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Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Qui Set 22, 2011 11:01 pm
por AlbertoRJ
knigh7 escreveu:
Luís Henrique escreveu:

Thor, desculpe mas esta comparação que vc fez é que parece tendenciosa.

1) acrescentar 1,3T de combustivel externo nas 3 aeronaves só ajuda o Gripen,
Vc deve levar em consideração que se vc pode colocar 1,3T de combustivel externo no Gripen, vc deveria colocar o dobro no SH e no Rafale.


2) Quando vc supõe que o Gripen vai consumir 60 a 70% do que consome os dois bimotores, vc deveria supor valores diferentes para Rafale e SH, já que o SH, em relação ao Rafale, é 50% mais pesado, 30% mais potente e possui envergadura bem maior (arrasto bem maior) .


Ou seja, se o Gripen consome 6 e o SH consome 10, o Rafale vai consumir 8.
Por isto, mesmo levando menos combustível o Rafale possui alcance EQUIVALENTE ao SH.

Pelo mesmo motivo, o Gripen NG possui maior alcance de translado que as duas aeronaves bimotoras.
Mas tem um porém: CARGA BÉLICA.

Quando acrescentamos CARGA BÉLICA no cálculo o alcance do Gripen cai bastante, pois é realmente um caça de outra categoria em termos de tamanho.

Ai é que entram as comparações.

1) curto alcance
tanto Gripen e Rafale são eficientes
Rafale leva 50% mais armas que o Gripen

2) médio alcance
ambos são eficientes
Rafale leva 50% mais armas que o Gripen

3) longo alcance
Rafale é eficiente, Gripen é pouco eficiente pois levará pouco armamento

4) muito longo alcance
Rafale é pouco eficiente pois levará pouco armamento
Gripen não vai.
Luis Henrique,

Com relacão ao longo alcance vc está certo. Mas a curto e médio alcance vc se equivoca. Tem de levar em conta a capacidade de carga de cada pilone bem como o espaco físico. A diferenca de 2,4 Ton. (lembrando que o Rafale pode levar 9,5T e o GripenNG 7,1T) de capacidade de carga do Rafale frente ao GripenNG se esvai nessas condicões, lembrando também que o caca sueco tem um consumo menor de combustível.
O máximo que Gripen NG pode levar é 6 t em cargas externas:

Peso vazio: 7,1 t
Combustíve Interno: 3,3 t
MTOW: 16,5 t.

Sobre o consumo eu tentei explicar que não é proporcional e aguardo correções.;

[]'s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Qui Set 22, 2011 11:01 pm
por Carlos Lima
Perfil da missão... ambiente de operação (algumas aeronaves operam melhor em determinados climas do que outras - ver disponibilidade do Gripen C da Red Flag que naquela época surpreendeu muita gente 'negativamente').

Além é claro que o Gripen NG nem sequer existe e aí ficamos com o papel.

Catando por aí, tem como fazer um cálculo de como o Rafale o S Hornet operaram na Líbia e Afeganistão e chegar a algumas conclusões e o Gripen NG temos que confiar no papel. Mas daí se tomarmos o papel como referência no caso do Rafale ou do SHornet vamos ao Super-trunfo.

No mais eu me lembro do PP ter dito que mesmo no caso do NG os dados que a FAB calculou foram na base do que faz o motor do SH (já que o dado não foi liberado pelo Dept de Estado para o NG) e dividiram por 2. :(

E assim caminha a humanidade já que isso já mostra o quanto cooperativo será o Dept de Estado caso o NG vença ao invés do SHornet.

No mais... essa é a parte Super-trunfo da coisa e ela pode ser usada só como uma referência, mas não acho que daí dá para dizer que avião A é melhor do que B ou C.

[]s
CB_Lima

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Qui Set 22, 2011 11:14 pm
por knigh7
AlbertoRJ escreveu:
knigh7 escreveu: Luis Henrique,

Com relacão ao longo alcance vc está certo. Mas a curto e médio alcance vc se equivoca. Tem de levar em conta a capacidade de carga de cada pilone bem como o espaco físico. A diferenca de 2,4 Ton. (lembrando que o Rafale pode levar 9,5T e o GripenNG 7,1T) de capacidade de carga do Rafale frente ao GripenNG se esvai nessas condicões, lembrando também que o caca sueco tem um consumo menor de combustível.
O máximo que Gripen NG pode levar é 6 t em cargas externas:

Peso vazio: 7,1 t
Combustíve Interno: 3,3 t
MTOW: 16,5 t.

Sobre o consumo eu tentei explicar que não é proporcional e aguardo correções.;

[]'s
Sou eu que agruardo correcões:

Aliás, a capacidade de carga é de 7,2 Ton.

Fonte da própria SAAB:

http://www.saabgroup.com/pt/Air/Gripen- ... Gripen-NG/

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Qui Set 22, 2011 11:15 pm
por AlbertoRJ
Lima,
Não há mal nenhum em discutir supertrunfo de vez em quando. Não é o que decide mas faz parte da avaliação, tanto que foi tema da entrevista do Bengt Janér e das demais e fez parte das apresentações também.

[]'s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Qui Set 22, 2011 11:17 pm
por Carlos Lima
AlbertoRJ escreveu:Lima,
Não há mal nenhum em discutir supertrunfo de vez em quando. Não é o que decide mas faz parte da avaliação, tanto que foi tema da entrevista do Bengt Janér e das demais e fez parte das apresentações também.

[]'s
Olá Alberto...

Vou repetir a última frase do meu post: :)

No mais... essa é a parte Super-trunfo da coisa e ela pode ser usada só como uma referência, mas não acho que daí dá para dizer que avião A é melhor do que B ou C.

:wink:

[]s
CB_Lima

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Qui Set 22, 2011 11:20 pm
por AlbertoRJ
knigh7 escreveu:
AlbertoRJ escreveu: O máximo que Gripen NG pode levar é 6 t em cargas externas:

Peso vazio: 7,1 t
Combustíve Interno: 3,3 t
MTOW: 16,5 t.

Sobre o consumo eu tentei explicar que não é proporcional e aguardo correções.;

[]'s
Sou eu que agruardo correcões:

Aliás, a capacidade de carga é de 7,2 Ton.

Fonte da própria SAAB:

http://www.saabgroup.com/pt/Air/Gripen- ... Gripen-NG/
Então é preciso aumentar o MTOW (oficial 16,5 t) ou diminuir o peso vazio (7,1 t) ou o combustível interno (3,3 t), que também são oficiais.
Cuidado com o termo "carga útil". No slide da apresentação do Sea Gripen na Índia aparece "payload" como 9 toneladas!!!

A correção que mencionei foi referente ao cálculo do consumo.

[]'s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Qui Set 22, 2011 11:21 pm
por AlbertoRJ
cb_lima escreveu:
AlbertoRJ escreveu:Lima,
Não há mal nenhum em discutir supertrunfo de vez em quando. Não é o que decide mas faz parte da avaliação, tanto que foi tema da entrevista do Bengt Janér e das demais e fez parte das apresentações também.

[]'s
Olá Alberto...

Vou repetir a última frase do meu post: :)

No mais... essa é a parte Super-trunfo da coisa e ela pode ser usada só como uma referência, mas não acho que daí dá para dizer que avião A é melhor do que B ou C.

:wink:

[]s
CB_Lima
Você está certo. :D

[]'s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Qui Set 22, 2011 11:27 pm
por knigh7
AlbertoRJ escreveu: Sou eu que agruardo correcões:

Aliás, a capacidade de carga é de 7,2 Ton.

Fonte da própria SAAB:

http://www.saabgroup.com/pt/Air/Gripen- ... Gripen-NG/
Então é preciso aumentar o MTOW (oficial 16,5 t) ou diminuir o peso vazio (7,1 t) ou o combustível interno (3,3 t), que também são oficiais.
Cuidado com o termo "carga útil". No slide da apresentação do Sea Gripen na Índia aparece "payload" como 9 toneladas!!!

A correção que mencionei foi referente ao cálculo do consumo.

[]'s
Que dado é esse que coloca o peso vazio de 7.100Kg. Não é oficial...Ele não aumentou 1.800Kg, mas sim 200Kg.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Qui Set 22, 2011 11:36 pm
por AlbertoRJ
knigh7 escreveu:
Então é preciso aumentar o MTOW (oficial 16,5 t) ou diminuir o peso vazio (7,1 t) ou o combustível interno (3,3 t), que também são oficiais.
Cuidado com o termo "carga útil". No slide da apresentação do Sea Gripen na Índia aparece "payload" como 9 toneladas!!!

A correção que mencionei foi referente ao cálculo do consumo.

[]'s
Que dado é esse que coloca o peso vazio de 7.100Kg. Não é oficial...Ele não aumentou 1.800Kg, mas sim 200Kg.
O Gripen C/D tem um peso vazio de 6,8 t:
http://www.saabgroup.com/Global/Documen ... nsions.pdf

O NG Sea Gripen aparece na apresentação da Índia com peso vazio de 7,2 t.
http://livefist.blogspot.com/2011/09/sa ... vy-on.html

Descontando a pequena diferença de peso em relação ao C/D e a questão de ser uma versão naval, penso que seria difícil uma tonelada de carga externa adicional para o MTOW de 16,5 t.

É só fazer a conta.

[]'s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Set 23, 2011 3:11 am
por knigh7
AlbertoRJ escreveu:
knigh7 escreveu: Interessante é que nos slides apresentados pela Dassault na CRE, consta raio de acão na configuracão de de ataque com 6 AASM (2040 kg), 3 tanques de 2000L, 4 mísseis,POD como 790NM. Já na revista FOX3 n1 o alcance para 4 GBU 12 (1040Kg), também 3 tanques de 2.000L, também 4 mísseis ar-ar, também POD, o raio de acão é de 800NM.

segue o extrato:

configurations cleared during the recent
separation trials featured 4 mid-wing
mounted GBU-12s together with 4 AAMs
(2 Mica and 2 Magic 2 - the wing-tip
Magic are to be replaced by IR-guided
Mica on the production aircraft) and three
2000 l tanks. Combat radius is quoted
at 800 nm unrefuelled


Viu que milagre!!!Colocam 1 tonelada a mais e tem apenas 10 NM a menos de raio de acão!! :roll: :? Ah, esses franceses são demais!
6 x AASM = 1500 kg,
4 x GBU12 = 908 kg.

[]'s
Cada AASM pesa 340 Kg

fonte: http://www.ixarm.com/Technical-card,20860

portanto 6 AASM= 2040 kg

Cada GBU 12= 260Kg
4xGBU 12= 1040Kg

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Set 23, 2011 6:51 pm
por AlbertoRJ
Acho que essa matéria não foi postada aqui no DB:

Gripen NG: devagar mas sempre adiante

Escrito por Felipe Salles
Sáb, 13 de Agosto de 2011 02:23

Ainda recobrando do impacto de sua desclassificação na megaconcorrência indiana, os suecos acharam por bem trazer o único protótipo do Gripen NG a Paris. Mas como todo mundo sabe que os primeiros dias das feiras são os realmente importantes, no fim da quarta-feira o avião já decolaria de volta para casa. ALIDE falou com o Gerente de imprensa da Gripen, Lasse Jansson, pra saber como anda o desenvolvimento do Gripen NG e suas perspectivas comerciais para o futuro.
"O programa de testes continua em andamento. No dia 19 de maio último o Gripen Demo voltou a voar, agora com seus novos painel digital e aviônicos. Estes equipamentos que já tinham sido testados anteriormente à exaustão em terra, foram instalados na cabine traseira do Gripen Demo com equipamentos originais mantidos na dianteira. Até agora, já ocorreram mais de 200 voos, vinte dois quais com os novos sistemas eletrônicos embarcados. O Demo passou assim a dispor de dois sistemas de aviônicos totalmente independentes.
Essa metodologia de teste que os próprios americanos devem usar nos voos previstos para o programa de modernização do F-22 Raptor. Ainda não foi anunciado uma data prevista para o anuncio da compra dos novos Gripen E/F pela Força Aérea Sueca, mas a Suécia esta plenamente comprometida com este programa até pelo menos 2040. Contrariando uma informação anterior, Jansson contou que a Força Aérea da Suécia tem sim demanda para que seus caças fiquem por mais tempo em voo, assim os tanques maiores do NG na ótica dos suecos não se traduziriam necessariamente em um alcance maior como seria no Brasil. A Força Aérea Sueca pode esperar, por isso eles estão aguardando a formalização de um pedido estrangeiro antes de colocar seus próprios pedidos do novo avião. Mas está claro que o desenvolvimento simultâneo do modelo nacional e daquele para exportação faz todo o sentido. O ritmo de desenvolvimento poderia se acelerado mas na falta de clientes com pressa não existe qualquer razão para esta pressa.
Sobre as lições aprendidas nas operações na costa da Líbia, Lasse Jansson contou que por lá a missão de reconhecimento é uma missão das mais importantes, que os suecos estão realizando muito mais reabastecimentos em voo do que o que estão habituados na Suécia, e que estão aprendendo o que é operar desde bases aéreas estrangeiras.
A empresa Saab, por sua vez, não está de forma alguma envolvida no apoio a esta missão no exterior. Quando dois F-16 se envolveram em acidentes fechando por um dia inteiro a pista da base usada pelos suecos, os Gripens operaram normalmente, decolando da taxiway paralela à pista. A Força Aérea Sueca está aprendendo muito nesta operação e este aprendizado será posteriormente repassado à Saab. De maneira a não desgastar apenas alguns poucos aviões da frota de Gripens os aviões e os tripulantes vem sendo rotacionados de forma contínua entre a Suécia e a base aérea de Sigonella [GE: 37°24'25.71"N 14°54'48.53"L] na Itália.
Perguntado sobre como correram os testes da concorrência MMRCA da Índia, Jansson disse que os testes correram muito bem para a Saab, o Gripen Demo se comportou muito bem nos testes em altitude e também na base aérea com alta temperatura. O Gripen Demo operou no aeródromo de Leh [GE: 34° 8'3.24"N 77°33'5.07"L], a mais de 3000 metros de altitude por dois períodos dentro das três semanas que o avião passou na Índia. Os avaliadores indianos tiram importantes pontos da proposta sueca devido ao seu radar AESA Raven ES-05 que embora "tenha tido um desempenho operacional melhor do que o radar planejado para o Eurofighter em 2015 ainda gerou duvidas por não estar com o financiamento do seu desenvolvimento totalmente garantido.
Por sinal nenhum dos aviões selecionados tem um radar AESA operacional ainda", alfinetou Jansson, completando que até a data da entrevista "o Gripen era o único caça operacional a já ter disparado um míssil Meteor".
Este período do Gripen Demo na Índia não atrapalhou o andamento do programa de testes, inclusive ele foi útil para reforçar diante dos indianos a determinação sueca de oferecer um verdadeiro pacote de transferência de tecnologia (ToT). Durante o andamento desta concorrência a Saab abriu naquele país, exatamente como fez no Brasil, um centro de pesquisa e desenvolvimento.
Voltando ao tema armamento, Jansson contou que a certificação do A-Darter no Gripen C é um tema da Força Aérea sulafricana, inclusive um dos aviões biplaces daquela força aérea foi completamente instrumentado para realizar estes testes adequadamente. No campo de testes de Vidsel, no norte da Suécia [GE: 65°52'34.21"N 20° 8'57.38"L], foi empregado um Gripen D para validar o lançamento das novas Small Diameter Bomb (SDB) pelo caça. Falando sobre o escritório montado no Reino Unido para desenvolver o Sea Gripen o executivo contou que essa atividade deve seguir até o ponto da decisão de "construção" do novo modelo, que deve ocorrer dentro de um prazo de dois anos após seu início.
A linha de produção do Gripen está garantida até meados de 2015 apenas atendendo os pedidos atuais da Suécia, Tailândia e África do Sul. Sobre a conversão de Gripen A/B para Gripen C/D, Lasse explicou que isso se limitou a um lote de 31 C/Ds suecos que foram construídos usando componentes retirados de 31 A/Bs retirados de serviço. Perguntado sobre a procedência das células dos caças vendidos à Tailândia, Lasse Jansson confirmou que estes Gripen C/D eram 100% novos e não apenas células de A/B modernizadas, e que seis deles ja tinham sido entregues ao cliente até a data. Um segundo lote de mais seis aviões foi encomendado e ainda existe uma oportunidade para a encomenda de um terceiro lote para o país asiático.
Como outras perspectivas de vendas futuras, a Gripen identifica o RFI recém-emitido pela Bulgária, um negócio governo-a-governo que já foi respondido pelos suecos. Os suíços resolveram retomar a concorrência, que originalmente visava substituir os seus F-5E/F e agora visa uma solução menos pontual, com os suecos disputando o contrato contra o Rafale e o Eurofighter. Neste país a decisão se vai ser ofertado o NG ou o C/D só será tomada assim que os suíços identifiquem o seu prazo esperado para entrega dos novos aviões.
Além disso, ainda existe demanda clara na Croácia e a Romênia, que acabou não comprando os F-16, como anunciado originalmente na imprensa. Do outro lado da Europa, Holanda e Dinamarca ainda não consolidaram sua opção final pelo F-35.
No mundo dos aviões de alerta antecipado a Saab vendeu três células de Saab 340 com o radar Erieye para os Emirados Árabes Unidos, dois S-100B Argus de segunda mão (ex-Força Aérea Sueca) para a Tailândia mais algumas unidades baseadas no Saab 2000 para um cliente não identificado. Outra janela de oportunidade sendo explorada agora é a conversão destes turboélices em aeronave de patrulha marítima, sendo que não existe risco de se ficar sem células porque o braço de leasing da Saab é o proprietário de mais de 100 células de SF-340/S-2000, muitos deles ainda em serviço comercial pelo mundo.

Base Militar

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Set 24, 2011 10:36 am
por Pepê Rezende
AlbertoRJ escreveu:Acho que essa matéria não foi postada aqui no DB:

Gripen NG: devagar mas sempre adiante

Escrito por Felipe Salles
Sáb, 13 de Agosto de 2011 02:23

Ainda recobrando do impacto de sua desclassificação na megaconcorrência indiana, os suecos acharam por bem trazer o único protótipo do Gripen NG a Paris. Mas como todo mundo sabe que os primeiros dias das feiras são os realmente importantes, no fim da quarta-feira o avião já decolaria de volta para casa. ALIDE falou com o Gerente de imprensa da Gripen, Lasse Jansson, pra saber como anda o desenvolvimento do Gripen NG e suas perspectivas comerciais para o futuro.
"O programa de testes continua em andamento. No dia 19 de maio último o Gripen Demo voltou a voar, agora com seus novos painel digital e aviônicos. Estes equipamentos que já tinham sido testados anteriormente à exaustão em terra, foram instalados na cabine traseira do Gripen Demo com equipamentos originais mantidos na dianteira. Até agora, já ocorreram mais de 200 voos, vinte dois quais com os novos sistemas eletrônicos embarcados. O Demo passou assim a dispor de dois sistemas de aviônicos totalmente independentes.
Essa metodologia de teste que os próprios americanos devem usar nos voos previstos para o programa de modernização do F-22 Raptor. Ainda não foi anunciado uma data prevista para o anuncio da compra dos novos Gripen E/F pela Força Aérea Sueca, mas a Suécia esta plenamente comprometida com este programa até pelo menos 2040. Contrariando uma informação anterior, Jansson contou que a Força Aérea da Suécia tem sim demanda para que seus caças fiquem por mais tempo em voo, assim os tanques maiores do NG na ótica dos suecos não se traduziriam necessariamente em um alcance maior como seria no Brasil. A Força Aérea Sueca pode esperar, por isso eles estão aguardando a formalização de um pedido estrangeiro antes de colocar seus próprios pedidos do novo avião. Mas está claro que o desenvolvimento simultâneo do modelo nacional e daquele para exportação faz todo o sentido. O ritmo de desenvolvimento poderia se acelerado mas na falta de clientes com pressa não existe qualquer razão para esta pressa.
Sobre as lições aprendidas nas operações na costa da Líbia, Lasse Jansson contou que por lá a missão de reconhecimento é uma missão das mais importantes, que os suecos estão realizando muito mais reabastecimentos em voo do que o que estão habituados na Suécia, e que estão aprendendo o que é operar desde bases aéreas estrangeiras.
A empresa Saab, por sua vez, não está de forma alguma envolvida no apoio a esta missão no exterior. Quando dois F-16 se envolveram em acidentes fechando por um dia inteiro a pista da base usada pelos suecos, os Gripens operaram normalmente, decolando da taxiway paralela à pista. A Força Aérea Sueca está aprendendo muito nesta operação e este aprendizado será posteriormente repassado à Saab. De maneira a não desgastar apenas alguns poucos aviões da frota de Gripens os aviões e os tripulantes vem sendo rotacionados de forma contínua entre a Suécia e a base aérea de Sigonella [GE: 37°24'25.71"N 14°54'48.53"L] na Itália.
Perguntado sobre como correram os testes da concorrência MMRCA da Índia, Jansson disse que os testes correram muito bem para a Saab, o Gripen Demo se comportou muito bem nos testes em altitude e também na base aérea com alta temperatura. O Gripen Demo operou no aeródromo de Leh [GE: 34° 8'3.24"N 77°33'5.07"L], a mais de 3000 metros de altitude por dois períodos dentro das três semanas que o avião passou na Índia. Os avaliadores indianos tiram importantes pontos da proposta sueca devido ao seu radar AESA Raven ES-05 que embora "tenha tido um desempenho operacional melhor do que o radar planejado para o Eurofighter em 2015 ainda gerou duvidas por não estar com o financiamento do seu desenvolvimento totalmente garantido.
Por sinal nenhum dos aviões selecionados tem um radar AESA operacional ainda", alfinetou Jansson, completando que até a data da entrevista "o Gripen era o único caça operacional a já ter disparado um míssil Meteor".
Este período do Gripen Demo na Índia não atrapalhou o andamento do programa de testes, inclusive ele foi útil para reforçar diante dos indianos a determinação sueca de oferecer um verdadeiro pacote de transferência de tecnologia (ToT). Durante o andamento desta concorrência a Saab abriu naquele país, exatamente como fez no Brasil, um centro de pesquisa e desenvolvimento.
Voltando ao tema armamento, Jansson contou que a certificação do A-Darter no Gripen C é um tema da Força Aérea sulafricana, inclusive um dos aviões biplaces daquela força aérea foi completamente instrumentado para realizar estes testes adequadamente. No campo de testes de Vidsel, no norte da Suécia [GE: 65°52'34.21"N 20° 8'57.38"L], foi empregado um Gripen D para validar o lançamento das novas Small Diameter Bomb (SDB) pelo caça. Falando sobre o escritório montado no Reino Unido para desenvolver o Sea Gripen o executivo contou que essa atividade deve seguir até o ponto da decisão de "construção" do novo modelo, que deve ocorrer dentro de um prazo de dois anos após seu início.
A linha de produção do Gripen está garantida até meados de 2015 apenas atendendo os pedidos atuais da Suécia, Tailândia e África do Sul. Sobre a conversão de Gripen A/B para Gripen C/D, Lasse explicou que isso se limitou a um lote de 31 C/Ds suecos que foram construídos usando componentes retirados de 31 A/Bs retirados de serviço. Perguntado sobre a procedência das células dos caças vendidos à Tailândia, Lasse Jansson confirmou que estes Gripen C/D eram 100% novos e não apenas células de A/B modernizadas, e que seis deles ja tinham sido entregues ao cliente até a data. Um segundo lote de mais seis aviões foi encomendado e ainda existe uma oportunidade para a encomenda de um terceiro lote para o país asiático.
Como outras perspectivas de vendas futuras, a Gripen identifica o RFI recém-emitido pela Bulgária, um negócio governo-a-governo que já foi respondido pelos suecos. Os suíços resolveram retomar a concorrência, que originalmente visava substituir os seus F-5E/F e agora visa uma solução menos pontual, com os suecos disputando o contrato contra o Rafale e o Eurofighter. Neste país a decisão se vai ser ofertado o NG ou o C/D só será tomada assim que os suíços identifiquem o seu prazo esperado para entrega dos novos aviões.
Além disso, ainda existe demanda clara na Croácia e a Romênia, que acabou não comprando os F-16, como anunciado originalmente na imprensa. Do outro lado da Europa, Holanda e Dinamarca ainda não consolidaram sua opção final pelo F-35.
No mundo dos aviões de alerta antecipado a Saab vendeu três células de Saab 340 com o radar Erieye para os Emirados Árabes Unidos, dois S-100B Argus de segunda mão (ex-Força Aérea Sueca) para a Tailândia mais algumas unidades baseadas no Saab 2000 para um cliente não identificado. Outra janela de oportunidade sendo explorada agora é a conversão destes turboélices em aeronave de patrulha marítima, sendo que não existe risco de se ficar sem células porque o braço de leasing da Saab é o proprietário de mais de 100 células de SF-340/S-2000, muitos deles ainda em serviço comercial pelo mundo.

Base Militar
Espero que, desta vez, paguem o anúncio ao Felipe...

rsrsrsrsrs

O caça foi tão bem na Índia que está entre os finalistas!!!!

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Dom Set 25, 2011 1:04 am
por Luís Henrique
Thor escreveu:
Luís Henrique escreveu:
Thor, desculpe mas esta comparação que vc fez é que parece tendenciosa.

1) acrescentar 1,3T de combustivel externo nas 3 aeronaves só ajuda o Gripen,
Vc deve levar em consideração que se vc pode colocar 1,3T de combustivel externo no Gripen, vc deveria colocar o dobro no SH e no Rafale.


2) Quando vc supõe que o Gripen vai consumir 60 a 70% do que consome os dois bimotores, vc deveria supor valores diferentes para Rafale e SH, já que o SH, em relação ao Rafale, é 50% mais pesado, 30% mais potente e possui envergadura bem maior (arrasto bem maior) .


Ou seja, se o Gripen consome 6 e o SH consome 10, o Rafale vai consumir 8.
Por isto, mesmo levando menos combustível o Rafale possui alcance EQUIVALENTE ao SH.

Pelo mesmo motivo, o Gripen NG possui maior alcance de translado que as duas aeronaves bimotoras.
Mas tem um porém: CARGA BÉLICA.

Quando acrescentamos CARGA BÉLICA no cálculo o alcance do Gripen cai bastante, pois é realmente um caça de outra categoria em termos de tamanho.

Ai é que entram as comparações.

1) curto alcance
tanto Gripen e Rafale são eficientes
Rafale leva 50% mais armas que o Gripen

2) médio alcance
ambos são eficientes
Rafale leva 50% mais armas que o Gripen

3) longo alcance
Rafale é eficiente, Gripen é pouco eficiente pois levará pouco armamento

4) muito longo alcance
Rafale é pouco eficiente pois levará pouco armamento
Gripen não vai.
Luis Henrique, primeiramente o que eu postei por último foi um exemplo bastante hipotético, motivado por uma transcrição da RFA, onde o representante da SAAB disse que o Gripen teve maior alcance que os demais concorrentes em determinada configuração solicitada pela FAB. Aí veio alguém e falou que não consegue imaginar como, por isso imaginei uma situação de uma configuração usual para missões de CAP, onde o fator desempenho pode exigir que se use apenas um tanque ventral, por exemplo. Fazendo as contas bem nas coxas, pode ser que assim o NG bata o Rafale, explicando a assertiva da revista.
Só quem vai saber os resultados dos testes e o que está escrito como requisitos é quem vôou os aviões ou teve acesso ao relatório inicial (sem ser o de bolinhas coloridas).
O pouco que eu sei é o que eu ouvi de pilotos que testaram esses aviões, das manobras e intercâmbios internacionais, de militares estrangeiros que conhecem as máquinas na prática e do que leio aqui no Forum. E mesmo assim não dá para afirmar nada, mesmo porque o pessoal da Rafale diz que é o Rafale, o da Boeing que é o F-18 e o da SAAB que é o Gripen NG.
Abraços
ok.
Abraço.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Dom Set 25, 2011 1:07 am
por Luís Henrique
knigh7 escreveu:
Luís Henrique escreveu:

Thor, desculpe mas esta comparação que vc fez é que parece tendenciosa.

1) acrescentar 1,3T de combustivel externo nas 3 aeronaves só ajuda o Gripen,
Vc deve levar em consideração que se vc pode colocar 1,3T de combustivel externo no Gripen, vc deveria colocar o dobro no SH e no Rafale.


2) Quando vc supõe que o Gripen vai consumir 60 a 70% do que consome os dois bimotores, vc deveria supor valores diferentes para Rafale e SH, já que o SH, em relação ao Rafale, é 50% mais pesado, 30% mais potente e possui envergadura bem maior (arrasto bem maior) .


Ou seja, se o Gripen consome 6 e o SH consome 10, o Rafale vai consumir 8.
Por isto, mesmo levando menos combustível o Rafale possui alcance EQUIVALENTE ao SH.

Pelo mesmo motivo, o Gripen NG possui maior alcance de translado que as duas aeronaves bimotoras.
Mas tem um porém: CARGA BÉLICA.

Quando acrescentamos CARGA BÉLICA no cálculo o alcance do Gripen cai bastante, pois é realmente um caça de outra categoria em termos de tamanho.

Ai é que entram as comparações.

1) curto alcance
tanto Gripen e Rafale são eficientes
Rafale leva 50% mais armas que o Gripen

2) médio alcance
ambos são eficientes
Rafale leva 50% mais armas que o Gripen

3) longo alcance
Rafale é eficiente, Gripen é pouco eficiente pois levará pouco armamento

4) muito longo alcance
Rafale é pouco eficiente pois levará pouco armamento
Gripen não vai.
Luis Henrique,

Com relacão ao longo alcance vc está certo. Mas a curto e médio alcance vc se equivoca. Tem de levar em conta a capacidade de carga de cada pilone bem como o espaco físico. A diferenca de 2,4 Ton. (lembrando que o Rafale pode levar 9,5T e o GripenNG 7,1T) de capacidade de carga do Rafale frente ao GripenNG se esvai nessas condicões, lembrando também que o caca sueco tem um consumo menor de combustível.
É justamente o contrário.
Esqueça a diferença de carga em peso, analise o espaço físico.
São 10,8m de envergadura contra 8,4m.
São 14 pontos duros contra 10.
Diferença de 40%.
Em configuração ar-ar significa 4 mísseis a mais.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Dom Set 25, 2011 5:33 am
por knigh7
Luís Henrique,

Considerando as configuracões existentes: tanto o Rafale quanto o Gripen podem levar bombas ou tanques em 4 pontos subalares. No ventre, o Rafale pode levar 1 tanque 2000L ou um cabide de bombas com até 1.800Kg. No ventre também, o Gripen 2 tanques de 1100L ou 2 Ton de bombas.

Para missões ar-ar: tanto o Rafale quanto o GripenNG levariam até 3 tanques menores, que são tanques supersônicos. O Gripen até 3 tanques de 1.100L cada e o Rafale até 3 tanques de 1.300 L cada. Como o GripenNG, considerando apenas o combustível inteno, tem uma autonomia entre 10 e 20% maior que o Rafale e por ser monoturbina, a diferenca de 600L nos tanques externos é erodida por isso e pela maior autonomia sem tanques do caca sueco. Não se esqueca que o Gripen pode levar os mísseis subalares em cabides duplos.

Indo para as misões ar-solo: até cerca de 750Km, não existe praticamente diferenca. Ambos podem levar no máximo 4 Ton de bombas nessa distância. Precisariam de utilizar o center line para colocar um tanque de 2000L para o Rafale ou 1700L para o GripenNG. O Rafale poderia levar mais mísseis ar-ar nessa configuracão. Entretanto, ambos levariam escoltas, pois nenhuma forca aérea colocaria um caca para combater na arena ar-ar com 6 ton. de cargas.

Após essa distância aí sim comecaria haver diferenca entre eles, aumentando paulatinamente.

Eu já dissë: o problema do GripenNG reside no fato de não haver outras encomendas substanciais.