Fórum Defesa Brasil

alex escreveu: ↑Qui Jan 03, 2019 2:48 pm Realmente. Países medianos não podem arcar com o custo de aquisição quanto mais de manutenção destas maquinas. Além do mais a capacidade de engajamento e alcance dos novos misseis antitanque põe em xeque estas aquisições.

Alcance de mísseis anticarro põe em xeque as aquisições? De onde você tirou uma bobagem dessa?

Diz isso pra Trophy, AMAP, Afghanit, Iron Fist...

Países Europeus que estão reduzindo seus carros de combate são Holanda e Noruega. Espanha não pretende reduzir, França pretende aumentar, Hungría pretende aumentar, Alemanha está aumentando, Itália não pretende reduzir, Inglaterra não pretende reduzir, Polônia está aumentando, Ucrânia nem se fala...

Posso continuar o dia todo para mostrar o quanto sua lógica é falaciosa.

E o mais ridículo: você usa Holanda e Noruega como comparativos pro Brasil?

Se sim, é a típica forma argumentativa falaciosa de usar somente fatos que lhe convém. Como apontei antes, países que estão sempre participando de algum conflito jamais pensaram em rever o uso de carros de combates, muito pelo contrário!

Estão atualizando seus existentes e/ou aumentando as quantidades em suas fileiras. França, Alemanha, EUA, Israel, Índia, Arábia Saudita, Marrocos, Rússia, China...

Eu nunca usaria Holanda e Noruega comparativamente com o Brasil. Estes paises levam defesa a serio, não e nosso caso.

alex escreveu: ↑Qui Jan 03, 2019 3:50 pm Eu nunca usaria Holanda e Noruega comparativamente com o Brasil. Estes paises levam defesa a serio, não e nosso caso.

A Holanda? Não é a área mais importante nem pouco mais ou menos. Talvez levem mais ao nível da Marinha porque têm a Damen, porque de resto...

alex escreveu: ↑Qui Jan 03, 2019 3:50 pm Eu nunca usaria Holanda e Noruega comparativamente com o Brasil. Estes paises levam defesa a serio, não e nosso caso.

Ue, então você entra numa sinuca de bico, pois nenhum outro país está excluíndo seus CC's pra comprar drone e artilharia.

Logo seu argumento é infundado.

Acredite mesmo assim eh mais serio que o Brasil. O que você acha de um pais que gastou 20 anos em um projeto de lançador de satélites que não conseguiu terminar e ainda matou 21 técnicos na rampa de lançamento? Ou que comprou um porta aviões de mais de 30 anos cheio de amianto com a propulsão toda estourada e conseguiu matar 2 tripulantes?

Apesar de hoje não termos ameaças blindada factiveis nas nossas fronteiras, isso não é um cheque em branco para o EB dizer que não precisa de MBT's.
Ao contrário, significa que temos de estar minimamente preparados para lidar com mudança aleatórias neste cenário.
Tanto em relação à vizinhança como atores externos ao nosso TO local.

Abs

Mas o cara ta delirando!

Ele diz que "países estão repensando uso de MBT's" mas ninguém ta fazendo isso, ai depois diz que "caças, drones e artilharia" são mais eficientes baseados em um exemplo falacioso, dizendo que na Guerra do Golfo e Yom Kippur foram os caças que destruíram os blindados inimigos...

Bem, acabei de ler uma matéria dando conta de que o Paquistão está comprando, ou em vias de, cerca de 600 novos CCs. Fora os que já tem.

Por aqui infelizmente é um verdadeiro escândalo o EB possuir CC, e mais ainda o governo querer adquirí-los. E pouco importa se novos ou usados.

A mentalidade do brasileiro do séc XXI continua a mesma de um século atrás.

Não aprendemos nada com nossa história, e nosso erros, e menos ainda com a dos outros.

Fazer o que.

Abs

FCarvalho escreveu: ↑Sex Jan 04, 2019 12:02 am Bem, acabei de ler uma matéria dando conta de que o Paquistão está comprando, ou em vias de, cerca de 600 novos CCs. Fora os que já tem.

Por aqui infelizmente é um verdadeiro escândalo o EB possuir CC, e mais ainda o governo querer adquirí-los. E pouco importa se novos ou usados.

A mentalidade do brasileiro do séc XXI continua a mesma de um século atrás.

Não aprendemos nada com nossa história, e nosso erros, e menos ainda com a dos outros.

Fazer o que.

Abs

Vou te dar uma lista de quem está expandindo ou modernizando os atuais:

EUA (M1A2C e D), Rússia(T-72B3+, mais T-90M e T-14), Alemanha (2A7V e Leoclerc), França (Leoclerc), China (Type 99A), Israel (Merkava V), Turquia (Altay), Índia (Arjun MkIA, mais T-90S), Parquistão (600+, que podem ser T-90), Marrocos (mais de 300 M1A1 AIM-SA), Hungría (2A7V), Polônia (2PL), Thailândia (VT-4 e T-84M)...

Ainda tem Colômbia, Peru, República Tcheca, Chile e outra penca de países planejando comprar novos MBT's.

Não há nenhum país no mundo reduzindo a quantidade se CC's em troca de drones e artilharia. Não sei de onde ele tirou essa conclusão.

Um CC nacional tem de levar em conta duas coisas simples: preço e custeio(logística).
Jamais teremos um orçamento adequado as necessidades reais à manutenção de uma força blindada na sua íntegra.
Exemplo disso é o fato corriqueiro de OM blindadas e mecanizadas brasileiras não disporem ou de recursos orçamentais, ou humanos, ou materiais que permitam sua dotação completa. Sempre está faltando alguma coisa. Mesmo a formação e treinamento das equipes são permanentemente prejudicadas pela inépcia organizacional e financeira do EB.
Então, pouco ou nada adianta discutir se esse ou aquele CC é melhor ou pior se não houver uma mudança radical na concepção da arma blindada nacional e sua organização é estrutura, e principalmente, da nossa capacidade de mantê-la efetiva e operacional.
Países que levam defesa a sério fazem as contas antes de sair comprando qualquer coisa por aí. E mais, compram apenas e tão somente o que conseguem obter o em seus orçamentos.
Mas essa lógica parece passar muito longe dos gabinetes de quem decide as coisas no EB.

Abs

Pra isso tem o plano de Reforma. A Reforma nas FFAA, especialmente no Exército, precisa reavaliar tudo.

Apesar de muitos serem contra a Bda Cav Mec, acho que bastaria rever sua doutrina de Reconhecimento e Segurança para adicionar a Ação de Choque, tornando-se uma Brigada também de choque, porém com economia de custos. Sendo equipada de VBR Guarani (105 ou 120 mm), talvez até um derivado do VBR destinado a VBCI (tal como o Freccia), aliado à sua mobilidade estratégica, seria extremamente válida em nosso T.O.

O mesmo sobre uma redistribuição das tropas mecanizadas. Concentra-las no Sul já é um erro, pois nossa ameaça inverteu de hemisfério e cresce cada vez mais, além da fronteira Oeste e Noroeste (do Pantanal até o sul do Acre) serem desguarnecidas de blindados, mesmo os Mecanizados (defendo a transferência de uma Bda Cav Mec pra RO).

A Brigada Blindada não é diferente. A organização atual é ineficiente, principalmente considerando adestramento em FT. Neste caso, precisamos de reforma geral, abrangendo: organização, infraestrutura, equipamento, introdução de VBCI, doutrina e entre outros.

Não adianta nada comprar Abrams, K1A2, Leopard ou T-90 sem VBCI para fazer sua cobertura, muito menos Infantaria equipada para ajudar na tarefa.

A primeira tarefa do EB antes de comprar um novo CC, se usado ou não é outra coisa, é repensar tudo na sua organização e doutrina.
Depois pensamos nos meios.
O problema é: temos tempo para fazer isso?

Abs

FCarvalho escreveu: ↑Sex Jan 04, 2019 10:34 pm A primeira tarefa do EB antes de comprar um novo CC, se usado ou não é outra coisa, é repensar tudo na sua organização e doutrina.
Depois pensamos nos meios.
O problema é: temos tempo para fazer isso?

Abs

Infelizmente não, vamos ter que consertar o pneu com o carro andando.

Ao menos a organização, substituindo RCC e BIB por RCB's da forma que coloquei e adicionar um RCM já ajudaria muito. O resto, só com os novos equipamentos e muito exercício.

Mas não tem mistério. O que eu propús mesmo foi uma solução unindo a organização da ABCT, doutrina Panzergrenadiere Suíça e Frações parecidas com a nova do USMC (3 Fuzileiros divididos em 3 esquadras, no caso deles são 4 esquadras), com um toque tupiniquim no apoio.

Levei 3 meses pra bolar isso e o CIBlind não demoraria mais que isso para elaborar alguma outra.

Pois é. Espero que o novo cmte do EB esteja antenado para essas questões. Mesmo com tantas prioridades na frente da renovação da cav blda.

Mas vamos aguardar. Creio que antes de 2022 tenhamos uma resposta definitiva para esse problema.

Pode até não ser a ideal, mas que seja ao menos a que garanta uma real efetividade a cav blda.

Abs