A-12
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- FCarvalho
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Re: A-12
Sim, os primeiros devem ser entregues ainda este ano, salvo engano, no segundo semestre. Com os últimos endo entregues em junho/julho de 2015.
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- gingerfish
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Re: A-12
modernização de A4...? Pra quê?
Eu estou achando que a Marinha tem mesmo vontade de ter aviação de asa fixa. Esse negócio do A4 não deve ser sério, né? Mas eles podem estar preparando, tendo pilotos voando, com experiência, para comprar Gripen...?
E o porta-aviões, vai ser o São Paulo, mesmo?
Eu estou achando que a Marinha tem mesmo vontade de ter aviação de asa fixa. Esse negócio do A4 não deve ser sério, né? Mas eles podem estar preparando, tendo pilotos voando, com experiência, para comprar Gripen...?
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- FCarvalho
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Re: A-12
abs.gingerfish escreveu: modernização de A4...? Pra quê?
Visa a retomada da cultura (conhecimento e operação de aeronaves embarcadas) de asas fixas na aviação naval brasileira, a fim de se manutenir e garantir a capacidade das operações do tipo na MB e pavimentar o futuro das alas aérea embarcadas no A-12 e em seus substitutos.
Eu estou achando que a Marinha tem mesmo vontade de ter aviação de asa fixa. Esse negócio do A4 não deve ser sério, né?
Tenha a mais absoluta certeza. Isto é muito sério mesmo.
Mas eles podem estar preparando, tendo pilotos voando, com experiência, para comprar Gripen...?
O preparo de aviadores navais e de uma cultura de asas fixa embarcada não se faz de um dia para o outro. São necessário longo tempo e pesados investimentos na área. A MB sabe disso e está fomentando este caminho para o próximo caça/vetores embarcado com os A-4M, C-1 COD/REVO e E-1 AEW que virão. O Gripen naval é uma possibilidade e uma especulação provável neste contexto. O tempo irá dizer
E o porta-aviões, vai ser o São Paulo, mesmo?
Sim, será. Até 2028, quando é esperado - e planejado - que seu sucessor seja incorporado a MB.
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Re: A-12
Olá camaradas, o Gripen NG terá suas primeiras entregas em 2018; será que se a MB entrasse esse ano no projeto do Gripen Naval; será que a Marinha não teria suas 1ª entregas próximo dessa data? 2019 ou 2020 quem sabe?
ADSUMUS.
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Re: A-12
Eu tenho cá para mim, que se entrássemos hoje no projeto do Gripen Naval, seria muito provável que recebêssemos os primeiros após as entregas do caças da FAB, a partir de 2024/2025.
Mas isso é tão surreal hoje em dia quanto será um caça naval tupiniquim de 5a G na próxima década.
abs.
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Re: A-12
Projetos prontos então, quem sabe um dos DOIS(02) derrotados no FX-2................RAFALE M OU ATÉ O SUPER HORNET................sonhar.......................FCarvalho escreveu:Eu tenho cá para mim, que se entrássemos hoje no projeto do Gripen Naval, seria muito provável que recebêssemos os primeiros após as entregas do caças da FAB, a partir de 2024/2025.
Mas isso é tão surreal hoje em dia quanto será um caça naval tupiniquim de 5a G na próxima década.
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Re: A-12
Até onde podemos subtrair das declarações oficiais e oficiosas da MB quanto ao assunto, a marinha tende a selecionar o caça escolhido pela FAB no FX como o seu novo caça naval.
Neste sentido, com certeza a MB tem bem mais e melhores informações a despeito da real condição atual do projeto do Gripen Naval. E se o mesmo é ou não viável para nós.
Talvez, penso, até o final do ano tenhamos algumas surpresas.
abs.
Neste sentido, com certeza a MB tem bem mais e melhores informações a despeito da real condição atual do projeto do Gripen Naval. E se o mesmo é ou não viável para nós.
Talvez, penso, até o final do ano tenhamos algumas surpresas.
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Re: A-12
Concordo plenamente com você!FCarvalho escreveu:Até onde podemos subtrair das declarações oficiais e oficiosas da MB quanto ao assunto, a marinha tende a selecionar o caça escolhido pela FAB no FX como o seu novo caça naval.
Neste sentido, com certeza a MB tem bem mais e melhores informações a despeito da real condição atual do projeto do Gripen Naval. E se o mesmo é ou não viável para nós.
Talvez, penso, até o final do ano tenhamos algumas surpresas.
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Até o final do ano!
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Re: A-12
Pra variar, tudo é para um futuro que ultrapassa uma década!!!
E aí, fora o A12, como fica nesse futuro a frota de submarinos?
A MB está comprando submarinos convencionais? Vai aposentar algum?
E submarinos nucleares? Vai comprar? A quantidade chega a qual?
A aquisição de aeronaves e a restauração dessa trozorba aí pode comprometer a compra de submarinos? Acho que pode e vai... porque a manutenção do porta-aviões com aviões novos vai ser muito caro...
E aí, fora o A12, como fica nesse futuro a frota de submarinos?
A MB está comprando submarinos convencionais? Vai aposentar algum?
E submarinos nucleares? Vai comprar? A quantidade chega a qual?
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Re: A-12
Ginger, nao há comprometimento algum.
A MB pretende construir 15 SSK e 6 SSN em Itaguaí.
Já está construindo 4 SSK e 1 SSN.
A END prevê duas Esquadras, cada uma nucleada em NAe. O SP ficará na ativa até cerca de 2028, quando o novo NAe vai substituí-lo.
Leia No tópico de estrategia naval, última pág, a transcrição do que escrevi no DAN sobre o assunto e transcrito pelo Knight.
Lembre do que significa Marinha Balanceada. Lembra?
A MB pretende construir 15 SSK e 6 SSN em Itaguaí.
Já está construindo 4 SSK e 1 SSN.
A END prevê duas Esquadras, cada uma nucleada em NAe. O SP ficará na ativa até cerca de 2028, quando o novo NAe vai substituí-lo.
Leia No tópico de estrategia naval, última pág, a transcrição do que escrevi no DAN sobre o assunto e transcrito pelo Knight.
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Re: A-12
Porta-aviões não é um jet-ski. Demora e demora muito. Veja quanto tempo a China demorou pra botar o Varyag no mar, mesmo com todos os recursos deles. Ou mesmo a Índia e o Vikramaditya que acabaram de receber.gingerfish escreveu:Pra variar, tudo é para um futuro que ultrapassa uma década!!!
Temos quatro Tupi e um Tikuna que serão modernizados/revitalizados muito em breve. Além disso estamos fabricando em Sepetiba os dois primeiros Scorpene-BR de uma encomenda de 4 submarinos. Outras encomendas virão no futuro. A ideia é no futuro a MB ter uma frota de 15 submarinos convencionais até 2030 e pouco, salvo engano.gingerfish escreveu:E aí, fora o A12, como fica nesse futuro a frota de submarinos? A MB está comprando submarinos convencionais? Vai aposentar algum?
Estamos próximos de começar a fabricação do primeiro que ficará pronto em 2021, salvo engano. O planejamento é ter 6 submarinos nucleares lá pra mesma época dos 15 submarinos convencionais que citei acima.gingerfish escreveu:E submarinos nucleares? Vai comprar? A quantidade chega a qual?
Não. Porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. O programa de submarinos está entrou no programa do PAC e vai indo bem. E simplesmente jogar fora tudo o que fizemos no São Paulo é loucura, porque estamos na reta final de sua revitalização/modernização e o programa de modernização dos A-4 está sendo feito tbm. Além disso, isso de aposentar alguns meios em favor de outros a MB já fez antigamente e não dá certo. Quando a MB aposentou o CT Pará e o uma Type 22, o Ministério do Planejamento retirou os recursos voltados para esses navios do orçamento da MB, ou seja, se era pra economizar, deu errado, porque ficamos com menos recursos.gingerfish escreveu:A aquisição de aeronaves e a restauração dessa trozorba aí pode comprometer a compra de submarinos? Acho que pode e vai... porque a manutenção do porta-aviões com aviões novos vai ser muito caro...
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: A-12
Bolovo, obrigado pelo esclarecimento.
Mas por que a demora na construção dos submarinos... e também dos caças (inclusive e principalmente os da FAB)? Esse é o tempo "padrão"? Na SGM, uns 75 anos atrás, Hitler não fez a famosa máquina de guerra alemã e saiu construindo aeronaves, submarinos etc., quase que de um dia para outro e em grandes quantidades? Qual é a diferença de hoje? Eu sei que não são 'jet skis', sabe, mas o tempo me parece bem folgado, apesar de países que estão aí investindo alucinadamente nisso verem resultados, por assim dizer, "de fato" um pouco mais tarde. A demora é por causa da incorporação de tecnologias, em suma, coisas que não são nada simples - e isso se dá tanto para a construção dos navios quanto para as aeronaves...? Porque um avião de antigamente era quase uma carcaça meio fudida, se comparado a aeronaves de hoje que têm tecnologia 'de ponta' em todos os pontos da aeronave.
Quanto ao número de submarinos, estou surpreso... , por essa eu não esperava.
E de ver que poderemos ter essa quantidade de subs + o PA (AÍ, SIM!!!)
Imaginam-se quantas aeronaves (de caça) operariam a partir do PA? E, no total, entre aeronaves de asa fixa e de asas rotativas, o total?
Qual seria a função do PA? Ele estaria bem escoltado lá no teatro de suas operações, imagino que ele não vai estar sozinho.
Inclusive, nem sei se posso fazer essa pergunta aqui, mas quantos helis a MB tem hoje? Tem planos de adquirir mais?
No total, de quantos caças poderíamos estar falando para a MB?
Se não me engano, posso estar errado, e provavelmente estou, mas lembro-me de ver que um porta-aviões da U. S. Navy tinha em torno de 3 esquadrões, cada um com 12 aeronaves... no A12 seria por aí? Ou só 2 esquadrões?
Obrigado a paciência...
abs,
Ginger
Mas por que a demora na construção dos submarinos... e também dos caças (inclusive e principalmente os da FAB)? Esse é o tempo "padrão"? Na SGM, uns 75 anos atrás, Hitler não fez a famosa máquina de guerra alemã e saiu construindo aeronaves, submarinos etc., quase que de um dia para outro e em grandes quantidades? Qual é a diferença de hoje? Eu sei que não são 'jet skis', sabe, mas o tempo me parece bem folgado, apesar de países que estão aí investindo alucinadamente nisso verem resultados, por assim dizer, "de fato" um pouco mais tarde. A demora é por causa da incorporação de tecnologias, em suma, coisas que não são nada simples - e isso se dá tanto para a construção dos navios quanto para as aeronaves...? Porque um avião de antigamente era quase uma carcaça meio fudida, se comparado a aeronaves de hoje que têm tecnologia 'de ponta' em todos os pontos da aeronave.
Quanto ao número de submarinos, estou surpreso... , por essa eu não esperava.
E de ver que poderemos ter essa quantidade de subs + o PA (AÍ, SIM!!!)
Imaginam-se quantas aeronaves (de caça) operariam a partir do PA? E, no total, entre aeronaves de asa fixa e de asas rotativas, o total?
Qual seria a função do PA? Ele estaria bem escoltado lá no teatro de suas operações, imagino que ele não vai estar sozinho.
Inclusive, nem sei se posso fazer essa pergunta aqui, mas quantos helis a MB tem hoje? Tem planos de adquirir mais?
No total, de quantos caças poderíamos estar falando para a MB?
Se não me engano, posso estar errado, e provavelmente estou, mas lembro-me de ver que um porta-aviões da U. S. Navy tinha em torno de 3 esquadrões, cada um com 12 aeronaves... no A12 seria por aí? Ou só 2 esquadrões?
Obrigado a paciência...
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Re: A-12
A demora está dentro do prazo. O contrato dos submarinos foi assinado em 2009 e o primeiro Scorpene-BR deve dar as caras esse ano ou no próximo.gingerfish escreveu:Bolovo, obrigado pelo esclarecimento.
Mas por que a demora na construção dos submarinos... e também dos caças (inclusive e principalmente os da FAB)? Esse é o tempo "padrão"? Na SGM, uns 75 anos atrás, Hitler não fez a famosa máquina de guerra alemã e saiu construindo aeronaves, submarinos etc., quase que de um dia para outro e em grandes quantidades? Qual é a diferença de hoje? Eu sei que não são 'jet skis', sabe, mas o tempo me parece bem folgado, apesar de países que estão aí investindo alucinadamente nisso verem resultados, por assim dizer, "de fato" um pouco mais tarde. A demora é por causa da incorporação de tecnologias, em suma, coisas que não são nada simples - e isso se dá tanto para a construção dos navios quanto para as aeronaves...? Porque um avião de antigamente era quase uma carcaça meio fudida, se comparado a aeronaves de hoje que têm tecnologia 'de ponta' em todos os pontos da aeronave.
Bem, estamos modernizando 12 dos A-4 e tudo indica que modernizaremos outros 8. Isso significa que teremos 20 caças modernizados no total. Além disso a MB já comprou quatro C-1 Trader, que serão modernizados e utilizados como avião COD (Carrier onboard delivery), que é quem faz a maioria dos transportes para o porta aviões, e como avião reabastecedor. Além disso, a MB está indo atrás de mais quatro S-2 Tracker que serão também modernizados e utilizados como AEW. Some a isso mais alguns helicópteros como Esquilos, Super Cougars e Seahawks. É uma boa ala aérea, alias, quantas marinhas no mundo tem isso?gingerfish escreveu:Quanto ao número de submarinos, estou surpreso... , por essa eu não esperava.
E de ver que poderemos ter essa quantidade de subs + o PA (AÍ, SIM!!!)
Imaginam-se quantas aeronaves (de caça) operariam a partir do PA? E, no total, entre aeronaves de asa fixa e de asas rotativas, o total?
Eu iria explicar, mas aqui tem um artigo bem melhor que tira suas duvidas: http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=11930gingerfish escreveu:Qual seria a função do PA? Ele estaria bem escoltado lá no teatro de suas operações, imagino que ele não vai estar sozinho.
Alias, leia todos os artigos da coluna, pois são bem elucidativos: http://www.defesaaereanaval.com.br/?page_id=10412
Não tenho certeza quanto os números, vou dar uma arredondada: uns 10 Super Lynx (que são orgânicos as fragatas/corvetas e que se serão modernizados); 4 Seahawk que acabamos de receber (que não operam nas atuais fragatas, mas operarão nas futuras, então compraremos mais em breve); 4 Super Puma e 15 ou 16 EC-725 que estamos recebendo (sendo que alguns serão configurados para levar o Exocet); uns 30 Esquilos utilizados em diversas funções (os mais velhos serão substituídos em breve) e uns 20 Jet Ranger utilizados para treinamento (que também serão substituídos em breve). Enfim, vários helicópteros.gingerfish escreveu:Inclusive, nem sei se posso fazer essa pergunta aqui, mas quantos helis a MB tem hoje? Tem planos de adquirir mais?
Atualmente a ala aérea de um porta-aviões americano é composta geralmente por quatro esquadrões de caça com Super Hornet e Hornet, com umas 12~14 aeronaves cada; um esquadrão de guerra eletrônica com uns 4~5 Prowler ou Growler; um esquadrão de alerta aérea antecipado com 4 E-2C Hawkeye; um dois esquadrões de helicópteros, com 10 Seahawk cada (que realizam uma infinidade de missões diferentes) e um destacamento logístico com 2 C-2 Greyhound. Agora pegue isso e multiplique por dez e vc terá a Marinha Americana. Não é a toa que é a Marinha mais poderosa do mundo.gingerfish escreveu:No total, de quantos caças poderíamos estar falando para a MB? Se não me engano, posso estar errado, e provavelmente estou, mas lembro-me de ver que um porta-aviões da U. S. Navy tinha em torno de 3 esquadrões, cada um com 12 aeronaves... no A12 seria por aí? Ou só 2 esquadrões?
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Ginger
No A-12 é aquilo que eu citei lá em cima. No futuro, a Marinha Brasileira espera ter duas esquadras, cada uma com um Porta-Aviões. O substituto do A-12 estará a cargo do PRONAE, um programa que em breve deve dar as caras, e um novo porta-aviões de 50 mil toneladas deverá começar a ser construído para estar pronto lá pra 2028, que é quando o A-12 vai dar baixa. Junto a isso, 48 novos aviões de caça, ou seja, serão 24 caças por porta-aviões. Pode tudo parecer loucura, mas é o que a MB planejou para os próximos anos.
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Re: A-12
Gingar, vou transcrever aqui o que o Knight copiou no tópico sobre estratégia naval.
Bolovo: BZ!
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knigh7 escreveu:Eu estava lendo um debate no DAN, e considerei bem interessantes as respostas do Marino a um outro debatedor sobre NAe:
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=35439
Vou transcrever aqui.Marino escreveu:
(...)
O primeiro deles é quanto a recursos, o que é responsabilidade do Governo Federal. Vimos ano passado o MD sofrer um contingenciamento de R$ 4 bilhões em um dia e, no dia seguinte, ser liberada uma verba extraordinária de R$ 4 bilhões para emendas parlamentares. Isto foi matéria aqui no DAN. Poucos dias depois o MD sofreu outro contingenciamento de R$ 900 milhões.
Também vimos as Forças ponderarem sobre o orçamento de 2014, avaliado por elas como insuficiente para as necessidades básicas.
Então, quando falamos de falta de recursos devemos pensar que o primeiro Ministério a ter verbas contingenciadas é o da Defesa. Isto pelos militares não reclamarem, não fazerem greve, não irem para as ruas em passeata, etc. O Ministro é designado para um cargo político e, desta maneira, tratará politicamente a questão, sem se incompatibilizar.
Assim funciona um Ministério da Defesa em uma democracia.
Com esta introdução podemos entender a questão de verbas, da demora em certos programas que dependem do orçamento aprovado, entre eles o Período de Manutenção Geral (PMG) e Modernização por que passa o São Paulo.
E aqui começo outra explicação.
Todos os navios, de qualquer marinha do mundo, passam por ciclos de operação. Um dos ciclos é quando está entregue ao setor operativo e participa das atividades da Esquadra. Este ciclo foi cumprido pelo São Paulo, tendo participado de operações no exterior, as conhecidas ARAEX e URUEX, com as marinhas da Argentina e Uruguai, respectivamente, participado de diversas operações com a Esquadra, como as ESQUADREX, ADEREX, TROPICALEX, TEMPEREX, ASPIRANTEX e ESPADARTE, onde realizou 568 catapultagens e 568 enganches com as aeronaves A-4.
Isto não é pouco. Este tipo de operação é reconhecida internacionalmente, sendo razão para que, rotineiramente, a Força participe em programas de intercâmbio e cooperação com Marinhas de outros países que, também, operam NAe. É mister lembrar que pouquíssimos países no mundo têm capacidade de operar NAe, sendo o Brasil um deles. Aqui mesmo no DAN publicamos o interesse da China na capacitação de nossos militares, o que é outro reconhecimento de grande importância para a MB.
Então, o São Paulo cumpriu este ciclo, operando normalmente, e não apenas para manter doutrina. Isto é dito em outros sítios, por foristas que não se preocupam em entender, em pesquisar, em perguntar.
Um outro ciclo é um reparo de pequena monta, chamado de Período de Docagem de Reparos, quando o navio entra no dique e tem seu casco raspado, suas válvulas de fundo, leme, hélices, anodos de sacrifício, etc, inspecionados. O São Paulo já cumpriu vários destes períodos.
E o terceiro período é o PMG, citado acima. Neste período o navio passa por grandes manutenções, em todos os seus sistemas, propulsão, eletrônica, geração de energia, catapultas, aparelho de parada, etc.
Repito: todos os navios de todas as marinhas do mundo cumprem estes ciclos.
O São Paulo está em um PMG e, ao mesmo tempo, sofrendo uma modernização profunda, com substituição de vários sistemas, principalmente eletrônicos, que vieram com o navio.
Este ciclo é responsável pelas manutenções preventivas e corretivas de grande monta, demora muito tempo para encerrar. Isto com um planejamento rigoroso de liberação de verbas. Agora imagine o que ocorre quando estas verbas são contingenciadas…
Tenha em mente que esta questão não se aplica somente ao São Paulo, mas a todos os meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais. Se aplica, integralmente, ao Exército e a Força Aérea, que tem seus planejamentos imensamente afetados também.
Se você escrever que a baixa deste meio poderia liberar recursos para o restante da Esquadra, já lhe adianto que a MB fez isso no passado, com a baixa de um CT da classe “Para” e de uma Fragata da classe “Greenhalgh”. O resultado foi o cancelamento imediato, pelo MPOG, dos recursos que eram encaminhados à estes navios. Sem meio, sem recurso.
Mas sigamos nossa conversa.
Eu lhe sugeri ler o artigo que trata de NAe na Coluna Mar & Guerra porque lá poderia entender um outro equívoco que comete em seu texto.
Um NAe não serve somente para Projetar Poder.
Projetar Poder é uma das quatro Tarefas Básicas do Poder Naval. As outras são Controle de Área Marítima, Negar o Uso do Mar e Contribuir para a Dissuasão. Como podemos ver nos artigos da Coluna, uma Marinha que não cumpra as quatro tarefas pode ser chamada de qualquer coisa, de Guarda Costeira, de Prefeitura Naval, de qualquer coisa, menos Marinha.
No Brasil, a principal Tarefa do São Paulo é o Controle de Área Marítima, ampla ou restrita, móvel ou fixa. Não vou expandir os conceitos, que podem ser lidos na Coluna, para não cansar os demais leitores.
A Projeção de Poder é outra das Tarefas que pode ser cumprida pelo navio, não só por ele.
Esta questão merece ser melhor explicada, e mostrado que podemos sim ter que realizar tal tipo de Tarefa. Veja, a END especifica que a Estratégia do Brasil em âmbito regional é a de cooperação e que para âmbito extrarregional é a dissuasão.
Dentro de uma estratégia dissuasória, e defensiva, pois não temos intenção de atacar ninguém, onde só usaremos o poder militar para nos defendermos de um ataque, se a dissuasão falhar, teremos que realizar operações ofensivas contra o agressor, ou estaremos na situação de um boxeador que só se defende, estando fadado a perder a luta. Aqui cabem as operações de projeção.
E a terceira Tarefa cumprida pelo navio é Contribuir para a Dissuasão, o que faz operando, mostrando, como já fez internacionalmente, nossa capacitação em empregar o meio.
Desta forma, a afirmativa de que o NAe só serve para Projetar Poder está totalmente equivocada.
A necessidade de possuirmos NAe foi reconhecida pelo poder político da nação. Quando a MB apresentou sua concepção estratégica, estava prevista somente uma Esquadra, com um NAe. Foi o Poder Político que determinou à MB que previsse a segunda Esquadra, nucleada em outro NAe.
Não posso, e não vou, transcrever este conceito estratégico, pois estaria incorrendo em crime, mas este dado talvez lhe convença da importância do meio para o país, não para a MB em si.
Uma outra parte de seu texto fala em garantir a continuidade do programa de submarinos. Isto está garantido, pela inclusão deste programa no PAC, por contrato internacional com pesadas multas, pela geração de emprego, transferência de tecnologia para empresas e, mais importante, pela compreensão da necessidade de dispormos destes meios de Negação do Uso do Mar.
Mas aqui aproveito para tratar de outro conceito, que pode ser lido na citada Coluna, de Marinha Balanceada. Uma Marinha TEM que cumprir as quatro tarefas, já vimos isso, e para cumpri-las precisa de diferentes meios. Para Controle do Mar precisa de navios, para Negar o Mar precisa de submarinos, etc. Então, a priorização do programa de submarinos, prevista na END, é temporal. Uma Marinha precisa de submarinos, precisa de Fragatas, precisa de Patrulhas, precisa de Transportes, precisa de NDD, precisa de NAe…
Você citou que as Forças Armadas são um “cabide de emprego”, com a MB com 70.000 militares. Convenhamos, aqui você exagerou.
Já parou para pensar em um mapa com um país que vai de Lisboa até Moscou e de Londres até o Cairo? Pois é, estamos falando do Brasil.
Quantos exércitos, marinhas e forças aéreas existem nos países que compõem este quadro? Já parou para pensar nas necessidades brasileiras de defesa, de 17.000 km de fronteiras com outros países, de 8.500 km de costas, abertas para o oceano, a maior costa atlântica do mundo, do imenso espaço aéreo a ser controlado?
Pois o Congresso decidiu aumentar o efetivo das 3 Forças. Veja que esta decisão é subsidiada por estudos, e tomada pelos representantes eleitos por todos nós.
Sobre sonhos, a MB é sonhadora sim.
Sonhou com submarinos nucleares por décadas e este sonho está se realizando.
Sonhou em construir navios de porte no país, e no fim de 2014 começamos a construir as novas “Corvetas” de 3000 toneladas.
Sonhou com os escoltas de 6000 toneladas e a classe dos mesmos já foi decidida, faltando nossa Presidente anunciar.
Sonhou em retomar a aviação naval, o que conseguiu.
Sonhou em um programa de Navios–Patrulha, que está em andamento.
Mas creio que não deveríamos chamar de sonho, mas sim de trabalho duro de gerações de brasileiros que deram sua juventude, seus anos produtivos, suas vidas à um ideal.
Acho que já consegui explicar meu ponto de vista.
Marino escreveu:
Vamos primeiro ao ponto em que concordamos.
Você disse que concorda com a necessidade da MB possuir NAe, então deve entender a importância de possuirmos o meio, como ele atuaria em tempo de conflito, como é imprescindível para três das quatro Tarefas Básicas do Poder Naval, notadamente o Controle de Área Marítima. Adiante volto a tratar do tema.
Que estas informações, que constam do Plano Estratégico da Marinha, foram apresentadas ao Governo Federal que as entendeu, aceitou-as, preocupou-se com os dados fornecidos, e determinou que a MB tivesse não um, mas dois NAe.
Pois bem, cita a questão dos recursos, questão atual e que, na sua visão, impediria a MB de dispor do meio.
Mas não leva em consideração o que já escrevi, que se o meio fosse dado de baixa os recursos alocados à MB seriam cortados sumariamente, como foram os destinados ao CT Paraná e à Fragata Dodsworth, pelo MPGOG, dadas de baixa para que estes mesmos recursos fossem aplicados no restante da Esquadra.
Isto é fato: sem meio, sem recurso.
Outra questão que não leva em consideração é que sem o meio, a CAPACITAÇÃO no mesmo acaba, como ocorreu na Argentina e na Austrália. Caso estes países desejem retomar a operação de NAe, e os militares argentinos o querem, terão que começar do zero, com ajuda externa, pois os militares que detinham este conhecimento o perderam, foram para a reserva, ou faleceram.
Esta capacitação é um valor que somente EUA, UK, França, Índia, Espanha, Itália, China, Tailândia (com MUITA restrição) e Brasil dispõem. A capacitação de operar NAe CATOBAR somente EUA, França e Brasil possuem.
Não é pouca coisa. Lembre o que já escrevi, que a China nos procurou para troca de informações sobre como operar seu NAe, principalmente nas ações de convoo, considerado o lugar mais perigoso do mundo para se trabalhar.
Não podemos perder esta capacitação.
Você citou alguns dos serviços feitos no navio em seu PMG, que como já expliquei, é um grande período de reparos, que todos os navios de todas as marinhas do mundo fazem, não uma invenção nossa, mas deixe eu listar algumas coisas:
- retubulação de toda a rede de vapor do navio (isto é um serviço hercúleo);
- revisão nas turbinas do navio;
- revisão nos turbo-geradores, que conforme dizem em fóruns de defesa é o que falta para o navio ficar pronto;
- retubulação de duas caldeiras, que significa trocar 1.500 tubos em cada uma;
- verificação de todo o circuito de vapor das catapultas;
- a catapulta lateral sofreu revisão geral e a de vante acaba de ser comissionada por inspetores da DCNS;
- instalação do Siconta MK-IV, citada por você, mas não explicando que isto significa substituir todos os consoles do Centro de Operações de Combate (COC), criar um novo software, totalmente nacional e treinar os operadores para um novo equipamento, com instruções em português;
- realinhamento e rebalanceamento do eixo de bombordo, algo que os franceses não acreditavam podermos fazer no AMRJ;
- cumprimento de todos os cartões de manutenção preventiva dos equipamentos mecânicos e eletrônicos;
- manutenção corretiva em outros equipamentos;
- docagem, tratamento do casco, inclusive com realização de ultra-som na parte abaixo da água (obras-vivas);
- instalação de novos equipamentos de comunicação, inclusive satelital, e navegação;
- instalação do COC da Esquadra, que explico como sendo um Centro de Comando e Controle de todos os meios envolvidos em uma operação, sejam navais, aéreos, de fuzileiros, etc.
- etc.
Então, depois de todo este investimento, ao fim do período de manutenção, você propõe a baixa do meio? Quando ele está para finalizar todo este período, de sacrifício para a MB e a tripulação?
Não acho que valha, nem pelo custo-benefício do ato, nem pela perda de capacitação, perda do investimento feito, etc.
Veja que a MB manteve o reparo, a todo custo, agindo nos mesmos moldes que no Programa Nuclear, porque sabe a importância de dispormos do São Paulo, sabe como empregá-lo em conflito, sabe como seria imprescindível em caso de guerra. Recursos são alocados e contingenciados, mas o Brasil permanece, as necessidades de defesa perduram, prioridades são alteradas, compreensão destes problemas vem e vão com os governos, mas o Brasil permanece, a MB é uma instituição secular que permanecerá, que não pensa em si, mas na missão que tem que cumprir.
O foco principal de nosso debate é este, mas continuemos com outros pontos que você escreveu.
Você escreveu que “A função principal do PA é projetar poder. É poder levar a guerra ao inimigo. Quanto ao controle da área marítima, isto é feito de maneira muito melhor e mais barata por uma frota suficiente da aeronaves de patrulha. Ainda mais que temos um litoral tão extenso, como o senhor mesmo disse. Bases aéreas no litoral, com caças, aviões revo, e aviões de patrulha (que podem ser desdobrados em questão de horas), são capazes de garantir a segurança de nossos litoral de maneira muito mais eficaz...”.
Já lhe mostrei que a função principal do NAe aqui no Brasil não é Projetar Poder. Isto não é achismo, é realidade, é estratégia naval pura, não é falácia. Esta Tarefa é a principal em nações cuja estratégia é ofensiva, é atuar em outros países, é agredir, é enviar força para o exterior, o que não é nosso caso. Mostrei que podemos fazer isto sim, se formos atacados e precisarmos realizar ações ofensivas contra o agressor.
Quanto ao Controle de Área Marítima citado por você, a MB e a FAB, nos anos 80, realizaram uma série de exercícios para provar esta teoria. Uma Força Naval sofria ameaça aérea, acionava os meios aéreos em terra, que nunca chegavam a tempo. As duas Forças chegaram a uma conclusão conjunta, a de que isto não funcionava.
Imagine uma ameaça submarina, onde você, usando somente meios aéreos, em pouca quantidade e com equipamentos que não são eficazes 100% na detecção desta ameaça. Você descobrirá esta presença em sua área de interesse somente após um ataque, mas então o estrago está feito.
Você não leva em consideração o controle de nossas Linhas de Comunicação Marrítimas, extensas, afastadas do litoral e vitais para a sobrevivência do país.
Não pode arriscar a vida de 30.000 brasileiros que trabalham diuturnamente nas plataformas de petróleo no mar. Somente a presença física, visualmente comprovável, de navios de superfície, podem garantir o controle e a proteção deste patrimônio brasileiro. Ou, poderíamos fazer uma comparação com um batalhão da PM, lotado de gente, mas que não sai para as ruas, onde os ladrões saberão que estão desprovidas de proteção e agirão à vontade.
É assim que funciona, gostemos ou não.
Também escreveu que “...A Dissuasão é uma qualidade de meios operacionais de verdadeiro valor militar, não é uma exclusividade de PA, muito menos do A-12. É chato, mas acho que o senhor está equivocado nestes pontos”. Não é exclusividade do NAe, mas operar um meio que somente nove marinhas de todo o mundo operam contribui significativamente para esta Tarefa.
Sugiro, mais uma vez, com a melhor das intenções, a leitura na Coluna Mar & Guerra o artigo que trata somente sobre dissuasão.
Quanto ao Programa de Submarinos, estão previstos serem construídos 15 convencionais e 6 nucleares. Você acha que o governo autorizou a construção de toda aquela estrutura, de uma Base Naval inteiramente nova e adaptada para apoiar SSN, de um Estaleiro que possui uma Ilha Nuclear, para jogar no lixo todo o investimento, pura e simplesmente?
Estes números foram apresentados ao Governo federal, que os aprovou, ao Congresso Nacional, que os aprovou e os incluiu no Livro Branco de Defesa Nacional, então são números oficiais, públicos.
Novos submarinos serão encomendados a seu tempo.
Quanto aos novos escoltas, você pode ler na mensagem de fim de ano do Comandante da Marinha que as “Corvetas” de 3.000 toneladas começam a ser construídas no fim de 2014.
Quanto aos escoltas de 6.000 toneladas, volto a repetir, eles já foram aprovados e aguardam o momento propício para o anúncio. Este momento é político, então não depende da MB quando serão anunciados.
Quanto à aviação de asa fixa, o Padilha já respondeu. Doze serão modernizadas e acabou de ser publicado pelo DAN que outras oito seguirão o mesmo caminho. Neste tópico vemos que o programa dos C-1 anda. Logo após este programa, os AEW se seguirão.
Assim caminha a Marinha, passo a passo.
Também escreveu que “precisamos de uma Marinha equilibrada...”, termo que é sinônimo em estratégia naval de Marinha Balanceada, que escrevi em meu último post.
Ainda que “...com planejamento de acordo com os recursos que dispõe...”. Vou me deter um pouquinho neste ponto. Não sei se você conhece a metodologia do Plano Diretor da Marinha. É uma metodologia, explicando rapidamente, de planejamento de gestão, aplicação e controle de recursos. Esta metodologia foi copiada pelo governo federal, no que resultou no SIAFI. Sim, o modelo de controle de todo o governo foi copiado da MB, que no início teve que involuir, pois seu sistema já estava adiante da versão lançada pelo governo. Creio que não preciso escrever mais nada.
Quanto aos 70.000 homens, você esquece que a Marinha cumpre atividades diretas relacionadas com sua missão principal, e atividades subsidiárias, impostas à Marinha pelo Governo Federal e das quais a Força não pode se furtar. Ensino profissional marítimo, Busca e Salvamento, hidrografia, cartografia, oceanografia, faróis, Capitanias dos Portos, Inspeção Naval, Navios Hospitais, tombos, etc.
Se não concorda com isso, a MB não é o guichê de reclamação.
Zorann, não sou uma pessoa “arcaicas, presas a ideologias e falsos nacionalismos”, muito pelo contrário. Estudo diuturnamente e me mantenho atualizado, ideologia é a desculpa dos fracos e sou nacionalista sim, penso em meu país antes de tudo, principalmente em sua Defesa. Então, não me prendo a falsos nacionalismos.
Estudei a vida inteira o tema, aqui no Brasil e no exterior, tenho mestrado e doutorado em Defesa, mais dois cursos de MBA, além de todos os cursos de carreira. Então, sei do que falo. Gasto meu tempo aqui, de maneira não remunerada, para divulgar o tema Defesa entre os brasileiros que se entusiasmam pelo assunto, sem pedir nada em troca, nem da MB, nem do DAN. Não tenho motivos para defender uma opção da MB da qual eu não concordasse, que não fosse justificada, sustentada por estudos e aprovada por quem de direito no regime democrático em que vivemos.
É assim que ajo.
Por fim, vou continuar sonhando sim, em uma Marinha melhor da que eu servi, mais capaz, mais profissional, sempre, com meios que permitam os marinheiros de hoje combaterem, de defenderem a soberania brasileira no mar. E cumprirem, se preciso for, com seu juramento de dar a própria vida se necessário, como foi feito no passado pelos homens que fazem a Força.
Creio que não vou mudar sua opinião, nem você vai mudar a minha. Mas demos subsídios para os demais leitores, todos intelectualmente ativos e independentes, de chegarem a uma conclusão própria.
Só isto valeu o debate.
Um Abraço.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: A-12
Não querendo ser pessimista, mas acredito que os numeros "reais" da END, deverão ficar bem abaixo do descrito, dado os ultimos 30 anos e a posição de neutralidade do Brasil.
Apenas frisando, gostaria muito se se torna-se real tais numeros!!
Sds Coloradas!
Apenas frisando, gostaria muito se se torna-se real tais numeros!!
Sds Coloradas!