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Qual o problema com o NaPaOc BR do CPN?
Ele basicamente é uma Barroso mais curta e modernizada.
E se a CV3 vingar no atual processo, mais um facilitador para a consecução dessa classe de Navios tão necessária.
Porque será que implicam com tudo que tem um BR no final por aqui?

Abs

FCarvalho escreveu:Qual o problema com o NaPaOc BR do CPN?
Ele basicamente é uma Barroso mais curta e modernizada.
E se a CV3 vingar no atual processo, mais um facilitador para a consecução dessa classe de Navios tão necessária.
Porque será que implicam com tudo que tem um BR no final por aqui?

Abs

Problema nenhum. O projeto e considerado como alternativa factível. O menor entusiasmo e somente por falta de R$ em meio de tantas prioridades.
Em havendo R$ e este o projeto que a MB vai adotar para seus novos NaPaOc.

Olá Nauta, a MB já tem um referencial de custos para este projeto do CPN para os NaPaOc BR?
Se a Barroso chegou a custar US 250 milhões, podemos presumir que para ter em encaixe economicamente viável na MB estes navios não podem ultrapassar mais que 1/3 desse valor - ou até menos se possível - se quiserem vingar por aqui. Dado os aspectos mais simples de sua construção e projeto por tratar-se de um navio de patrulha, evidentemente.

ps: este projeto pode alcançar mesmo um índice de nacionalização na casa dos 80% a 90%, se bem feito, posto que até mesmo seus sistemas de radares e C4ISR podem ser feitos por aqui mesmo, em reais. Aliás, tirando o sistema de propulsão, diesel, acredito, e o canhão de proa, praticamente tudo que se possa pensar apor no mesmo tem fabrico local, ainda que a um custo maior. Mas pelo menos é em reais.

abs

FCarvalho escreveu:Se a Barroso chegou a custar US 250 milhões, podemos presumir que para ter em encaixe economicamente viável na MB estes navios não podem ultrapassar mais que 1/3 desse valor

1/2 já é para comemorar, além disso já é viagem.

Marechal-do-ar escreveu:

FCarvalho escreveu:Se a Barroso chegou a custar US 250 milhões, podemos presumir que para ter em encaixe economicamente viável na MB estes navios não podem ultrapassar mais que 1/3 desse valor

1/2 já é para comemorar, além disso já é viagem.

Se ele entrar nesse negócio das CCT, pode ser que venha a melhorar isso aí. Caso não, a MB vai ter de dar muitas explicações porque um navio de patrulha custa mais de cem milhões de dólares.

abs

Para a MB é muito fácil se explicar: custo Brasil.

Então ela pode se preparar para continuar a ficar sem e com a sucata alheia.
Instrumentos legais ela tem para cortas custos de produção de seus projetos. Só não usa se não quiser.
Quer dizer, se o MD não quiser, né.

abs

FCarvalho escreveu:Instrumentos legais ela tem para cortas custos de produção de seus projetos.

Que instrumentos?

A legislação que apoia a BID quanto a questão de impostos.

abs

Não é só impostos...

O que, aliás, projetos de defesa já são muito favorecidos.

Sim, concordo. É todo um sistema complexo de relações que tem de ser considerados. Mas a possibilidade existe. O que não existe, ao que me parece, é vontade de fazer as coisas acontecerem.
E em não havendo vontade, bem, aí fica difícil até para arrumar simples botes.

abs.

Fazer as coisas acontecerem, você diz, em relação a impostos? Cara... Isso já é feito...

A questão de custo Brasil nesse caso, fica por conta da baixa produtividade e inevitável burocracia, quanto a vontade de fazer essa segunda parte acontecer, ai estamos falando de uma briga e tanto...

É por isso que temos um MD que só serve para testa de ferro e chefes nas ffaa's tão mais preocupados com o seu próprio umbigo.
Tem que ser feito um trabalho de formiguinha no congresso, no planalto, na sociedade, na industria e nas academias enfim, envolver todos os atores responsáveis pela cadeia completa,
Sem isso vamos estar dando murro em ponta de faca.
Tudo bem que a industria tem de ser ajudada neste campo, mas a ajuda deve apresentar limites, e principalmente, cobrança quanto a resultados.
Enquanto estivermos no famoso toma lá dá cá, vamos continuar nesse eterno circulo vicioso do qual nunca se sai.
Mas a coisa toda tem de começar a mudar de baixo para cima, com a reeducação e formação das novas gerações de militares, além da óbvia renovação do quadro político e do pensamento da sociedade sobre o tema, não apenas especificamente sobre defesa, mas tudo o que ela envolve.
Resumindo em uma palavra: ensinar o povo a pensar em geoestratégia.
E isso se aprende na escola.
Vai levar muito tempo, mas um dia a gente chega lá.

abs.

FCarvalho escreveu:
Se ele entrar nesse negócio das CCT, pode ser que venha a melhorar isso aí. Caso não, a MB vai ter de dar muitas explicações porque um navio de patrulha custa mais de cem milhões de dólares.

abs

Não deveria custar mais. Temos vários exemplos, dentro e fora do setor de defesa, em que empresas brasileiras produzem à custos competitivos.

Uma dúvida: esse projeto nacional segue as mesmas características de construção e resistencia à danos de combate de uma corveta ou se ajusta a padrões civis mais economicos?
Queria entender em que medida o projeto é de uma mini-Barroso ou é um novo projeto...

Interessante notar que o projeto CV-03 incorpora varios sistemas e armamentos importados pois não temos nada equivalente produzido localmente. No caso de um navio patrulha, muito mais pode ser incorporado (radares 2D, MANs, etc) pois os requisitos de desempenho são menores. Quem sabe até um sonar nacional poderia ser testado num navio desses (o que foge da funçao principal de um NaPaOc mas vale pela oportunidade).

pmicchi escreveu:

FCarvalho escreveu:Se ele entrar nesse negócio das CCT, pode ser que venha a melhorar isso aí. Caso não, a MB vai ter de dar muitas explicações porque um navio de patrulha custa mais de cem milhões de dólares.

Não deveria custar mais. Temos vários exemplos, dentro e fora do setor de defesa, em que empresas brasileiras produzem à custos competitivos.
Uma dúvida: esse projeto nacional segue as mesmas características de construção e resistencia à danos de combate de uma corveta ou se ajusta a padrões civis mais economicos?
Queria entender em que medida o projeto é de uma mini-Barroso ou é um novo projeto...
Interessante notar que o projeto CV-03 incorpora varios sistemas e armamentos importados pois não temos nada equivalente produzido localmente. No caso de um navio patrulha, muito mais pode ser incorporado (radares 2D, MANs, etc) pois os requisitos de desempenho são menores. Quem sabe até um sonar nacional poderia ser testado num navio desses (o que foge da funçao principal de um NaPaOc mas vale pela oportunidade).

A questão do custo deve estar na pauta do almirantado há tempos. Mas fato é que o tal custo Brasil, como o Marechal colocou acima, é um fator que deve ser levado em conta e que dificilmente não impactará no projeto destes navios.

O navio do CPN segue basicamente as mesmas linhas da Barroso quanto ao casco, só que será um navio com 90 mts. As mudanças mais significativas acontecem na superestrutura que é bem diferente daquela corveta, e tem a bem da verdade, muitas das características da CV-3. E como se trata de um navio patrulha, seu desenho e construção devem seguir padrões mais civis do que militares. Isso ajuda a diminuir os custos com certeza, além de facilitar a introdução de insumos nacionais no mesmo.

Quanto a seu armamento, até o presente momento, apenas a Corced está na lista de material nacional. O resto, canhão de proa e as metralhadoras laterais de 20mm tudo será importado, ou aproveitado do que estiver disponível nos estoques da MB. As T-22 possuem 2 cada uma. Então daria para equipar ao menos 4 patrulhas com elas. Não espere mais que isso para estes navios.

ps: o novo projeto dos Napa BR dispõe de capacidade para receber misseis AAe. com certeza da classe dos Manpads. é de subentender então que os patrulhas oceânicos, tenham a mesma capacidade. ambos os projetos segue padrões de construção modular. neste sentido, dependendo das necessidades de cada cliente, vários sistemas poderão ser apostos nos mesmos. no nosso caso, um canhão 76 e duas metralhadoras 20mm parecem satisfazer a MB.

abs