupa com os R-27ET/R-77T. Como a distância seria relativamente curta, os mísseis(BVR) chegariam muito rapidamente ao alvo e ainda com muita energia, portanto, com capacidade de acompanhar manobras evasivas destes alvos. Sendo feito assim, colocaria-se estes alvos na NEZ das armas, reduzindo muito a chance de fuga.
Podemos melhorar as chances de impacto, disparando dois tipos de mísseis, um IR e um ARH, em cada alvo.
No caso da força inimiga estar apoiada por um AWACS, este seria o alvo primário, sobre o qual poderiam ser disparados dois ou mais mísseis K-100, R-37, KH-31(existe uma versão anti-AWACS deste), tudo isto desde 400Km de distância.
Na melhor das hipóteses os Rafales teriam a sua disposição os Meteor, com seus 100Km de alcance, valor este já obtido com as atuais versões do R-77 e ultrapassado pelos R-27E, K-100 e R-37.
Portanto creio que aqui na nossa região e mesmo contra a maioria das forças aéreas do mundo, a FAB com 120 SU-35-1
e armada com os melhores brinquedos russos seria um adversário muito, muito indigesto.
Se outros caças não têm esta capacidade, melhor prá nós que vamos ter.
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