Império Português
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- prometheus
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Re: Império Português
Por qué que os portugueses abandonaram suas ex colônias, martelo? Já ouvi falar uma vez que os portugueses cuidavam muito melhor das suas colônias que muitos outros europeus.cabeça de martelo escreveu: ↑Qui Out 17, 2024 9:06 am Como não sei se há um tópico sobre a União Ibérica, deixo aqui mesmo.
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Re: Império Português
Primeiro rebentou uma revolta apoiada pelo Kennedy em Angola. A UPA matou milhares de pessoas, na tentativa de criar o caos e o pânico de forma a que os Portugueses fugissem desse território. Algo do género tinha sido feito no Congo com os Belgas a sair em pouco tempo.prometheus escreveu: ↑Sex Out 18, 2024 2:31 pmPor qué que os portugueses abandonaram suas ex colônias, martelo? Já ouvi falar uma vez que os portugueses cuidavam muito melhor das suas colônias que muitos outros europeus.cabeça de martelo escreveu: ↑Qui Out 17, 2024 9:06 am Como não sei se há um tópico sobre a União Ibérica, deixo aqui mesmo.
Por cá tínhamos um regime ditatorial que via Portugal do Minho a Timor e a manutenção do império era vista como designo nacional.
Entretanto rebenta mais rebeliões em Moçambique e na Guiné, estas apoiadas pelos Comunistas.
No final tivemos em guerra continua desde 61 até 75, com ambas super potências (EUA e URSS) contra Portugal.
Por exemplo a minha tropa (Paraquedistas) usava Armalite AR-10 e G3, porque o contrato de aquisição das AR não foi cumprido pelos Holandeses porque eles estavam contra o regime e o Império. Os caças que a FAP tinha dos EUA, não podiam ser usados no Ultramar, e isso limitava tremendamente a capacidade real da FAP.
A geração do meus pais foi prejudicada pela guerra, porque a maior parte tinha que ir para a mesma e isso condicionava tremendamente a vida das pessoas. O meu pai serviu por quase 5 anos em dois Ramos distintos conseguindo passar pelas pingas da chuva, já o irmão serviu em Angola e veio de lá com PTSD.
Em 74 quando houve a revolução do 25 de Abril (revolução dos Cravos), a mesma foi feita por Oficiais (a maior parte Capitães que tinham comandado Companhias em combate repetidamente) que estavam cientes que não havia uma solução militar para o problema já que os vários grupos terroristas/libertação nacional africanos eram apoiado por meio mundo. Eles começaram o movimento dos Capitães por motivos de carreira, já que devido à falta de Oficiais QP para comandar tantas e tantas Companhias no Ultramar o governo tinha decidido dar a possibilidade aos Oficiais Milicianos ascender ao Quadro Permanente sem qualquer tipo de restrição. O problema é que esses Oficiais tinham feito quanto muito uma Comissão de 2 anos no Ultramar e os Oficiais do QP que tinham sido formados na Academia tinha comissão atrás de comissão e agora iam ficar em pé de igualdade com esses "novatos". Esse grupo de pressão evoluiu rapidamente para um grupo que queria a democratização e a descolonização. Foi o regime que semeou o seu próprio fim.
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Re: Império Português
Meu pai e meu avô contavam histórias de mais de um conhecido deles que havia emigrado de lá para o Brasil na época da revolta dos países africanos.
Sds
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Re: Império Português
Também tivemos muitos refugiados em África do Sul que fugiram de carro ou de barco para lá, quando já era visível que tudo ia acabar e os novos senhores do pedaço iam começar a prender/matar todos os brancos que encontrassem. O que não faltaram foi brancos que até tinham apoiado a independência a fugirem de lá para fora, o que não faltou foram antigos membros dessas mesmas organizações a fugirem para Portugal, já que houve muitas intrigas politicas no pós independência. A nossa ex ministra da Justiça, a Van Dunem veio para estudar e depois teve que ficar em Portugal porque meia família foi assassinada por razões politicas.
Francisca Van Dunem nasceu em Luanda, em 1955.
É licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em julho de 1977. É Magistrada do Ministério Público desde setembro de 1979. Foi monitora de Direito Penal e Direito Processual Penal na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa entre 1977 e 1979.
Foi assessora de sindicância e inquérito na Alta Autoridade contra a Corrupção, entre 1985 e 1987, em comissão de serviço. Delegada do Procurador da República no Tribunal do Trabalho, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa e no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa. Integrou o Gabinete do Procurador-Geral da República entre 1999 e 2001. Foi diretora do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa entre 2001 e 2007. Procuradora-Geral Distrital de Lisboa, de 2007 a 2015, ano em que suspendeu funções para tomar posse enquanto Ministra da Justiça do XXI Governo Constitucional.
Foi membro da Rede Judiciária Europeia em matéria penal entre 2003 e 2007.
Foi representante do Conselho Superior do Ministério Público na Unidade de Missão para a Reforma Penal.
Foi membro da Comissão de Revisão do Código de Processo Penal de 2009.
Foi representante de Portugal em várias reuniões e Comités Técnicos de Organizações Internacionais, nomeadamente o Comité Europeu para os Problemas Criminais, do Conselho da Europa e o Observatório Europeu dos Fenómenos Racistas e Xenófobos da União Europeia.
Membro do Conselho Superior do Ministério Público.
Foi representante do Conselho Superior do Ministério Público no Conselho de Gestão do Centro de Estudos Judiciários.
Foi Ministra da Justiça do XXI Governo Constitucional.