Hector0352 escreveu:Pergunta, depois que comprarmos e forem entregue o gripen, nos, sem a ajuda de nenhum país estrangeiro, teríamos condições de fabrica-los por completo ?
Tenho vontade de saber isso a meses, grato pelas respostas. Aliais belas fotos.
Hector,
Um dos objetivos do FX-2 é a obtenção de conhecimentos para "projetar" e desenvolver um caça supersônico, sendo o objetivo declarado ainda mais ambicioso um supersônico de 5ªG, acredito que o objetivo primário sem dúvida será alcançado, a Embraer terá condições de projetar e desenvolver um caça supersônico de alta performance.
O fato de ainda não dominarmos a tecnologia das turbinas e outros sensores que envolvem tecnologia sensível não significa que o objetivo não tenha sido atingido, pois, nesse primeiro momento tecnologia de turbinas, por exemplo, jamais seriam conquistadas pela FAB ou Embraer ou para qualquer outra empresa envolvida no processo com a concorrência do FX-2, aliás não se consegue isso nem comprando 300 aviões.
Esses outros objetivos somente serão atingidos com anos de pesquisa e investimentos, como é o caso da turbina TR3500 da polaris que está em pleno desenvolvimento e é o primeiro passo para que a indústria nacional consiga desenvolver uma turbina de alta performance.
Veja:
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=35278
Países que ficam nesse "afã" de fabricar um avião de alta performance do estabilizador vertical ao trem de pouso sem passar por todas as etapas do conhecimento em um passo de cada vez, acabam por não fazer nada direito, como é o caso da Índia com seu Tejas/Kavery, por exemplo.
Porém o fato de nos capacitarmos a projetar e desenvolver um caça supersônico é um passo, não somente necessário em nossa busca de autonomia, mas de extrema importância para toda a indústria aeroespacial brasileira.
E o fato da turbina AINDA não ser fabricada aqui, assim como outros componente sensíveis, não diminui em nada a importância do que está sendo feito, afinal, muitos aviões LEGITIMAMENTE BRASILEIROS, como é o caso do AMX, AT-29, E/R-99 e agora o KC-390, usam componentes de diversos países, porém isso não faz esses aviões serem estrangeiros ou menos brasileiros, são Brasileiros, são PROJETOS nossos que competem com aviões inclusive legitimamente americanos e os VENCEM lá.
A tendência natural é que cada vez mais se nacionalize os componentes, estamos no caminho certo, dando os passos necessários para a nossa independência e consolidando nossa TRADIÇÃO de projetar e fabricar aeronaves de classe mundial.
Espero ter te respondido!
Sds
kirk