Re: Legalização da maconha
Enviado: Sáb Out 29, 2011 11:34 am
Chapa vencedora do DCE da UnB defende parceria da PM com a universidade
Um dos pontos fortes que garantiu a vitória da chapa Aliança pela liberdade para o comando do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília foi a segurança. Com o aumento dos casos de furtos de veículos, de sequestros-relâmpagos e a ocorrência de um estupro neste ano, a comunidade estudantil da Universidade de Brasília optou pelo grupo que defende medidas para garantir mais proteção, inclusive com a entrada da polícia no câmpus. O confronto entre policiais e estudantes na Universidade de São Paulo (USP), ocorrido na noite da última quinta-feira (Leia mais na página 11), confirmou que essa relação ainda é delicada. De um lado, a necessidade de segurança e, do outro, o conflito com alunos infratores.
A proposta da Chapa 8 é intensificar o policiamento dentro do câmpus. A vigilância deve ser feita em conjunto pela Polícia Militar do Distrito Federal e os seguranças da UnB. Atualmente, a PM faz rondas apenas ao redor da universidade e só entra quando é acionada pela instituição, após prévia autorização do reitor. O grupo vitorioso defende a parceria da corporação com a equipe interna. A medida também é sustentada pelo Conselho de Segurança Comunitária, criado em 2009. Eles pedem mais policiais e vigias e não descartam a hipótese de rondas dentro do câmpus. “Somos a favor do policiamento. Defendemos, no entanto, que seja estabelecida uma boa relação com a PM, de forma que ela entenda a comunidade UnB”, explica André Maia, 26 anos, criador da chapa.
O sistema de parceria da UnB com a polícia é diferente do modelo adotado na USP. Desde o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, que morreu baleado numa tentativa de roubo, a instituição fez um convênio com a PM de São Paulo e permitiu amplo acesso da corporação ao câmpus. O convênio dá direito aos policiais de combater crimes como tráfico de drogas e de reprimir invasões ilegais.
No caso da UnB, André Maia acredita que o ponto central da discussão deve ser a proteção dos estudantes e do patrimônio da universidade. “O foco da presença não deve ser coibir festas, reprimir movimento social. Isso é ridículo”, diz. Para ele, se ocorrerem infrações na instituição, elas também devem ser penalizadas. “A UnB não é uma república independente das leis brasileiras e com maconha liberada”, afirma.
Providências
O pensamento da Aliança pela liberdade vai ao encontro do projeto da reitoria para a segurança da UnB. Segundo a decana de Assuntos Comunitários, Carolina Cássia Santos, as providências sugeridas em relação ao policiamento estavam sendo tomadas antes mesmo do resultado das eleições. Ela admite que as ações são demoradas e, por isso, podem não ter sido percebidas pelos estudantes. “Melhoramos a iluminação, instalamos câmeras e estamos fazendo um levantamento da quantidade necessária de vigias”, diz. Carolina explica que, em caso de festas, drogas e abusos por parte de estudantes, a orientação da reitoria é a busca por uma solução por meio do diálogo entre os vigias e os alunos. Caso essa tática não funcione, eles têm autorização para chamar a polícia.
O reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior, também espera melhoria na segurança e está trabalhando para isso. Mas o professor acha precipitada a discussão sobre a presença permanente da PM dentro do câmpus. A UnB ainda guarda na memória oo trauma da truculenta presença de forças de segurança durante o regime militar (veja Para Saber Mais). Ele acredita que a Polícia Militar deve estar ciente das peculiaridades da comunidade universitária. “Quando os alunos protestam nus pelo Minhocão, eles não devem ser presos por atentado ao pudor, eles estão se manifestando. Se estivessem na rua, por exemplo, a polícia poderia prendê-los”, explica.
Reuniões periódicas
O objetivo da criação do conselho é reunir membros de forças policiais, alunos, professores, Detran e representantes da universidade para discutir como as ações de segurança da UnB devem ser conduzidas. As reuniões não têm uma agenda específica, mas ocorrem, geralmente, a cada dois meses. Agora, o órgão aguarda um relatório técnico que fará um diagnóstico da situação atual. O estudo ainda não está pronto, mas vai permitir mapear os pontos críticos e criar soluções para a violência dentro do câmpus.
Histórico
15 de março de 2011
Uma aluna da UnB foi violentada quando retornava da aula. Por volta das 20h50, a jovem de 23 anos saiu da Faculdade de Educação, no Câmpus Darcy Ribeiro, e subiu em direção à L2 Norte, quando foi atacada por um homem. Ela passava por um terreno baldio, na 606 Norte, ao lado de uma escola de inglês, único acesso à via.
19 de julho de 2011
Dois jovens de 18 anos sofreram um sequestro-relâmpago no estacionamento da universidade após as comemorações do resultado do vestibular. Por volta das 23h30, as vítimas deixavam o câmpus quando foram abordadas por dois homens armados. Os rapazes foram obrigados a entrar no carro e seguiram com a dupla até o Km 45 da DF-001, onde foram abandonados.
27 de julho de 2011
Dois computadores do Departamento de Matemática foram roubados por um estudante do curso de engenharia.
Um dos pontos fortes que garantiu a vitória da chapa Aliança pela liberdade para o comando do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília foi a segurança. Com o aumento dos casos de furtos de veículos, de sequestros-relâmpagos e a ocorrência de um estupro neste ano, a comunidade estudantil da Universidade de Brasília optou pelo grupo que defende medidas para garantir mais proteção, inclusive com a entrada da polícia no câmpus. O confronto entre policiais e estudantes na Universidade de São Paulo (USP), ocorrido na noite da última quinta-feira (Leia mais na página 11), confirmou que essa relação ainda é delicada. De um lado, a necessidade de segurança e, do outro, o conflito com alunos infratores.
A proposta da Chapa 8 é intensificar o policiamento dentro do câmpus. A vigilância deve ser feita em conjunto pela Polícia Militar do Distrito Federal e os seguranças da UnB. Atualmente, a PM faz rondas apenas ao redor da universidade e só entra quando é acionada pela instituição, após prévia autorização do reitor. O grupo vitorioso defende a parceria da corporação com a equipe interna. A medida também é sustentada pelo Conselho de Segurança Comunitária, criado em 2009. Eles pedem mais policiais e vigias e não descartam a hipótese de rondas dentro do câmpus. “Somos a favor do policiamento. Defendemos, no entanto, que seja estabelecida uma boa relação com a PM, de forma que ela entenda a comunidade UnB”, explica André Maia, 26 anos, criador da chapa.
O sistema de parceria da UnB com a polícia é diferente do modelo adotado na USP. Desde o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, que morreu baleado numa tentativa de roubo, a instituição fez um convênio com a PM de São Paulo e permitiu amplo acesso da corporação ao câmpus. O convênio dá direito aos policiais de combater crimes como tráfico de drogas e de reprimir invasões ilegais.
No caso da UnB, André Maia acredita que o ponto central da discussão deve ser a proteção dos estudantes e do patrimônio da universidade. “O foco da presença não deve ser coibir festas, reprimir movimento social. Isso é ridículo”, diz. Para ele, se ocorrerem infrações na instituição, elas também devem ser penalizadas. “A UnB não é uma república independente das leis brasileiras e com maconha liberada”, afirma.
Providências
O pensamento da Aliança pela liberdade vai ao encontro do projeto da reitoria para a segurança da UnB. Segundo a decana de Assuntos Comunitários, Carolina Cássia Santos, as providências sugeridas em relação ao policiamento estavam sendo tomadas antes mesmo do resultado das eleições. Ela admite que as ações são demoradas e, por isso, podem não ter sido percebidas pelos estudantes. “Melhoramos a iluminação, instalamos câmeras e estamos fazendo um levantamento da quantidade necessária de vigias”, diz. Carolina explica que, em caso de festas, drogas e abusos por parte de estudantes, a orientação da reitoria é a busca por uma solução por meio do diálogo entre os vigias e os alunos. Caso essa tática não funcione, eles têm autorização para chamar a polícia.
O reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior, também espera melhoria na segurança e está trabalhando para isso. Mas o professor acha precipitada a discussão sobre a presença permanente da PM dentro do câmpus. A UnB ainda guarda na memória oo trauma da truculenta presença de forças de segurança durante o regime militar (veja Para Saber Mais). Ele acredita que a Polícia Militar deve estar ciente das peculiaridades da comunidade universitária. “Quando os alunos protestam nus pelo Minhocão, eles não devem ser presos por atentado ao pudor, eles estão se manifestando. Se estivessem na rua, por exemplo, a polícia poderia prendê-los”, explica.
Reuniões periódicas
O objetivo da criação do conselho é reunir membros de forças policiais, alunos, professores, Detran e representantes da universidade para discutir como as ações de segurança da UnB devem ser conduzidas. As reuniões não têm uma agenda específica, mas ocorrem, geralmente, a cada dois meses. Agora, o órgão aguarda um relatório técnico que fará um diagnóstico da situação atual. O estudo ainda não está pronto, mas vai permitir mapear os pontos críticos e criar soluções para a violência dentro do câmpus.
Histórico
15 de março de 2011
Uma aluna da UnB foi violentada quando retornava da aula. Por volta das 20h50, a jovem de 23 anos saiu da Faculdade de Educação, no Câmpus Darcy Ribeiro, e subiu em direção à L2 Norte, quando foi atacada por um homem. Ela passava por um terreno baldio, na 606 Norte, ao lado de uma escola de inglês, único acesso à via.
19 de julho de 2011
Dois jovens de 18 anos sofreram um sequestro-relâmpago no estacionamento da universidade após as comemorações do resultado do vestibular. Por volta das 23h30, as vítimas deixavam o câmpus quando foram abordadas por dois homens armados. Os rapazes foram obrigados a entrar no carro e seguiram com a dupla até o Km 45 da DF-001, onde foram abandonados.
27 de julho de 2011
Dois computadores do Departamento de Matemática foram roubados por um estudante do curso de engenharia.