Fórum Defesa Brasil

dalton romao escreveu:FCarvalho, acredito que devemos é dar força pra que a IMBEL continue presente e funcionando. seria muito pior se não a tivéssemos e não vejo, sinceramente, motivos pra entregar a encomenda de fuzis pra TAURUS. pelo que tudo indica o IA2 realmente é uma boa arma, já testada e tudo mais. o da TAURUS é ainda uma incógnita não é verdade? única coisa que realmente é absurdo é só ter verbas pra 10.000 ano. esperava pelo menos 30.000. e agora espero também que venha um FAP em 5.56.

dalton, até agora só o que sabemos é que os IA2 do lote inicial foram aprovados em um relatório preliminar. Ou seja, eles se prestam para o básico que foram projetados. Mas daí a virar padrão na tropa ainda corre um tempo bem longo.
Não me lembro agora onde li, que diz-se o MD não ter qualquer compromisso com o IA2 e nem mesmo com a Imbel, e até por isso da preocupação do EB com as demoras e complicações no desenvolvimento da arma.

Como disse ao henriquejr, pode ser que a Taurus tenha visto nisso aí uma brecha para tentar tirar o seu quinhão. Mesmo sabendo do jogo de cartas marcadas que seria/é esta questão dos fuzis. E digo cartas marcadas pelo simples fato de sequer se ter pensado desde o começo na possibilidade de uma concorrência para a substituição dos fuzis das ffaa's. Simplesmente se decidiu que seria um produto da Imbel e acabou-se. Mesmo sabendo da existência de outra empresa tão ou mais capaz que a Imbel para projetar/oferecer uma alternativa nacional.

Enfim, suponho eu que a Taurus tenha lá os seus motivos para agora que o IA2 parece que vai deslanchar querer melar o dedo no bolo da Imbel. Se ela vai conseguir, sinceramente não sei.

Mas fico aqui pensando com os meus botões, que se talvez esta "concorrência" não tivesse sido feita desde o começo, este imbróglio todo de fuzil novo não teria durado mais do que um mera noite de verão...

Aliás, para mim, que sou leigo em armas e afins, e sei que dificilmente defesa será um assunto sério ou memso importante no Brasil um dia, sou por aquele ditado que diz que "nunca devemos colocar todos os nossos ovos numa única cesta."

Penso que este ditado cai, e bem para as nossas industrias de fabrico de armas.

abs.

gabriel219 escreveu:Mas amigo FC, se o EB demorou tanto para desenvolver o fuzil e o mesmo finalmente foi aprovado em todos os quesitos pelo próprio EB, porque largar uma coisa certa (que o IA2 foi aprovado e é bom) por outra duvidosa (ART/FAT556 ainda é uma enorme incógnita)?
SE o EB adotar o IA2, coisa que acho, creio que a FAB e a MB/CFN iram adquiri-lo também.

É aquilo que comentei com o dalton, Gabriel. Aparentemente, o MD não teria ou tem qualquer compromisso formal ou formalizado de compra dos IA2/Imbel. Quem o tem é o EB que é dono dela. É ela que tem que provar ao MD que o produto é bom e vale a pena ser eleito como arma base para todas as ffaa's. Porque no final das contas quem vai comprar a arma é o MD, e não o EB, já que se tratará de um compra conjunta. E não nos esqueçamos de que esta primeira aprovação foi na avaliação do EB. Até agora não vi FAB e nem CFN/MB darem até hoje um único pitaco nesta história de avaliação.

É neste meio que entrou a Taurus, justo num momento em que tudo parecia resolvido para o EB/IA2. Se este novo fuzil oferecido para o MD irá vingar, eu não sei dizer. Não sei dizer nem se o MD irá, sob influência certa do EB, acredito, acatar a oferta. Mas vai que resolva fazê-lo? E se FAB e CFN/MB quiserem 'experimentar' a arma? Pois é... Já pensou o alvoroço no MD agora, tendo que se decidir diante de duas armas, qual é a melhor e mais indicada para as ffaa's?

Bem, posso estar redondamente enganado, e este fuzil da Taurus se o maior fake dos últimos anos da industria bélica nacional. Ou não.

O IA2 não foi testado e conseguiu o parecer no Campo da Marambaia ainda. Pra se ter um referencial, o MD97 foi produzido e vendido a diversas instituições policiais Brasil afora, sem o parecer. Quando testaram, foi reprovado.

rodrigo escreveu:O IA2 não foi testado e conseguiu o parecer no Campo da Marambaia ainda. Pra se ter um referencial, o MD97 foi produzido e vendido a diversas instituições policiais Brasil afora, sem o parecer. Quando testaram, foi reprovado.

Uma curiosidade:

No tempo do MD97, essa arma chegou a receber uma declaração oficial do Exército, num boletim público, afirmando que ela tinha resistido a todos os testes exigidos pela força, igual ao relatório que acabou de ser divulgado a respeito do IA2?

Se a resposta for "sim", então, é motivo para preocupação. Mas, se a resposta for "não", então pode-se esperar que os eventuais testes no Campo da Marambaia sejam bem sucedidos.

A avaliação e do CAex, do qual o campo de marambaia faz parte! O lote de 1500 ia2 foi feito para avaliacao operacional que ainda esta em curso, so depois do ok do caex e da avaliacao operacional e que sera emitida portaria de adoção pelo eme!
O md97 nunca passou ok pelo caex e nem teve avaliacao operacional!

marcusv escreveu:O md97 nunca passou ok pelo caex e nem teve avaliacao operacional!

A resposta à minha curiosidade então, é "Não".

Portanto, há boas razões para relaxar e começar a sonhar com novas versões do IA2. E, até quem sabe, algumas exportações para ajudar a balança comercial?

Talvez, este tópico "Novo Fuzil Para o EB" acabe tendo um final feliz, muito diferente do tópico sobre "FX".

Algum fabricante estrangeiro tentou entrar no processo?

Clermont escreveu:

marcusv escreveu:O md97 nunca passou ok pelo caex e nem teve avaliacao operacional!

A resposta à minha curiosidade então, é "Não".

Portanto, há boas razões para relaxar e começar a sonhar com novas versões do IA2. E, até quem sabe, algumas exportações para ajudar a balança comercial?

Talvez, este tópico "Novo Fuzil Para o EB" acabe tendo um final feliz, muito diferente do tópico sobre "FX".

Clermont há alguns dias me lembro ter visto uma notícia onde um oficial do EB afirmava que estava indo em breve à um país da região que estava interessado no Fuzil IA2, tomara que a venda se concretize e que isso possa contribuir para o Fuzil se tornar cada vez mais competitivo no âmbito internacional.

Vídeo sobre a recuperação da Imbel, a concorrência com a Taurus e sobre o IA2.

http://www.valor.com.br/video/266976860 ... er-de-fogo

e acaba com bela rajada de um IA2 7.62 e novamente, não sei se pela expertise de quem atirava, mas parecia com menos recuo, bem menos por sinal, do que de um FAL tradicional.

marcusv escreveu:A avaliação e do CAex, do qual o campo de marambaia faz parte! O lote de 1500 ia2 foi feito para avaliacao operacional que ainda esta em curso, so depois do ok do caex e da avaliacao operacional e que sera emitida portaria de adoção pelo eme!
O md97 nunca passou ok pelo caex e nem teve avaliacao operacional!

Quando o MD foi testado, a IMBEL era uma empresa do EB vinculada diretamente ao Cmt do EB (antes do Gen Enzo). Nessa ocasião, a IMBEL projetava, produzia, avaliava, testava e aprovava. Com a mudança de pensamento, END, estratégia Braço Forte, PROFORÇA e do sistema organizacional do EB, a IMBEL foi colocada sob a batuta do Departamento de Ciência e Tecnologia (DC&T) e ficou em igualdade de condições do CTEx, Dir Fabricação, e o mais importante: todos os seus produtos passam pelo controle do CAEx (Centro de Avaliação do Ex). A grita foi geral. Os "donos" da empresa chiaram, mas hoje eles (são outros diretores) estão dentro da lei.
Para se ter uma ideia, o CPM (campo de provas da marambaia) recebia pessoal da referida fábrica para testes de armamentos, onde ela mesmo se auto avaliava.

Enquanto isso a Russia vai adoptar a AK-12 em 2014.

cabeça de martelo escreveu:Enquanto isso a Russia vai adoptar a AK-12 em 2014.

Rússia é Rússia, Brasil é Brasil.

Atenção, esta opção foi enfiada pelas goelas abaixo dos militares Russos. Eles têm AK-74 em armazém para duas guerras, a questão foi mais tentar salvar a Kalashnikov do que outra coisa qualquer.

É impressão minha ou esse AK-12 é, assim como o IA-2, parte em alumínio e parte em polímero?



abraços]