Missão de Paz no Haiti
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Re: Missão de Paz no Haiti
Concordo, Glauber.
Imposição de paz - e isso já fizemos - me parece diferente de conflito de média intensidade, ainda que o objetivo final deste último seja a conquista da paz local. Ok, não passa muito de uma questão de semântica, mas acho que a gente deve estabelecer diferenças. Um teatro de operações que exija mais que .50, continua me parecendo guerra convencional. Não creio que seja o caso africano.
Imposição de paz - e isso já fizemos - me parece diferente de conflito de média intensidade, ainda que o objetivo final deste último seja a conquista da paz local. Ok, não passa muito de uma questão de semântica, mas acho que a gente deve estabelecer diferenças. Um teatro de operações que exija mais que .50, continua me parecendo guerra convencional. Não creio que seja o caso africano.
Vinicius Pimenta
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Re: Missão de Paz no Haiti
Vinicius, então Haiti passou de "imposição de Paz" como você colocou. Não é divulgado mas o EB sempre levou AT4 e Carl Gustav pro Haiti desdo o primeiro ate o atual contigente.Vinicius Pimenta escreveu: Qualquer coisa acima de .50 já ultrapassou "imposição de paz" e já é intervenção militar, ou seja, guerra convencional de pelo menos média intensidade..
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Re: Missão de Paz no Haiti
Cara, mas levar é uma coisa, operar no dia-a-dia, ostentando (pras câmeras), atirar com elas nas operçaões, etc... Bom, aí á são ouuuuutros 500, certo?
Afinal o que "vale" é o que nós, meros mortais, vemos no Jornal da Globo, é a mesma lógica que vale pras operações que a Brigada lá de Goiania deve fazer e que ninguém fica sabendo, ou não...
Afinal o que "vale" é o que nós, meros mortais, vemos no Jornal da Globo, é a mesma lógica que vale pras operações que a Brigada lá de Goiania deve fazer e que ninguém fica sabendo, ou não...
The cake is a lie...
Re: Missão de Paz no Haiti
Photo # 417527
![http://img18.imageshack.us/img18/9550/417527.jpg](http://img18.imageshack.us/img18/9550/417527.jpg)
UN Photo/Marco Dormino
Memorial Service for Peacekeepers Killed in Plane Crash
UN peacekeepers mourn the death of 11 of their fellow officers at a memorial service in Port-au-Prince, Haiti. Six Uruguayan and five Jordanian peacekeepers who served with the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) were killed on 9 October 2009 when their plane crashed into a mountainside in southeast Haiti. MINUSTAH reported the plane had been on a regular reconnaissance flight.
Photo # 417528
![http://img200.imageshack.us/img200/4675/417528.jpg](http://img200.imageshack.us/img200/4675/417528.jpg)
UN Photo/Marco Dormino
Memorial Service for Peacekeepers Killed in Plane Crash
Portraits of the six Uruguayan UN peacekeepers, killed in a plane crash over southeast Haiti on 9 October 2009 along with five Jordanian peacekeepers, are displayed at a memorial service in Port-au-Prince, Haiti. The officers, who served with the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH), were reported to have been on a regular reconnaissance flight. In the background, fellow MINUSTAH peacekeepers attend the service.
Photo # 417529
![http://img5.imageshack.us/img5/7026/417529.jpg](http://img5.imageshack.us/img5/7026/417529.jpg)
UN Photo/Marco Dormino
Memorial Service for Peacekeepers Killed in Plane Crash
UN peacekeepers mourn the death of 11 of their fellow officers at a memorial service in Port-au-Prince, Haiti. Six Uruguayan and five Jordanian peacekeepers who served with the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) were killed when their plane crashed into a mountainside in southeast Haiti. MINUSTAH reported the plane had been on a regular reconnaissance flight.
Photo # 417530
![http://img269.imageshack.us/img269/8180/417530.jpg](http://img269.imageshack.us/img269/8180/417530.jpg)
UN Photo/Marco Dormino
Memorial Service for Peacekeepers Killed in Plane Crash
Portraits of the five Jordanian UN peacekeepers, killed in a plane crash over southeast Haiti on 9 October 2009 along with six Uruguayan peacekeepers, are displayed at a memorial service in Port-au-Prince, Haiti. The officers, who served with the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH), were reported to have been on a regular reconnaissance flight. Behind the portraits, MINUSTAH peacekeepers mourn their fellow officers.
![http://img18.imageshack.us/img18/9550/417527.jpg](http://img18.imageshack.us/img18/9550/417527.jpg)
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UN peacekeepers mourn the death of 11 of their fellow officers at a memorial service in Port-au-Prince, Haiti. Six Uruguayan and five Jordanian peacekeepers who served with the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) were killed on 9 October 2009 when their plane crashed into a mountainside in southeast Haiti. MINUSTAH reported the plane had been on a regular reconnaissance flight.
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Portraits of the six Uruguayan UN peacekeepers, killed in a plane crash over southeast Haiti on 9 October 2009 along with five Jordanian peacekeepers, are displayed at a memorial service in Port-au-Prince, Haiti. The officers, who served with the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH), were reported to have been on a regular reconnaissance flight. In the background, fellow MINUSTAH peacekeepers attend the service.
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UN peacekeepers mourn the death of 11 of their fellow officers at a memorial service in Port-au-Prince, Haiti. Six Uruguayan and five Jordanian peacekeepers who served with the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) were killed when their plane crashed into a mountainside in southeast Haiti. MINUSTAH reported the plane had been on a regular reconnaissance flight.
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Portraits of the five Jordanian UN peacekeepers, killed in a plane crash over southeast Haiti on 9 October 2009 along with six Uruguayan peacekeepers, are displayed at a memorial service in Port-au-Prince, Haiti. The officers, who served with the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH), were reported to have been on a regular reconnaissance flight. Behind the portraits, MINUSTAH peacekeepers mourn their fellow officers.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Sim, por precaução. Mas não usou. Aliás, não usou nem .50. Inclusive se você ler minha mensagem anterior, eu digo que mandaria a tropa pra África com lança-rojões porque são versáteis e por precaução. Mas, entenda, qualquer coisa (que precise ser utilizada) acima de .50 pra mim já ultrapassa imposição de paz. Se o EB tivesse que ter usado os AT4 e os Carl Gustav no Haiti a todo momento, a situação ultrapassaria imposição de paz, ao meu ver. Note que é minha opinião, não sou especialista no assunto.Sd Young Guns 2 escreveu:Vinicius, então Haiti passou de "imposição de Paz" como você colocou. Não é divulgado mas o EB sempre levou AT4 e Carl Gustav pro Haiti desdo o primeiro ate o atual contigente.Vinicius Pimenta escreveu: Qualquer coisa acima de .50 já ultrapassou "imposição de paz" e já é intervenção militar, ou seja, guerra convencional de pelo menos média intensidade..
Vinicius Pimenta
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Re: Missão de Paz no Haiti
Não foi bem assim... Teve sim poucos disparos de AT4 e Barret e 40mm (Todos das FEs e AC). Mas to sua posição esta certa, não despencou ara Guerra convencional. Sobre uma possivel missão na Africa, ja se treina desde final de 2008 suas pecularidades.Vinicius Pimenta escreveu:Sim, por precaução. Mas não usou. Aliás, não usou nem .50. Inclusive se você ler minha mensagem anterior, eu digo que mandaria a tropa pra África com lança-rojões porque são versáteis e por precaução. Mas, entenda, qualquer coisa (que precise ser utilizada) acima de .50 pra mim já ultrapassa imposição de paz. Se o EB tivesse que ter usado os AT4 e os Carl Gustav no Haiti a todo momento, a situação ultrapassaria imposição de paz, ao meu ver. Note que é minha opinião, não sou especialista no assunto.Sd Young Guns 2 escreveu: Vinicius, então Haiti passou de "imposição de Paz" como você colocou. Não é divulgado mas o EB sempre levou AT4 e Carl Gustav pro Haiti desdo o primeiro ate o atual contigente.
Re: Missão de Paz no Haiti
Uma coisa básica sobre política internacional de verdade: ela é construida com três recursos básicos. Ação política, dinheiro e corpos. Quem quer brincar nesta arena tem que se acostumar com a idéia.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Se já foi falado por aqui, desculpem pela repetição. Mas uma comitiva do COLOG visitou o contingente no Haiti e anotou muitas sugestões que serão lembradas em vários processos de tomada de decisão.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
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- Vinicius Pimenta
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Re: Missão de Paz no Haiti
Por exemplo?
Vinicius Pimenta
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- FCarvalho
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Re: Missão de Paz no Haiti
A diferenca entre imposicao da paz e intervencao, que seria o caso africano, e que nenhum dos lados esta a fim de negociar coisa alguma e, entao, e necessario efetivamente usar-se armamento mais "pesado" para que se possa alcancar uma situacao de pressao tal sobre os contendores que lhes imponha uma forcosa negociacao, ainda que temporaria. Enquanto issoAntes disso, rola muita municao .50 e outras coisinhas mais barulhentas...
"Não foi bem assim... Teve sim poucos disparos de AT4 e Barret e 40mm (Todos das FEs e AC). Mas to sua posição esta certa, não despencou ara Guerra convencional. Sobre uma possivel missão na Africa, ja se treina desde final de 2008 suas pecularidades."
Tenho la minhas duvidas sobre o que o EB anda treinando para operar em um ambiente no qual combate diario com direito a explosivos, emboscadas, defesa ativa e passiva, ninas e disparos de municoes de grosso calibre sao o dia-a-a das "tropas de paz".
Como ficaria no Jornal Nacional um "soldado da paz" brasileiro atirando com sua .50 de cima de um bldo sobre uma vila, retornando fogo inimigo em apoio a um pelotao encurralado numa emboscada... o què que a gente vai dizer lá em casa...
"Não foi bem assim... Teve sim poucos disparos de AT4 e Barret e 40mm (Todos das FEs e AC). Mas to sua posição esta certa, não despencou ara Guerra convencional. Sobre uma possivel missão na Africa, ja se treina desde final de 2008 suas pecularidades."
Tenho la minhas duvidas sobre o que o EB anda treinando para operar em um ambiente no qual combate diario com direito a explosivos, emboscadas, defesa ativa e passiva, ninas e disparos de municoes de grosso calibre sao o dia-a-a das "tropas de paz".
Como ficaria no Jornal Nacional um "soldado da paz" brasileiro atirando com sua .50 de cima de um bldo sobre uma vila, retornando fogo inimigo em apoio a um pelotao encurralado numa emboscada... o què que a gente vai dizer lá em casa...
Carpe Diem
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Re: Missão de Paz no Haiti
Então tá... No exercito so faz ordem unida, se capina, 7 de setembro e toca parabens para lula! A Noticia esta dada.FCarvalho escreveu:A diferenca entre imposicao da paz e intervencao, que seria o caso africano, e que nenhum dos lados esta a fim de negociar coisa alguma e, entao, e necessario efetivamente usar-se armamento mais "pesado" para que se possa alcancar uma situacao de pressao tal sobre os contendores que lhes imponha uma forcosa negociacao, ainda que temporaria. Enquanto issoAntes disso, rola muita municao .50 e outras coisinhas mais barulhentas...
"Não foi bem assim... Teve sim poucos disparos de AT4 e Barret e 40mm (Todos das FEs e AC). Mas to sua posição esta certa, não despencou ara Guerra convencional. Sobre uma possivel missão na Africa, ja se treina desde final de 2008 suas pecularidades."
Tenho la minhas duvidas sobre o que o EB anda treinando para operar em um ambiente no qual combate diario com direito a explosivos, emboscadas, defesa ativa e passiva, ninas e disparos de municoes de grosso calibre sao o dia-a-a das "tropas de paz".
Como ficaria no Jornal Nacional um "soldado da paz" brasileiro atirando com sua .50 de cima de um bldo sobre uma vila, retornando fogo inimigo em apoio a um pelotao encurralado numa emboscada... o què que a gente vai dizer lá em casa...
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Re: Missão de Paz no Haiti
Também acho estranha essa idéia de que o Brasil não irá impor a paz, acho que é um discurso desnecessário e desinteressante, tendo em vista que esses conflitos no futuro tendem a ser cada vez mais frequentes. Traçar esse compromisso não é interessante, é bonitinho de se ouvir, mas é insustentável.
Todo esse discurso muda quando a paz tiver que se impor na nossa vizinhança.
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- Moccelin
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Re: Missão de Paz no Haiti
Não sei se infelizmente ou felizmente a idéia de que a opinião pública tem do Exército e das FFAA como um todo é justamente essa!Sd Young Guns 2 escreveu:Então tá... No exercito so faz ordem unida, se capina, 7 de setembro e toca parabens para lula! A Noticia esta dada.FCarvalho escreveu:A diferenca entre imposicao da paz e intervencao, que seria o caso africano, e que nenhum dos lados esta a fim de negociar coisa alguma e, entao, e necessario efetivamente usar-se armamento mais "pesado" para que se possa alcancar uma situacao de pressao tal sobre os contendores que lhes imponha uma forcosa negociacao, ainda que temporaria. Enquanto issoAntes disso, rola muita municao .50 e outras coisinhas mais barulhentas...
"Não foi bem assim... Teve sim poucos disparos de AT4 e Barret e 40mm (Todos das FEs e AC). Mas to sua posição esta certa, não despencou ara Guerra convencional. Sobre uma possivel missão na Africa, ja se treina desde final de 2008 suas pecularidades."
Tenho la minhas duvidas sobre o que o EB anda treinando para operar em um ambiente no qual combate diario com direito a explosivos, emboscadas, defesa ativa e passiva, ninas e disparos de municoes de grosso calibre sao o dia-a-a das "tropas de paz".
Como ficaria no Jornal Nacional um "soldado da paz" brasileiro atirando com sua .50 de cima de um bldo sobre uma vila, retornando fogo inimigo em apoio a um pelotao encurralado numa emboscada... o què que a gente vai dizer lá em casa...
A S5 teria um abacaxi gigantesco pra descascar se soldados brasileiros começassem a chegar em sacos pretos dentro de um C-130 com certa frequência! Vamos ser realistas, quem tem algum conhecimento IMAGINA que de vez em quando algumas tropas específicas entram em conflito real e isso não aparece no jornal das oito, mas e o meu vizinho aqui do lado? Tem idéia disso? Pra ele o EB é isso que ele vê e que você citou: Ordem Unida, 7 de Setembro, Parabéns pra você pro Lula e por ai vai... E eles suspeitam que deve haver treinamento militar de verdade de vez em quando. Vê se alguém aí se lembra daquele "probleminha" de 1991??? Nem eu que sou interessado lembrava direito o ano tive que dar uma pesquisadinha básica porque só lembrava que era no começo dos anos 90!
Agora, se os sacos pretos começassem a chegar, e com militares mortos EM COMBATE a coisa mudaria um pouco de figura, e ninguém sabe como seria a reação, e ante esse desconhecimento, não se sabe o preço político de uma decisão dessas!
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- FCarvalho
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Re: Missão de Paz no Haiti
ntão tá... No exercito so faz ordem unida, se capina, 7 de setembro e toca parabens para lula! A Noticia esta dada.[/quote]
Não sei se infelizmente ou felizmente a idéia de que a opinião pública tem do Exército e das FFAA como um todo é justamente essa!
A S5 teria um abacaxi gigantesco pra descascar se soldados brasileiros começassem a chegar em sacos pretos dentro de um C-130 com certa frequência! Vamos ser realistas, quem tem algum conhecimento IMAGINA que de vez em quando algumas tropas específicas entram em conflito real e isso não aparece no jornal das oito, mas e o meu vizinho aqui do lado? Tem idéia disso? Pra ele o EB é isso que ele vê e que você citou: Ordem Unida, 7 de Setembro, Parabéns pra você pro Lula e por ai vai... E eles suspeitam que deve haver treinamento militar de verdade de vez em quando. Vê se alguém aí se lembra daquele "probleminha" de 1991??? Nem eu que sou interessado lembrava direito o ano tive que dar uma pesquisadinha básica porque só lembrava que era no começo dos anos 90!
Agora, se os sacos pretos começassem a chegar, e com militares mortos EM COMBATE a coisa mudaria um pouco de figura, e ninguém sabe como seria a reação, e ante esse desconhecimento, não se sabe o preço político de uma decisão dessas![/quote]
É isso que quis dizer. Uma coisa somos nós aqui quase diariamente discutindo esses tipo de assunto e com algum conhecimento de fundo. Outra coisa é a geral da sociedade, que só assiste o jogo e torce como se nada tivesse acontecendo nos bastidores do estádio.
Temos aqui a consciencia que o EB tem tropas bem treinadas para entrar em combate. Mas esta condição, nos dias de hoje, infelizmente não é a regra. E isto pode fazer muita diferença na hora de se tentar participar de uma missão de imposição de paz em um TO extremamente ativo. Deixa eu colocar de maneira bem clara: não estou duvidando da capacacidade de combater do EB. Mas precisamos deixar também muito claro que nossa sociedade em geral não está preparada para "entrar em combate"; e isto se levado muito em conta na hora de acordar tal tipo de missão.
Não sei se infelizmente ou felizmente a idéia de que a opinião pública tem do Exército e das FFAA como um todo é justamente essa!
A S5 teria um abacaxi gigantesco pra descascar se soldados brasileiros começassem a chegar em sacos pretos dentro de um C-130 com certa frequência! Vamos ser realistas, quem tem algum conhecimento IMAGINA que de vez em quando algumas tropas específicas entram em conflito real e isso não aparece no jornal das oito, mas e o meu vizinho aqui do lado? Tem idéia disso? Pra ele o EB é isso que ele vê e que você citou: Ordem Unida, 7 de Setembro, Parabéns pra você pro Lula e por ai vai... E eles suspeitam que deve haver treinamento militar de verdade de vez em quando. Vê se alguém aí se lembra daquele "probleminha" de 1991??? Nem eu que sou interessado lembrava direito o ano tive que dar uma pesquisadinha básica porque só lembrava que era no começo dos anos 90!
Agora, se os sacos pretos começassem a chegar, e com militares mortos EM COMBATE a coisa mudaria um pouco de figura, e ninguém sabe como seria a reação, e ante esse desconhecimento, não se sabe o preço político de uma decisão dessas![/quote]
É isso que quis dizer. Uma coisa somos nós aqui quase diariamente discutindo esses tipo de assunto e com algum conhecimento de fundo. Outra coisa é a geral da sociedade, que só assiste o jogo e torce como se nada tivesse acontecendo nos bastidores do estádio.
Temos aqui a consciencia que o EB tem tropas bem treinadas para entrar em combate. Mas esta condição, nos dias de hoje, infelizmente não é a regra. E isto pode fazer muita diferença na hora de se tentar participar de uma missão de imposição de paz em um TO extremamente ativo. Deixa eu colocar de maneira bem clara: não estou duvidando da capacacidade de combater do EB. Mas precisamos deixar também muito claro que nossa sociedade em geral não está preparada para "entrar em combate"; e isto se levado muito em conta na hora de acordar tal tipo de missão.
Carpe Diem
Re: Missão de Paz no Haiti
05/11/2009 - 11h58
ENTREVISTA-Haiti segue "extremamente frágil", diz general da ONU
Por Silvio Cascione
SÃO PAULO (Reuters) - O risco político ainda não representa uma ameaça à segurança do Haiti, mas a situação permanece "extremamente frágil" e inviabiliza previsões sobre a retirada das forças de paz, disse o comandante das tropas da ONU no país, o general brasileiro Floriano Peixoto Vieira Neto.
Na sexta-feira, o presidente haitiano René Préval nomeou o economista Jean Max Bellerive para o cargo de primeiro-ministro. Bellerive substitui Michelle Pierre-Louis, destituída no mesmo dia pelo Senado após um mandato de fraco desempenho, especialmente na recuperação econômica do país mais pobre das Américas.
A rápida indicação atendeu aos apelos da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país, a Minustah, que via o risco de um retorno a um "período de instabilidade".
"A situação está absolutamente sob controle", afirmou o general em entrevista à Reuters, por telefone. "Entretanto, os ganhos que nós alcançamos na segurança não correspondem ao esperado avanço socioeconômico do país, e por isso nós dizemos que a situação do Haiti ainda é extremamente frágil."
O país sofre, por exemplo, com o fornecimento irregular de energia elétrica, com constantes blecautes mesmo na capital, Porto Príncipe. No ano passado, protestos contra o aumento do custo de vida causaram a morte de pelo menos cinco pessoas.
"A situação pode mudar subitamente", alertou Peixoto.
Por causa da fragilidade do país, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti não tem uma prazo estipulado para o seu término ou mesmo para uma mudança de formato, segundo o general.
A Minustah, que reúne iniciativas civis e militares, é presidida pelo tunisiano Hédi Annabi e tem o Brasil no comando das tropas.
No mês passado, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a renovação do mandato da missão até outubro de 2010, com cerca de 7 mil soldados e pouco mais de 2 mil policiais. A intervenção militar foi iniciada em 2004 após a queda do então presidente Jean-Bertrand Aristide em meio a uma revolta armada.
O país prepara eleições para o próximo ano, mas o general brasileiro não vê a realização do pleito como uma ameaça à continuidade da missão. "Não há indicadores hoje que permitam assegurar, ou no mínimo estimar, que o resultado das eleições aqui no Haiti tenham alguma interferência ou venham a definir o curso da missão de paz", defendeu.
ESFORÇO DE RECUPERAÇÃO
O Haiti ocupa o 149o lugar no ranking de desenvolvimento humano (IDH) da ONU, com 182 países. O crescimento econômico do país, que para o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve ficar em apenas 2 por cento no ano fiscal de 2009, foi continuamente castigado no passado pela instabilidade social e política.
Floriano Peixoto afirmou, no entanto, que o trabalho das forças de paz "por si só já permite uma condição de estabilidade de forma que agências nacionais e internacionais se sintam estimuladas a participar do esforço de recuperação do país".
Em maio deste ano, a ONU nomeou o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton como enviado especial ao país, com o objetivo de atrair mais investimentos ao Haiti. No começo de outubro, ele havia surpreendido investidores ao dizer que o país vivia o momento de menor risco político de sua história.
O Brasil participa de várias iniciativas, como a construção de uma hidrelétrica. O general afirmou, porém, que os projetos executados pelos batalhões de engenharia do Exército brasileiro são realizados primordialmente com fins militares, e não diplomáticos ou civis.
Nesses casos, os benefícios para a população local são indiretos, segundo ele. "Quando você conserta uma estrada para uma tropa passar, para assegurar mobilidade, isso fica também para utilização da comunidade."
HAITI X RIO
O general, que afirmou ter "o melhor relacionamento possível" com organizações civis brasileiras presentes no Haiti, como a Viva Rio, disse que não há paralelo entre o Rio de Janeiro e a capital Porto Príncipe, marcada pela violência em comunidades mais pobres, como a favela de Cité Soleil.
A ação das Forças Armadas no Haiti é usada como exemplo do uso militar em conflitos urbanos, mas a eventual presença do Exército no Rio divide opiniões entre especialistas.
Nas últimas semanas, a futura sede das Olimpíadas de 2016 assistiu a uma onda de violência com confrontos entre policiais e facções criminosas rivais, que resultou em dezenas de mortos.
"Não vejo nenhuma relação", disse o general Floriano Peixoto. "Os fatores que levam a essa comparação são bastante distintos e não permitem chegar a uma conclusão que enseje qualquer tipo de raciocínio", respondeu, sem dar mais detalhes.
A Minustah, a quinta missão da ONU desde 1993 no Haiti, contabiliza 45 baixas desde o início das operações, com 25 militares mortos, sete policiais, oito funcionários estrangeiros e cinco funcionários locais, segundo dados publicados pela missão na Internet.
O general Floriano Peixoto é o quinto militar brasileiro a comandar as Forças de Paz da ONU no Haiti. Ele ocupa o posto desde abril de 2009, mas já havia participado de contingentes anteriores do Brasil no país.
"Não vejo hoje qualquer ou quaisquer indicadores que sinalizem para o término da missão aqui", completou.
(Edição de Maria Pia Palermo)
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reute ... 82635.jhtm
ENTREVISTA-Haiti segue "extremamente frágil", diz general da ONU
Por Silvio Cascione
SÃO PAULO (Reuters) - O risco político ainda não representa uma ameaça à segurança do Haiti, mas a situação permanece "extremamente frágil" e inviabiliza previsões sobre a retirada das forças de paz, disse o comandante das tropas da ONU no país, o general brasileiro Floriano Peixoto Vieira Neto.
Na sexta-feira, o presidente haitiano René Préval nomeou o economista Jean Max Bellerive para o cargo de primeiro-ministro. Bellerive substitui Michelle Pierre-Louis, destituída no mesmo dia pelo Senado após um mandato de fraco desempenho, especialmente na recuperação econômica do país mais pobre das Américas.
A rápida indicação atendeu aos apelos da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país, a Minustah, que via o risco de um retorno a um "período de instabilidade".
"A situação está absolutamente sob controle", afirmou o general em entrevista à Reuters, por telefone. "Entretanto, os ganhos que nós alcançamos na segurança não correspondem ao esperado avanço socioeconômico do país, e por isso nós dizemos que a situação do Haiti ainda é extremamente frágil."
O país sofre, por exemplo, com o fornecimento irregular de energia elétrica, com constantes blecautes mesmo na capital, Porto Príncipe. No ano passado, protestos contra o aumento do custo de vida causaram a morte de pelo menos cinco pessoas.
"A situação pode mudar subitamente", alertou Peixoto.
Por causa da fragilidade do país, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti não tem uma prazo estipulado para o seu término ou mesmo para uma mudança de formato, segundo o general.
A Minustah, que reúne iniciativas civis e militares, é presidida pelo tunisiano Hédi Annabi e tem o Brasil no comando das tropas.
No mês passado, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a renovação do mandato da missão até outubro de 2010, com cerca de 7 mil soldados e pouco mais de 2 mil policiais. A intervenção militar foi iniciada em 2004 após a queda do então presidente Jean-Bertrand Aristide em meio a uma revolta armada.
O país prepara eleições para o próximo ano, mas o general brasileiro não vê a realização do pleito como uma ameaça à continuidade da missão. "Não há indicadores hoje que permitam assegurar, ou no mínimo estimar, que o resultado das eleições aqui no Haiti tenham alguma interferência ou venham a definir o curso da missão de paz", defendeu.
ESFORÇO DE RECUPERAÇÃO
O Haiti ocupa o 149o lugar no ranking de desenvolvimento humano (IDH) da ONU, com 182 países. O crescimento econômico do país, que para o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve ficar em apenas 2 por cento no ano fiscal de 2009, foi continuamente castigado no passado pela instabilidade social e política.
Floriano Peixoto afirmou, no entanto, que o trabalho das forças de paz "por si só já permite uma condição de estabilidade de forma que agências nacionais e internacionais se sintam estimuladas a participar do esforço de recuperação do país".
Em maio deste ano, a ONU nomeou o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton como enviado especial ao país, com o objetivo de atrair mais investimentos ao Haiti. No começo de outubro, ele havia surpreendido investidores ao dizer que o país vivia o momento de menor risco político de sua história.
O Brasil participa de várias iniciativas, como a construção de uma hidrelétrica. O general afirmou, porém, que os projetos executados pelos batalhões de engenharia do Exército brasileiro são realizados primordialmente com fins militares, e não diplomáticos ou civis.
Nesses casos, os benefícios para a população local são indiretos, segundo ele. "Quando você conserta uma estrada para uma tropa passar, para assegurar mobilidade, isso fica também para utilização da comunidade."
HAITI X RIO
O general, que afirmou ter "o melhor relacionamento possível" com organizações civis brasileiras presentes no Haiti, como a Viva Rio, disse que não há paralelo entre o Rio de Janeiro e a capital Porto Príncipe, marcada pela violência em comunidades mais pobres, como a favela de Cité Soleil.
A ação das Forças Armadas no Haiti é usada como exemplo do uso militar em conflitos urbanos, mas a eventual presença do Exército no Rio divide opiniões entre especialistas.
Nas últimas semanas, a futura sede das Olimpíadas de 2016 assistiu a uma onda de violência com confrontos entre policiais e facções criminosas rivais, que resultou em dezenas de mortos.
"Não vejo nenhuma relação", disse o general Floriano Peixoto. "Os fatores que levam a essa comparação são bastante distintos e não permitem chegar a uma conclusão que enseje qualquer tipo de raciocínio", respondeu, sem dar mais detalhes.
A Minustah, a quinta missão da ONU desde 1993 no Haiti, contabiliza 45 baixas desde o início das operações, com 25 militares mortos, sete policiais, oito funcionários estrangeiros e cinco funcionários locais, segundo dados publicados pela missão na Internet.
O general Floriano Peixoto é o quinto militar brasileiro a comandar as Forças de Paz da ONU no Haiti. Ele ocupa o posto desde abril de 2009, mas já havia participado de contingentes anteriores do Brasil no país.
"Não vejo hoje qualquer ou quaisquer indicadores que sinalizem para o término da missão aqui", completou.
(Edição de Maria Pia Palermo)
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reute ... 82635.jhtm