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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Sáb Fev 19, 2022 6:21 pm
por FCarvalho
Alfa BR escreveu: Sex Fev 18, 2022 2:04 pm A Maximi (Minimi 7,62) não substitui a MAG a contento como arma de apoio nível Pel. A MAG bate alvos a distâncias maiores com maior precisão e suporta fogo sustentado por mais tempo.
Armamento anticarro até seria interessante, isso é feito hoje reforçando o Pel Fuz com uma das peças de CSR 84 mm da Sec AC do Pelotão Ap. Colocar MANPAD é exagero. Seriam 9 unidades de tiro só nos Pel do BI Pqdt. As 4 U Tir previstas para o Grupo de Autodefesa AA do Pelotão de Comando já são suficientes e isso nem existe na prática mas tem a 21ª Bia AAAe Pqdt que provê isso.Pessoal de saúde e etc são anexados conforme necessidade.
Se quer reforçar o Pel Fuz Pqdt, melhor seria adotar a configuração do Light Infantry Rifle Platoon do U.S. Army que é opadrão na 82nd. O Weapons Squad possui 9 homens e quatro guarnições. Duas são das duas peças de metralhadora e duas de armas anticarro que podem ser dois Javelin, dois Carl Gustav ou um de cada um.
Quanto a este aspecto, o advento dos VANT e a sua quase onipresença sobre o campo de batalha atual, vide o exemplo da última guerra entre Azerbaijão e Armênia, dentre outras, tornou a auto-defesa AAe das tropas de infantaria no terreno quase que impositiva até os menores escalões, já que os drones também operam até estes menores escalões. Como eles podem fazer várias missões e evoluíram para atacar, também, alvos em terra, dispor de apenas 4 Manpad para defender a área de um batalhão inteiro pode não ser suficiente quando o adversário tiver a sua disposição frotas de VANT dos mais variados tipos e em quantidades expressivas que ameacem tropa no terreno, além de caças, helos de ataque e transporte/emprego geral armados.

Apenas 9 Igla-S + 4 RBS-70 NG no Btl Inf não seria exatamente algo exagerado, penso, dando a este nível de OM uma boa autonomia no que diz respeito à capacidade de se defender de ataques aéreos, não somente de VANT, além de prover, senão a negação do espaço aéreo onde está estacionada ou se move, no nível à baixa altura/alcance, dificultar bastante as operações aéreas ofensivas contra si de parte de um adversário.

Por outro lado, devemos levar em consideração também que as tropas do EB dificilmente contarão o tempo todo com a cobertura da FAB, e pode haver casos de ter de atuar sem essa cobertura em um TO específico, quando a superioridade aérea for perdida ou a FAB seja incapaz de provê-la. Neste sentido, dar as tropas condições de atuarem com a máxima autonomia operacional dentro do seu escopo de atuação, não dependendo tanto de escalões superiores para poder atuar efetiva e qualitativamente, deveria ser algo a se buscar. Ou no mínimo a ser pensado.

Enfim, Manpad não são sistemas caros de obter, exceção feita ao RBS-70NG, falo no caso dos Igla-S, ou de seu irmão mais novo, o Verba (ou qualquer outro similar), que poderiam ser adquiridos em maiores quantidades a fim de dotar os batalhões de infantaria(principalmente estes), mas não somente, e todas as unidades e subunidades onde exista a previsão de seções, destacamentos e/ou pelotões de defesa AAe, mas que não existem na prática. Dependendo do tipo de OM, o Igla-S ou o RBS-70NG são mais que suficientes para dar ao EB uma capacidade minimamente crível de defender suas tropas no terreno.

Hoje algo praticamente inexistente. E penso que mesmo quando o programa DAAe for implantado, ainda vamos levar quiçá décadas para implantar algumas poucas baterias e/ou equipar os GAAe existentes, que não por acaso nem de longe são suficientes para cobrir sequer as OM das RM ou Cmdo Militares a que estão ligadas. Enfim, o uso de Manpad não resolve o problema da defesa AAe do EB, mas pelo menos poderia ser um passo a frente no sentido de mobiliar sua infantaria, principalmente, com alguma capacidade autônoma ou semi-autônoma para se auto-defender.

Certa vez aqui no DB falaram que o exército tem cerca de 85 batalhões de infantaria. Com 9 Igla-S por unidade, seriam necessários apenas 765 Manpad para equipar todos. Considerando as 4 undes da seção AAe das Cia Cmdo Ap, temos apenas 340 lançadores. Não me parece que sejam números inalcançáveis para nós, mesmo que obtidos a médio e longo prazo.

Se bem que no caso dos Igla-S seria possível comprar tudo de uma única vez, e melhor seria se fosse o Verba. Já no caso do sistema sueco, acho que comprando em lotes aos poucos anualmente seria possível conseguimos obter todos em até 5 anos de compras consecutivas. Melhor isto do que o nada em termos de efetividade que temos hoje. Mas é apenas uma opinião.

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Sáb Fev 19, 2022 6:59 pm
por FCarvalho
Alfa BR escreveu: Sex Fev 18, 2022 2:04 pm A Maximi (Minimi 7,62) não substitui a MAG a contento como arma de apoio nível Pel. A MAG bate alvos a distâncias maiores com maior precisão e suporta fogo sustentado por mais tempo.
Armamento anticarro até seria interessante, isso é feito hoje reforçando o Pel Fuz com uma das peças de CSR 84 mm da Sec AC do Pelotão Ap. Colocar MANPAD é exagero. Seriam 9 unidades de tiro só nos Pel do BI Pqdt. As 4 U Tir previstas para o Grupo de Autodefesa AA do Pelotão de Comando já são suficientes e isso nem existe na prática mas tem a 21ª Bia AAAe Pqdt que provê isso.
Pessoal de saúde e etc são anexados conforme necessidade.
Se quer reforçar o Pel Fuz Pqdt, melhor seria adotar a configuração do Light Infantry Rifle Platoon do U.S. Army que é opadrão na 82nd. O Weapons Squad possui 9 homens e quatro guarnições. Duas são das duas peças de metralhadora e duas de armas anticarro que podem ser dois Javelin, dois Carl Gustav ou um de cada um.
Quanto as metralhadoras, eu andei olhando os dados da MAG e da Maximi e as diferenças não são tão gritantes entre ambas que não possa justificar a troca de uma por outra, ao menos no nível pelotão.
E como se trata de uma tropa com vocação leve e aeromóvel, a adoção das Maximi em nível pelotão até se justifica tendo em vista menores peso, tamanho e a eficácia, que não deixa a desejar.
Por outro lado, as versões M249 vendidas nos USA, pelo que pude obervar, parecem estar em estágio muito avançados em relação ao que a FN produz em casa na Bélgica. Inclusive pelo fato de que algumas delas poderiam ser operadas até mesmo por um único soldado, o que facilitaria a liberação de mais soldados para portar outros tipos de armas.
No caso do grupo de apoio pqdt, seria interessante a meu ver adequar o mesmo com 2 Maximi 7,62, 2 mísseis AC leves e/ou CSR, 2 morteiros 60mm, 1 Manpad e talvez se couber 1 ou 2 lançadores de granadas com tambores rotativos. Algo que até hoje eu nunca vi na mão de tropas comuns do EB, embora previsto no Cobra.
Em se tratando de uma tropa que fica até 24 horas em combate e depois espera por substituição, considero adequado as necessidades que uma tropa como a pqdt. Isto vale para a 12a Amv também.

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Sáb Fev 19, 2022 7:13 pm
por LM
Os Belgas criaram a Minimi 7,62mm para substituir a MAG. E com o M192 tripod pode ter prestações muito boas.

É classificada como metralhadora média no Exército Português (a FN Minimi MK3 7,62mm).

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Dom Fev 20, 2022 6:28 pm
por Alfa BR
FCarvalho escreveu: Sáb Fev 19, 2022 6:59 pm
Alfa BR escreveu: Sex Fev 18, 2022 2:04 pm A Maximi (Minimi 7,62) não substitui a MAG a contento como arma de apoio nível Pel. A MAG bate alvos a distâncias maiores com maior precisão e suporta fogo sustentado por mais tempo.
Armamento anticarro até seria interessante, isso é feito hoje reforçando o Pel Fuz com uma das peças de CSR 84 mm da Sec AC do Pelotão Ap. Colocar MANPAD é exagero. Seriam 9 unidades de tiro só nos Pel do BI Pqdt. As 4 U Tir previstas para o Grupo de Autodefesa AA do Pelotão de Comando já são suficientes e isso nem existe na prática mas tem a 21ª Bia AAAe Pqdt que provê isso.
Pessoal de saúde e etc são anexados conforme necessidade.
Se quer reforçar o Pel Fuz Pqdt, melhor seria adotar a configuração do Light Infantry Rifle Platoon do U.S. Army que é opadrão na 82nd. O Weapons Squad possui 9 homens e quatro guarnições. Duas são das duas peças de metralhadora e duas de armas anticarro que podem ser dois Javelin, dois Carl Gustav ou um de cada um.
Quanto as metralhadoras, eu andei olhando os dados da MAG e da Maximi e as diferenças não são tão gritantes entre ambas que não possa justificar a troca de uma por outra, ao menos no nível pelotão.
E como se trata de uma tropa com vocação leve e aeromóvel, a adoção das Maximi em nível pelotão até se justifica tendo em vista menores peso, tamanho e a eficácia, que não deixa a desejar.
Por outro lado, as versões M249 vendidas nos USA, pelo que pude obervar, parecem estar em estágio muito avançados em relação ao que a FN produz em casa na Bélgica. Inclusive pelo fato de que algumas delas poderiam ser operadas até mesmo por um único soldado, o que facilitaria a liberação de mais soldados para portar outros tipos de armas.
No caso do grupo de apoio pqdt, seria interessante a meu ver adequar o mesmo com 2 Maximi 7,62, 2 mísseis AC leves e/ou CSR, 2 morteiros 60mm, 1 Manpad e talvez se couber 1 ou 2 lançadores de granadas com tambores rotativos. Algo que até hoje eu nunca vi na mão de tropas comuns do EB, embora previsto no Cobra.
Em se tratando de uma tropa que fica até 24 horas em combate e depois espera por substituição, considero adequado as necessidades que uma tropa como a pqdt. Isto vale para a 12a Amv também.
A MAG tem alcance útil de até 1.800 m para alvos de área (no reparo), enquanto a Minimi 7,62 mm é de 1.000 m.


"...No caso do grupo de apoio pqdt, seria interessante a meu ver adequar o mesmo com 2 Maximi 7,62, 2 mísseis AC leves e/ou CSR, 2 morteiros 60mm, 1 Manpad e talvez se couber 1 ou 2 lançadores de granadas com tambores rotativos..."

Tenha pena do infante...

E esse Gp Ap teria quantos homens? 12? Só tornaria o Pel Fuz Pqdt mais pesado e exigiria mais da logística.

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Dom Fev 20, 2022 6:32 pm
por Alfa BR
LM escreveu: Sáb Fev 19, 2022 7:13 pm Os Belgas criaram a Minimi 7,62mm para substituir a MAG. E com o M192 tripod pode ter prestações muito boas.

É classificada como metralhadora média no Exército Português (a FN Minimi MK3 7,62mm).
Quase todo país que substituiu a MAG pela Minimi 7,62 mm, total ou parcialmente, utilizava a MAG dentro dos Grupos de Combate. Belgas, neo-zelandeses, australianos...

Os americanos possuem ambas as armas e sequer falam em substituir a M240 pela MK 48. Isso porque utilizam a M240 como arma de apoio nível pelotão. Usamos as nossas MAG como os americanos.

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Dom Fev 20, 2022 7:27 pm
por gabriel219
Eu gostaria de que o Grupo de Apoio do Pel Fz Pqdt tivesse o mesmo número que os GC's, mas Mix de Manpad, metralhadora, CSR, míssil AC leve, pelo amor de Deus!

Se fosse duas Mtr M, um Morteirete 60 mm e uma peça CSR, no máximo, seria interessante, mas tem gente que viaja a níveis estratosféricos!

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Ter Fev 22, 2022 11:54 pm
por FCarvalho
Alfa BR escreveu: Dom Fev 20, 2022 6:28 pm A MAG tem alcance útil de até 1.800 m para alvos de área (no reparo), enquanto a Minimi 7,62 mm é de 1.000 m.
No nível pelotão não vejo isso como uma desvantagem, já que se trata de tropa leve, e que geralmente vai estar sempre em contato com eventuais inimigos. Então o nível de pronta resposta deve ser o melhor possível. Isso se consegue com armamento mais leve e compacto, como é o caso da Maximi.

"...No caso do grupo de apoio pqdt, seria interessante a meu ver adequar o mesmo com 2 Maximi 7,62, 2 mísseis AC leves e/ou CSR, 2 morteiros 60mm, 1 Manpad e talvez se couber 1 ou 2 lançadores de granadas com tambores rotativos..."

Tenha pena do infante...
E esse Gp Ap teria quantos homens? 12? Só tornaria o Pel Fuz Pqdt mais pesado e exigiria mais da logística.
Trata-se apenas de sugestão. Do jeito que é o pel apoio americano pqdt pra mim já está de bom tamanho. Só sinto falta de um Manpad por causa da questão que levantei acima.
Em adendo, onde entraria este tipo de armamento no EB? Está previsto no Cobra, mas a última vez que vi o EB testar algo assim faz muitos anos, e era espanhol.

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E este aqui também, mas é outro que não é visto nas mãos de tropas regulares do exercito. Também previsto no Cobra.

https://combatarms.com.br/imagens/noticias/2012-09-20/m32.png

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Qua Fev 23, 2022 11:53 am
por LM
Sobre assunto do armamento de secção; não entendo a mistura de calibres (nem 2 atiradores designados por secção - atiradores especiais na nomenclatura em Portugal, usamos também sniper para os...snipers do CTOE / DAE)

Impacto da implementação de novo armamento ligeiro no Exército Português – Estudo de Caso: Secção de Atiradores

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Qui Fev 24, 2022 5:09 am
por gabriel219
Eu gostaria de ver um exercício em que as tropas Leves (Pqdt, Amv e Sl) passassem a possuir 10 Fuzileiros, sendo 11 Fuzileiros para Sl. Também gostaria de ver o conceito de SU's e Frações modulares, possuindo ao menos três formas de formação para determinadas situações, seja GC forte em capacidade contra Infantaria, forte em capacidade anticarro e estrutura mediana. Vou tentar discorrer isso no tópico das Estruturas Militares, exemplificando um GC Blindado com 10 Fuzileiros.

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Sáb Mar 12, 2022 11:26 am
por cabeça de martelo
Componente Terrestre da Força da Reação Imediata foi avaliada pela Inspeção-Geral do Exército.

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Atirador Especial armado com uma SCAR-H STD com uma VCOG 1-6x24 e um LAW nas costas.

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São tudo Paraquedistas do 1º BIParas.

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Sáb Mar 12, 2022 11:45 am
por cabeça de martelo
Cerimónia de Abertura do 315.º Curso de Paraquedistas

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O curso está a ser frequentado por 57 formandos e terá a duração de 4 meses.
​No dia 1 de fevereiro, teve lugar no Regimento de Paraquedistas, em Tancos, a Cerimónia de Abertura do 316.º Curso de Paraquedistas, frequentado por 44 formandos (42 homens | 02 mulheres).

O Curso de Paraquedistas visa habilitar os militares com as competências necessárias para, entre outros objetivos, integrar uma unidade de Paraquedistas em operações de combate, integrar a execução de uma operação aerotransportada, conduzir operações de assalto aéreo, sobreviver na área de operações e conduzir operações em zonas de aterragem de helicópteros.

A par destas competências, pretende-se ainda desenvolver a capacidade física, o espírito de corpo e a coesão, fundamentais para o sucesso das operações militares.​

Este Curso, com a duração de 4 meses, destina-se a Oficiais, Sargentos e Praças do Exército Português e compreende a Formação de Combate (1.ª fase) e a Formação de Saltos em paraquedas (2.ª fase).

Fonte: Exército

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Qui Mar 24, 2022 8:56 pm
por FCarvalho


Mais uma vez, a pergunta que fica é: por que não.

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Ter Mai 31, 2022 10:54 am
por cabeça de martelo
O 🇵🇹 @Exercito_pt recebeu dez plataformas aerotransportadas multi-usos Toro Vehículos Especiales y Sistemas Q-150D. Os veiculos ligeiros multimissão 4x4 foram adquiridos através da @NSPA_NATO para o BOAT do Regimento de Paraquedistas da Brigada de Reação Rápida.
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Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Ter Jun 07, 2022 5:20 pm
por FCarvalho
Pessoal do 25 BInfPqd fechou seu ciclo de treinamento básico de vida na selva no CIGS. Algo interessante já que eles são das poucas tropas do resto do país a frequentar regularmente os cursos daquele centro aqui em Manaus.

via Instagram do EB

Re: Brigada de Infantaria Paraquedista

Enviado: Qui Jun 23, 2022 6:10 am
por cabeça de martelo
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Finaliza el ex. multinacional LISTED PARATROOPER encuadrado en ex. MS COORDINATION División San Marcial. Se ha certificado la capacidad de generar una "Fuerza de Entrada Inicial".