Eu já não duvido de mais nada há tempos. Só desta maquete com o RBS-70NG dar as caras de novo, e agora no estande da IDV em pleno fim de ano, não pode ser considerado inusitado. Alguma coisa tem.
Lamento muitíssimo que a SAAB não tenha prestado atenção e se disposto a comprar, bancar na verdade, a TORC30 AAe junto com a ARES, tendo em vista que a demanda por ela é inequívoca e robusta, tanto na versão SR como SL.
Afinal, são 8 bda mec e 2 bda blda para preencher o vácuo deixado. Na ponta do lápis são 32 Guepard, e outras 48 unidades potenciais para OM mecanizadas, considerando-se apenas 1 BiaAAe por bda, como hora está em avaliação pelo EB. Considere-se também que ainda não existe uma definição final para a organização destas OM entre infantaria e cavalaria.
Basta dizer que a SAAB tem a faca e o queijo na mão no que diz respeito ao atendimento das demandas para este tipo de torre no pais. Logística, indústria, e tecnologia seriam o centro nevrálgico da proposta. De novidade mesmo só o Giraffe 1X, porque de resto, todos os itens que podem ser oferecidos nesta torre são conhecidos e reconhecidos pelo EB, estando em uso há anos, ou décadas, no caso do canhão Bofors 40\70.
E ainda de lambuja temos a possiblidade de pensar em desenvolver a versão para defesa de ponto fixa, e substituir os antigos Bofors 40\70 nos GAAe:
Ou alguém pode ter visto isso aqui em algum lugar por aí. Depois é só usar a imaginação:
O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Para quem ainda tem alguma dúvida sobre os radares SABER 200 e as principais diferenças entre a versão "Vigilante" e a "Multimissão" basta clicar na matéria e ler!
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
A aquisição recente, e surpreendente, diria, de uma única unidade do M-200V, por quase US$ 17 milhões pelo EB, irá servir ao fim para que o projeto "não morra na praia", já que não se sabe ao certo até hoje de público se a versão M-200 Vigilante está ou não de fato homologada e, portanto, em condições de ser empregada operacionalmente.
Talvez esta compra tenha sido a alternativa encontrada - com ares de 'ou vai ou racha' para o orçamento do exército - a fim de impedir de vez a descontinuação do desenvolvimento do radar, já que, passado mais de um ano e meio dos testes na região norte para avaliação operacional in loco, ficamos praticamente todo esse tempo sem notícias do mesmo.
Pelo investimento que será feito de 147 milhões de reais, via FINEP, para o desenvolvimento da versão Multimissão, é possível dizer que este projeto da Embraer\CTEx continua seríssimo candidato a mais um, de muitos projetos, a ficar pelo meio do caminho. Em termos práticos, simplesmente o EB não tem orçamento capaz de assegurar o pleno andamento e o cronograma de desenvolvimento destes radares. Muito menos se dirá sua aquisição e a produção seriada dos mesmos.
Notar ainda que mesmo sem os M-200 estarem completamente desenvolvidos, sem produção em série, etc, esse mesmo EB anunciou por estes dias o início do desenvolvimento de um radar contra-bateria, sabe-se lá com que recursos, e de onde saíram, junto à Embraer-EDS. Nada mais significativo da bagunça e da desordem com que as coisas são tratadas no planejamento castrense.
Afinal, se não temos recursos sequer para por termo aos 3 projetos da defesa AAe (MD, EB e FAB), que nem saíram do papel, como vamos lidar com um radar de artilharia para o qual não existe sequer RO e RTLI definidos claramente Para não falar nas versões multimissão e vigilância terrestre previstos nos manuais das Bia Busca Alvos dos GAC\GMF.
Bom, a composição de uma mísera Bia AAe proposta nos requisitos do EB, como todos aqui sabem, demandará: 3 a 4 lançadores de mísseis, 3 a 4 veículos remuniciadores, 1 Veículo PC, 1 radar M-200 Vigilante e 1 radar M-200 Multimissão.
Resta saber agora como, e se, o EB irá conseguir chegar às quantidades necessárias que ele mesmo se impôs para a organização das Bia AAe que pretende. São 6 GAAe + 1 GAAe Sl que, mesmo limitados a 1 Bia AAe por OM (no manual são 3 a 5 SU por GAAe), supondo que cada M-200V tenha o mesmo preço cito acima, por exemplo, de onde sairão os bem mais de US$ 100 milhões de dólares necessários para a aquisição, apenas, dos modelos Vigilante? Levar em conta que o M-200 Multimissão, por suas características, operacional e doutrinariamente seriam empregados a nível de Bia Cmdo Ap\Bia Busca Alvos dos GAAe, com 1 unidade por grupo, e não por Bia AAe como proposto nos projetos do exército. Mas o EB aparentemente não se vê tendo este privilégio.
Se levarmos em consideração que as quantidades previstas a serem compradas, também, impõe seus custos ao valor final de cada versão de produção, temos um imbróglio na mão quase que insolúvel do ponto de vista financeiro, vislumbrando o curto e médio prazo. Nada de novo no horizonte neste sentido. Pelo menos até o fim da presente década.
Talvez esta compra tenha sido a alternativa encontrada - com ares de 'ou vai ou racha' para o orçamento do exército - a fim de impedir de vez a descontinuação do desenvolvimento do radar, já que, passado mais de um ano e meio dos testes na região norte para avaliação operacional in loco, ficamos praticamente todo esse tempo sem notícias do mesmo.
Pelo investimento que será feito de 147 milhões de reais, via FINEP, para o desenvolvimento da versão Multimissão, é possível dizer que este projeto da Embraer\CTEx continua seríssimo candidato a mais um, de muitos projetos, a ficar pelo meio do caminho. Em termos práticos, simplesmente o EB não tem orçamento capaz de assegurar o pleno andamento e o cronograma de desenvolvimento destes radares. Muito menos se dirá sua aquisição e a produção seriada dos mesmos.
Notar ainda que mesmo sem os M-200 estarem completamente desenvolvidos, sem produção em série, etc, esse mesmo EB anunciou por estes dias o início do desenvolvimento de um radar contra-bateria, sabe-se lá com que recursos, e de onde saíram, junto à Embraer-EDS. Nada mais significativo da bagunça e da desordem com que as coisas são tratadas no planejamento castrense.
Afinal, se não temos recursos sequer para por termo aos 3 projetos da defesa AAe (MD, EB e FAB), que nem saíram do papel, como vamos lidar com um radar de artilharia para o qual não existe sequer RO e RTLI definidos claramente Para não falar nas versões multimissão e vigilância terrestre previstos nos manuais das Bia Busca Alvos dos GAC\GMF.
Bom, a composição de uma mísera Bia AAe proposta nos requisitos do EB, como todos aqui sabem, demandará: 3 a 4 lançadores de mísseis, 3 a 4 veículos remuniciadores, 1 Veículo PC, 1 radar M-200 Vigilante e 1 radar M-200 Multimissão.
Resta saber agora como, e se, o EB irá conseguir chegar às quantidades necessárias que ele mesmo se impôs para a organização das Bia AAe que pretende. São 6 GAAe + 1 GAAe Sl que, mesmo limitados a 1 Bia AAe por OM (no manual são 3 a 5 SU por GAAe), supondo que cada M-200V tenha o mesmo preço cito acima, por exemplo, de onde sairão os bem mais de US$ 100 milhões de dólares necessários para a aquisição, apenas, dos modelos Vigilante? Levar em conta que o M-200 Multimissão, por suas características, operacional e doutrinariamente seriam empregados a nível de Bia Cmdo Ap\Bia Busca Alvos dos GAAe, com 1 unidade por grupo, e não por Bia AAe como proposto nos projetos do exército. Mas o EB aparentemente não se vê tendo este privilégio.
Se levarmos em consideração que as quantidades previstas a serem compradas, também, impõe seus custos ao valor final de cada versão de produção, temos um imbróglio na mão quase que insolúvel do ponto de vista financeiro, vislumbrando o curto e médio prazo. Nada de novo no horizonte neste sentido. Pelo menos até o fim da presente década.
Carpe Diem