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Mensagem
por FOXTROT » Sex Dez 24, 2010 8:42 am
Da série: O Campeão voltou, o campeão voltou......----------------------------------------------------------------------------------------------
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Grêmio Maringá quer reconhecimento de título brasileiro
Clube paranaense tentará unificação de torneio de 1969 e sonha até com a Libertadores
O Grêmio Maringá fechou as portas em 2005, após cair para a Segundona estadual. A volta aconteceu este ano. Conforme já se anunciava, começou a temporada de caça pelo reconhecimento de títulos nacionais. Nesta quinta-feira, o Grêmio Maringá (PR) anunciou estar em fase de elaboração de um dossiê para que o Torneio dos Campeões de 1968, disputado no ano seguinte, seja equiparado ao Campeonato Brasileiro. E o clube vai além: promete tentar até um convite para a Copa Libertadores.
Organizado pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF), o Torneio dos Campeões reunia os vencedores da Taça Brasil, do Robertão e dos regionais do Sul/Centro-Oeste e do Norte/Nordeste de 1968 (leia mais no quadro abaixo).
Ao saber que a CBF estava prestes a reconhecer títulos brasileiros do passado, o presidente do Grêmio Maringá, Aurélio Almeida, foi tomado pela confiança de que a competição de 1969 seria incluída no pacote. Não havia, no entanto, o conhecimento de que foi necessário um dossiê elaborado pelos próprios clubes para que houvesse a unificação.
— Não estamos inventando nada. Ficamos tristes, pois esperávamos esse reconhecimento. Mas vamos lutar até as últimas consequências por esse título — afirmou Aurélio Almeida.
Hoje na Terceira Divisão paranaense, o Grêmio Maringá agora se mobiliza para entregar o quanto antes à CBF seu próprio dossiê, com as provas de que o Torneio dos Campeões equivale a um Brasileiro. Fotos, documentos e fichas dos jogos já estão sendo organizados pelo clube.
O principal argumento de Aurélio, porém, está no nome do torneio:
— Temos mais direito do que Santos e Botafogo, que foram campeões brasileiros e jogaram aquela competição. Somos campeões dos campeões.
A prioridade do Grêmio Maringá é o reconhecimento do título nacional - caso a CBF não aceite-o, o clube irá procurar a Justiça comum. Assim que alcançado o primeiro objetivo, a luta será por uma vaga na Libertadores. Os paranaenses alegam que podem pleitear o direito à Conmebol já que, em 1970, não houve representantes brasileiros na competição. Naquele ano, o país preferiu se dedicar à preparação para o Mundial.
— Sei que faz muito tempo, mas tudo é possível — concluiu Aurélio.
Confira bate-bola exclusivo com Aurélio Almeida, presidente do Grêmio Maringá:
O senhor estava confiante no reconhecimento do título de 1969 pela CBF?
AURÉLIO ALMEIDA: Ficamos na expectativa, esperando. Não tínhamos nos manifestado, esperávamos que a CBF reconhecesse esse título. Gostaria que a Federação Paranaense tivesse tomado a frente nessa questão, mas não quisemos colocar a carroça à frente dos bois.
Quais serão os próximos passos do clube?
Vamos comunicar para a federação e entrar na Justiça desportiva, que é o que temos a fazer. Estou sendo pressionado por toda a cidade. Voltamos jogando a Terceira Divisão estadual, mas queremos retornar à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.
E como funcionaria esse pedido à Conmebol para disputar a Libertadores?
Em 1970, a CBD tinha direito de indicar os representantes brasileiros na Libertadores, mas não o fez. De repente, vamos ver se a Conmebol reconhece isso, mesmo passado tanto tempo. Tudo é possível, mas, em primeiro lugar, vamos lutar por esse título.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.