Fórum Defesa Brasil

É curioso os fuzis em teste não apresentarem nenhum problema. Alguém sabe quantos tiros foram disparados com eles?

Antes, ainda em protótipos, a Imbel falou em 60 mil tiros.
Com o Lote piloto, estimo uns 13.500 tiros com os 1.500 fuzis, em uma média de 90 tiros por fuzil. Acho que deve ter sido mais que isso ou na média.

Sei lá, creio que ao menos ALGUNS devem ter sido mais exigidos em quantidade e ciclo de disparos, afinal, não são testes APENAS de tiro, tem de tudo, desmontagem/montagem, ergonomia, precisão, resistência e funcionalidade das peças e partes (Piccas incluídos) e por aí vai...

gabriel219 escreveu:Antes, ainda em protótipos, a Imbel falou em 60 mil tiros.
Com o Lote piloto, estimo uns 13.500 tiros com os 1.500 fuzis, em uma média de 90 tiros por fuzil. Acho que deve ter sido mais que isso ou na média.

Duvido que tenha sido 60.000 tiros ou mesmo 13.500 tiros sem falhas, se fosse, já estaria pronto para produção.

Mas isso estimando o mínimo de tiros por fuzil, ou seja, 90 disparos, o que ainda seria pouco.

Talvez o diminuto número de disparos explique a inexistência de falhas nessas armas.

60.000 não é "diminuto", 13.500 também não, mesmo 1.500 fuzis disparando "apenas" 90 tiros cada é de se esperar que algum falhe.

Pela estatística, com 90 disparos por cada fuzil pode descobrir falhas de produção e projeto aparentes. Porém não diz nada sobre a durabilidade. E duvido que a avaliação seja igualmente distribuída, mas sim alguns devem ter apanhado muito como amostra para verificar a durabilidade. Assim se monta os dados sobre a qualidade do projeto e durabilidade.

Há esse vídeo recente da Imbel.
Dá até para comparar a diferença da diminuição do recuo do IA2 7.62. Os disparos logo do início se trata dos primeiros protótipos do IA2 7.62 e no finalzinho o protótipo mais recente do IA2 7.62 com recuo bem menor.

Bourne escreveu:Pela estatística, com 90 disparos por cada fuzil pode descobrir falhas de produção e projeto aparentes. Porém não diz nada sobre a durabilidade. E duvido que a avaliação seja igualmente distribuída, mas sim alguns devem ter apanhado muito como amostra para verificar a durabilidade. Assim se monta os dados sobre a qualidade do projeto e durabilidade.

Foi o que falei acima e ninguém deu bola, é como se a tigrada acreditasse que pegaram TODOS os fuzis, encheram três carregadores de cada e mandaram a tropa sair disparando até acabar a munição. Não é NADA assim...

Túlio escreveu:

Bourne escreveu:Pela estatística, com 90 disparos por cada fuzil pode descobrir falhas de produção e projeto aparentes. Porém não diz nada sobre a durabilidade. E duvido que a avaliação seja igualmente distribuída, mas sim alguns devem ter apanhado muito como amostra para verificar a durabilidade. Assim se monta os dados sobre a qualidade do projeto e durabilidade.

Foi o que falei acima e ninguém deu bola, é como se a tigrada acreditasse que pegaram TODOS os fuzis, encheram três carregadores de cada e mandaram a tropa sair disparando até acabar a munição. Não é NADA assim...

Eu acho que este relatório apresentado no BE, onde se diz "não houve" deve-se ler "dentro das especificações". Acredito que o relatório final e completo deva ser RESERVADO.

E olhe que eu coloquei o mínimo do mínimo pois foram comprados 4 carregadores para cada fuzil.

Eu não compreendo essa discussão sobre os testes...

Corrijam-me se eu estiver errado, não venho tendo muito tempo para acompanhar as notícias nem as discussões, o fuzil foi testado pelo CAEX, correto? Que em seus quadros possui engenheiros e outros profissionais e, muito provavelmente, sabem muito sobre aquilo que fazem, correto? Ou alguém aqui tem ou teve algum motivo para duvidar da competência dessas avaliações?

Esse mesmo Caex que avaliou o MD97 e falou o que nós já ouvimos. Até onde eu sei, as avaliações no CAEX não são feitas como bem entender o avaliador, eles seguem padrões nacionais e internacionais na avaliação desses equipamentos e eu não tenho sequer UM motivo para duvidar dessa avaliação.

Eu também não tenho, pois confio totalmente nas decisões do EB.

O Fuzil foi testado e aprovado, segundo consta o Boletim do Exército número 37.

jumentodonordeste escreveu:Esse mesmo Caex que avaliou o MD97 e falou o que nós já ouvimos.

Falou o quê sobre o MD97?

Que ele era um fuzil "que satisfazia todos os requerimentos do Exército"?

Ou que ele era um fuzil que não deveria ser atribuído à tropa?

Realmente, uma chave para se compreender melhor esse processo seria a comparação do que foi feito e dito na época dos testes do MD97 - que foi um fracasso - com o que está sendo feito e sendo dito em relação ao atual IA2. Um colega do fórum já disse que nenhum boletim de aprovação - semelhante a esse agora famoso "Boletim 37" - foi divulgado publicamente, em relação ao MD97.

Por outro lado, esse MD97 foi atribuído à forças policiais que o utilizaram em ação real e o detestaram - aliás, existem casos de mortes ou ferimentos de policiais, diretamente atribuídos à falhas do fuzil MD97?. Mas, o novo fuzil IA2 também está sendo visto nas mãos de policiais. Veremos como seu desempenho será avaliado e, tratando-se de policiais será praticamente impossível acobertar eventuais deficiências do armamento.