Re: Xian Y-20
Enviado: Qui Nov 12, 2020 10:14 pm
Bom, dá uma olhada nesse mapa aqui.
Esse é a projeção do nosso entorno estratégico visado no Plano Estratégico da Marinha 2040. Ele é um pouquinho maior que o anterior.
Como podes observar, tudo que acontece, ou que pode acontecer, dentro desta área em termos de geopolítica nos interessa. Ao menos a Marinha do Brasil.
Ela abarca não apenas a América do Sul, mas agora, o oceano pacífico ao longo da costa sul americana, o mar do caribe até a fronteira naval com o Atlântico Norte, chegando quase no Saara Ocidental, e claro, toda a costa oeste africana. É um espaço bastante grande para um país como o Brasil atuar. E duvido que a MB tenha pensado nele apenas por si mesma, sem o pitaco de mais alguém. Não me parece que sejamos um país sem pretensões estratégicas. Na verdade nos as temos desde os idos tempos do império, mas... sempre existe um mas.
Diferente de outros países acostumados e cientes da sua posição no mundo, o Brasil nunca teve do ponto de vistas das políticas públicas nada voltado para a construção coletiva de uma visão estratégica de país, e menos ainda de nossos interesses no mundo e em nosso entorno estratégico, claro. Isso sempre ficou restrito ao cânones da diplomacia nacional e, mau ou bem, com os militares correndo por fora a mesma corrida. Como podes ver, temos sérios problemas de comunicação aqui dentro.
"Podemos continuar cegos ao mundo lá fora, mas não seremos ignorados por muito tempo." (Gendalf, o cinzento ).
Até onde eu conheço a história do Corsário, e do "Gordo", ambas unidades da FAB com uma larga ficha corrida em horas de voo internacionais, seja em favor da FAB, do governo e/ou instituições públicas, ou até mesmo privadas brasileiras, é possível admitir que nossos interesses lá fora sempre foram respaldados pela FAB e seus esquadrões de transporte, dentro dos limites impostos a operacionalidade deles, claro. Se vamos nos projetar no exterior, dentro da área acima vislumbrada, um avião da categoria do Y-20 não é apenas necessário, como nos é impositivo. Isto se quisermos mesmo que nossos interesses estratégicos naquele contexto sejam mesmo respaldados. É uma decisão a ser tomada. E ela não é das ffaa's, que são apenas um dos braços com o qual o Estado faz impor-se na defesa de seus interesses e/ou vontade, aqui e lá fora.
Mesmo fora desse entorno estratégico, é lícito afirmar que aviões da categoria do Y-20 são uma resposta aos desafios que o futuro se nos impõe. Já vimos alegações recentemente sobre imposições de embargos econômicos, pressões políticas e econômicas em função de agendas internacionais, etc. Mas nada até agora que julgássemos sério o suficiente para realmente tornar-se uma ameaça concreta. Talvez seja a hora de repensarmos isso. E não estou dizendo aqui para sairmos correndo atrás da China e Rússia e comprar tudo que virmos pela frente. Muito pelo contrário. É a oportunidade que nós temos de rever nossas pretensas ambições no mundo, e a partir delas e da visão que nós temos sobre as necessidades reais da Defesa nacional, impor-nos novos caminhos e atitudes em relação as atuais e futuras parcerias internacionais. Eu particularmente defendo a integração cada vez maior com os vizinhos. É um dever de casa que a constituição nos impõe, e que não raro, é posto de lado ou ignorado pelos seguidos governos e pela politicalha nacional.
Sim, por tudo que vejo até agora em relação ao nosso futuro no mundo, a FAB deve possuir capacidades maiores e melhores do que as projetadas por ela a si até 2041. Principalmente em um país continental como o nosso, com os interesses políticos, econômicos e diplomático-militares que possui. Por mais que seja uma minoria que lhes reconheça a importância e os efeitos enquanto política de Estado. Mas temos que começar em algum momento, não?
abs
Esse é a projeção do nosso entorno estratégico visado no Plano Estratégico da Marinha 2040. Ele é um pouquinho maior que o anterior.
Como podes observar, tudo que acontece, ou que pode acontecer, dentro desta área em termos de geopolítica nos interessa. Ao menos a Marinha do Brasil.
Ela abarca não apenas a América do Sul, mas agora, o oceano pacífico ao longo da costa sul americana, o mar do caribe até a fronteira naval com o Atlântico Norte, chegando quase no Saara Ocidental, e claro, toda a costa oeste africana. É um espaço bastante grande para um país como o Brasil atuar. E duvido que a MB tenha pensado nele apenas por si mesma, sem o pitaco de mais alguém. Não me parece que sejamos um país sem pretensões estratégicas. Na verdade nos as temos desde os idos tempos do império, mas... sempre existe um mas.
Diferente de outros países acostumados e cientes da sua posição no mundo, o Brasil nunca teve do ponto de vistas das políticas públicas nada voltado para a construção coletiva de uma visão estratégica de país, e menos ainda de nossos interesses no mundo e em nosso entorno estratégico, claro. Isso sempre ficou restrito ao cânones da diplomacia nacional e, mau ou bem, com os militares correndo por fora a mesma corrida. Como podes ver, temos sérios problemas de comunicação aqui dentro.
"Podemos continuar cegos ao mundo lá fora, mas não seremos ignorados por muito tempo." (Gendalf, o cinzento ).
Até onde eu conheço a história do Corsário, e do "Gordo", ambas unidades da FAB com uma larga ficha corrida em horas de voo internacionais, seja em favor da FAB, do governo e/ou instituições públicas, ou até mesmo privadas brasileiras, é possível admitir que nossos interesses lá fora sempre foram respaldados pela FAB e seus esquadrões de transporte, dentro dos limites impostos a operacionalidade deles, claro. Se vamos nos projetar no exterior, dentro da área acima vislumbrada, um avião da categoria do Y-20 não é apenas necessário, como nos é impositivo. Isto se quisermos mesmo que nossos interesses estratégicos naquele contexto sejam mesmo respaldados. É uma decisão a ser tomada. E ela não é das ffaa's, que são apenas um dos braços com o qual o Estado faz impor-se na defesa de seus interesses e/ou vontade, aqui e lá fora.
Mesmo fora desse entorno estratégico, é lícito afirmar que aviões da categoria do Y-20 são uma resposta aos desafios que o futuro se nos impõe. Já vimos alegações recentemente sobre imposições de embargos econômicos, pressões políticas e econômicas em função de agendas internacionais, etc. Mas nada até agora que julgássemos sério o suficiente para realmente tornar-se uma ameaça concreta. Talvez seja a hora de repensarmos isso. E não estou dizendo aqui para sairmos correndo atrás da China e Rússia e comprar tudo que virmos pela frente. Muito pelo contrário. É a oportunidade que nós temos de rever nossas pretensas ambições no mundo, e a partir delas e da visão que nós temos sobre as necessidades reais da Defesa nacional, impor-nos novos caminhos e atitudes em relação as atuais e futuras parcerias internacionais. Eu particularmente defendo a integração cada vez maior com os vizinhos. É um dever de casa que a constituição nos impõe, e que não raro, é posto de lado ou ignorado pelos seguidos governos e pela politicalha nacional.
Sim, por tudo que vejo até agora em relação ao nosso futuro no mundo, a FAB deve possuir capacidades maiores e melhores do que as projetadas por ela a si até 2041. Principalmente em um país continental como o nosso, com os interesses políticos, econômicos e diplomático-militares que possui. Por mais que seja uma minoria que lhes reconheça a importância e os efeitos enquanto política de Estado. Mas temos que começar em algum momento, não?
abs