Re: F A R C
Enviado: Qua Out 05, 2016 4:00 pm
Irei cobrar.wagnerm25 escreveu:Se sobrar um tempo, vou tentar fazer uns desenhos.
Irei cobrar.wagnerm25 escreveu:Se sobrar um tempo, vou tentar fazer uns desenhos.
Bem, para mim o Uribe está explorando o acordo de paz para uso próprio, pois o mesmo é presidenciável para 2018 e a alta popularidade dele deve-se, em parte, ao combate que fez as FARC durante seu mandato. Sem contar que ele tem toda aquela história do relacionamento ambíguo com os grupos paramilitares (conhecido como "escândalo da parapolítica"). Quanto ao assunto de acordo de paz estar sendo discutido durante as edições do Foro de São Paulo, creio que não há nenhum segredo nisso. Sabe-se disso a anos, inclusive existiram outras propostas de acordos antes do governo do Santos, que foram todas rejeitadas. A diferença é que dessa vez o Santos decidiu tomar a decisão política de ir para a frente com esse acordo, para deixar um legado, não sei. Não acho que ele seja um traidor, covarde ou um idiota. Pelo contrário, acredito que ele tomou uma posição - bastante impopular - que ninguém antes teve coragem de tomar.vargasem escreveu:Bolovo,
Sobre as provas, me pauto nas ATAS do Foro de São Paulo. As instituições citadas no post anterior estão se reunindo desde de 1990 e este assunto está em pauta desde então, provando que essa trama começou a ser discutida antes mesmo do Uribe, ou seja, bem antes de Santos. O que me leva a crer que nessa história toda, ou o Santos é um traidor/covarde ou ele é um idiota completo, que mesmo tendo sido Ministro da Defesa não sabia disso. Sabendo quem ele é, fico com a primeira hipótese, pois de bobo ele não tem nada.
Quanto à participação do Papa, ele entrou ele teve uma participação simbólica, muito mais política do que de negociação. Tanto que na hora que o quiseram envolvê-lo diretamente, ele saiu de banda e passou a bola pra frente. Por exemplo, no momento em que foi convidado para ser um dos membros do comitê de notáveis que seria importante por decisões cruciais e que, ao final do processo, afetariam diretamente os narcoterroristas das FARC. Agora me diga, nos tempos atuais, qual é o papa que diria não para qualquer acordo de Paz? Papa por Papa, Pio XXII excomungou todos os comunistas em 1949 e o que isto quer dizer? Nada.
Para finalizar, acompanho o assunto com muito mais profundidade do que vocês possam imaginar. Não entendam que não sou a favor de um acordo de paz, eu só não acredito neste acordo e na forma como ele foi concebido. Obviamente, isto não quer dizer que não possa ser melhorado e é isto que o Uribe tem tentado fazer, diferentemente do que os veículos de comunicação no Brasil tem falado.
Abraços,
Vargas.
Uribe não é presidencial para 2018, pois a lei colombiana não o permite. No mais, respeito seus argumentos e acho que em fim, você entendeu os meus.Bolovo escreveu:Bem, para mim o Uribe está explorando o acordo de paz para uso próprio, pois o mesmo é presidenciável para 2018 e a alta popularidade dele deve-se, em parte, ao combate que fez as FARC durante seu mandato. Sem contar que ele tem toda aquela história do relacionamento ambíguo com os grupos paramilitares (conhecido como "escândalo da parapolítica"). Quanto ao assunto de acordo de paz estar sendo discutido durante as edições do Foro de São Paulo, creio que não há nenhum segredo nisso. Sabe-se disso a anos, inclusive existiram outras propostas de acordos antes do governo do Santos, que foram todas rejeitadas. A diferença é que dessa vez o Santos decidiu tomar a decisão política de ir para a frente com esse acordo, para deixar um legado, não sei. Não acho que ele seja um traidor, covarde ou um idiota. Pelo contrário, acredito que ele tomou uma posição - bastante impopular - que ninguém antes teve coragem de tomar.vargasem escreveu:Bolovo,
Sobre as provas, me pauto nas ATAS do Foro de São Paulo. As instituições citadas no post anterior estão se reunindo desde de 1990 e este assunto está em pauta desde então, provando que essa trama começou a ser discutida antes mesmo do Uribe, ou seja, bem antes de Santos. O que me leva a crer que nessa história toda, ou o Santos é um traidor/covarde ou ele é um idiota completo, que mesmo tendo sido Ministro da Defesa não sabia disso. Sabendo quem ele é, fico com a primeira hipótese, pois de bobo ele não tem nada.
Quanto à participação do Papa, ele entrou ele teve uma participação simbólica, muito mais política do que de negociação. Tanto que na hora que o quiseram envolvê-lo diretamente, ele saiu de banda e passou a bola pra frente. Por exemplo, no momento em que foi convidado para ser um dos membros do comitê de notáveis que seria importante por decisões cruciais e que, ao final do processo, afetariam diretamente os narcoterroristas das FARC. Agora me diga, nos tempos atuais, qual é o papa que diria não para qualquer acordo de Paz? Papa por Papa, Pio XXII excomungou todos os comunistas em 1949 e o que isto quer dizer? Nada.
Para finalizar, acompanho o assunto com muito mais profundidade do que vocês possam imaginar. Não entendam que não sou a favor de um acordo de paz, eu só não acredito neste acordo e na forma como ele foi concebido. Obviamente, isto não quer dizer que não possa ser melhorado e é isto que o Uribe tem tentado fazer, diferentemente do que os veículos de comunicação no Brasil tem falado.
Abraços,
Vargas.
A minha única pretensão foi lhe chamar atenção para a vergonha que você está passando. É você o ser que apresenta doença ideológica, importada dos insuportáveis espaços das redes sociais, com o inefável "Fora PeTêe" para tudo e qualquer coisa. Ademais, quem esgrime com Foro de São Paulo e filia o Presidente da Colômbia ao PT deve mesmo causar gargalhadas no íntimo alheio.vargasem escreveu:Amigo,Ilya Ehrenburg escreveu: Caríssimo...
Não houve pegadinha, distorção ou mesmo tentativa de 'quebra' dos teus argumentos. O Bolovo foi dialético contigo, ou seja, questionou a sua argumentação fazendo-lhe perguntas, as quais você não foi capaz de responder...
Algo muito simples de se ver.
És mais um rancoroso ideológico, percebe-se.
A pergunta que se insere é se você vai forçá-lo a beber cicuta...
Não seja pretensioso. Não misture "... capaz de responder" com o fato de eu não querer entrar numa discussão ilógica no meu entender. O Bolovo quer justificar que o acordo é bom porque está sendo liderado por um ex-ministro da Defesa do Uribe ou por ele fazer parte um Partido Liberal, que é mais conhecido como Partido de La U (U de Uribe mesmo). Para mim isto não é argumento e eu não tenho obrigação nenhuma de me deixar levar para este lado da discussão. Mas para satisfazer vossa sede, vários podem ter sido os fatores que o levaram o Presidente a tomar essa postura, dos quais muitos deles eu entendo ser suspeitos, a partir do fato de que ele começou a tratar o assunto de forma sigilosa e sem o apoio de seus aliados e do povo colombiano, às escondidas com Castro e seu regime. Abstraia o meu não apreço por Cuba neste caso. Apegue-se apenas ao fato de que os colombianos não confiam nos Cubanos. Conheço de Colômbia e sei do que estou falando.
Quanto à questão de ideologia, é você quem está trazendo isso à tona a todo momento. Alias, nesse FlaxFlu (PTxPSDB) eu sou América e você está perdendo o seu tempo em querem me levar para essa seara também.
Abraços,
Vargas.
Prezado forista,Grep escreveu:Poderia explicar mais detalhadamente quais são os problemas desse plano de paz? O que irá trazer de ruim para a Colômbia?
Pretensão demais a sua querer chamar minha atenção, preconceito demais por achar que trata-se de doença ideológica e ignorância demais por não entender o que quero ponderar. Não merece maiores comentários.Ilya Ehrenburg escreveu:A minha única pretensão foi lhe chamar atenção para a vergonha que você está passando. É você o ser que apresenta doença ideológica, importada dos insuportáveis espaços das redes sociais, com o inefável "Fora PeTêe" para tudo e qualquer coisa. Ademais, quem esgrime com Foro de São Paulo e filia o Presidente da Colômbia ao PT deve mesmo causar gargalhadas no íntimo alheio.vargasem escreveu:
Amigo,
Não seja pretensioso. Não misture "... capaz de responder" com o fato de eu não querer entrar numa discussão ilógica no meu entender. O Bolovo quer justificar que o acordo é bom porque está sendo liderado por um ex-ministro da Defesa do Uribe ou por ele fazer parte um Partido Liberal, que é mais conhecido como Partido de La U (U de Uribe mesmo). Para mim isto não é argumento e eu não tenho obrigação nenhuma de me deixar levar para este lado da discussão. Mas para satisfazer vossa sede, vários podem ter sido os fatores que o levaram o Presidente a tomar essa postura, dos quais muitos deles eu entendo ser suspeitos, a partir do fato de que ele começou a tratar o assunto de forma sigilosa e sem o apoio de seus aliados e do povo colombiano, às escondidas com Castro e seu regime. Abstraia o meu não apreço por Cuba neste caso. Apegue-se apenas ao fato de que os colombianos não confiam nos Cubanos. Conheço de Colômbia e sei do que estou falando.
Quanto à questão de ideologia, é você quem está trazendo isso à tona a todo momento. Alias, nesse FlaxFlu (PTxPSDB) eu sou América e você está perdendo o seu tempo em querem me levar para essa seara também.
Abraços,
Vargas.
Passar bem.
Sempre existiram grupos diversificados na esquerda armada colombiana. Hoje, as FARC são mais famosas, mas em décadas passadas, esse lugar estava reservado a outros, como o antigo M19. E nem todos estes grupos tinham vinculações com Cuba ou outros países da Cortina de Ferro, como aliás, aconteceu no Brasil. Ao responder se a Guerrilha do Araguaia recebera armas de Moscou, um líder do PC do B respondeu:vargasem escreveu:É um fato que a guerrilha na região foi suportada pela KGB (serviço de espionagem soviético), por meio de Cuba e também pelo serviço de inteligência da Tchecoslováquia, cujos qual lhes provia treinamento e suporte logístico.
Muito antes de surgir uma União Soviética, já existiram levantes armados na América Latina, pelos mais diversos motivos. Acho uma supersimplificação atribuir a uma força externa a eclosão de um movimento armado de ampla duração como uma guerrilha. Se uma coisa assim acontece dentro de um país, eu creio que a causa tem de ser procurada na formação histórica, econômica e social dentro deste país, e não fora dele. No caso da Colômbia - como aliás, suponho que na esmagadora maioria dos casos latino-americanos - a causa da eclosão de um movimento guerrilheiro está na luta pela posse da terra. Outro fator, eu me arriscaria a sugerir, está em cisões de caráter étnico, uma oposição entre populações de origem indígena com populações de caráter mais europeizado.Não há como se pegar em armas sem o devido treinamento. Não há como se montar operações, sem ter o mínimo de capacidade de planejamento e suporte logístico. Não há como se sustentar uma guerrilha por tanto tempo sem dinheiro e armas. E foram os cubanos e tchecos, que treinados pela KGB, que prepararam as guerrilhas na AM para tal empreitada.
Isso ocorreu não só na Colômbia, mas também no Brasil.
Esse "Grande Plano-Mestre" não é crível, no caso doo Brasil, pelo fato de que o único partido de esquerda abençoado por Moscou, o PCB, sempre ter sido contrário à luta armada. Essa foi empreendida, em sua maioria, por facções hostis ao PCB. É verdade que existiu apoio e simpatias cubanas, no contexto da "solidariedade socialista latino-americana", mas isso não quer dizer que tal coisa resultou dos desejos da União Soviética. Um exemplo, Che Guevara foi até a Bolívia tentar aquela loucura de "Foco Revolucionário", mas foi rechaçado pelo Partido Comunista boliviano, e acabou do jeito que todo mundo sabe.A pergunta que se faz sentido daqui em diante é, quais seriam as reais intenções do governo soviético e da KBG nisto? Muito resumidamente, projetar o seu poder militar na região, de forma oculta e ao mesmo tempo tirar a atenção de uma outra frente que estava sendo conduzida em paralelo, que é a frente política e ideológica, onde as universidades, o parlamento e os veículos de comunicação foram abarrotados de agentes*, formando pessoas e desinformando a população, enquanto os governos se mantinham focados na luta armada na América Latina.
Olha, nunca nem tinha ouvido falar nesse livro, mas, sinceramente, tem cheiro de mais "Grandes Planos-Mestres", ou seja, teoria da conspiração. Pra mim, o que aconteceu foi, muito simplesmente, a velha tática de "Uma das Mãos Lava a Outra". Os narcos tinham dinheiro, os guerrilheiros tinham armas e homens, então que tal unir o útil ao agradável?E o principal impulsionador disto foi o sucesso do narcotráfico na Colômbia, que proporcionou às FARC uma condição financeira quase que ilimitada, podendo ser comparada ao nível do estado em termos de recursos, possibilitando sustentar essa guerra insana por cinquenta anos.
Em principio, os narcotraficantes não tinham afinidade com os comunistas, mas visando o lucro, proteção, armas e informações valiosíssimas, no que tange à inteligência, foram atraídos pelos estrategistas da KGB por meio do Serviço Secreto Cubano. É com uma riqueza muito grande de detalhes, que no livro Red Cocaine – A Narcotização soviética da América e do Ocidente (...)
E qual o problema do Fernando Gabeira ter virado um político? Aliás, já desvirou, agora é só jornalista. É um sujeito muito equilibrado, e olha que escrevo isto discordando, da forma mais veemente possível, do apoio que ele deu ao asilo concedido àquele traste assassino chamado de Cesare Battisti. O mesmo vale para os outros, até mesmo a abominável Roussef.Com isso, começou-se a preparar um acordo de paz, que pudesse dar às FARC uma imunidade a todos os atos terroristas cometidos nos últimos 50 anos, chegando ao ponto de possibilitar num segundo momento que os líderes narcoguerrílheiros também pudessem chegar às altas esferas do governo, trocando a luta armada pela luta ideológica assim como foi feito no Brasil. Fato é que, alguns de nossos políticos também participaram da luta armada, tal como José Dirceu, Genoíno, Dilma Rousseff, Fernando Pimentel, Aloísyo Nunes (PSDB), Eduardo Jorge (PV), Fernando Gabeira (jornalista), dentre tantos outros.
Clermont,Clermont escreveu:Sempre existiram grupos diversificados na esquerda armada colombiana. Hoje, as FARC são mais famosas, mas em décadas passadas, esse lugar estava reservado a outros, como o antigo M19. E nem todos estes grupos tinham vinculações com Cuba ou outros países da Cortina de Ferro, como aliás, aconteceu no Brasil. Ao responder se a Guerrilha do Araguaia recebera armas de Moscou, um líder do PC do B respondeu:vargasem escreveu:É um fato que a guerrilha na região foi suportada pela KGB (serviço de espionagem soviético), por meio de Cuba e também pelo serviço de inteligência da Tchecoslováquia, cujos qual lhes provia treinamento e suporte logístico.
- Mas é claro que não! Desde quando a URSS daria armas ao PC do B?
Isso porque o PC do B, detestava a União Soviética só um pouco menos do que os Estados Unidos. Eles adoravam a China de Mao-Tse Tung, que supostamente seria verdadeiramente socialista. Mais ou menos como, hoje em dia, alguns defendem que a verdadeira social-democracia está no PT e não no PSDB.
E esse é um dos erros mais graves ao analisar a época da Guerra Fria: acreditar que o mundo comunista fosse monolítico, unitário, com todos marchando na mesma cadência rumo à conquista da humanidade.
Muito antes de surgir uma União Soviética, já existiram levantes armados na América Latina, pelos mais diversos motivos. Acho uma supersimplificação atribuir a uma força externa a eclosão de um movimento armado de ampla duração como uma guerrilha. Se uma coisa assim acontece dentro de um país, eu creio que a causa tem de ser procurada na formação histórica, econômica e social dentro deste país, e não fora dele. No caso da Colômbia - como aliás, suponho que na esmagadora maioria dos casos latino-americanos - a causa da eclosão de um movimento guerrilheiro está na luta pela posse da terra. Outro fator, eu me arriscaria a sugerir, está em cisões de caráter étnico, uma oposição entre populações de origem indígena com populações de caráter mais europeizado.Não há como se pegar em armas sem o devido treinamento. Não há como se montar operações, sem ter o mínimo de capacidade de planejamento e suporte logístico. Não há como se sustentar uma guerrilha por tanto tempo sem dinheiro e armas. E foram os cubanos e tchecos, que treinados pela KGB, que prepararam as guerrilhas na AM para tal empreitada.
Isso ocorreu não só na Colômbia, mas também no Brasil.
Esse "Grande Plano-Mestre" não é crível, no caso doo Brasil, pelo fato de que o único partido de esquerda abençoado por Moscou, o PCB, sempre ter sido contrário à luta armada. Essa foi empreendida, em sua maioria, por facções hostis ao PCB. É verdade que existiu apoio e simpatias cubanas, no contexto da "solidariedade socialista latino-americana", mas isso não quer dizer que tal coisa resultou dos desejos da União Soviética. Um exemplo, Che Guevara foi até a Bolívia tentar aquela loucura de "Foco Revolucionário", mas foi rechaçado pelo Partido Comunista boliviano, e acabou do jeito que todo mundo sabe.A pergunta que se faz sentido daqui em diante é, quais seriam as reais intenções do governo soviético e da KBG nisto? Muito resumidamente, projetar o seu poder militar na região, de forma oculta e ao mesmo tempo tirar a atenção de uma outra frente que estava sendo conduzida em paralelo, que é a frente política e ideológica, onde as universidades, o parlamento e os veículos de comunicação foram abarrotados de agentes*, formando pessoas e desinformando a população, enquanto os governos se mantinham focados na luta armada na América Latina.
Na Colômbia, eu já li que os movimentos guerrilheiros surgiram à revelia da vontade do partido comunista local, inclusive tendo ocorrido ataques armados contra os comunistas colombianos.
Olha, nunca nem tinha ouvido falar nesse livro, mas, sinceramente, tem cheiro de mais "Grandes Planos-Mestres", ou seja, teoria da conspiração. Pra mim, o que aconteceu foi, muito simplesmente, a velha tática de "Uma das Mãos Lava a Outra". Os narcos tinham dinheiro, os guerrilheiros tinham armas e homens, então que tal unir o útil ao agradável?E o principal impulsionador disto foi o sucesso do narcotráfico na Colômbia, que proporcionou às FARC uma condição financeira quase que ilimitada, podendo ser comparada ao nível do estado em termos de recursos, possibilitando sustentar essa guerra insana por cinquenta anos.
Em principio, os narcotraficantes não tinham afinidade com os comunistas, mas visando o lucro, proteção, armas e informações valiosíssimas, no que tange à inteligência, foram atraídos pelos estrategistas da KGB por meio do Serviço Secreto Cubano. É com uma riqueza muito grande de detalhes, que no livro Red Cocaine – A Narcotização soviética da América e do Ocidente (...)
E qual o problema do Fernando Gabeira ter virado um político? Aliás, já desvirou, agora é só jornalista. É um sujeito muito equilibrado, e olha que escrevo isto discordando, da forma mais veemente possível, do apoio que ele deu ao asilo concedido àquele traste assassino chamado de Cesare Battisti. O mesmo vale para os outros, até mesmo a abominável Roussef.Com isso, começou-se a preparar um acordo de paz, que pudesse dar às FARC uma imunidade a todos os atos terroristas cometidos nos últimos 50 anos, chegando ao ponto de possibilitar num segundo momento que os líderes narcoguerrílheiros também pudessem chegar às altas esferas do governo, trocando a luta armada pela luta ideológica assim como foi feito no Brasil. Fato é que, alguns de nossos políticos também participaram da luta armada, tal como José Dirceu, Genoíno, Dilma Rousseff, Fernando Pimentel, Aloísyo Nunes (PSDB), Eduardo Jorge (PV), Fernando Gabeira (jornalista), dentre tantos outros.
Sobre o que aconteceu no plebiscito da Colômbia, eu acho que as explicações mais simples são as mais válidas: a guerra foi muito cruel no interior, mais do que nos centros urbanos, portanto o rancor contra o que foi considerado excesso de leniência. A abstenção foi muito elevada, a diferença de votos foi escassa o que não pode denotar uma rejeição maciça da população.
Também não acredito que a guerra vá recomeçar com as FARC, acho que algum consenso poderá ser alcançado em algum momento.
A ideia é essa.wagnerm25 escreveu:E o JMS levou o Nobel da Paz. Não tenho dúvidas que isso vai dar novo impulso ao processo de paz.
Provavelmente não. As partes irão sentar e rever pontos não aceitos pela sociedade. O acordo vai sair de qualquer jeito.P44 escreveu:Dado que o Nao venceu, vai voltar a guerra civil?