Re: Clube do Coração dos Foristas do DB.
Enviado: Qua Dez 15, 2010 12:55 pm
Daniel Leal e Leo Burlá
Publicada em 15/12/2010 às 08:00
No Rio de Janeiro
Publicada em 15/12/2010 às 08:00
No Rio de Janeiro
Unificação de títulos deixa perguntas sem resposta
Iminente reconhecimento por parte da CBF pode provocar problemas futuros
A provável unificação dos títulos brasileiros deixa perguntas fundamentais sem resposta. Caso a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confira ao Roberto Gomes Pedrosa e à Taça Brasil o mesmo peso dado ao Campeonato Brasileiro (disputado a partir de 1971), a medida poderá gerar mudanças importantes e polêmicas.
O ranking da CBF sofreria alterações relevantes. Atualmente, o Grêmio encabeça a lista. No entanto, como hoje não há o cômputo dos pontos da Taça Brasil, haveria uma nova configuração das forças. O Palmeiras passaria a perseguir os gaúchos de perto.
Unificação de títulos: quem saiu ganhando e quem levou a pior
A unificação também criaria uma situação estranha. Com os títulos da Taça Brasil e do Robertão de 1967, o Palmeiras obteria a façanha de ser campeão brasileiro duas vezes em uma mesma temporada.
Os clubes desfavoráveis à unificação, alegam que a Taça Brasil seria o equivalente da Copa do Brasil. Isto abriria precedente para que clubes campeões da Copa do Brasil pedissem que seus títulos fossem equiparados ao do Brasileirão.
História
• Taça Brasil: Foi disputada entre 1959 e 1968. O Bahia ganhou a 1ª edição. Com cinco taças, o Santos é o papão do torneio.
• Robertão: Passou a existir em 1967. Último foi em 1970, ano que antecedeu o início do Campeonato Brasileiro.
Fórmula
• Taça Brasil: Os campeões estaduais disputavam. Os times mais fortes entravam na fase final. Regulamento era em sistema mata-mata.
• Robertão: Substituiu o Rio-São Paulo, que era disputado desde 1954. Todos jogavam contra todos. Os melhores faziam um quadrangular final.
Libertadores
• Taça Brasil: Indicava os representantes do Brasil.
• Robertão: Quando criado, passou a indicar o representante.
– O pedido seria absolutamente natural. Diante das atuais circunstâncias, não vejo meios de a CBF não acatar isto. Prefiro aguardar o desenrolar dos acontecimentos, mas um eventual reconhecimento poderá abrir brechas – analisou Luiz Felipe Santoro, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo (IBDD).
Até clubes que não serão beneficiados pela provável homologação já atuam no sentido de tirarem algum proveito. Roberto Dinamite, presidente do Vasco, admitiu que o clube buscará reconhecimento de outros campeonatos.
– Acho legal essa decisão da CBF de reconhecer os títulos, mas isso tem de acontecer para todos os clubes. Já pedi para verem se o Vasco te direito a algo. Vamos analisar – disse Roberto Dinamite, sem ser muito específico.
A divisão nas opiniões sugere divergência. Contrário à unificação, Marcos Malucelli, presidente do Atlético PR, considera injusto com os campeões desde 71.
O anúncio oficial da entidade deverá ocorrer até o final desta semana, quando Ricardo Teixeira retornar dos Emirados Árabes.
PERGUNTAS AINDA SEM RESPOSTAS DA CBF:
Ranking novo
Como ficará a questão do ranking dos clubes com a unificação dos títulos? Os resultados unificados também entrarão na pontuação?
Brecha
Campeões da Copa do Brasil poderão pleitear o reconhecimento de seus títulos como campeonatos nacionais? Isto poderia causar ainda mais mudanças na configuração.
Quem é quem?
Não haverá diferença entre a Taça Brasil, parecida com a Copa do Brasil, e o Robertão, com mais cara de Nacional?
Dose dupla
O Palmeiras terá mesmo dois títulos num único ano? Afinal, em 1967 o Verdão ganhou tanto a Taça Brasil quanto o Robertão.
Bate martelo!
Como será a oficialização dos títulos nacionais? A Confederação Brasileira de Futebol promoverá alguma cerimônia solene para reconhecer os títulos?