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Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sáb Abr 13, 2013 9:37 pm
por Matheus
Um estrago em 5 dias...
Entre os dias 04 e 12 de abril a Divisão de Combate ao Crime (DCC) em parceria com a 4aSRPRF/MG desencadeou a II Operação de Enfrentamento ao Narcotráfico 2013, no Estado de Minas Gerais. Após 3 dias de instrução, que incluíram as disciplinas de Tècnicas de Entrevista, Triagem de Veículos Suspeitos, Técnicas de Fiscalização Avançada e Oficinas Práticas, 61 PRF´s foram distribuídos em 4 pontos estratégicos do Estado para a Fase Operacional. Em apenas 5 dias de fiscalização, foram 11 ocorrências relacionadas ao narcotráfico, com a apreensão de aproximadamente 550 Kg de maconha, 60 Kg de cocaína e 75 Kg de crack, 7 veículos recuperados, R$1.700.000,00 em dinheiro e cheques, R$800.000,00 em contrabando/descaminho, 3 armas e 6 bananas de dinamite, num total de 43 pessoas detidas.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Dom Abr 14, 2013 12:30 am
por cassiosemasas
Imagem

A Polícia Militar apreendeu dez fuzis de uso restrito das Forças Armadas na madrugada desta sábado (13), na Penha, na Zona Leste de São Paulo. Cinco pessoas foram presas, entre elas uma mulher.
“As armas são importadas, fuzis de uso restrito das Forças Armadas americana e argentina. Os criminosos parecem atuar com crimes como tráfico de drogas e roubo a bancos”, disse Cássio de Araújo de Freitas, capitão da PM.
Por volta da 1h30, policiais da Rota faziam patrulhamento de rotina quando avistaram um Voyage preto nas proximidades na Avenida Tiquatira e desconfiaram dos dois ocupantes.
A PM tentou abordar o veículo, mas quando se aproximou os suspeitos fugiram e entraram na favela do Bueiro, na mesma região. Houve perseguição.
Os suspeitos desceram do carro e correram pelos becos da favela. Os policiais pediram reforço e cercaram o local. Não houve troca de tiros e ninguém ficou ferido.
Em uma casa, foram localizados os dois suspeitos com quatro fuzis. Em outra imóvel próximo, a polícia prendeu mais dois homens e uma mulher com outro fuzil.
Um dos detidos confessou à polícia que tinha mais armas na sua residência, um apartamento localizado na Vila Maria, na Zona Norte da capital paulista. Foram encontrados mais cinco fuzis no local, além de 25 coletes, muita munição, pelo menos 40 kg de cocaína, crack e uma balança de precisão.
Os detidos foram encaminhados para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que irá conduzir as investigações.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Seg Abr 15, 2013 8:58 pm
por Brasileiro
Um artigo que merece uma leitura atenta e franca:

http://vinibocato.wordpress.com/2013/04 ... ade-penal/

É claro que alguns irão tachá-lo como cheio de cacoetes "coitadistas", mas o fato é que os argumentos apresentados, de forma geral, são de difícil contestação. E com base neles, o autor ajuda a desconstruir pelo menos uma das criações do sensacionalismo.



abraços]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Ter Abr 16, 2013 11:30 am
por rodrigo
cassiosemasas escreveu:Imagem

A Polícia Militar apreendeu dez fuzis de uso restrito das Forças Armadas na madrugada desta sábado (13), na Penha, na Zona Leste de São Paulo. Cinco pessoas foram presas, entre elas uma mulher.
“As armas são importadas, fuzis de uso restrito das Forças Armadas americana e argentina. Os criminosos parecem atuar com crimes como tráfico de drogas e roubo a bancos”, disse Cássio de Araújo de Freitas, capitão da PM.
Por volta da 1h30, policiais da Rota faziam patrulhamento de rotina quando avistaram um Voyage preto nas proximidades na Avenida Tiquatira e desconfiaram dos dois ocupantes.
A PM tentou abordar o veículo, mas quando se aproximou os suspeitos fugiram e entraram na favela do Bueiro, na mesma região. Houve perseguição.
Os suspeitos desceram do carro e correram pelos becos da favela. Os policiais pediram reforço e cercaram o local. Não houve troca de tiros e ninguém ficou ferido.
Em uma casa, foram localizados os dois suspeitos com quatro fuzis. Em outra imóvel próximo, a polícia prendeu mais dois homens e uma mulher com outro fuzil.
Um dos detidos confessou à polícia que tinha mais armas na sua residência, um apartamento localizado na Vila Maria, na Zona Norte da capital paulista. Foram encontrados mais cinco fuzis no local, além de 25 coletes, muita munição, pelo menos 40 kg de cocaína, crack e uma balança de precisão.
Os detidos foram encaminhados para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que irá conduzir as investigações.
Que sorte que a apreensão aconteceu sem confronto. Essas armas com essa quantidade de munição dariam um tiroteio digno da Síria.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Ter Abr 16, 2013 1:48 pm
por Boss
Pessoal, votem nessa enquete do Congresso sobre a revogação do infame Estatuto do Desarmamento.

Até agora, 46610 votos, 95,1% a favor. 8-]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Ter Abr 16, 2013 2:30 pm
por Lirolfuti
Alckmin propõe internação de até 8 anos para jovem infrator


MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
O projeto que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), entrega nesta terça-feira ao Congresso defendendo penas mais rígidas para menores infratores amplia para até oito anos a punição para jovens que cometerem delitos graves. A proposta quer alterar o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Atualmente, a internação máxima prevista pelo estatuto é de três anos, mas uma pessoa pode ficar internada até os 20 anos e 11 meses, se ela for pega na véspera de completar 18 anos.

Na semana passada, após a suspeita de que um rapaz reincidente de 17 anos matou um universitário durante um roubo em São Paulo, o governador defendeu penas mais duras. Hoje, ele discute o projeto com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O projeto cria o chamado Regime Especial de Atendimento. A internação de até oito anos será determinada por um juiz, após avaliação técnica multiprofissional, observado o contraditório e a ampla defesa.

São exigidos três critérios para a aplicação dessa pena ao menor: se o ato infracional for equivalente aos crimes hediondos; se o jovem iniciar o cumprimento da medida de internação com mais de 18 anos, ou completar essa idade durante o seu cumprimento.

Também fica previsto que poderá ser inserido em Regime Especial de Atendimento o maior de 18 anos que participar de motins ou rebeliões em estabelecimento educacional com destruição do patrimônio público ou manutenção em cárcere privado de servidores ou colaboradores da unidade, se não for submetido à prisão provisória.

Há ainda uma sugestão para alterar o Código Penal e estabelecer como circunstância de agravante a fim de punir, com maior rigor, o adulto que se utiliza de adolescentes para a prática de crime.

O projeto será formalizado na Câmara pelo líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). A tramitação ainda não está definida, mas deve passar pelas comissões e, se aprovada, seguirá para o plenário.

A proposta de endurecer a punição para menores foi criticada pelo governo e deve enfrentar resistência dos governistas.

O projeto foi discutido ontem em uma reunião convocada por Alckmin. Além de Sampaio, participaram o procurador geral do Estado, Elival da Silva Ramos, a presidente da Fundação Casa, Berenice Giannella, e o secretário-adjunto da Casa Civil, José do Carmo Mendes Júnior.

Segundo Sampaio, o projeto quer dificultar o envolvimento de menores nas infrações. "O intuito é criar instrumentos eficazes no combate à crescente participação de adolescentes na prática de atos infracionais considerados graves", afirmou Sampaio.

ASSASSINATO

Victor Hugo Deppman, 19, estudante da Faculdade Cásper Líbero, foi morto na noite de terça-feira (9) com um tiro na cabeça durante um assalto na porta de casa, no Belém, zona leste de São Paulo.

Deppman cursava Rádio e TV e fazia estágio na Rede TV!. Ele chegou a ser levado para o pronto-socorro do Hospital Santa Virgínia, mas não resistiu ao ferimento.

O crime reacendeu as propostas de endurecimento da legislação contra jovens infratores. O adolescente apreendido sob suspeita de ter matado o universitário já havia sido detido pela polícia ao menos outras três vezes desde 2011.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... ator.shtml

Ps: gostaria de deixar uma sugestao mudar nome do topico para Segurança Publica

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Ter Abr 16, 2013 8:18 pm
por Andre Correa
http://www.youtube.com/watch?v=SKQ72bKFAwM

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Ter Abr 16, 2013 8:28 pm
por NettoBR
[009]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Ter Abr 16, 2013 9:12 pm
por Lirolfuti
Os guris do crime

Escrito por Felipe Moura Brasil | 16 Abril 2013
Artigos - Governo do PT

A seguir cenas do próximo Enem:

— Quem matou o paulista Victor Hugo Deppman, de 19 anos?

a) A arma.
b) A pobreza.
c) A falta de escola.
d) A falta de um parquinho com escorrega na periferia.
e) A falta de verbas para o cinema nacional.
f) O capitalismo.
g) Os católicos e evangélicos.
h) A sociedade burguesa.
i) O sistema.
j) O celular de Victor Hugo Deppman.
k) Todas as respostas anteriores.

Ué, pergunta-se o vestibulando, mas e o assassino? Não foi ele?

Pergunta típica de estudante reacionário, que merece nota zero no Enem. Não entendeu ainda que, no Brasil de hoje, tudo mata, menos o assassino?

É simples:

Quando o desnutrido rouba a maçã da feira, ou o pai falido, um remédio para dar ao filho doente, temos os chamados “crimes famélicos”, que em países civilizados nem chegam a ser considerados crimes.

No Brasil de hoje, graças aos cientistas sociais, todos os crimes se passam por “crimes famélicos”: se o sujeito rouba um celular, é porque ele estava com muita fome de celular e não podia ficar sem internet. Se ele mata alguém enquanto rouba um celular, a fome era muito grande — ou muito antiga, já que uma fomezinha na infância basta para autorizar uma vida inteira de crimes. E, se a fome era muito grande ou muito antiga, a culpa é dos ricos que, segundo esses mesmos cientistas sociais, criaram a pobreza. Mesmo que muitas vezes seja uma pobreza apenas aparente, daquelas com piscina e parabólica, de causar inveja aos pobres da Índia.

O estupro, por exemplo, é um caso óbvio de crime famélico: o sujeito não consegue comer mulher, não consegue nem sair com uma mulher, então precisa forçar a barra para dar umazinha. Que mal há nisso?

O mal está, obviamente, naqueles malditos pastores evangélicos que insistem em dizer aos pobres brasileiros que, mesmo para eles, o crime é pecado. Como eles ousam tornar os pobres tão apáticos? Não leram Marcuse? Não leram Hobsbawn?

A taxa irrisória de delinquência entre os pobres evangélicos é mesmo um crime: um crime indesculpável contra a tese da correlação causal entre pobreza e criminalidade. Veja só como a fé é alienante: o sujeito, em vez de aproveitar que é pobre para roubar, estuprar e matar os ricos sem peso de consciência, fica lá rezando pai-nosso, ave-maria, e não furta nem uma hóstia!

Entre o apelo ao crime e o apelo à fé; entre a palavra dos cientistas sociais e a dos bispos, que há décadas disputam a alma dos pobres brasileiros, ele repete a dos bispos. Fica parecendo até que a ação humana não depende diretamente da situação econômica, mas da interpretação que se faz dela, de acordo com crenças e valores disseminados pela classe letrada, da qual participam os cientistas sociais e os bispos. Mais um pouco e até os psicopatas acreditam que têm escolha!

Não é porque a maioria dos pobres nas favelas e periferias não delinque nem mata que o Estado vai culpar os que delinquem e matam, sobretudo se menores de idade. Livros, teses, jornais e ONGs progressistas fizeram chegar até estes a ideia de que o crime é não apenas justificável nessas circunstâncias, como é sem dúvida o melhor a fazer; de modo que a culpa não é deles se ainda há quem prefira Jesus Cristo.

Se as noivas celebram despedida de solteira com vários go-go-boys, por que os pobres de 17 anos não podem celebrar despedida de menoridade com um cadáver? Isto sim é um direito humano. Gilberto Carvalho e Michel Temer são muito coerentes em defender os jovens assassinos contra essa meia dúzia de reacionários que critica o limite de 3 anos de recolhimento, previsto pelo artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Eles querem o quê, afinal? Que os menores passem muitos anos na cadeia?

Só falta dizer que a precariedade do sistema carcerário não é motivo para deixar os assassinos nas ruas, matando a população. Só falta acusar o governo de descuidar das prisões para ter uma desculpa a mais para liberá-los. Só falta explicar o índice de 70% de reincidência criminal em função justamente da suavidade das penas, da sensação de impunidade e do descuido prisional. Só falta propor a reeducação do imaginário dos presos pela leitura de Dostoiévski. Só falta alegar que Deppman estaria vivo se o assassino tivesse ficado preso nas duas vezes em que fora detido por roubo. Só falta espalhar que em um monte de países civilizados a maioridade penal se dá antes dos 18 anos. Só falta declarar que os bandidos adultos usam os adolescentes intocáveis como mão de obra do crime. Só falta lembrar que os próprios pobres são suas principais vítimas, inclusive dos 50 mil homicídios por ano no país. Só falta afirmar que o Brasil só será mais seguro quando os bandidos tiverem tanto medo das consequências de seus crimes quanto os humoristas têm das de fazer piada com Alá e Maomé.

É muito reacionarismo para uma guerra civil só! O Estado brasileiro não está aqui para aterrorizar bandidos. O Estado brasileiro está aqui para ser uma mãe para eles, como aquela da música “Meu guri”, do companheiro petista Chico Buarque.

Que mal há no caso paulista se o assassino “dimenor” — com sua fome de matar temporariamente saciada — já foi recolhido, sem legenda, nem iniciais? "Eu não entendo essa gente, seu moço/ fazendo alvoroço demais”... Só porque daqui a três anos ele estará nas ruas, de ficha limpa, como um exemplo de que o crime compensa? Dependendo do ódio pela vítima no caso de homicídio ou do tesão, no de estupro, talvez valha mesmo a pena arriscar um período de recolhimento, e daí?

Todo mundo sabe de quem é a culpa. Todo mundo sabe que a resposta oficial de políticos, juristas, jornalistas, cientistas sociais e demais membros das classes falantes brasileiras para a família de Victor Hugo Deppman e para toda essa gente reacionária com fome de justiça é a reposta “k”:

Kkkkkkkkkk!



Felipe Moura Brasil edita o Blog do Pim.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Ter Abr 16, 2013 9:52 pm
por Wingate
Lirolfuti escreveu:Os guris do crime

Escrito por Felipe Moura Brasil | 16 Abril 2013
Artigos - Governo do PT

A seguir cenas do próximo Enem:

— Quem matou o paulista Victor Hugo Deppman, de 19 anos?

a) A arma.
b) A pobreza.
c) A falta de escola.
d) A falta de um parquinho com escorrega na periferia.
e) A falta de verbas para o cinema nacional.
f) O capitalismo.
g) Os católicos e evangélicos.
h) A sociedade burguesa.
i) O sistema.
j) O celular de Victor Hugo Deppman.
k) Todas as respostas anteriores.

Ué, pergunta-se o vestibulando, mas e o assassino? Não foi ele?

Pergunta típica de estudante reacionário, que merece nota zero no Enem. Não entendeu ainda que, no Brasil de hoje, tudo mata, menos o assassino?

É simples:

Quando o desnutrido rouba a maçã da feira, ou o pai falido, um remédio para dar ao filho doente, temos os chamados “crimes famélicos”, que em países civilizados nem chegam a ser considerados crimes.

No Brasil de hoje, graças aos cientistas sociais, todos os crimes se passam por “crimes famélicos”: se o sujeito rouba um celular, é porque ele estava com muita fome de celular e não podia ficar sem internet. Se ele mata alguém enquanto rouba um celular, a fome era muito grande — ou muito antiga, já que uma fomezinha na infância basta para autorizar uma vida inteira de crimes. E, se a fome era muito grande ou muito antiga, a culpa é dos ricos que, segundo esses mesmos cientistas sociais, criaram a pobreza. Mesmo que muitas vezes seja uma pobreza apenas aparente, daquelas com piscina e parabólica, de causar inveja aos pobres da Índia.

O estupro, por exemplo, é um caso óbvio de crime famélico: o sujeito não consegue comer mulher, não consegue nem sair com uma mulher, então precisa forçar a barra para dar umazinha. Que mal há nisso?

O mal está, obviamente, naqueles malditos pastores evangélicos que insistem em dizer aos pobres brasileiros que, mesmo para eles, o crime é pecado. Como eles ousam tornar os pobres tão apáticos? Não leram Marcuse? Não leram Hobsbawn?

A taxa irrisória de delinquência entre os pobres evangélicos é mesmo um crime: um crime indesculpável contra a tese da correlação causal entre pobreza e criminalidade. Veja só como a fé é alienante: o sujeito, em vez de aproveitar que é pobre para roubar, estuprar e matar os ricos sem peso de consciência, fica lá rezando pai-nosso, ave-maria, e não furta nem uma hóstia!

Entre o apelo ao crime e o apelo à fé; entre a palavra dos cientistas sociais e a dos bispos, que há décadas disputam a alma dos pobres brasileiros, ele repete a dos bispos. Fica parecendo até que a ação humana não depende diretamente da situação econômica, mas da interpretação que se faz dela, de acordo com crenças e valores disseminados pela classe letrada, da qual participam os cientistas sociais e os bispos. Mais um pouco e até os psicopatas acreditam que têm escolha!

Não é porque a maioria dos pobres nas favelas e periferias não delinque nem mata que o Estado vai culpar os que delinquem e matam, sobretudo se menores de idade. Livros, teses, jornais e ONGs progressistas fizeram chegar até estes a ideia de que o crime é não apenas justificável nessas circunstâncias, como é sem dúvida o melhor a fazer; de modo que a culpa não é deles se ainda há quem prefira Jesus Cristo.

Se as noivas celebram despedida de solteira com vários go-go-boys, por que os pobres de 17 anos não podem celebrar despedida de menoridade com um cadáver? Isto sim é um direito humano. Gilberto Carvalho e Michel Temer são muito coerentes em defender os jovens assassinos contra essa meia dúzia de reacionários que critica o limite de 3 anos de recolhimento, previsto pelo artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Eles querem o quê, afinal? Que os menores passem muitos anos na cadeia?

Só falta dizer que a precariedade do sistema carcerário não é motivo para deixar os assassinos nas ruas, matando a população. Só falta acusar o governo de descuidar das prisões para ter uma desculpa a mais para liberá-los. Só falta explicar o índice de 70% de reincidência criminal em função justamente da suavidade das penas, da sensação de impunidade e do descuido prisional. Só falta propor a reeducação do imaginário dos presos pela leitura de Dostoiévski. Só falta alegar que Deppman estaria vivo se o assassino tivesse ficado preso nas duas vezes em que fora detido por roubo. Só falta espalhar que em um monte de países civilizados a maioridade penal se dá antes dos 18 anos. Só falta declarar que os bandidos adultos usam os adolescentes intocáveis como mão de obra do crime. Só falta lembrar que os próprios pobres são suas principais vítimas, inclusive dos 50 mil homicídios por ano no país. Só falta afirmar que o Brasil só será mais seguro quando os bandidos tiverem tanto medo das consequências de seus crimes quanto os humoristas têm das de fazer piada com Alá e Maomé.

É muito reacionarismo para uma guerra civil só! O Estado brasileiro não está aqui para aterrorizar bandidos. O Estado brasileiro está aqui para ser uma mãe para eles, como aquela da música “Meu guri”, do companheiro petista Chico Buarque.

Que mal há no caso paulista se o assassino “dimenor” — com sua fome de matar temporariamente saciada — já foi recolhido, sem legenda, nem iniciais? "Eu não entendo essa gente, seu moço/ fazendo alvoroço demais”... Só porque daqui a três anos ele estará nas ruas, de ficha limpa, como um exemplo de que o crime compensa? Dependendo do ódio pela vítima no caso de homicídio ou do tesão, no de estupro, talvez valha mesmo a pena arriscar um período de recolhimento, e daí?

Todo mundo sabe de quem é a culpa. Todo mundo sabe que a resposta oficial de políticos, juristas, jornalistas, cientistas sociais e demais membros das classes falantes brasileiras para a família de Victor Hugo Deppman e para toda essa gente reacionária com fome de justiça é a reposta “k”:

Kkkkkkkkkk!



Felipe Moura Brasil edita o Blog do Pim.





Wingate

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Ter Abr 16, 2013 10:29 pm
por Brasileiro
Achei o texto um amontoado de impressões confusas. É claro que a reivindicação é justa.

Começo a perder o respeito sempre que passam por querer desacreditar ciência e o estudo sem saber muito bem o que está falando. Sinto muito, mas por força de princípios não posso seguir raciocínios assim, sobretudo em assuntos tão importantes.

SCIENTIA VINCES



abraços

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Ter Abr 16, 2013 11:19 pm
por Viktor Reznov
Eu acho que menor infrator acima de 12 anos de idade, que cometa crime hediondo, deve ser julgado como adulto e cumprir parte da pena na FEBEM até os 18 anos, a partir dos quais ele será transferido pra um presídio comum.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Ter Abr 16, 2013 11:58 pm
por Brasileiro
Cross escreveu:Eu acho que menor infrator acima de 12 anos de idade, que cometa crime hediondo, deve ser julgado como adulto e cumprir parte da pena na FEBEM até os 18 anos, a partir dos quais ele será transferido pra um presídio comum.
Aahhh Cross, mas aí é que reside o paradoxo.

Sou totalmente a favor de uma alteração no tratamento dado a menores envolvidos em crimes violentos (sem deixar de citar que são uma minoria entre os menores internados).

Só que para isto, é preciso decidir o que se quer. Se você quer eliminar jovens para sempre, a solução é fazer algo semelhante ao que se faz com o lixo radioativo, guarda e deixa lá pra sempre, fora do alcance de todos, ou acaba de uma vez.

Mas se a ideia é concertar, a coisa é diferente. Como pode você colocar um menor delinquente num sistema educacional/penal diferenciado, efetivo, que requer infra-estrutura, pessoal qualificado etc, e que não custa barato, e depois de todo este processo de vários anos, jogá-lo na mesma vala onde residem os bandidos mais experientes, onde nada de útil se aprende, onde impera a violência? Não vejo racionalidade nenhuma nisso. Além de impune, nosso sistema já é eficiente em jogar jovens em um lugar que não agrega nada e mistura o que há de pior, então vem o nosso governador e propõe tentar "consertar" para depois devolver ao esgoto. Não tem nexo nenhum!

Se for só para punir mesmo, basta deixar estes espaços do jeito que estão, ampliá-los e tentar garantir legalmente que fiquem lá por muito mais tempo do que hoje ficam, e de lá para a prisão quando chegar aos 18, se sentirão em casa.
Agora, se for para tentar fazer algo mais decente do que isto, não vejo como opção minimamente lógica apanhar um rapaz que teria passado por vários anos em um regime sério e caro de educação/recuperação e lançá-lo depois na cova dos professores de violência e sair dali alguns outros anos depois.




abraços]

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Abr 17, 2013 12:05 am
por Marechal-do-ar
O homicídio foi o primeiro crime daquele jovem de 17 anos?

Se não foi então me desculpe Cross, não é a diferenciação de "hediondo" que está errada, ninguém fez nada quando ele cometeu delitos mais leves, ninguém nem se importou independente do motivo, só quando chega no crime sem volta as pessoas se preocupam, sinto muito, ai é tarde demais.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qua Abr 17, 2013 12:50 am
por Boss
Esse marginalzinho filho da puta deveria ser jogado em uma câmara de gás ou ir servir de escravo em Belo Monte e sair dali para outras obras públicas. Quando cansasse, leva no Pantanal e deixa os jacarés comerem.

Só vai gastar dinheiro público. Fundo perdido. Seja o que já gastaram para "educá-lo", seja o que gastam na Fundação Casa, seja o que gastarão quando ele for preso mais uma vez, provavelmente matando mais alguém, servindo de bucha de canhão para o PCC ou qualquer outra facção.