A Batalha de Roraima. [Edit]

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#121 Mensagem por Plinio Jr » Sex Abr 18, 2008 12:41 pm

delmar escreveu:Na minha opinião não vai dar em nada. O general Heleno vai dar uma explicação qualquer, o Lula vai achar suficiente, e tudo termina por aí. Agora um detalhe. A demarcação da reserva foi feita na época do FHC. Não foi o Lula quem criou ela. Ele apenas deu seguimento ao processo. É algo que vem acumulando-se ao longo do tempo.
Outra coisa, o Lula é pu@a velha, ou china velha, com dizem na fronteira. Conhece os atalhos e os macetes, reconhece um cego dormindo e um coxo sentado. Houve de longe o apito e sai dos trilhos antes do trem passar. Assim ele já está vendo que o vento mudou e a demarcação das áreas indígenas estão impopulares. Assim ele vai esperar a decisão do STF e vai cumpri-la. Se for pedida nova demarcação ele vai faze-la.

saudações
Ou seja, passou a caneta e estão dando toda munição possivel para a merda que estamos vendo... :idea:




¨Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão ¨- Eça de Queiroz
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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#122 Mensagem por delmar » Sex Abr 18, 2008 1:15 pm

delmar escreveu:A situação em Roraima está longe do fim. Especialmente os arrozeiros, quase todos gaúchos diga-se de passagem, continuam resistindo dentro das novas reservas criadas. Não aceitam perder suas terras e lavouras. Embora o governo, pelo ministério da justiça, as ONGS, os padres de passeata, os ecochatos, os ecogays e outras entidades façam a maior pressão para que eles abandonem as suas propriedades, eles continuam lá, firmes. Já sofreram ameaças, pressões e até prisões, porém não se entregam assim no mais.
A opinião pública de Roraima aos pouco foi mudando. Atualmente quase toda a população do estado está ao lado dos arrozeiros. O governo daquele estado passou a apoia-los em suas ações judiciais contra a união. A luta obstinada deles em conservar suas terras e lavouras tem colocado o governo federal em uma situação difícil. Provavelmente alguma coisa vai acabar mudando.

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Não gosto de fazer citação própria. No entanto escrevi isto antes de começar a operação para retirar os arrozeiros da reserva. Tenho dois irmãos que residem em Roraima e eles já haviam me falado que os arrozeiros iriam resistir de todas maneiras. Eles tem o apoio do governo estadual e a simpatia dos militares. Posso também afirmar que a responsabilidade da demarcação, em área contínua, não é somente do Lula. Começou muito antes. É uma sucessão de decisões erradas, com os governos cedendo às pressões da igreja, de orgânismos da ONU e de ONGs internacionais. Acima de tudo faltou sempre coragem, aos nossos representantes em foros internacionais para dizerem NÃO.

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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#123 Mensagem por Centurião » Sex Abr 18, 2008 1:28 pm

delmar escreveu:
delmar escreveu:A situação em Roraima está longe do fim. Especialmente os arrozeiros, quase todos gaúchos diga-se de passagem, continuam resistindo dentro das novas reservas criadas. Não aceitam perder suas terras e lavouras. Embora o governo, pelo ministério da justiça, as ONGS, os padres de passeata, os ecochatos, os ecogays e outras entidades façam a maior pressão para que eles abandonem as suas propriedades, eles continuam lá, firmes. Já sofreram ameaças, pressões e até prisões, porém não se entregam assim no mais.
A opinião pública de Roraima aos pouco foi mudando. Atualmente quase toda a população do estado está ao lado dos arrozeiros. O governo daquele estado passou a apoia-los em suas ações judiciais contra a união. A luta obstinada deles em conservar suas terras e lavouras tem colocado o governo federal em uma situação difícil. Provavelmente alguma coisa vai acabar mudando.

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Não gosto de fazer citação própria. No entanto escrevi isto antes de começar a operação para retirar os arrozeiros da reserva. Tenho dois irmãos que residem em Roraima e eles já haviam me falado que os arrozeiros iriam resistir de todas maneiras. Eles tem o apoio do governo estadual e a simpatia dos militares. Posso também afirmar que a responsabilidade da demarcação, em área contínua, não é somente do Lula. Começou muito antes. É uma sucessão de decisões erradas, com os governos cedendo às pressões da igreja, de orgânismos da ONU e de ONGs internacionais. Acima de tudo faltou sempre coragem, aos nossos representantes em foros internacionais para dizerem NÃO.

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Agora é hora para mudar isso. Ainda dá tempo.




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#124 Mensagem por Marino » Sex Abr 18, 2008 2:31 pm

Os militares e as fronteiras

Mauro Santayana



É necessário que o bom senso venha a prevalecer na Questão de Roraima. O Senado devia ser o centro do entendimento, mas os senadores da região estão ocupados em coisas menores. O descontentamento militar para com a demarcação em área contínua da Reserva Raposa Serra do Sol deve ser entendido e provocar uma reflexão mais profunda, tendo em vista todos os aspectos do problema. Enquanto se espera a decisão que o Supremo Tribunal Federal vier a adotar, é bom que o presidente e seus ministros continuem a negociar com todos os interessados.

O Congresso, desde o famoso Consenso de Washington, parece ter abandonado o seu principal dever, que é o de garantir a integridade do território nacional. Ao contrário disso, abriram-se as fronteiras setentrionais para a invasão das ONGs – em continuidade a projeto antigo, do qual foi braço importante o senhor Nelson Rockfeller. Há, sobre o assunto, livro importante, de Gerard Colby e Charlotte Dennet (Thy will be done). É preciso que sejam expulsos da área os agentes provocadores estrangeiros, membros de ONGs que ali atuam, em franca violação da soberania nacional.

A Igreja Católica pode compreender a necessidade de que a faixa de fronteira fique sob ocupação militar ostensiva e permanente, e que a demarcação em ilhas – respeitando a ocupação histórica das tribos – é a solução lógica. A tese é a de que a cultura autóctone deve ser preservada. Ela exigiria que os missionários de qualquer culto deixassem os índios com seus próprios deuses. Não há violação mais forte contra a identidade de um povo do que a de lhe trazer deuses estranhos. Não têm faltado defensores apaixonados da globalização da causa indígena, mas têm faltado defensores da soberania nacional.

Em 1900, ao defender a causa do Brasil na Questão de Limites com a Guiana, Joaquim Nabuco (que nunca foi nacionalista extremado), lembrou que a Inglaterra havia mandado para a fronteira de sua colônia com o Brasil o pastor missionário Ioud, ainda em 1838. O evangelista se estabeleceu entre os macuxis da região de Pirara, e essa presença serviu de pretexto para que, quatro anos mais tarde, a Inglaterra invadisse o território brasileiro com um contingente militar comandado pelo mercenário alemão, travestido de cientista, Robert Hermann Schomburgk. O governo britânico pedira ao governo brasileiro passaporte que autorizasse ao cientista que, nas pesquisas que faria na região, entrasse em território nacional. A nossa boa-fé funcionou, e Schomburgk hasteou a bandeira britânica nas nascentes do Rio Essequibo. Em conseqüência de nossa negligência durante o governo da Regência, perdemos dois quintos do território em litígio com os ingleses, com o laudo de arbitragem do rei da Itália em 1904. Estamos agora, no caso da Raposa Serra do Sol (a mesma região), entrando pelo mesmo caminho e podemos até mesmo perder o que nos sobrou há um século. Os macuxis – os mesmos que foram na conversa do pastor e do mercenário – estão sendo agora seduzidos pelas ONGs, pelos novos missionários protestantes, e pelo Cimi.

A questão básica de Roraima é a soberania brasileira sobre o território que nos foi legado pela História. O governo do presidente Lula naturalmente levará em conta que os governos, os partidos e todos nós somos efêmeros, mas que uma nação só merece existir se existir com o compromisso de permanecer para sempre. Outro aspecto é o do pacto federativo. O governo passado, aproveitando-se de circunstâncias conjunturais, decidiu a demarcação da Reserva – que era projeto do governo Collor, conforme confessou o senhor Sidney Possuelo, então superintendente da Funai. Já dissemos, neste espaço, que foi um erro converter os antigos territórios fronteiriços em Estados. Não havia neles cultura sedimentada que autorizasse a autonomia, nem tradições históricas de autogoverno. Mas sendo Roraima um Estado, tem todos os direitos do pacto federativo.

O terceiro aspecto – que se amarra aos interesses ingleses do século 19 – é o da atualidade geopolítica. O New York Times, o mais liberal (no léxico político clássico e não em seu significado econômico atual) dos diários americanos, acaba de fazer apelo à maioria democrática do Congresso para que aprove novo tratado com a Colômbia. O argumento – nele atentemos – é o de que é importante a presença dos Estados Unidos em uma região em que os seus interesses estão sendo ameaçados pela queda da credibilidade do governo Bush. O jornal não nomeia quem rejeita a presença americana na área, mas é certo que estamos entre os que gostariam de que não se imiscuíssem na América Meridional.

Alguns militares exageraram, ao dizer que, servindo ao Estado, não devem estar submetidos ao chefe de governo. Mas a sua angústia, diante das perspectivas do mundo, é explicável.




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#125 Mensagem por Marino » Sex Abr 18, 2008 2:41 pm

JOSÉ SARNEY

Fronteiras sangrentas



Muito se tem censurado o Supremo Tribunal Federal por estar legislando. Na nossa democracia, cabe ao Judiciário ser não somente o fiscalizador dos outros Poderes mas harmonizar os conflitos que possam romper o equilíbrio institucional.

Graças a essa atribuição, podemos prescindir do Poder Moderador, que, no Império, foi exercido pelo imperador e, na República, pelas incursões das Forças Armadas.

A tradição brasileira, ao contrário da americana, é não ter conflitos entre o Poder Judiciário e o Poder Legislativo. O mesmo não aconteceu entre o Poder Executivo e os outros dois. O Legislativo foi fechado algumas vezes, e o Judiciário, podado de ministros e de atribuições, chegando Vargas a nomear o presidente do Supremo e anular uma sentença por decreto.

Nos Estados Unidos, foi a Corte Suprema -lá também acusada de legislar- que resolveu o problema dos direitos civis e a segregação nas escolas. O resultado foi o fim do apartheid que ameaçava dividir o país.

Nossa Constituição de 88 é detalhista em muitos temas, mas vazia em outros. Cabe ao Supremo viabilizá-la na direção dos interesses maiores da pátria e do Estado de Direito. Para isso, recebeu a sagrada missão de "guardar a Constituição". Só ele poderá evitar a hipertrofia de alguns setores que hoje se expandem em busca de ocupar espaço e exercer poderes que não têm, violando direitos individuais e criando ameaças ao Estado de Direito. Só o Supremo pode conter isso. Um teste, agora, objetivo e atual, é o da reserva indígena Raposa/Serra do Sol. Até onde pode um Estado ter o seu território dividido e ocupado, ou, como acontece em Roraima, não ter terra nenhuma porque todas são da União e estão repartidas?

Outro assunto sensível, que diz respeito à soberania, é a existência de reservas indígenas em faixas de fronteira. Quando eu era presidente, não permiti demarcar reservas na fronteira, mas fizemos reservas isoladas e descontínuas, que resguardavam a soberania nacional e conjuravam as cassandras do Pentágono, que diziam ser um conflito do futuro da humanidade as "nações indígenas" da Amazônia. O governo que me sucedeu revogou minha decisão.

O artigo primeiro de nossa Constituição coloca entre os fundamentos do Estado democrático de direito, em primeiro lugar, a soberania. O STF tem o dever irrecusável de defendê-la. Ela é a pátria.

Nossas fronteiras são de todos os brasileiros, pardos, brancos, negros e índios. Temos fronteiras de paz com dez países. Não podemos imaginar que por nosso erro elas se tornem fronteiras sangrentas.

JOSÉ SARNEY escreve às sextas-feiras nesta coluna.




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#126 Mensagem por rodrigo » Sex Abr 18, 2008 4:19 pm





"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#127 Mensagem por Marino » Sex Abr 18, 2008 5:01 pm

Clube Militar defende general que criticou governo

O Clube Militar do Rio de Janeiro divulgou nota hoje defendendo o comandante militar na Amazônia, general Augusto Heleno. Na quinta-feira, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, cobrou explicações do comandante sobre declarações dadas na última quarta-feira.

O general afirmou, durante seminário no Clube Militar, que "o Exército brasileiro é um instrumento do Estado acima de ser um instrumento de governo" e também criticou a política indigenista desenvolvida pelo governo federal. A nota com o título "Reação sem sentido" é assinada pelo presidente do clube militar, general Gilberto Barbosa de Figueiredo.

O documento faz uma defesa do general Heleno e afirma, no último parágrafo, que: "É estranho o presidente da República pedir explicações sobre o caso. Não me consta que tenha adotado o mesmo procedimento quando ministros do seu partido contestam publicamente a política econômica do governo. Aliás, uma das poucas coisas que está funcionando coerentemente nessa época em que atitudes voltadas para produzir impacto em palanque são mais importantes do que a ética e a moralidade na condução das ações políticas".

Agência Brasil




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#128 Mensagem por Tigershark » Sex Abr 18, 2008 6:49 pm

"NOTA OFICIAL DO CLUBE MILITAR
Reação sem Sentido

Em Seminário realizado no Clube Militar, o Gen Ex Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Comandante Militar da Amazônia, um dos palestrantes, teceu considerações sobre a atual política brasileira em relação à população indígena. Sua enfática explanação em nenhum momento feriu a disciplina e a hierarquia.



O que vimos foi a palavra de um Chefe Militar sobre assunto de sua inteira competência e responsabilidade. Sua afirmação de que o Exército não serve a governos e sim ao Estado está respaldada no que prevê o Art 142 da Constituição Federal ao definir as Forças Armadas como instituições nacionais permanentes.


A política indigenista, todos sabem, está longe de ser consensual, inclusive dentro do governo Lula. Há décadas que se discute se nossos índios devem ser integrados à sociedade brasileira ou se devem ser segregados.



A escolha oficial, hoje, é pela segregação. Tal política não pode ser considerada sequer como deste governo, uma vez que vem sendo adotada já há algum tempo.



A observação do Gen Heleno foi fruto da angústia de alguém que observa no próprio local a situação aflitiva de algumas comunidades, com sérios problemas de saúde e sem atendimento a outras necessidades básicas; da angústia de alguém que vê, lá na ponta da linha onde poucos gostam de ir, brasileiros passando privações sem nenhum apoio do Estado.




É estranho o Presidente da República pedir explicações sobre o caso. Não me consta que tenha adotado o mesmo procedimento quando ministros do seu partido contestam publicamente a política econômica do governo. Aliás, uma das poucas coisas que está funcionando coerentemente nessa época em que atitudes voltadas para produzir impacto em palanque são mais importantes do que a ética e a moralidade na condução das ações políticas.

Gen Ex Gilberto Barbosa de Figueiredo
Presidente do Clube Militar"




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#129 Mensagem por delmar » Sex Abr 18, 2008 11:49 pm

Defesa ouve explicações de general e considera críticas "assunto superado"

Sexta, 18 de abril de 2008, 21h46

Dois dias depois de ter declarado que a demarcação contínua de terras indígenas em região de fronteiras é uma ameaça à soberania nacional, o comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, reuniu-se hoje (18) com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri para explicar as declarações.
Segundo a assessoria do ministério, a reunião durou pouco mais de uma hora e o assunto foi considerado "superado".
A assessoria informou ainda que o resultado da reunião já foi comunicado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia pedido explicações sobre as declarações, feitas durante a abertura do seminário Brasil, Ameaças a sua Soberania, realizado nesta semana no Clube Militar do Rio de Janeiro.
Tudo conforme o previsto. O general Heleno deu "explicações". O MD e o Comandante do Exército "aceitaram" as explicações, que foi repassada ao presidente. Agora o nosso presidente vai dar-se por satisfeito e aproveitar a ocasião para colocar uma pedra, de gêlo, no assunto.

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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#130 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Abr 19, 2008 1:27 am

Porém o recado está dado!




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#131 Mensagem por joao fernando » Sáb Abr 19, 2008 10:48 am

Vi da boca do pessoal do Clube Militar:

O exercito está a serviço da nação e não do governo. E que se for preciso, a FA dará apoio ao Heleno. O Heleno falou que se tiver que entrar com tudo, ele vai entrar onde quer que seja. Ontem a tarde, o Heleno e outro comandante reclamando que eles querem helicopteros para toda a Amazonia, que fuzin da 2º guerra não está com nada e carro deles não é carro, é carroça.

Será que entederam o recado???




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#132 Mensagem por jauro » Sáb Abr 19, 2008 12:28 pm

Chefe do Estado-Maior do Comando Leste endossa críticas

General Mário Madureira afirma que comandante do Exército, Enzo Peri, já conhecia teor da fala de Heleno

Wilson Tosta



O chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste, general Mário Madureira, afirmou ontem que a palestra do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, com críticas à política indigenista não foi uma infração à hierarquia porque era de conhecimento prévio do comandante da corporação, general Enzo Peri. Além dele, ontem os Clubes Militar e da Aeronáutica emitiram notas de solidariedade a Heleno.

Segundo Madureira, o chefe da instituição sabia que Heleno daria “uma aula” no Clube Militar, no seminário Brasil, Ameaças à Sua Soberania, encerrado ontem.
“O general foi convidado, como eu, para uma palestra, devidamente autorizado pelo comandante do Exército, como ele mesmo disse, no início da sua abordagem”, disse.

Na quarta-feira, Madureira também fez uma exposição sobre Roraima no mesmo seminário.

“O que ele obviamente aqui falou era do conhecimento do comandante da instituição. Talvez no debate, aí, foge um pouco, como para mim fugiu também. Mas o comandante do Exército tinha plena consciência de que ele estaria aqui participando de uma aula, ele deu uma aula, como eu falei de Roraima, porque morei lá. Não vi nada que tenha ferido a hierarquia”, disse o general.
Madureira repetiu, com outras palavras, uma afirmação de Heleno, que dissera que o Exército serve “ao Estado, não a governos”. “Acredito que, salvo melhor juízo, somos servidores do País, da Nação, como eu bem coloquei na minha palestra”, disse. “Os governos passam, o Estado fica.” “Acho que uma política indigenista tem de atender à necessidade de todos, não somente dos índios, de todos que vivem nas terras indígenas”, declarou. “Acredito que ela mereça um pouco mais de atenção. Creio nos homens de bem que comandam a nossa Nação para que isso daí possa ser factível.”

O militar também defendeu que a demarcação da reserva seja feita em “ilhas”. “Acho que é algo que tem que ser pelo menos pensado e estudado”, disse.

Madureira afirmou que não há ameaça à soberania por causa das demarcações, mas afirmou que poderá haver problemas no futuro. Ele lembrou que comandou a 1ª Brigada de Infantaria de Selva em Roraima e disse que tudo o que fala é com base em sua experiência na região.

O Gen Bda Mário Matheus de Paula Madureira (na ativa) é o atual Chefe do EM do Cmdo Militar do Leste.

E aí vai pedir explicações para este Gen também?




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#133 Mensagem por Centurião » Sáb Abr 19, 2008 1:03 pm

jauro escreveu:Chefe do Estado-Maior do Comando Leste endossa críticas

General Mário Madureira afirma que comandante do Exército, Enzo Peri, já conhecia teor da fala de Heleno

Wilson Tosta



O chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste, general Mário Madureira, afirmou ontem que a palestra do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, com críticas à política indigenista não foi uma infração à hierarquia porque era de conhecimento prévio do comandante da corporação, general Enzo Peri. Além dele, ontem os Clubes Militar e da Aeronáutica emitiram notas de solidariedade a Heleno.

Segundo Madureira, o chefe da instituição sabia que Heleno daria “uma aula” no Clube Militar, no seminário Brasil, Ameaças à Sua Soberania, encerrado ontem.
“O general foi convidado, como eu, para uma palestra, devidamente autorizado pelo comandante do Exército, como ele mesmo disse, no início da sua abordagem”, disse.

Na quarta-feira, Madureira também fez uma exposição sobre Roraima no mesmo seminário.

“O que ele obviamente aqui falou era do conhecimento do comandante da instituição. Talvez no debate, aí, foge um pouco, como para mim fugiu também. Mas o comandante do Exército tinha plena consciência de que ele estaria aqui participando de uma aula, ele deu uma aula, como eu falei de Roraima, porque morei lá. Não vi nada que tenha ferido a hierarquia”, disse o general.
Madureira repetiu, com outras palavras, uma afirmação de Heleno, que dissera que o Exército serve “ao Estado, não a governos”. “Acredito que, salvo melhor juízo, somos servidores do País, da Nação, como eu bem coloquei na minha palestra”, disse. “Os governos passam, o Estado fica.” “Acho que uma política indigenista tem de atender à necessidade de todos, não somente dos índios, de todos que vivem nas terras indígenas”, declarou. “Acredito que ela mereça um pouco mais de atenção. Creio nos homens de bem que comandam a nossa Nação para que isso daí possa ser factível.”

O militar também defendeu que a demarcação da reserva seja feita em “ilhas”. “Acho que é algo que tem que ser pelo menos pensado e estudado”, disse.

Madureira afirmou que não há ameaça à soberania por causa das demarcações, mas afirmou que poderá haver problemas no futuro. Ele lembrou que comandou a 1ª Brigada de Infantaria de Selva em Roraima e disse que tudo o que fala é com base em sua experiência na região.

O Gen Bda Mário Matheus de Paula Madureira (na ativa) é o atual Chefe do EM do Cmdo Militar do Leste.

E aí vai pedir explicações para este Gen também?
Essas declarações vem em boa hora. Que o juízo volte às cabeças de nossos governantes.




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Re: A Batalha de Roraima. Omissão das FA's brasileiras

#134 Mensagem por jauro » Sáb Abr 19, 2008 1:05 pm

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Editorial
Recuo em Roraima

Fala de comandante militar da Amazônia implica retrocesso na política de demarcação de terras indígenas



O debate sobre a questão indígena no Brasil recuou pelo menos duas décadas. O direito dos índios à terra tradicionalmente ocupada, tão líquido e certo que terminou consagrado no artigo 231 da Constituição de 1988, volta a ser questionado -de modo mais acintoso pelo comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno.

Oficiais militares da ativa devem obediência a seus superiores na cadeia de comando, em cujo ápice se encontra o presidente da República, comandante-em-chefe das Forças Armadas. Ao se insurgir contra uma política de governo, o general se aproxima perigosamente da insubordinação e deveria receber punição apropriada.
..................................
.......................................
...................................................
É imperioso resistir a esse retrocesso. Espera-se que o STF, quando julgar o mérito de dezenas de ações pendentes contra Raposa/Serra do Sol, reafirme decisões anteriores e mantenha a integridade da terra indígena.



Este é o jornal do governo.....não é de hoje!




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#135 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Abr 19, 2008 1:16 pm

LIXO! Esse editorial da FSP é simplesmente um LIXO. Que vergonha!




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