Quando digo que os chineses jogaram a toalha é porque desistiram de manter os russos na parceria do negócio em vista dos PD-35, que se esperava fosse um divisor de águas para o avião em si, de forma a tonar a China menos dependente do ocidente em uma questão fulcral para o desenvolvimento do C-929.
Agora, sem mais alternativas, o negócio é seguir carreira solo e ver no que dá.
Vai levar mais tempo, vão ter que incorporar mais tecnologia e insumos ocidentais, mas, a seu tempo eles irão contornar todos essas questões, de forma a manter o jato como um player realmente capaz de competir em pé de igualdade com os similares ocidentais, e diria, russos, que por si, vão agora tentar fazer com que o PD-35 se encaixe nos projetos que tem de manter o Il-96-400 e lançar uma versão biturbina do mesmo. Avião novo só na outra metade deste século talvez.
De qualquer forma, me parece que esta decisão de sair do projeto dos russos deve ter aliviado Pequim. É um problema a menos para administrar. Trabalhando sem os russos, eles vão poder terminar com maior celeridade o C-929-600 até o final desta década, e lançar o -500 e -700 na próxima.
Infelizmente a indústria russa foi posta em uma situação que realmente não merecia e não precisava, tendo em vista a retomada dos últimos anos em termos de capacitação e desenvolvimento de novos projetos com o ocidente.
Vamos ver se este novo momento de sovietização da Rússia vai deixar para trás algo que se possa contar na indústria do país.
Boa sorte para eles. Vão precisar.