Qual o futuro da infantaria brasileira?

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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#121 Mensagem por Pedro Gilberto » Qua Ago 08, 2007 6:35 pm

vilmarmoccelin escreveu:Ah, alguém sabe se já decidiram qual o calibre que vai ser adotado nos canhões de tiro rápido? Pode haver alguma padronização com os canhões da FAB?


Olá Vilmar,

na última T&D, há uma entrevista com o gerente do projeto da FBMR que diz que a VBTP está sendo estudada com uma torre com um canhão médio de 25mm.

Não sei se já está está com martelo batido, mas deva ser por aí.

[]´s




"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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#122 Mensagem por Clermont » Qua Ago 08, 2007 7:19 pm

Valeu pelos esclarecimentos, Guerra.




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#123 Mensagem por Moccelin » Qui Ago 09, 2007 12:52 am

Pedro Gilberto escreveu:
vilmarmoccelin escreveu:Ah, alguém sabe se já decidiram qual o calibre que vai ser adotado nos canhões de tiro rápido? Pode haver alguma padronização com os canhões da FAB?


Olá Vilmar,

na última T&D, há uma entrevista com o gerente do projeto da FBMR que diz que a VBTP está sendo estudada com uma torre com um canhão médio de 25mm.

Não sei se já está está com martelo batido, mas deva ser por aí.

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É... 25mm já da pra brincar de rasgar blindagens leves...




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#124 Mensagem por Guerra » Qui Ago 09, 2007 11:12 am

Pedro Gilberto escreveu:
Mas aproveitando, o VBL 4x4 já está sendo gestado dentro deste projeto da FBMR? Ou será a parte?

[]´s


Não sei.




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#125 Mensagem por A.K. for T-7 » Qui Ago 09, 2007 8:11 pm

vilmarmoccelin escreveu:
Pedro Gilberto escreveu:
vilmarmoccelin escreveu:Ah, alguém sabe se já decidiram qual o calibre que vai ser adotado nos canhões de tiro rápido? Pode haver alguma padronização com os canhões da FAB?


Olá Vilmar,

na última T&D, há uma entrevista com o gerente do projeto da FBMR que diz que a VBTP está sendo estudada com uma torre com um canhão médio de 25mm.

Não sei se já está está com martelo batido, mas deva ser por aí.

[]´s


É... 25mm já da pra brincar de rasgar blindagens leves...


É enquanto todo mundo abandona o 20/25mm e passa para o 30/35/40mm com munição com airburst, nós vamos andar para trás...

Só dados de um teste que levou à seleção do canhão Bushmaster Mk.44 cal. 30mm com munição ABM (air-burst) para os novos blindados anfíbios dos Marines:

Um LAV-25 equipado com um canhão Bushmaster cal. 25mm disparando munição alto-explosivo de fragmentação precisa de cerca de 180 a 200 cartuchos para ter 90% de chance de colocar um GC disperso no terreno fora de operação.

Quando utiliza-se a torre com o novo conjunto canhão/munição (cal. 30mm com ABM), são necessários de 6 a 8 cartuchos... Isto se chama custo benefício: a munição e o sistema de tiro do 30mm ABM são mais caros, mas quando se parte para o uso real...




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#126 Mensagem por Moccelin » Qui Ago 09, 2007 8:26 pm

Alexandre Beraldi escreveu:
vilmarmoccelin escreveu:
Pedro Gilberto escreveu:
vilmarmoccelin escreveu:Ah, alguém sabe se já decidiram qual o calibre que vai ser adotado nos canhões de tiro rápido? Pode haver alguma padronização com os canhões da FAB?


Olá Vilmar,

na última T&D, há uma entrevista com o gerente do projeto da FBMR que diz que a VBTP está sendo estudada com uma torre com um canhão médio de 25mm.

Não sei se já está está com martelo batido, mas deva ser por aí.

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É... 25mm já da pra brincar de rasgar blindagens leves...


É enquanto todo mundo abandona o 20/25mm e passa para o 30/35/40mm com munição com airburst, nós vamos andar para trás...

Só dados de um teste que levou à seleção do canhão Bushmaster Mk.44 cal. 30mm com munição ABM (air-burst) para os novos blindados anfíbios dos Marines:

Um LAV-25 equipado com um canhão Bushmaster cal. 25mm disparando munição alto-explosivo de fragmentação precisa de cerca de 180 a 200 cartuchos para ter 90% de chance de colocar um GC disperso no terreno fora de operação.

Quando utiliza-se a torre com o novo conjunto canhão/munição (cal. 30mm com ABM), são necessários de 6 a 8 cartuchos... Isto se chama custo benefício: a munição e o sistema de tiro do 30mm ABM são mais caros, mas quando se parte para o uso real...


Eita... Essa eu não sabia...
Mas qual é a idéia então? Os 'caras' que tomam essas decisões não leem essas notícias??? Ou será que ficam com medo de a notícia sair no jornal que o Exército comprou um equipamento caríssimo enquanto tinha um equivalente a um preço mais baixo???




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O futuro da Infantaria

#127 Mensagem por gil eanes » Sáb Ago 11, 2007 2:28 pm

Depois de ler os posts do Sgt Guerra e compreender sua preocupação com o futuro da infantaria chego a mais uma conclusão. Tudo o que foi dito sobre a organização dos GCs, dos Pels, das Cias, dos Btls e das Bdas de infantaria se resume em PADRONIZAÇÃO. A realidade é que ainda não há uma padronização no EB. Até arrisco dizer que não há nada mais diferente que dois Btl de Inf. E isso permeia toda a sua organização. Foi falado da Inf Mtz, da Mec e da Bld, que por si só, já mostra, não a flexibilidade para atuação em diversas opções, mas falta de uma organização básica. Temos ainda hoje diversos Btl Mtz, que não conseguem se quer, deslocar duas Cia completas! E estas quando formam ainda perfilam Kombis, Chevrolets, Fords, (Willys), etc....!

Então, respondendo ao Sgt Guerra, creio que a solução seja, primeiramente, a padronização. Da doutrina, do efetivo, dos equipamentos de transporte (que em última análise é quem define se a Inf é Mtz, Mec ou Bld) e por fim do equipamento do pessoal.




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Re: O futuro da Infantaria

#128 Mensagem por Clermont » Sáb Ago 11, 2007 3:08 pm

gil eanes escreveu:Temos ainda hoje diversos Btl Mtz, que não conseguem se quer, deslocar duas Cia completas! E estas quando formam ainda perfilam Kombis, Chevrolets, Fords, (Willys), etc....!


Kombi na Infantaria Motorizada? :shock:

Que é isso? Um batalhão de combate, ou uma firma de transporte clandestino? :twisted:

E eu que pensei que, pelo menos nisso, o Brasil estava bem-arranjado com os caminhões EE-15 e EE-25 da Engesa...




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Re: O futuro da Infantaria

#129 Mensagem por Piffer » Sáb Ago 11, 2007 3:25 pm

gil eanes escreveu:Depois de ler os posts do Sgt Guerra e compreender sua preocupação com o futuro da infantaria chego a mais uma conclusão. Tudo o que foi dito sobre a organização dos GCs, dos Pels, das Cias, dos Btls e das Bdas de infantaria se resume em PADRONIZAÇÃO. A realidade é que ainda não há uma padronização no EB. Até arrisco dizer que não há nada mais diferente que dois Btl de Inf. E isso permeia toda a sua organização. Foi falado da Inf Mtz, da Mec e da Bld, que por si só, já mostra, não a flexibilidade para atuação em diversas opções, mas falta de uma organização básica. Temos ainda hoje diversos Btl Mtz, que não conseguem se quer, deslocar duas Cia completas! E estas quando formam ainda perfilam Kombis, Chevrolets, Fords, (Willys), etc....!

Então, respondendo ao Sgt Guerra, creio que a solução seja, primeiramente, a padronização. Da doutrina, do efetivo, dos equipamentos de transporte (que em última análise é quem define se a Inf é Mtz, Mec ou Bld) e por fim do equipamento do pessoal.


O que temos na realidade, Gil, são unidades diferentes para missões diferentes. Um batalhão blindado é, por definição, totalmente diverso de um batalhão leve, por exemplo.

Com a consolidação do CIBld, as nossas tropas estão passando por uma evolução doutrinária já há alguns anos. A criação das brigadas quaternárias, a extinção de algumas unidades blindadas no Rio e SP e a criação de outras no Sul são reflexos diretos dessa evolução.

O próximo passo (creio eu) seja a criação das unidades de infantaria mecanizada. Isso já é estudado na EsAO (e acredito que nas outras escolas também) mas não existe na prática ainda. E é isso que está sendo discutido no tópico.

Uma questão totalmente diferente é a falta ou obsolescência do material. Isso afeta a todos e não tem nada a ver com a doutrina (pelo menos não diretamente).

Agora as Kombis existem em todo lugar, mas ninguém vai para a guerra com elas (não precisa se assustar, Clermont). São viaturas administrativas que, embora o Talha não goste de nada que não é blindado, são necessárias na unidade. Nem sempre dá para o cabo da secretaria ir à cidade pagar as contas e buscar a correspondência num Leo 1A1.

Abraços,




Carpe noctem!
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Re: O futuro da Infantaria

#130 Mensagem por Clermont » Sáb Ago 11, 2007 3:46 pm

Piffer escreveu:Agora as Kombis existem em todo lugar, mas ninguém vai para a guerra com elas (não precisa se assustar, Clermont). São viaturas administrativas que, embora o Talha não goste de nada que não é blindado, são necessárias na unidade. Nem sempre dá para o cabo da secretaria ir à cidade pagar as contas e buscar a correspondência num Leo 1A1.


Aí tá certo. Se bem que, dia desses, eu vi na televisão um sujeito que se vingou da companhia telefônica derrubando uma porção de postes a bordo de um tanque.




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Re: O futuro da Infantaria

#131 Mensagem por Guerra » Sáb Ago 11, 2007 5:08 pm

gil eanes escreveu:Depois de ler os posts do Sgt Guerra e compreender sua preocupação com o futuro da infantaria chego a mais uma conclusão. Tudo o que foi dito sobre a organização dos GCs, dos Pels, das Cias, dos Btls e das Bdas de infantaria se resume em PADRONIZAÇÃO. .


gil, na verdade existe uma padronização, mas o padrão é a infantaria motorizada. É justamente isso que eu questiono, na minha opinião, ou deveriamos ter dois padrões (mecanizado e leve) ou deveriamos basear todas nossas OM de infantaria em um desses dois.




gil eanes

Re: O futuro da Infantaria

#132 Mensagem por gil eanes » Qua Ago 29, 2007 9:55 pm

Piffer escreveu:
gil eanes escreveu:.....

Agora as Kombis existem em todo lugar, mas ninguém vai para a guerra com elas (não precisa se assustar, Clermont). São viaturas administrativas que, embora o Talha não goste de nada que não é blindado, são necessárias na unidade. Nem sempre dá para o cabo da secretaria ir à cidade pagar as contas e buscar a correspondência num Leo 1A1.

Abraços,


Nada contra as kombis, afinal é o veículo brasileiro mais antigo, ainda em produção, no entanto.....queria que a realidade do EB permitisse a nítida separação entre as viaturas operacionais e as administrativas, pois o contrário também ocorre, há muitas viaturas operacionais carregando estafetas com contas bancárias. Mas o pior não é isso. Muitas unidades, volto a repetir, não possuem viaturas para o transporte de seu efetivo, numa situação de prontidão. Daí, recorrem-se ao uso das kombis e afins...




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#133 Mensagem por Sniper » Qua Ago 29, 2007 10:07 pm

Quanto as Kombis, aqui no 12BI e no posto médico da guarnição o serviço administrativo é feito em um Fusca! :lol:

Ele está em perfeito estado, um brinco... 8-]




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Re: O futuro da Infantaria

#134 Mensagem por Piffer » Qua Ago 29, 2007 10:48 pm

gil eanes escreveu: Muitas unidades, volto a repetir, não possuem viaturas para o transporte de seu efetivo, numa situação de prontidão. Daí, recorrem-se ao uso das kombis e afins...


Eu não conheço, Gil, nenhuma unidade motorizada que tenha todas as viaturas previstas. Isso infelizmente é um fato.

Mas eu realmente nunca vi uma viatura administrativa sendo utilizada numa missão operacional. Isso é pura dor de cabeça, não tem como dar certo.

É muito mais fácil ver gente indo a pé ou fazendo várias viagens em poucas viaturas do que numa viatura administrativa.




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#135 Mensagem por Guilherme » Qua Ago 29, 2007 10:54 pm

Beraldi, munição airburst é aquela que explode no ar, espalhando fragmentos?




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