Eu simplesmente nem consigo imaginar o EB usando algo assim, por mais "trivial" que seja nos países desenvolvidos lá fora.
Porém, o que não nos falta são RO e RTLI para a área de comunicações e EW, mas, como é de se esperar, todos com baixa ou nenhuma chance de vir à luz no curto e médio prazo.
Os RO da AAe acima inclusive demanda orientações nesta área, enquanto formalização de capacidades das OM, mas sabemos que isto é algo bem complicado para o EB, já que estamos ainda muito atrasados neste setor, e a disponibilidade de sistemas nacionais, ou nacionalizáveis, é bem restrita.
ps: se a AEL está oferecendo este tipo de sistema agora para o mercado interno, no mínimo é de se suspeitar que o EB já possui demanda, quiçá, requisitos, para o mesmo. eles não fazem propaganda de graça, e nem pelo orçamento que não se tem em defesa por aqui.
O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Editado pela última vez por FCarvalho em Sex Dez 13, 2024 6:01 pm, em um total de 1 vez.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
GAAe - 7 Organizações Militares (6 GAAe e 1 GAAe Sl)
7 Bia Busca Alvos - 7 radares M-200 Multimissão
7 Bia Média Altura\Alcance - 7 radares M-200 Vigilante
7 Bia Grande Altura\Alcance - 7 radares M-200 Vigilante
7 Bia Baixa Altura\Alcance - 7 radares M-200 Vigilante
Radar M-200 Vigilante - 21
Radar M-200 Multimissão - 7
Unidade de Tiro
7 Bia Média Altura\Alcance - 21 a 28
7 Bia Grande Altura\Alcance - 21 a 28
7 Bia Baixa Altura\Alcance - 42 unidades*
Total Unidades Tiro (UT) Míssil - 42 a 56
* canhões automáticos - 6 unidades de tiro por Bia e\ou RBS-70NG
Como disposto nos RO emitidos em Dezembro, é desejável que as mesmas UT de média altura\alcance possam utilizar também mísseis na faixa de grande alcance\altura, o que dispensaria, em princípio, a criação e\ou manutenção de uma segunda bateria neste nível de atuação dentro de um mesmo GAAe, diminuindo para duas Bia AAe com UT a sua composição, entre média\grande altura e baixa altura\alcance.
Contudo, como tais Bia AAe estarão, em princípio, limitadas a no máximo 4 UT cada em sua formação básica, como proposto nos RO emitidos, é de se pensar na razoabilidade e racionalidade do emprego de sistemas de média e grande altura dentro de uma única bateria no GAAe, o que poderia, em tese, sobrecarregar o sistema como um todo e limitar sua capacidade de desdobramento e atuação no TO.
Equipar 14 Bia AAe com UT MÍssil de acordo com a organização acima, e que, a priori, é o que se pretende no longo prazo para os GAAe existentes, é literalmente inviável do ponto de vista financeiro\orçamentário até o final da presente década, pelo menos. E em que pese as várias propostas que nos foram apresentadas até o momento, nenhuma delas logrou oferecer-nos custos abaixo da casa dos 250 a 350 milhões de dólares por Bia AAe com todos os equipamentos e sistemas associados.
No momento, o EB comprou uma singela unidade de pré-serie de produção do M-200 Vigilante pela bagatela de US$ 17 milhões de dólares, e que deve servir como vetor de avaliação operacional. Como visto acima, 21 unidades seriam o mínimo necessário, conforme o RO GAAe\Bia AAe visto aqui neste tópico, para equipar todos os 7 GAAe ativos. Um investimento impositivo por volta de US$ 357 milhões de dólares, por baixo. A versão Multimissão deve ser, talvez, pouca coisa mas cara que o valor do irmão menor, e acrescentaria outros US$ 100 A 150 milhões de dólares à compra destes sistemas.
O país com certeza pode dispensar a si de pouco mais de meio bilhão de dólares para adquirir mera duas dúzias radares nacionais a fim de fomentar, minimamente, sua defesa AAe, se esta missão lhe fosse imposta, visto que estamos gastando quase 1 bilhão na mesma moeda, senão mais, no médio a longo prazo, em apenas 12 helos norte americanos para a Avex, quiçá, demais forças.
Como já disse de outras vezes, praticamente 90% de tudo que precisamos para equipar os GAAe e Bia AAe do exército e estipulados no Projeto Defesa AAe Comum, estão ou estarão disponíveis na BIDS, seja através de projetos conjuntos com as ffaa's ou por iniciativa da mesma. E isto é para nós uma grande carta na manga no sentido de controlar e obter custos de aquisição, operação e manutenção adequados aos recursos financeiros disponíveis nos próximos anos. Em havendo vontade política, claro.
A emissão dos RO GAAe\Bia AAe visto aqui só reforçam esta tese, já que todas as demandas obrigatórias ou desejáveis naquele documento apontam no sentido de privilegiar os produtos nacionais hora em desenvolvimento ou já produzidos na BIDS e\ou sua integração ao sistema escolhido. É apenas uma questão de vontade, e escolha.
Por fim, é preciso dizer que os radares da Embraer, assim como demais S\SU componentes previstos neste programa, além de serem empregados nos GAAe, também ensejarão seu uso na Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea do Exército, assim como na ESA, AMAN, EscLogEx, e talvez, mesmo no CIBld, adicionando várias unidades ao pacote de compras do exército.
De qualquer forma, mesmo com quantidades que nem de longe representam algo de destaque no mundo dos negócios militares, a aquisição destes sistemas para os GAAe via BIDS, em sua grande parte, com certeza nos elevará a um novo patamar de relações com a indústria e PDI nacional, e por conseguinte, em relação às exportações que se faça dos vários PRODE que se espera sejam integrados ao sistema. É ver para crer.
ps: lembrando um adágio conhecidíssimo aqui entre todos: "quem tem um, não tem nenhum..."
7 Bia Busca Alvos - 7 radares M-200 Multimissão
7 Bia Média Altura\Alcance - 7 radares M-200 Vigilante
7 Bia Grande Altura\Alcance - 7 radares M-200 Vigilante
7 Bia Baixa Altura\Alcance - 7 radares M-200 Vigilante
Radar M-200 Vigilante - 21
Radar M-200 Multimissão - 7
Unidade de Tiro
7 Bia Média Altura\Alcance - 21 a 28
7 Bia Grande Altura\Alcance - 21 a 28
7 Bia Baixa Altura\Alcance - 42 unidades*
Total Unidades Tiro (UT) Míssil - 42 a 56
* canhões automáticos - 6 unidades de tiro por Bia e\ou RBS-70NG
Como disposto nos RO emitidos em Dezembro, é desejável que as mesmas UT de média altura\alcance possam utilizar também mísseis na faixa de grande alcance\altura, o que dispensaria, em princípio, a criação e\ou manutenção de uma segunda bateria neste nível de atuação dentro de um mesmo GAAe, diminuindo para duas Bia AAe com UT a sua composição, entre média\grande altura e baixa altura\alcance.
Contudo, como tais Bia AAe estarão, em princípio, limitadas a no máximo 4 UT cada em sua formação básica, como proposto nos RO emitidos, é de se pensar na razoabilidade e racionalidade do emprego de sistemas de média e grande altura dentro de uma única bateria no GAAe, o que poderia, em tese, sobrecarregar o sistema como um todo e limitar sua capacidade de desdobramento e atuação no TO.
Equipar 14 Bia AAe com UT MÍssil de acordo com a organização acima, e que, a priori, é o que se pretende no longo prazo para os GAAe existentes, é literalmente inviável do ponto de vista financeiro\orçamentário até o final da presente década, pelo menos. E em que pese as várias propostas que nos foram apresentadas até o momento, nenhuma delas logrou oferecer-nos custos abaixo da casa dos 250 a 350 milhões de dólares por Bia AAe com todos os equipamentos e sistemas associados.
No momento, o EB comprou uma singela unidade de pré-serie de produção do M-200 Vigilante pela bagatela de US$ 17 milhões de dólares, e que deve servir como vetor de avaliação operacional. Como visto acima, 21 unidades seriam o mínimo necessário, conforme o RO GAAe\Bia AAe visto aqui neste tópico, para equipar todos os 7 GAAe ativos. Um investimento impositivo por volta de US$ 357 milhões de dólares, por baixo. A versão Multimissão deve ser, talvez, pouca coisa mas cara que o valor do irmão menor, e acrescentaria outros US$ 100 A 150 milhões de dólares à compra destes sistemas.
O país com certeza pode dispensar a si de pouco mais de meio bilhão de dólares para adquirir mera duas dúzias radares nacionais a fim de fomentar, minimamente, sua defesa AAe, se esta missão lhe fosse imposta, visto que estamos gastando quase 1 bilhão na mesma moeda, senão mais, no médio a longo prazo, em apenas 12 helos norte americanos para a Avex, quiçá, demais forças.
Como já disse de outras vezes, praticamente 90% de tudo que precisamos para equipar os GAAe e Bia AAe do exército e estipulados no Projeto Defesa AAe Comum, estão ou estarão disponíveis na BIDS, seja através de projetos conjuntos com as ffaa's ou por iniciativa da mesma. E isto é para nós uma grande carta na manga no sentido de controlar e obter custos de aquisição, operação e manutenção adequados aos recursos financeiros disponíveis nos próximos anos. Em havendo vontade política, claro.
A emissão dos RO GAAe\Bia AAe visto aqui só reforçam esta tese, já que todas as demandas obrigatórias ou desejáveis naquele documento apontam no sentido de privilegiar os produtos nacionais hora em desenvolvimento ou já produzidos na BIDS e\ou sua integração ao sistema escolhido. É apenas uma questão de vontade, e escolha.
Por fim, é preciso dizer que os radares da Embraer, assim como demais S\SU componentes previstos neste programa, além de serem empregados nos GAAe, também ensejarão seu uso na Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea do Exército, assim como na ESA, AMAN, EscLogEx, e talvez, mesmo no CIBld, adicionando várias unidades ao pacote de compras do exército.
De qualquer forma, mesmo com quantidades que nem de longe representam algo de destaque no mundo dos negócios militares, a aquisição destes sistemas para os GAAe via BIDS, em sua grande parte, com certeza nos elevará a um novo patamar de relações com a indústria e PDI nacional, e por conseguinte, em relação às exportações que se faça dos vários PRODE que se espera sejam integrados ao sistema. É ver para crer.
ps: lembrando um adágio conhecidíssimo aqui entre todos: "quem tem um, não tem nenhum..."
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Além das UT, mísseis e radares, todos muito badalados e discutidos na mídia especializada e internet da vida, algo pouco ou nada comentado nos RO sobre a AAe é que todos os GAAe e Bia AAe terão de ser equipados primariamente com a COAAe - Centro de Operações Antiaéreas já em operação no exército.
Estas unidades são essenciais para o comando e controle de todas as unidades AAe desde grupo até seção AAe. E serão adquiridas obrigatoriamente como reza o RO GAAe\Bia AAe atual.
A manutenção da capacidade de projetar, produzir, operar e manter esse tipo de equipamento em todo o seu ciclo de existência é fundamental para o EB, e para a BIDS, principalmente, pois nos torna menos susceptíveis a embargos, pressões político-militares e\ou comerciais vindas do exterior. E por óbvio, não são vendidas, doadas ou cedidas por ninguém. Quem as quiser possuir, tem a obrigação de desenvolver. Ou abrir mão delas.
Não é preciso dizer que o exército já opera há bastante tempo toda uma família de sistemas C4ISR a partir de soluções oferecidas pela BIDS utilizando veículos Marruá em diversas versões, tanto na artilharia de campanha, como antiaérea, e nas OM de comunicação e GE. Esta é uma capacidade que definitivamente não pode ser perdida, ou tratada com desleixo, ao contrário, mesmo não tendo a visualização ou marketing que outras armas, quadros e serviços dispõe a si.
O RO GAAe\Bia AAe predispõe como requisito desejável que as viaturas utilizadas nas OM AAe sejam blindadas em suas partes mais importantes. É um requisito desejável com tons de obrigatório, diria. Isto se confirmando, podemos dizer que os LMV 2BR da Iveco são sérios candidatos a veículos padrão para equipar os vários sistemas e subsistemas - como o COAAe - apontados no documento do EB, bem como os caminhões que devem ser oferecidos como base para as UT.
Notar que além da COAAe, os GAAe e Bia AAe devem contar também com elementos básicos motorizados na forma de Veículo Posto de Comando - PC e Veículo de Comunicações - Com tanto no nível grupo como bateria, como reza o manual. Além destes, é cita também no documento deter-se capacidade de guerra eletrônica para auto defesa e ISR das OM da AAe, e que devem ser preenchidas pelos ofertantes em suas propostas. Nesta seara, penso, ainda estamos a dever no que concerne a PDI nacional, e não temos avanços que possam ser digno de nota na BIDS.
De qualquer forma, a modernização da AAe tratá junto consigo uma miríade de oportunidades para a PDI nacional e a BIDS encetarem diversos projetos que até hoje não sairam do papel por falta de "massa de manobra" para sua produção em linha. Talvez esta demanda por equipar todos os 7 GAAe seja um ponto de inflexão para nós. Ou não.
A ver.
Estas unidades são essenciais para o comando e controle de todas as unidades AAe desde grupo até seção AAe. E serão adquiridas obrigatoriamente como reza o RO GAAe\Bia AAe atual.
A manutenção da capacidade de projetar, produzir, operar e manter esse tipo de equipamento em todo o seu ciclo de existência é fundamental para o EB, e para a BIDS, principalmente, pois nos torna menos susceptíveis a embargos, pressões político-militares e\ou comerciais vindas do exterior. E por óbvio, não são vendidas, doadas ou cedidas por ninguém. Quem as quiser possuir, tem a obrigação de desenvolver. Ou abrir mão delas.
Não é preciso dizer que o exército já opera há bastante tempo toda uma família de sistemas C4ISR a partir de soluções oferecidas pela BIDS utilizando veículos Marruá em diversas versões, tanto na artilharia de campanha, como antiaérea, e nas OM de comunicação e GE. Esta é uma capacidade que definitivamente não pode ser perdida, ou tratada com desleixo, ao contrário, mesmo não tendo a visualização ou marketing que outras armas, quadros e serviços dispõe a si.
O RO GAAe\Bia AAe predispõe como requisito desejável que as viaturas utilizadas nas OM AAe sejam blindadas em suas partes mais importantes. É um requisito desejável com tons de obrigatório, diria. Isto se confirmando, podemos dizer que os LMV 2BR da Iveco são sérios candidatos a veículos padrão para equipar os vários sistemas e subsistemas - como o COAAe - apontados no documento do EB, bem como os caminhões que devem ser oferecidos como base para as UT.
Notar que além da COAAe, os GAAe e Bia AAe devem contar também com elementos básicos motorizados na forma de Veículo Posto de Comando - PC e Veículo de Comunicações - Com tanto no nível grupo como bateria, como reza o manual. Além destes, é cita também no documento deter-se capacidade de guerra eletrônica para auto defesa e ISR das OM da AAe, e que devem ser preenchidas pelos ofertantes em suas propostas. Nesta seara, penso, ainda estamos a dever no que concerne a PDI nacional, e não temos avanços que possam ser digno de nota na BIDS.
De qualquer forma, a modernização da AAe tratá junto consigo uma miríade de oportunidades para a PDI nacional e a BIDS encetarem diversos projetos que até hoje não sairam do papel por falta de "massa de manobra" para sua produção em linha. Talvez esta demanda por equipar todos os 7 GAAe seja um ponto de inflexão para nós. Ou não.
A ver.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Se é o mais atual, eu não me prontifiquei a saber. Mas está aí para quem quiser ler e saber como funciona.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
FCarvalho escreveu: ↑Qui Dez 12, 2024 3:30 pm Uma decisão que precisa ser tomada o quanto antes.
Cavalaria Mecanizada:
Bda Cav Mec - 4
CIA CMDO AP \ PELOTÃO AAe > VBC AAe Guarani SHORAD\MSOHRAD onde deveria existir algo assim
ou isto:
- RCM \ Pel AAe - 12 > VBC AAe Guarani ou VBTP UT30BR 2 anti drone
- Bia AAe (orgânica da bda) > VBC AAe Guarani ou VBTP UT30BR 2 anti drone onde deveria ser isto
As ilustrações são apenas para referência, e não ditam soluções a serem apontadas ou escolhidas.
Neste momento, a defesa AAe das bdas mec do EB está\estará limitada aquilo que o projeto VBC AAe julgar ser necessário, possível, e viável ao orçamento do exército para os próximos anos. O limite para uma definição é 2028\2030.
O descrito acima vale para as bdas inf mec.
Até lá, a defesa AAe das OM mecanizadas do exército aguarda.
Em minha modesta opinião a melhor alternativa para equipar uma suposta versão do Guarani Antiaérea seria esta torre turca!!
Ela comporta blindados do peso do Guarani, utiliza o mixer canhão 35mm e mísseis antiaéreos, radares de antena fixa e sensores opticos no estado da arte!!