Re: JAS-39 Gripen
Enviado: Qui Set 22, 2011 9:01 am
O SH é mais beberão, independente do consumo especifico das turbinas.
Thor escreveu:O que é fato é que uma aeronave monomotor consome menos combustível que uma bimotor. Segundo a palestra da Dassault, o Gripen possui 3,3t de combustível interno, contra 4,7t do Rafale e 6,8t do F-18.AlbertoRJ escreveu:No mínimo!
P.S.: Resta saber quais seriam essas configurações exigidas pela FAB, para as quais o Gripen NG teria o maior alcance.
[]'s
Coloque ai uma configuração básica ar-ar, com apenas um tq ventral, que não causa muito arrasto, não afeta carga disponível e mantém capacidade supersônica. Imagine um tq de uns 450 galões, o que deve dar em torno de 1,3t de QAV-1. Imagine que o consumo médio do Gripen nessa missão represente entre 60 a 70% de um bimotor. Basicamente ele teria um alcance maior que o Rafale, nessa configuração, mas dificilmente bateria o F-18.
Particularmente eu acho pouco combustível interno para o bimotor Rafale, sendo apenas 40% maior que o Gripen.
Ou vocês acreditam mesmo naqueles slides da Dassault sobre alcance onde colocam o Rafale com 3 super-mega-hiper tancão, o SH com 3 pequenos e o Gripen com 2 pequenos?
Abraços
Luis Henrique, primeiramente o que eu postei por último foi um exemplo bastante hipotético, motivado por uma transcrição da RFA, onde o representante da SAAB disse que o Gripen teve maior alcance que os demais concorrentes em determinada configuração solicitada pela FAB. Aí veio alguém e falou que não consegue imaginar como, por isso imaginei uma situação de uma configuração usual para missões de CAP, onde o fator desempenho pode exigir que se use apenas um tanque ventral, por exemplo. Fazendo as contas bem nas coxas, pode ser que assim o NG bata o Rafale, explicando a assertiva da revista.Luís Henrique escreveu:
Thor, desculpe mas esta comparação que vc fez é que parece tendenciosa.
1) acrescentar 1,3T de combustivel externo nas 3 aeronaves só ajuda o Gripen,
Vc deve levar em consideração que se vc pode colocar 1,3T de combustivel externo no Gripen, vc deveria colocar o dobro no SH e no Rafale.
2) Quando vc supõe que o Gripen vai consumir 60 a 70% do que consome os dois bimotores, vc deveria supor valores diferentes para Rafale e SH, já que o SH, em relação ao Rafale, é 50% mais pesado, 30% mais potente e possui envergadura bem maior (arrasto bem maior) .
Ou seja, se o Gripen consome 6 e o SH consome 10, o Rafale vai consumir 8.
Por isto, mesmo levando menos combustível o Rafale possui alcance EQUIVALENTE ao SH.
Pelo mesmo motivo, o Gripen NG possui maior alcance de translado que as duas aeronaves bimotoras.
Mas tem um porém: CARGA BÉLICA.
Quando acrescentamos CARGA BÉLICA no cálculo o alcance do Gripen cai bastante, pois é realmente um caça de outra categoria em termos de tamanho.
Ai é que entram as comparações.
1) curto alcance
tanto Gripen e Rafale são eficientes
Rafale leva 50% mais armas que o Gripen
2) médio alcance
ambos são eficientes
Rafale leva 50% mais armas que o Gripen
3) longo alcance
Rafale é eficiente, Gripen é pouco eficiente pois levará pouco armamento
4) muito longo alcance
Rafale é pouco eficiente pois levará pouco armamento
Gripen não vai.
É algo a se PRESSUPOR, mas com que carga? EM TODAS AS SIMULAÇÕES FEITAS PELA NORUEGA O RAIO DE AÇÃO COM ARMAS É SIMILAR AO DO F-16C. Ele só se mostra superior em situação de TRANSLADO. VC combateria em situação de translado?Thor escreveu:Voltando ao tópico do Gripen, essa semana eu li a última RFA e me chamou a atenção a frase do representante da SAAB, a qual não sei se já postaram aqui.
Segundo ele, "... o Gripen NG possui o melhor desempenho operacional entre os concorrentes, tendo o maior alcance nas configurações exigidas pela FAB..."
Achei no mínimo interessante.
Abraços
Thor escreveu:Voltando ao tópico do Gripen, essa semana eu li a última RFA e me chamou a atenção a frase do representante da SAAB, a qual não sei se já postaram aqui.
Segundo ele, "... o Gripen NG possui o melhor desempenho operacional entre os concorrentes, tendo o maior alcance nas configurações exigidas pela FAB..."
Achei no mínimo interessante.
Abraços
Luis Henrique,Luís Henrique escreveu:
Thor, desculpe mas esta comparação que vc fez é que parece tendenciosa.
1) acrescentar 1,3T de combustivel externo nas 3 aeronaves só ajuda o Gripen,
Vc deve levar em consideração que se vc pode colocar 1,3T de combustivel externo no Gripen, vc deveria colocar o dobro no SH e no Rafale.
2) Quando vc supõe que o Gripen vai consumir 60 a 70% do que consome os dois bimotores, vc deveria supor valores diferentes para Rafale e SH, já que o SH, em relação ao Rafale, é 50% mais pesado, 30% mais potente e possui envergadura bem maior (arrasto bem maior) .
Ou seja, se o Gripen consome 6 e o SH consome 10, o Rafale vai consumir 8.
Por isto, mesmo levando menos combustível o Rafale possui alcance EQUIVALENTE ao SH.
Pelo mesmo motivo, o Gripen NG possui maior alcance de translado que as duas aeronaves bimotoras.
Mas tem um porém: CARGA BÉLICA.
Quando acrescentamos CARGA BÉLICA no cálculo o alcance do Gripen cai bastante, pois é realmente um caça de outra categoria em termos de tamanho.
Ai é que entram as comparações.
1) curto alcance
tanto Gripen e Rafale são eficientes
Rafale leva 50% mais armas que o Gripen
2) médio alcance
ambos são eficientes
Rafale leva 50% mais armas que o Gripen
3) longo alcance
Rafale é eficiente, Gripen é pouco eficiente pois levará pouco armamento
4) muito longo alcance
Rafale é pouco eficiente pois levará pouco armamento
Gripen não vai.
Interessante é que nos slides apresentados pela Dassault na CRE, consta raio de acão na configuracão de de ataque com 6 AASM (2040 kg), 3 tanques de 2000L, 4 mísseis,POD como 790NM. Já na revista FOX3 n1 o alcance para 4 GBU 12 (1040Kg), também 3 tanques de 2.000L, também 4 mísseis ar-ar, também POD, o raio de acão é de 800NM.Thor escreveu: Ou vocês acreditam mesmo naqueles slides da Dassault sobre alcance onde colocam o Rafale com 3 super-mega-hiper tancão, o SH com 3 pequenos e o Gripen com 2 pequenos?
Abraços
6 x AASM = 1500 kg,knigh7 escreveu:Interessante é que nos slides apresentados pela Dassault na CRE, consta raio de acão na configuracão de de ataque com 6 AASM (2040 kg), 3 tanques de 2000L, 4 mísseis,POD como 790NM. Já na revista FOX3 n1 o alcance para 4 GBU 12 (1040Kg), também 3 tanques de 2.000L, também 4 mísseis ar-ar, também POD, o raio de acão é de 800NM.Thor escreveu: Ou vocês acreditam mesmo naqueles slides da Dassault sobre alcance onde colocam o Rafale com 3 super-mega-hiper tancão, o SH com 3 pequenos e o Gripen com 2 pequenos?
Abraços
segue o extrato:
configurations cleared during the recent
separation trials featured 4 mid-wing
mounted GBU-12s together with 4 AAMs
(2 Mica and 2 Magic 2 - the wing-tip
Magic are to be replaced by IR-guided
Mica on the production aircraft) and three
2000 l tanks. Combat radius is quoted
at 800 nm unrefuelled
Viu que milagre!!!Colocam 1 tonelada a mais e tem apenas 10 NM a menos de raio de acão!! Ah, esses franceses são demais!
Alberto,AlbertoRJ escreveu:Acho que os caças maiores foram concebidos para seja possível levar mais carga por maiores distâncias ou para que possam ficar mais tempo no ar, fora o que representam os seus próprios sistemas internos em volume e peso.
Temos vários exemplos do tipo F-15C, F-15E, F-18E, SU-35, Tornado, Typhoon, Mig-35, Mig-25, Rafale, F-22 e outros. Não importa aqui a quantidade de motores mas os pesados e médios usam normalmente uma configuração com dois.
O raciocínio está correto?
Agora com base no MTOW dos caças da "short-list" da FAB:
F-18E = 30 toneladas
Rafale = 24,5 toneladas (18% mais leve que o F-18).
Gripen NG = 16,5 toneladas (33% mais leve que o Rafale e quase 50% mais leve que o F-18E).
Acho que isso poderia bastar para chegarmos a uma conclusão sobre o que disse o representante da Saab, mas ainda poderíamos ir além.
O combustível interno da cada caça em relação ao seu peso vazio mais ou menos se equivalem:
F-18E = Peso vazio: 15 t / combustível interno: 6,8 t = 45%.
Rafale = Peso vazio: 10,5 t / combustível interno: 4,7 t (5,700 litros no monoposto, segundo F3N2) = 45%.
Gripen NG = Peso vazio: 7,1 t / combustível interno: 3,3 t = 46,5%
O cálculo é aproximado mas daí chegamos a outro detalhe.
O cálculo do alcance de um avião é complexo e eu realmente não tenho conhecimento para discutir isso com a maior propriedade, mas é possível simplificar porque existem fatores que são mais ou menos de fácil entendimento (ao menos é o que eu acho) e que o influenciam o alcance, como o consumo específico dos motores, altitude (densidade do ar), a área de asa (arrasto), peso e ângulo de ataque, por exemplo.
Então, em uma configuração limpa e apenas com combustível interno, os números acima poderiam indicar que o Super Hornet e o Gripen NG "teriam alcance semelhante", visto que são equipados pelos mesmos motores e, no demais, são proporcionais, sendo o Gripen menor porém "mais econômico". Só que alguns fatores são piores para o Gripen, visto que, proporcionalmente, os indicadores de arrasto são piores para este avião. Por isso o Thor mencionou um consumo de 60% a 70% de um bimotor, pelo que entendi.
Fica um pouco mais complicado comparar o Rafale porque este é equipado com outro motor mas a lógica permanece a mesma e este então se encontria num meio termo entre os dois, com alcance também maior que o Gripen em configuração limpa.
Me corrijam caso não seja assim.
Mas aí é que entra outra questão que é a capacidade de aumentar o alcance com o combustível externo e a carga bélica.
Dos três, o Rafale é que leva a maior carga externa e ainda tem mais pontos para fixação e mais pontos para fixação de tanques externos.
A configuração que foi colocada no slide do Consórcio Rafale é a básica para superioridade área, com três tanques externos de 1.250 litros e seis mísseis. Acredito que a Dassault se baseou em configuração similar real demonstrada dos outros aviões. Se não, estaria inventando para favorecer o Rafale.
Agora, indicar uma configuração idêntica e com apenas um tanque da mesma capacidade, como fez o Thor, só se for para favorecer o Gripen NG e isso sim é ser tendencioso. Proporcionalmente esse avião seria favorecido dessa forma.
Espero que não tenha sido assim que o Gripen NG tenha conquistado "o maior nas configurações exigidas pela FAB" , conforme disse o Bengt Janér.
[]'s
A fração de combustível das 3 células é similar.F-18E = Peso vazio: 15 t / combustível interno: 6,8 t = 45%.
Rafale = Peso vazio: 10,5 t / combustível interno: 4,7 t (5,700 litros no monoposto, segundo F3N2) = 45%.
Gripen NG = Peso vazio: 7,1 t / combustível interno: 3,3 t = 46,5%