gil eanes escreveu:Depois de ler os posts do Sgt Guerra e compreender sua preocupação com o futuro da infantaria chego a mais uma conclusão. Tudo o que foi dito sobre a organização dos GCs, dos Pels, das Cias, dos Btls e das Bdas de infantaria se resume em PADRONIZAÇÃO. A realidade é que ainda não há uma padronização no EB. Até arrisco dizer que não há nada mais diferente que dois Btl de Inf. E isso permeia toda a sua organização. Foi falado da Inf Mtz, da Mec e da Bld, que por si só, já mostra, não a flexibilidade para atuação em diversas opções, mas falta de uma organização básica. Temos ainda hoje diversos Btl Mtz, que não conseguem se quer, deslocar duas Cia completas! E estas quando formam ainda perfilam Kombis, Chevrolets, Fords, (Willys), etc....!
Então, respondendo ao Sgt Guerra, creio que a solução seja, primeiramente, a padronização. Da doutrina, do efetivo, dos equipamentos de transporte (que em última análise é quem define se a Inf é Mtz, Mec ou Bld) e por fim do equipamento do pessoal.
O que temos na realidade, Gil, são unidades diferentes para missões diferentes. Um batalhão blindado é, por definição, totalmente diverso de um batalhão leve, por exemplo.
Com a consolidação do CIBld, as nossas tropas estão passando por uma evolução doutrinária já há alguns anos. A criação das brigadas quaternárias, a extinção de algumas unidades blindadas no Rio e SP e a criação de outras no Sul são reflexos diretos dessa evolução.
O próximo passo (creio eu) seja a criação das unidades de infantaria mecanizada. Isso já é estudado na EsAO (e acredito que nas outras escolas também) mas não existe na prática ainda. E é isso que está sendo discutido no tópico.
Uma questão totalmente diferente é a falta ou obsolescência do material. Isso afeta a todos e não tem nada a ver com a doutrina (pelo menos não diretamente).
Agora as Kombis existem em todo lugar, mas ninguém vai para a guerra com elas (não precisa se assustar, Clermont). São viaturas administrativas que, embora o Talha não goste de nada que não é blindado, são necessárias na unidade. Nem sempre dá para o cabo da secretaria ir à cidade pagar as contas e buscar a correspondência num Leo 1A1.
Abraços,