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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Ter Jan 06, 2009 11:24 pm
por Adriano Mt
Poti Camarão escreveu:
david-ms escreveu:Chávez expulsó al embajador de Israel
El presidente de Venezuela acusó a Shlomo Cohen y otros miembros diplomáticos israelíes de representar un Estado que "viola el Derecho Internacional y hace una utilización planificada del terrorismo de Estado"
http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?not ... 8&toi=6259
Pronto... Israel agora vai se cagar de medo e ceder :twisted:
Tem ser o chaves mesmo. [003]

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Ter Jan 06, 2009 11:25 pm
por Poti Camarão
HIGGINS escreveu:Em tempo:
Não é absurdo haver RPG e outras armas escondidas em escolas. Um estado invade o outro. É legítimo todo recurso na defesa duma nação. :twisted:
Claro, pro Hamas é uma excelente mídia. Imagens de crianças mortas é tudo que ele quer... Quão maior a carnificina de civis, melhor pros terroristas...

São uns facínoras usando seu povo - principalmente crianças - como escudos!

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Ter Jan 06, 2009 11:48 pm
por faterra
Como eu disse: Nada é fácil.
Defendo categoricamente o direito de resposta de Israel ao Hamas, assim como defendo o direito dos EUA contra a Al Qaeda. Não gostei da tática utilizada. Acredito que há outras formas mais eficazes. E não é em uma ação conjunta e paliativa da ONU. Pelo menos em se tratando destes dois países.
Até onde sei, e que foi muito noticiado na época, é que a poderosa e fuderosa CIA cometeu um dos seus maiores e piores fiascos nas avaliações, análises, etc... no que se refere à caça do Bin Laden e seus asseclas, como, também, na tão encantada história de "armas de destruição de massa" que o Iraque havia escondido.
Israel, nas vezes que utilizou seu serviço de inteligência, se deu muito bem. Na caçada aos terroristas do Setembro Negro, no resgate de Entebe, na destruição do reator nuclear iraquiano, etc...
Eu sou contra terrorista - os que procuram massacrar inocentes em benefício de suas sempre escusas "causas". Estes não defendem seu país e muito menos sua verdadeira causa. A pena para eles é a morte - de preferência do mesmo modo que praticaram seus atos.
Portanto, lançar uma ofensiva aberta para caçá-los, dá nisto: massacre da população civil e detrimento moral de seu principal e legítimo motivo. Os terroristas não têm escrúpulos em utilizar a população como escudo. Acho que isto é uma marca registrada dos terroristas árabes, inclusive de alguns de seus dirigentes (Sadan Hussein, os aiatolás iranianos, por exemplo).
Por isto que eu defendo o BOM e EFICIENTE USO de seus serviços de inteligência.
Se não puder usá-los, qual o motivo de mantê-los? Assim como, se as armas com sua inteligência embarcada, seus sensores, suas pontarias "cirúrgicas" não são tão eficientes assim para quê enterrar tanto dinheiro com o seu desenvolvimento e com a propaganda de suas (in)eficiências? É melhor guardá-las para outra ocasião.
Esta é somente minha opinião.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Ter Jan 06, 2009 11:59 pm
por Bolovo
Fernando, como você acha que mataram o lider do Hamas? Sabiam que estava lá ou foi sorte? :wink:

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 12:06 am
por Adriano Mt
faterra escreveu:Como eu disse: Nada é fácil.
Defendo categoricamente o direito de resposta de Israel ao Hamas, assim como defendo o direito dos EUA contra a Al Qaeda. Não gostei da tática utilizada. Acredito que há outras formas mais eficazes. E não é em uma ação conjunta e paliativa da ONU. Pelo menos em se tratando destes dois países.
Até onde sei, e que foi muito noticiado na época, é que a poderosa e fuderosa CIA cometeu um dos seus maiores e piores fiascos nas avaliações, análises, etc... no que se refere à caça do Bin Laden e seus asseclas, como, também, na tão encantada história de "armas de destruição de massa" que o Iraque havia escondido.
Israel, nas vezes que utilizou seu serviço de inteligência, se deu muito bem. Na caçada aos terroristas do Setembro Negro, no resgate de Entebe, na destruição do reator nuclear iraquiano, etc...
Eu sou contra terrorista - os que procuram massacrar inocentes em benefício de suas sempre escusas "causas". Estes não defendem seu país e muito menos sua verdadeira causa. A pena para eles é a morte - de preferência do mesmo modo que praticaram seus atos.
Portanto, lançar uma ofensiva aberta para caçá-los, dá nisto: massacre da população civil e detrimento moral de seu principal e legítimo motivo. Os terroristas não têm escrúpulos em utilizar a população como escudo. Acho que isto é uma marca registrada dos terroristas árabes, inclusive de alguns de seus dirigentes (Sadan Hussein, os aiatolás iranianos, por exemplo).
Por isto que eu defendo o BOM e EFICIENTE USO de seus serviços de inteligência.
Se não puder usá-los, qual o motivo de mantê-los? Assim como, se as armas com sua inteligência embarcada, seus sensores, suas pontarias "cirúrgicas" não são tão eficientes assim para quê enterrar tanto dinheiro com o seu desenvolvimento e com a propaganda de suas (in)eficiências? É melhor guardá-las para outra ocasião.
Esta é somente minha opinião.
Claro sua opinião , só acho que estas muito abrasileirado , paz e amor não vai mudar a cabeça dos terroristas !

Eu acho que se for usar só a inteligência para isto não iria dar em nada , os cabeças são muito bem protegidos , vivem mudando de lugares , andando igual ratos.
Mas podes apostar que a inteligência esta la , dando coordenadas , muitas vezes erradas e muitas certas.
E as armas cirúrgicas ou burras estão dando dor de cabeça para uns terroristas , popular bateu levo.
Judeus ultra-ortodoxos né ?

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 12:15 am
por faterra
Pois é, Bolovo! Isto reforça minha "tese". :lol:
Ai, meu Deus! Em que teia de aranha fui me meter! 8-] :lol:
Não foi um ataque conjunto e total da força aérea, terrestre e marítima que o arrasou. 8-] :twisted:

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 12:19 am
por Adriano Mt
Gostei da teia de aranha :D

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 1:43 am
por Adriano Mt
Achei em um BLOG , não tinha permissão para pegar o EMAIL do contato do cara , mas achei valido

UM DESABAFO, DE UM ISRAELITA.

Atualizado em 06 de janeiro de 2009 às 20:13 | Publicado em 06 de janeiro de 2009 às 18:02


Estou morando em Israel e gostaria de tecer alguns comentários verdadeiros sobre o recente conflito.

Tenho lido O Globo diariamente e fico estupefato com as notícias que chegam até voces e principalmente com os comentários deixados pelos leitores.

Gostaria que vocês somassem a estas opiniões o que vou lhes relatar. E como consequência, que vocês tenham uma opinião mais imparcial.

Em primeiro lugar estou bem. A vida é normal. Universidade, trabalho e diversão.

Israel desocupou a faixa de Gaza em 2000 (importante ressaltar que esta ocupação não foi a causa de tantos anos de conflito, foram consequência direta deles). Israel saiu desta região e deu autonomia para o governo palestino. Desde o segundo dia em que Israel não estava lá, mísseis eram lançados TODOS OS DIAS em direção a Israel. Este ano cairam em territorio israelense 6.000 mísseis kassam nas cidades que fazem fronteira com a faixa de Gaza.

6.000 MÍSSEIS.

Há algum tempo Israel já vinha tentando o diálogo com o governo eleito Hamas, para que parassem os ataques.

O Hamas, diga-se de passagem, não possui o menor interesse de diálogo, e sequestra a causa palestina.

(Causa esta, justa. Todo povo, merece um lugar para desenvolver sua cultura, lingua, tradiçao. Assim como o povo judeu possui Israel, o povo palestino MERECE o pedaço de terra deles).

O Hamas está mais interessado na destruição de Israel do que na criação do estado palestino.

É muito difícil apertar a mão de quem não estende o braço.

Ha alguns meses, vivíamos uma falsa calmaria com uns dois ou três mísseis caindo TODOS os dias. Estávamos com um cessar-fogo declarado.

Há alguns dias o prazo deste cessar-fogo acabou. Ao invés de prolongar o cessar-fogo, o HAMAS mandou 50 MÍSSEIS em um dia para dentro do território israelense. Matou um civil. Destruiu algumas dezenas de casas.

O que o governo israelense poderia fazer? Era hora de um basta e por isso estamos vendo as cenas lamentáveis de destruição em Gaza. Os terroristas se escondem em meio a população civil. Ontem Israel destruiu uma plataforma de lançamento de mísseis que ficava em UMA ESCOLA PRIMÁRIA.

Não acredito que esta ação por parte do exército de Israel vai resolver o conflito. Mas era hora de destruir as instalações terroristas. Imaginem vocês se o Uruguai mandasse um míssil para dentro do Brasil. Ou o México nos EUA. O que estes países iriam fazer?

Leio nos jornais que a reação de Israel foi desproporcional. Parto do princípio então que as pessoas entendem e respeitam que Israel tinha que ter uma reação! Se foi desproporcional ou não é outra discussão. Mas reação tem que existir.

Leio assustado os comentários dos leitores. Ser contra Israel estar estabelecido na região é uma opinião. Ser contra a reação israelense em Gaza é uma opinião.

Pedir a morte dos judeus e a volta de Hitler não é uma opinião. É uma declaração deplorável, mas que nestes dias começa a pipocar nos jornais. FIQUEM ATENTOS. ISTO É ANTI-SEMITISMO.

Li acusações de que os judeus são culpados dos problemas do mundo: da fome, miséria, somos "donos" do banco mundial, somos "donos" de Hollywood, "roubamos" a terra dos palestinos....

Cada vez que Gaza explode na imprensa internacional só explode quando, finalmente, há uma reação israelense; por trás da notícia, subsistem centenas de ataques prévios palestinos, cuja bondade jornalística não mobiliza nenhum interesse. Isso significa que toda reação israelense é justificada? De forma alguma, e vou aos fatos.

Creio que Ehud Olmert, em sua necessidade de demonstrar que é um líder forte, depois da acumulação dos erros da guerra do Líbano, tomou decisões que, se bem têm uma lógica militar, não têm uma lógica democrática. Não se pode justificar, de nenhuma maneira, o isolamento total de uma população civil. Inclusive, ainda sabendo da implicação dessa população na fustigação permanente contra Israel.

Entretanto, tal defesa não significa que se esqueça a crítica situação em que vive Israel, em guerra declarada ou latente desde há décadas, rodeado de milhões de inimigos que querem fazê-lo desaparecer, demonizado por quase todos, vigiado até o delírio pela imprensa internacional, e é o país único de todo o mundo que não pode perder a guerra nem um só dia.

Não tenho dúvida alguma que, apesar de sua notável inteligência militar e de seu armamento, Israel é o país mais frágil da região. À diferença de seus inimigos, que podem permitir-se a ditaduras temíveis, apoio logístico a todo tipo de grupos terroristas e até ameaças de destruição, Israel mantém uma sólida democracia, aporta avanços científicos à humanidade e, além disso, é obrigado a dedicar o volume mais substancial de seu PIB à urgente necessidade de defesa. É o único país do mundo que vive numa situação de tormenta extrema desde que existe e, no entanto, é o único que tem que pedir perdão para sobreviver.

O que ocorre, pois, em Gaza, é o enésimo capítulo de sempre, cujo percurso previsível não implica, infelizmente, que não se repita. O Hamas mantém a violência cotidiana, mantém a ameaça global e mantém o adestramento no ódio antiisraelense. É claro, mantém também o elogio público ao martírio. Toda esta bomba-relógio, que explode periodicamente, como explodiu a bomba do Hezbolá, e acabou na guerra do Líbano, não merece nem a reprovação da Liga Árabe, que só se reúne para demonizar Israel, nem a crítica da ONU, nem o repúdio internacional.

Pelo contrário, todos os movimentos de defesa israelenses são demonizados na hora, e aí temos a corte dos intelectuais pró, erguendo sua indignação ao sol. Parece-me bem a crítica democrática a Israel. Mas, para ser crível, seria bom escutar alguma solidariedade com as vítimas israelenses, alguma denúncia ao terrorismo islâmico palestino, algo de indignação pelo uso corrupto das ajudas internacionais, e algo de preocupação pelo papel bélico dos países da região.

E, entretanto, há o silêncio. O que leva a uma conclusão inevitável: que, com respeito a Israel, a fronteira entre a crítica democrática e a criminalização maniqueísta, é tão tênue que se viola na maioria dos comentários. Sobre Israel não se faz análise política. Perpetuam-se as velhas artes da difamação e da propaganda.

Parece-me lógico e exigível que o mundo exclame quando morrem inocentes em Gaza.

Mas já não me parece tão lógico que não se intente saber o que aconteceu, o teor da convulsão e complexidade que apresenta o conflito. Não existem terroristas que manipulam todo o tipo de explosivos? Não existe o uso de uma violência generalizada que não tem problemas em utilizar adolescentes para perpetrar matanças? Não caem diariamente dezenas de mísseis nas proximidades de Ashkelon (Israel)?

De maneira que antes de transformar o exército israelense numa espécie de esquadrão assassino, sem escrúpulos nem moral, seria necessário tentar conhecer os fatos. Mas não é o caso. De fato, nunca é o caso quando se trata de Israel. Com um automatismo que não se gera em nenhum ou fato lamentável, a imprensa dá por fato que é normal Israel ir fazendo matanças indiscriminadas de civis palestinos.

As manchetes eram explícitas: "outra matança de civis nas mãos do exército", "o exército volta a matar civis". E assim, o habitual é dar uma imagem distorcida, perversa e criminosa do exército democrático de um estado democrático.

É provável que a imprensa acredite que esteja a favor das vítimas, e sacrifique o bem superior da solidariedade ao bem público da informação. Certo? Então, por que não fala nunca dos palestinos, vítimas da loucura fundamentalista? Por que não fala das mães que são proibidas de chorar a morte de seus filhos suicidas? Por que não consideram vítimas os palestinos que apóiam o Islã totalitário?

E, num contexto mais geral, por que não falam das muçulmanas que lutam por sua liberdade, das que querem escolher os seus maridos, as que querem emancipar-se profissionalmente, as que querem ser tratadas como seres humanos dignos? Por que, esta imprensa que acredita que está ao lado das vítimas, não se interessa pelos massacres islâmicos no Sudão, com seus milhares de assassinatos? Por que não nos explica a aterradora asfixia que sofrem os cidadãos do Iêmen? Por que não consideram vítimas os pobres iraquianos massacrados pelos terroristas fundamentalistas? De fato, por que falam de insurgência e não de terrorismo?...

Não. Não é correto. Porque a motivação não é a solidariedade, mas um estágio ideológico superior ainda que moralmente inferior: o que realmente interessa é poder usar as vítimas para estruturar, com convicção, o antiocidentalismo que é latente. Relativismo moral camuflado sob a crosta do esquerdismo.

Por enquanto é isso.

Obrigado pela atenção.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 2:20 am
por César
Concordo com o faterra. Muito boa a sua mensagem, amigo.

Também gostaria de elogiar a bela mensagem postada pelo adriano mt, acima desta minha.

Abraços

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 9:07 am
por ozzy
um estado que foi criado a partir da usurpação/confiscação de terras de um povo que estava a viver na região a mais de 1 mil ano continuo nunca iria dar certo e não deveria ter o direito de existir, infelizmente muitos aqui discutem apenas o que acontece hoje, porem não discutem o que ocorreu para que o estado de israel fosse criado, todos falam imagine isso aquilo que israel está sofrendo, porem coloquem-se na posição dos palestinos que desde a criação de israel foram roubados/massacrados para que um estado fosse criado em suas proprias terras. Nunca israel terá paz naquela região pelo simples motivo que o mesmo foi criado a partir da violência encima dos nativos.

Agora eu pergunto se os Eua/inglaterra criassem um estado indígena dentro do brasil utilizando todos os meios inclusive o militar os brasileiros de direito ficariam contentes? isso o que ocorreu com os palestinos.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 9:48 am
por cabeça de martelo
FOXTROT escreveu:O Estado mais democrático do Oriente Médio, que tem um governante sofrendo processo de Impeachment "mas claro que ele é inocente", onde aflora a democracia e a liberdade de expressão a impresa é mantida longe do front, qual seráo motivo? talvez a impresnsa seja socialista :D :D :D

Mensalão, mensalinho; já ouviste?!

Se não fosse uma democracia não haveria hipotese de haver um processo de Impeachment. Só isso mostra a diferença entre o estado Israelita e os outros estados da zona.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 9:57 am
por cabeça de martelo
joaozinho escreveu: todo mundo se esquece do bloqueio de Israel a faixa de gaza
O bloqueio só existe desde que o Hamas se tornou na força dominante em Gaza. O governo Israelita aceitou a criação do estado Palestiniano e abandonou a Faixa de Gaza e da Cisjordania, o problema é que o Hamas desde do momento que pode começou a lançar os Kazam e desde aí qe não parou. Estamos a falar de anos de lançamentos de roquetes todos os dias e isso é inaceitável para qualquer estado.

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 10:00 am
por Bolovo
Todo mundo esquece que o Egito também fez bloqueio a Gaza. Porque eles não tomaram uns foguetes na cabeça?

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 10:16 am
por P44
Faixa de Gaza tornou-se o inferno dos palestinianos

06 de Janeiro de 2009, 17:44

Bombardeamentos incessantes, hospitais cheios de feridos, crianças em estado de choque e noites geladas tornaram-se rotina para os moradores de Gaza, que ainda temem pelo pior.

Após uma semana de ataques aéreos, Israel lançou, na noite de sábado, uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza. A Cidade de Gaza, onde moram mais de 500.000 pessoas, está cercada pelos tanques. Há falta água, comida e electricidade.

As agências da ONU não podem distribuir alimentos a todos os necessitados, devido aos bombardeios e aos ataques.

O território está dividido em duas partes. As tropas israelitas tomaram posição na antiga colónia judia de Netzarim e impedem a circulação entre o norte e o sul da Faixa de Gaza, controlada pelos islâmicos radicais do Hamas desde Junho de 2007.

Nas casas palestinas, gritos de crianças assustadas sobrepõem-se ao barulho das explosões nas ruas vazias da cidade.

"Muitas crianças pararam de comer, e até de falar. Não largam os seus pais o dia todo. Estão apáticas", explicou Sajy al-Mughanni, um funcionário do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). "Sem luz, as crianças vivem no medo do escuro", acrescentou.

Como muitos moradores da Faixa de Gaza, um território densamente povoado onde vivem 1,5 milhão de pessoas, Sajy mora agora num apartamento, no oeste da Cidade de Gaza, onde todas as janelas foram destruídas pelas incessantes explosões. "As noites são muito frias e temos que usar várias roupas ao mesmo tempo", relatou.

Os hospitais de Gaza estão numa situação preocupante, cheios de feridos. Faltam camas, medicamentos e pessoal. Desde o início da ofensiva pelo menos 635 palestinianos foram mortos e mais de 2.900 ficaram feridos.

Cronologia da ofensiva lançada por Israel na Faixa de Gaza

SÁBADO 27 DEZEMBRO

- Israel lança ofensiva aérea contra o Hamas na Faixa de Gaza para pôr fim aos tiros de foguetes do Hamas (operação "chumbo grosso", de amplitude sem precedente nos Territórios palestinos desde 1967).
- O Egipto abre o terminal de Rafah, na fronteira com a Faixa de Gaza, para acolher os palestinos feridos.
- O chefe do Hamas no exílio, Khaled Mechaal, apela a uma terceira intifada, a revolta.
- Pelo menos 230 palestinos são mortos, na maioria policias do Hamas (fontes hospitalares palestinas).
- Apelos internacionais ao fim dos bombardeios e aos lançamentos de foguetes.

DOMINGO 28
- Sinal verde de Israel para a mobilização de 6500 reservistas. O exército posiciona blindados na fronteira com Gaza.
- Israel bombardeia 40 túneis usados para o contrabando de armas na fronteira entre Egipto e Gaza.
- O Egito volta a fechar Rafah depois que palestinianos tentaram forçar a passagem. Um guarda de fronteira egípcio foi morto por tiros provenientes de Gaza. O terminal seguirá aberto ou a fechado, alternativamente.
- Manifestações na Europa, nos países árabes e na Cisjordânia, contra os bombardeamentos.
- "A agressão israelita" não permite o prosseguimento das negociações com Israel (Síria).

SEGUNDA-FEIRA 29
- Israel, comprometido numa "guerra sem cartel" contra o Hamas, decreta o sector de fronteira do território palestino "zona militar fechada".
- Um quarto israelita é morto por tiros de foguete disparados por palestinianos.

TERÇA-FEIRA 30
- As forças terrestres israelitas dispõem-se a agir em Gaza (exército).
- As operações em curso representam "a primeira fase entre várias outras já aprovadas pelo gabinete de segurança" (Israel). Sinal verde para a mobilização de um novo contingente de 2500 reservistas.

QUARTA-FEIRA 31
- Prosseguimento dos bombardeamentos israelitas. Alguns tiros de foguetes palestinianos atingem até 40 km.
- 106 camiões de ajuda humanitária internacional transitam de Israel em direcção a Gaza (fonte: Israel).
- Israel rejeita as propostas de trégua da UE e do Quarteto para o Médio Oriente (Estados Unidos, UE, Rússia, ONU) e afirma que vai prosseguir as operações.
- A Liga árabe faz um apelo à reconciliação dos palestinianos.

QUINTA-FEIRA 1 JANEIRO
- O exército israelita anuncia ter enquadrado 30 alvos do Hamas, entre eles "ministérios", um prédio do Parlamento, túneis de contrabando e oficinas "de fabricação de foguetes".
- Um dos principais líderes do Hamas, Nizar Rayan, é morto num bombardeamento israelita.
- Mais de 40 foguetes são atirados de Gaza contra o sul de Israel atingindo principalmente Ashdod e Beersheva.
- O primeiro-ministro israelita Ehud Olmert afirma não querer uma "guerra longa".
- O Hamas desmente ter aceite "sob condições" as propostas de trégua da UE.
- A chefe da diplomacia israelita Tzipi Livni vai a Paris para se encontrar com o presidente francês Nicolas Sarkozy que, por sua vez, deve realizar uma visita pelo Médio Oriente.

SEXTA-FEIRA, 2 JANEIRO
- "Dia de ira": milhares de palestinianos manifestam-se na Cisjordânia e em Jerusalém, onde os confrontos opõem manifestantes às forças da ordem israelitas.

SÁBADO, 3 JANEIRO
- Israel lança uma ofensiva terrestre contra o Hamas na Faixa de Gaza para pôr fim aos lançamentos de foguetes. A ofensiva israelita custou, até aqui, a vida de pelo menos 460 palestinianos, entre eles 75 crianças e 21 mulheres, e feriu 2350, segundo fontes médicas palestinianas.
- O Hamas ameaça sequestrar soldados israelitas em caso de ofensiva terrestre de Israel.
- À noite, o exército israelita anuncia que um "número importante de forças" israelitas participam da "segunda fase" da operação, que começou com a entrada de tropas no interior do território palestino. A ofensiva terrestre está prevista para durar "vários dias". O Hamas ameaça transformar o território palestino em "cemitério" para o exército israelita.

DOMINGO, 4 JANEIRO
- Tropas israelitas, apoiadas pela artilharia e bombardeamentos, avançam em profundidade em vários sectores de Gaza. Os tanques tomam controlo de vários eixos estratégicos e entram em conflito directo com combatentes do Hamas.
- 63 palestinianos são mortos, elevando a 512 o número de mortos neste território desde 27 de Dezembro.
- Um primeiro balanço oficial israelita anuncia um soldado morto e 30 feridos.
- Manifestações contra a ofensiva israelita e apelos ao cessar-fogo multiplicam-se no mundo.
SEGUNDA-FEIRA, 5 JANEIRO
As forças terrestres israelitas prosseguiam o seu avanço e bombardeios, apoiadas por lanchas da marinha. Combates na Cidade de Gaza entre soldados israelitas e palestinianos. A aviação bombardeia o centro da cidade de Gaza.
TERÇA-FEIRA, 6 JANEIRO

Os combates estendem-se a zonas urbanas. "O exército (israelita) cortou em duas a Faixa de Gaza e cercou a cidade de Gaza", afirmou o ministro israelense da Defesa. Pelo menos 40 mortos perto de uma escola administrada pela ONU. Dezenas de foguetes atirados sobre o sul de Israel, entre eles um a mais de 45 km.
O presidente francês Nicolas Sarkozy, que efectua uma visita pelo Oriente Médio e deve voltar ao Egipto, pediu à Síria para "pressionar" o Hamas para uma volta à paz. A população é vítima de uma crise humanitária "total" (CICV).
Pelo menos 635 palestinos morreram e mais de 2.900 ficaram feridos desde 27 de dezembro (fontes palestinas).
Quatro israelitas morreram vítimas dos foguetes disparados contra o sul de Israel, e 40 ficaram feridos (oficial). Seis militares israelitas mortos e 83 feridos na ofensiva terrestre (exército).

SAPO/AFP

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Enviado: Qua Jan 07, 2009 10:24 am
por P44
Conflito em Gaza desperta polêmica sobre definição de "civis"
LOL...seria de rir se não fosse tão trágico...é como as torturas em Guantanamo que não são torturas...se a hipocrisia pagasse imposto, em Israel e nos EUA não havia carimbo que chegasse.