Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta
Enviado: Ter Ago 22, 2017 11:37 am
Só se se alistou e não avisou a gente...
Pensei que fosse. kkkkkkTúlio escreveu:Só se se alistou e não avisou a gente...
Agora, por favor, gostaria de ver uma comparação com uma fragata de 6000 tons, e com um destroyer de 9000 tons.knigh7 escreveu:Observem o caso do desempenho dos sensores em estados de mar de uma fragata leve moderna de deslocamento um pouco maior que a Tamandaré e casco semelhante:
Classe Incheon:
Deslocamento: 3.251 toneladas (a plena carga);
Comprimento: 114 m
Boca: 14 m
Calado: 4 m
Tripulação: 145
Capacidade operacional (de acordo com a Escala Douglas):
– Em Mar 7 (ondas de 6 a 9 m de altura), sobrevivência,
– Em Mar 5 (ondas de 2,5 a 4 m de altura), manutenção das possibilidades de fazer guerra antiaérea, guerra de superfície e guerra eletrônica, e
– Em Mar 4 (ondas de 1,25 a 4 m), manutenção da possibilidade de fazer guerra antissubmarina.
jambockrs escreveu:Meus prezados
Smj, ultimamente o debate se restringiu ao provável armamento para as CV3, que deslocarão 2.790 ton. carregadas.
Quanto ao deslocamento...
"Polêmica em alto-mar! ‘Órfãos’ do PROSUPER afirmam que no mar grosso do Atlântico Sul, as CCTs são inúteis para combater…
Destróier britânico HMS “Edinburgh” (D-97) enfrentando o mar grosso do Atlântico Sul, nas proximidades do arquipélago das Malvinas
A opção da Marinha Real de recorrer a um destróier de 8.500 toneladas (o deslocamento de um cruzador durante a 2ª Guerra Mundial) para liderar o Grupo Marítimo Permanente 2 da Otan em uma patrulha de três meses pelo Mar Mediterrâneo, levou a coluna INSIDER a reler os e-mails de militares amigos do Plano Brasil que, rotineiramente, lamentam o abandono do Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER) – que estipulava a aquisição de seis fragatas multifunção de 6.000 toneladas.
Destróier HMS “Diamond” em mar picado; foi esse o navio escolhido para substituir o porta-helicópteros HMS “Ocean” no Mar Mediterrâneo
É bom explicar, antes de tudo, que o descarte do PROSUPER esteve a ponto de ser evitado.
Isso aconteceu à época do primeiro governo Dilma Roussef, quando a proposta de fragatas polivalentes feita pela indústria naval italiana foi posta em primeiro lugar.
Infelizmente, nessa mesma ocasião, começaram a acontecer, dentro da Administração Dilma, fortes pressões por cortes de gastos, e a presidenta decidiu que o PROSUPER aguardaria por melhores circunstâncias financeiras.
Na LAAD de 2015, o então ministro da Defesa, Jacques Wagner, disse, com um (inadequado) sorriso nos lábios, durante uma entrevista coletiva, que o PROSUPER tinha sido posto para “hibernar”…
Jacques Wagner, bem humorado, na entrevista coletiva da LAAD 2015: “o PROSUPER vai hibernar”…
Classe Tamandaré – Diante da clara inação do Palácio do Planalto no caso do PROSUPER, também o Comando da Marinha decidiu mudar a postura, e se concentrar na busca de apoio a pleitos que parecem mais factíveis (menos caros), como a construção de quatro corvetas classe Tamandaré (CCT). (Leia o texto INSIDER/Entrevista: 85 minutos com o almirante Eduardo Leal Ferreira, Comandante da MB (e algumas surpresas sobre os rumos que ele ainda pretende imprimir à Força, de 2 de agosto último)
As mensagens recebidas pela coluna INSIDER chegaram em resposta à indagação de seu editor sobre o tamanho das fragatas – muito acima de tudo o que a Marinha do Brasil (MB) pôde alinhar até hoje.
Apenas para que os leitores possam ter em mente: a CCT mede 103,4 m de comprimento, 12,9 m de boca máxima e tem deslocamento, carregada, de 2.790 toneladas (compatível com o de uma fragata leve).
Apresento a seguir breves considerações de um desses nossos leitores com conhecimento de causa, tanto na singradura do Atlântico Sul em dias tormentosos, quanto no exame que a MB fez, há pouco mais de cinco anos, para se fixar na tonelagem dos escoltas de grande porte recomendados pelo PROSUPER.
Desejo uma leitura proveitosa a todos:
“As CCTs são navios sem nenhuma validade bélica no Atlântico Sul.
Em combate real não servirão para nada. Assim como as demais corvetas [classe Inhaúma que estão sendo recuperadas].
Foto da corveta “Inhaúma”*, descomissionada no ano passado, tomada de outro navio da MB
Pouca gente sabe, mas a MB depois de muitos estudos concluiu que a tonelagem mínima para [um escolta] ser eficiente seria de 6.000t.
Saiba que as FCN [Fragatas Classe Niterói] e FCG [Fragatas classe Greenhalgh] dependendo do estado do mar, não conseguem operar helicópteros, lançar mísseis ou disparar seus canhões ou metralhadoras. Imagine então as corvetas.
O Atlântico é muito duro e por isso precisamos de navios com maior deslocamento.
Quanto maior o deslocamento melhor o navio suporta as condições do mar, diminuindo o caturro e o jogo, permitindo os disparos. Pouca gente lembra disso.
Não foi à toa que americanos, russos, chineses, franceses, ingleses, espanhóis, italianos e holandeses aumentaram a tonelagem de seus navios de combate.
Fragata russa, me 2004, em meio a uma borrasca no Atlântico Norte
Navios menores, em condições adversas de clima, apenas navegam. São apenas alvos de submarinos.
Quanto maior a tonelagem, mais estável será o navio.
Uma de 4.500t será mais estável que um de 3.600t. Um de 5.200t será mais estável que o de 4.500t. E assim por diante.
Ao estudar as condições do Atlântico na maior parte do ano, verificamos que deveríamos partir de um navio com deslocamento de 6.000t em diante. Esses sim aguentariam o tranco na maior parte do ano.
Concordo que não temos dinheiro nem para as CCTs. Porém, navego pelo Atlântico há mais de 30 anos. Essas corvetas e suas tripulações irão sofrer.
A MB ficará decepcionada se o senhor fizer matéria dizendo que ela [Corveta Classe Tamandaré] será inútil para combate durante condições adversas. Vão negar. Mas a verdade é essa. Vira navio de passageiros, incapaz de lançar qualquer uma de suas armas”.
Comparativos – Apenas para facilitar o raciocínio: um destróier inglês classe Daring, como o que foi designado, semana passada, para substituir o porta-helicópteros HMS Ocean (L12) na patrulha do Mediterrâneo, mede 152,4 m de comprimento (47,3% a mais que o projetado para a CCT) e 21,2 m de boca máxima (64,3% a mais que a prevista no projeto da CCT).
Sua tonelagem é 67% maior que o deslocamento fixado para a classe Tamandaré (a plena carga).
Fonte: Roberto Lopes – site Plano Brasil 12 SET 2017
* A corveta "Inhaúma", devido ao desenho de seu casco, sofria muito com o caturro. Problema diminuído na corveta V34 "Barroso", com novo desenho de casco.
Não concordo.joabraga13 escreveu:O problema que eu vejo, é a construção dessas corvetas para substituição das fragatas. Realmente não da para substituir sem haver perda de capacidade de combate em mares mais bravos. Caso a substituição seja das CCI não vejo problemas, já que seriam substituídas para o uso em mesma função.
Uma outra questão que seria interessante ser abordada é a frequência em que o mares atingem níveis tão altos e o custo benefício do maior custo pela maior tonelagem e o aumento da operabilidade.