Brasileiro escreveu: Ter Abr 16, 2024 12:23 pm
Não sei, cara. Estamos num tempo em que tudo está ficando cada vez mais imprevisível. Em 2030 os interesses da Argentina (e, porque não, os interessados
NA Argentina) talvez não sejam os mesmos de 1982. Estamos na beirada do precipício geopolítico, econômico e ambiental... Em 2030 ainda estaremos na beirada, em queda livre ou já estaremos "do lado de lá"?
Por enquanto, os F-16 são o que é possível.
De cabeça, salvo engano, em 1982 a FAA contava com 4 ou 5 esquadrões de caça, com Mirage III franceses, Nesher e Dagger isralenses. Não lembro direito a designação deles, mas, me parece que eram Grupo 3, Grupo 4 e Grupo 5 de caça. Existia também, se me recordo, o Grupo 8 operando os A-4 Skyhawks. Durante a guerra ativaram outros dois grupos, salvo engano.
A aviação naval também possuía dois esquadrões. Um de SE e outro de A-4 Skyhawk, todos operacionais no Nae ARA 25 de Mayo.
Hoje praticamente a FAA não possui mais nada efetivo em termos de caças, a não ser os A-4 modernizados anos atrás, dos quais apenas um punhado ainda está operacional. E mesmo assim não são caças capazes de realizar a defesa aérea propriamente.
Sendo uma sombra do que foi no passado, a FAA teria que mudar radicalmente o seu status quo caso os políticos de lá quisessem retomar toda a capacidade perdida de 40 anos atrás. Um trabalho que levaria, com certeza, mais de vinte anos para ser completado. Obviamente isto não vai acontecer.
Eram mais de 80 caças de primeira linha em 1982, e hoje, a FAA deve ter, se muito, uns 10 operando na forma dos Skyhawk. Muito provavelmente estas 24 unidades sejam distribuídas a um ou dois grupos de caça que serão reativados, com os A-4 seguindo sendo um vetor de transição, digamos, para os cadetes que saem dos Pucará e Pampa para a primeira linha, e sem um substituto a curto prazo.
Eu bem que gostaria que FAA e COAN pudessem reaver seu status de outrora. Como já disse de outras vezes aqui no fórum, nossa melhor defesa é a segurança e estabilidade dos nossos vizinhos. E para isso acontecer de verdade, devemos ser nós os primeiros a ter, e oferecer, condições de segurança a eles, com a respectiva recíproca. Se um dia conseguirmos falar a mesma língua em questões de defesa, claro.
É difícil imaginar que a FAA algum dia consiga ter novamente aqueles números acima, mas, não é impossível. Obviamente que o F-16 não seria o vetor a compor tal frota, tendo em vista as restrições britânicas, que continuam valendo. E os USA podem mudar de ideia em relação à Argentina tão rápido quanto procuram fomentar outra guerra para a sua indústria de armas manter os bolsos cheios.
Por outro lado, seria muito legal imaginar a FAA operando com mais de 80 Gripen E\F produzidos no Brasil pela Embraer.
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