Legalização da maconha
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Re: Legalização da maconha
Chapa vencedora do DCE da UnB defende parceria da PM com a universidade
Um dos pontos fortes que garantiu a vitória da chapa Aliança pela liberdade para o comando do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília foi a segurança. Com o aumento dos casos de furtos de veículos, de sequestros-relâmpagos e a ocorrência de um estupro neste ano, a comunidade estudantil da Universidade de Brasília optou pelo grupo que defende medidas para garantir mais proteção, inclusive com a entrada da polícia no câmpus. O confronto entre policiais e estudantes na Universidade de São Paulo (USP), ocorrido na noite da última quinta-feira (Leia mais na página 11), confirmou que essa relação ainda é delicada. De um lado, a necessidade de segurança e, do outro, o conflito com alunos infratores.
A proposta da Chapa 8 é intensificar o policiamento dentro do câmpus. A vigilância deve ser feita em conjunto pela Polícia Militar do Distrito Federal e os seguranças da UnB. Atualmente, a PM faz rondas apenas ao redor da universidade e só entra quando é acionada pela instituição, após prévia autorização do reitor. O grupo vitorioso defende a parceria da corporação com a equipe interna. A medida também é sustentada pelo Conselho de Segurança Comunitária, criado em 2009. Eles pedem mais policiais e vigias e não descartam a hipótese de rondas dentro do câmpus. “Somos a favor do policiamento. Defendemos, no entanto, que seja estabelecida uma boa relação com a PM, de forma que ela entenda a comunidade UnB”, explica André Maia, 26 anos, criador da chapa.
O sistema de parceria da UnB com a polícia é diferente do modelo adotado na USP. Desde o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, que morreu baleado numa tentativa de roubo, a instituição fez um convênio com a PM de São Paulo e permitiu amplo acesso da corporação ao câmpus. O convênio dá direito aos policiais de combater crimes como tráfico de drogas e de reprimir invasões ilegais.
No caso da UnB, André Maia acredita que o ponto central da discussão deve ser a proteção dos estudantes e do patrimônio da universidade. “O foco da presença não deve ser coibir festas, reprimir movimento social. Isso é ridículo”, diz. Para ele, se ocorrerem infrações na instituição, elas também devem ser penalizadas. “A UnB não é uma república independente das leis brasileiras e com maconha liberada”, afirma.
Providências
O pensamento da Aliança pela liberdade vai ao encontro do projeto da reitoria para a segurança da UnB. Segundo a decana de Assuntos Comunitários, Carolina Cássia Santos, as providências sugeridas em relação ao policiamento estavam sendo tomadas antes mesmo do resultado das eleições. Ela admite que as ações são demoradas e, por isso, podem não ter sido percebidas pelos estudantes. “Melhoramos a iluminação, instalamos câmeras e estamos fazendo um levantamento da quantidade necessária de vigias”, diz. Carolina explica que, em caso de festas, drogas e abusos por parte de estudantes, a orientação da reitoria é a busca por uma solução por meio do diálogo entre os vigias e os alunos. Caso essa tática não funcione, eles têm autorização para chamar a polícia.
O reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior, também espera melhoria na segurança e está trabalhando para isso. Mas o professor acha precipitada a discussão sobre a presença permanente da PM dentro do câmpus. A UnB ainda guarda na memória oo trauma da truculenta presença de forças de segurança durante o regime militar (veja Para Saber Mais). Ele acredita que a Polícia Militar deve estar ciente das peculiaridades da comunidade universitária. “Quando os alunos protestam nus pelo Minhocão, eles não devem ser presos por atentado ao pudor, eles estão se manifestando. Se estivessem na rua, por exemplo, a polícia poderia prendê-los”, explica.
Reuniões periódicas
O objetivo da criação do conselho é reunir membros de forças policiais, alunos, professores, Detran e representantes da universidade para discutir como as ações de segurança da UnB devem ser conduzidas. As reuniões não têm uma agenda específica, mas ocorrem, geralmente, a cada dois meses. Agora, o órgão aguarda um relatório técnico que fará um diagnóstico da situação atual. O estudo ainda não está pronto, mas vai permitir mapear os pontos críticos e criar soluções para a violência dentro do câmpus.
Histórico
15 de março de 2011
Uma aluna da UnB foi violentada quando retornava da aula. Por volta das 20h50, a jovem de 23 anos saiu da Faculdade de Educação, no Câmpus Darcy Ribeiro, e subiu em direção à L2 Norte, quando foi atacada por um homem. Ela passava por um terreno baldio, na 606 Norte, ao lado de uma escola de inglês, único acesso à via.
19 de julho de 2011
Dois jovens de 18 anos sofreram um sequestro-relâmpago no estacionamento da universidade após as comemorações do resultado do vestibular. Por volta das 23h30, as vítimas deixavam o câmpus quando foram abordadas por dois homens armados. Os rapazes foram obrigados a entrar no carro e seguiram com a dupla até o Km 45 da DF-001, onde foram abandonados.
27 de julho de 2011
Dois computadores do Departamento de Matemática foram roubados por um estudante do curso de engenharia.
Um dos pontos fortes que garantiu a vitória da chapa Aliança pela liberdade para o comando do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília foi a segurança. Com o aumento dos casos de furtos de veículos, de sequestros-relâmpagos e a ocorrência de um estupro neste ano, a comunidade estudantil da Universidade de Brasília optou pelo grupo que defende medidas para garantir mais proteção, inclusive com a entrada da polícia no câmpus. O confronto entre policiais e estudantes na Universidade de São Paulo (USP), ocorrido na noite da última quinta-feira (Leia mais na página 11), confirmou que essa relação ainda é delicada. De um lado, a necessidade de segurança e, do outro, o conflito com alunos infratores.
A proposta da Chapa 8 é intensificar o policiamento dentro do câmpus. A vigilância deve ser feita em conjunto pela Polícia Militar do Distrito Federal e os seguranças da UnB. Atualmente, a PM faz rondas apenas ao redor da universidade e só entra quando é acionada pela instituição, após prévia autorização do reitor. O grupo vitorioso defende a parceria da corporação com a equipe interna. A medida também é sustentada pelo Conselho de Segurança Comunitária, criado em 2009. Eles pedem mais policiais e vigias e não descartam a hipótese de rondas dentro do câmpus. “Somos a favor do policiamento. Defendemos, no entanto, que seja estabelecida uma boa relação com a PM, de forma que ela entenda a comunidade UnB”, explica André Maia, 26 anos, criador da chapa.
O sistema de parceria da UnB com a polícia é diferente do modelo adotado na USP. Desde o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, que morreu baleado numa tentativa de roubo, a instituição fez um convênio com a PM de São Paulo e permitiu amplo acesso da corporação ao câmpus. O convênio dá direito aos policiais de combater crimes como tráfico de drogas e de reprimir invasões ilegais.
No caso da UnB, André Maia acredita que o ponto central da discussão deve ser a proteção dos estudantes e do patrimônio da universidade. “O foco da presença não deve ser coibir festas, reprimir movimento social. Isso é ridículo”, diz. Para ele, se ocorrerem infrações na instituição, elas também devem ser penalizadas. “A UnB não é uma república independente das leis brasileiras e com maconha liberada”, afirma.
Providências
O pensamento da Aliança pela liberdade vai ao encontro do projeto da reitoria para a segurança da UnB. Segundo a decana de Assuntos Comunitários, Carolina Cássia Santos, as providências sugeridas em relação ao policiamento estavam sendo tomadas antes mesmo do resultado das eleições. Ela admite que as ações são demoradas e, por isso, podem não ter sido percebidas pelos estudantes. “Melhoramos a iluminação, instalamos câmeras e estamos fazendo um levantamento da quantidade necessária de vigias”, diz. Carolina explica que, em caso de festas, drogas e abusos por parte de estudantes, a orientação da reitoria é a busca por uma solução por meio do diálogo entre os vigias e os alunos. Caso essa tática não funcione, eles têm autorização para chamar a polícia.
O reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior, também espera melhoria na segurança e está trabalhando para isso. Mas o professor acha precipitada a discussão sobre a presença permanente da PM dentro do câmpus. A UnB ainda guarda na memória oo trauma da truculenta presença de forças de segurança durante o regime militar (veja Para Saber Mais). Ele acredita que a Polícia Militar deve estar ciente das peculiaridades da comunidade universitária. “Quando os alunos protestam nus pelo Minhocão, eles não devem ser presos por atentado ao pudor, eles estão se manifestando. Se estivessem na rua, por exemplo, a polícia poderia prendê-los”, explica.
Reuniões periódicas
O objetivo da criação do conselho é reunir membros de forças policiais, alunos, professores, Detran e representantes da universidade para discutir como as ações de segurança da UnB devem ser conduzidas. As reuniões não têm uma agenda específica, mas ocorrem, geralmente, a cada dois meses. Agora, o órgão aguarda um relatório técnico que fará um diagnóstico da situação atual. O estudo ainda não está pronto, mas vai permitir mapear os pontos críticos e criar soluções para a violência dentro do câmpus.
Histórico
15 de março de 2011
Uma aluna da UnB foi violentada quando retornava da aula. Por volta das 20h50, a jovem de 23 anos saiu da Faculdade de Educação, no Câmpus Darcy Ribeiro, e subiu em direção à L2 Norte, quando foi atacada por um homem. Ela passava por um terreno baldio, na 606 Norte, ao lado de uma escola de inglês, único acesso à via.
19 de julho de 2011
Dois jovens de 18 anos sofreram um sequestro-relâmpago no estacionamento da universidade após as comemorações do resultado do vestibular. Por volta das 23h30, as vítimas deixavam o câmpus quando foram abordadas por dois homens armados. Os rapazes foram obrigados a entrar no carro e seguiram com a dupla até o Km 45 da DF-001, onde foram abandonados.
27 de julho de 2011
Dois computadores do Departamento de Matemática foram roubados por um estudante do curso de engenharia.
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Re: Legalização da maconha
estudande nao tem que dizer se tem que ter policia ou nao , a USP é um lugar público qualquer um pode estar ali a policia deve estar ali e nao precisa da permissao da faculdade para isso, atitude ridicula de quem quer ou diz querer ser alguem na vida....
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Re: Legalização da maconha
Sáb 05/11/11 - 9h
Crack se espalha pelo Brasil e já é problema de saúde pública para 64% das cidades – revela pesquisa
Pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios revela que o crack se espalhou pelo Brasil e é um dos principais problemas para a maioria dos municípios brasileiros, sobrecarregando os sistemas de saúde. O levantamento ouviu 4.400 das 5.563 prefeituras do país.
Para 63,7% delas, o crack já causa problemas extras para os serviços públicos de saúde. Dos municípios ouvidos, 58,5% informaram que a circulação do crack e de outras drogas também tem provocado problemas preocupantes na segurança, enquanto 44,6% responderam que o serviço de assistência social é outra rede que foi afetada seriamente. "A situação é muito aguda, grave", resumiu o presidente da Confederação de Municípios, Paulo Ziulkoski.
http://montesclaros.com/noticias.asp?codigo=56315
Crack se espalha pelo Brasil e já é problema de saúde pública para 64% das cidades – revela pesquisa
Pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios revela que o crack se espalhou pelo Brasil e é um dos principais problemas para a maioria dos municípios brasileiros, sobrecarregando os sistemas de saúde. O levantamento ouviu 4.400 das 5.563 prefeituras do país.
Para 63,7% delas, o crack já causa problemas extras para os serviços públicos de saúde. Dos municípios ouvidos, 58,5% informaram que a circulação do crack e de outras drogas também tem provocado problemas preocupantes na segurança, enquanto 44,6% responderam que o serviço de assistência social é outra rede que foi afetada seriamente. "A situação é muito aguda, grave", resumiu o presidente da Confederação de Municípios, Paulo Ziulkoski.
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Re: Legalização da maconha
A universidade (onde até os anos 80 a PM e o Exército entraram com o intuito único de barbarizar e fazer valer o status quo do regime militar) se considera desde a redemocratização como um nascedouro de democracia. A universidade pública pretende ser para a democracia o que os quartéis eram para a ditadura. Por isso foi instaurado que a PM não entraria mais em seu interior, a não ser quando chamada.PQD escreveu:estudande nao tem que dizer se tem que ter policia ou nao , a USP é um lugar público qualquer um pode estar ali a policia deve estar ali e nao precisa da permissao da faculdade para isso, atitude ridicula de quem quer ou diz querer ser alguem na vida....
Na verdade, apesar da tragédia envolvendo o estudante de economia, os índices de crimes (roubos, furtos, assaltos, etc) vieram diminuindo desde a década de 90. Difícil para muitos, mas o caso não serve de retrato para o que vem ocorrendo, apesar de muitas coisas poderem ser melhoradas em termos de segurança, como iluminação adequada, câmeras, ampliação da patrulha, etc.
Quem é de lá de dentro (o Bolovo pode contar melhor) diz que a PM, desde que entrou, vem se concentrando prioritariamente na frente dos institutos de ciências humanas, historicamente sensível a ações de forças coercitivas, em clara atitude provocativa, enquanto que avenidas escuras e visivelmente mais inseguras ficavam sem policiamento.
Hoje, uma parcela maior do campus é a favor da atuação da PM dentro da universidade, por mais que isso não tenha sido devidamente debatido, com antecedência, claridade e transparência, em roda a sua comunidade.
Porém, amanhã, semana que vem, na próxima década, sabe-se lá Deus, quando a estrutura de poder da USP (amarrada ao voto indicativo do governador do estado) tomar alguma determinação que esteja em desacordo com o resto da comunidade universitária e esta tentar fazer valer a sua voz, a reitoria (em consonância com possíveis governadores) terá a disposição o uso da força policial para impor a sua vontade/ interesse. Este é o precedente perigoso em o reitor, na figura do governador, ter polícia a seu dispor quando quiser colocar a sua vontade, estando a maioria a favor ou não.
Gosto sempre de citar esta poesia:
"Primeiro, os nazistas vieram atrás dos comunistas.
E eu não protestei, porque não era comunista.
Depois, eles vieram pelos socialistas
e eu não disse nada, porque não era socialista.
Mais tarde, eles vieram atrás dos líderes sindicais.
E eu calei, porque não era líder sindical.
Então, foi a vez dos judeus.
E eu permaneci em silêncio porque não era judeu.
Finalmente, vieram me buscar.
E já não havia ninguém para protestar"
Gravíssimo um futuro desses para um lugar que se considera fonte e nascedouro de democracia. Se a universidade não poder mais contar com isso, então todo o resto do que foi conquistado estará em perigo, diante de um precedente aparentemente 'bobo'.
abraços]
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Re: Legalização da maconha
O Brasileiro está certo, mas eu queria saber o real motivo do protesto deles, se o Bolovo pude-se ajudar.
Está muito estranho isso, incrivel como não houve sequer uma entrevista com os estudantes, essa historia está mal contada. Os estudantes não seriam idiotas de fazer o que fizeram apenas pela prisão dos usuarios.
tem coisa ai que não estão colocando na midia!
Está muito estranho isso, incrivel como não houve sequer uma entrevista com os estudantes, essa historia está mal contada. Os estudantes não seriam idiotas de fazer o que fizeram apenas pela prisão dos usuarios.
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Re: Legalização da maconha
Pelo que me pareceu e tenho lido até agora
os estudantes da USP querem que a policia saia, para que eles possam usar drogas livremente e democraticamente claro...
Pelo menos o que eu vi e li até agora da a entender isso.
Me corrijam se eu estiver errado.
os estudantes da USP querem que a policia saia, para que eles possam usar drogas livremente e democraticamente claro...
Pelo menos o que eu vi e li até agora da a entender isso.
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Re: Legalização da maconha
Eu acho que há lutas bem mais importantes que os estudantes deveriam se engajar do que lutar para fumar maconha tranquilamente.
Eu acho que lutar para impedir a polícia de patrulhar um campus gigante e aberto é totalmente errado. Primeiro seria absurdo a sociedade acadêmica ficar a mercê da bandidagem que assumiria o local sem policiamento. Segundo, se se dizem tão democráticos, poderiam começar respeitando o estado democrático de direito, as decisões judiciais e o trabalho da polícia. Isso significa aceitarem tudo? Não. Havendo abusos tem todo direito de reclamar. Mas, e quando os abusos são feitos por eles? Tem que se conscientizar que ainda é proibido usar drogas. Não vão ficar presos, mas haverá o tco e o comparecimento perante um juiz. Nem pode haver o desacato, assim como não pode haver o abuso e a truculência policial. Lembrar que a universidade é de todos, de modo que uma parcela derrotada em números e na lei, não pode se voltar contra maioria e contra o estado democrático de direito. Como gostaria de ver estes dias todos de ocupação serem feitos em trabalhos filantrópicos, comunitários, pesquisas, estudos etc.
Eu acho que lutar para impedir a polícia de patrulhar um campus gigante e aberto é totalmente errado. Primeiro seria absurdo a sociedade acadêmica ficar a mercê da bandidagem que assumiria o local sem policiamento. Segundo, se se dizem tão democráticos, poderiam começar respeitando o estado democrático de direito, as decisões judiciais e o trabalho da polícia. Isso significa aceitarem tudo? Não. Havendo abusos tem todo direito de reclamar. Mas, e quando os abusos são feitos por eles? Tem que se conscientizar que ainda é proibido usar drogas. Não vão ficar presos, mas haverá o tco e o comparecimento perante um juiz. Nem pode haver o desacato, assim como não pode haver o abuso e a truculência policial. Lembrar que a universidade é de todos, de modo que uma parcela derrotada em números e na lei, não pode se voltar contra maioria e contra o estado democrático de direito. Como gostaria de ver estes dias todos de ocupação serem feitos em trabalhos filantrópicos, comunitários, pesquisas, estudos etc.
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Re: Legalização da maconha
Uma parte da imprensa precisa desesperadamente passar essa impressão.Jolly Roger escreveu:Pelo que me pareceu e tenho lido até agora
os estudantes da USP querem que a policia saia, para que eles possam usar drogas livremente e democraticamente claro...
Pelo menos o que eu vi e li até agora da a entender isso.
Me corrijam se eu estiver errado.
Porém há muito mais coisas. Não foi por isso que anos atrás a comunidade uspiana (estudantes, professores e funcionários) concordaram com a não entrada da PM no campus.
Por mais que a maioria dos estudantes queiram a presença da polícia, isto não pode acontecer por uma decisão pessoal. Isso é muito grave.
Na verdade, há muita coisa na nossa sociedade: A maioria é a favor da pena de morte, uma parcela (embora menor) cada vez maior é favorável à legalização da maconha, muita gente também é a favor de se desmontar as FA's e construir creches e restaurantes populares, demolir a câmara dos deputados e colocar um hospital no lugar, fazer revista íntima em alunos da rede pública na entrada para evitar um novo massacre... É só sair na rua e perguntar.
Mas isso não diz nada. Seria de um equívoco imenso se um presidente da república, diante de uma opinião pública dessas, tivesse o poder de transformar isso em decreto da noite para o dia. Isso ainda não é democracia, o que para mim tem mais valor.
Um questionamento bom para se fazer num momento desses é: 'Desconfie de tudo o que lhe parecer óbvio à primeira vista'
abraços]
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Re: Legalização da maconha
misturar educacão com politizacão só pode dar merda, no Brasil tem muita coisa de aspecto disforme e deformado( pra nao dizer intencões perversas) inclusive no uso do conceito de democracia/democratico, essa palavra está tão banalizada e sem sentido... nunca se usou tão em vão e com más intencões a palavra democracia no Brasil como agora.
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Re: Legalização da maconha
Estudo na Usp, na FEA, e a minha irmã faz FFLCH, eis o que ocorre:
Numa quinta feira, a polícia abordou 3 estudantes no estacionamento da FFLCH, por denuncia de uso de drogas. Parte da FFLCH que é contra a PM, a favor da liberalização das drogas e sei lá mais o que, se revoltou com a detenção dos estudantes. Não queriam que fossem levados à delegacia para somente assinar o termo circunstanciado. Os 3 foram levados para dentro de um prédio com professores da unidade para discutir o que fazer. Os policiais que entraram foram fazer a segurança do grupo. Enfim foram levados por carros de professores para a delegacia e foram liberados em seguida.
Após, os estudantes invadiram e ocuparam a Administração da FFLCH. Há relatos de furtos de celulares que estavam no achados e perdidos.
No dia seguinte, fizeram uma passeata contra a PM no campus, pela universidade. Foram à FEA e pixaram a entrada.
Fizeram uma assembléia na terça para discutir se continuavam a ocupação. Foi decidido pela maioria que iriam sair. Quando ela se dissolveu e o pessoal foi embora, a ala radical (sustentada pelo Partido da Causa Operária, Movimento Negação da Negação e a Liga Estratégica Revolucionária-Quarta Internacional) fizeram uma assembléia só com eles e decidiram invadir a Reitoria da Usp. Reivindicam a saída total da PM do campus e fim dos processos administrativos contra estudantes, funcionários e professores.
O discurso deles é a favor da autonomia universitária, que segundo eles é impossível com a PM lá.
Minhas impressões: Eleições do Diretório Central dos Estudantes tá chegando. Querem aparecer. A tal autonomia é para esses vagabundos fumarem maconha, que ainda é ilegal. Tentaram proteger criminosos. Daqui a pouco tão passando a mão em cabeça de bandido. Sou a favor da PM no campus, assim como a maioria da FEA, FFLCH, POLI, enfim da Usp. Não quero morrer voltando da minha aula do noturno só pra metido a intelectual poder puxar um fumo. São rebeldes sem causa, muitos desses da invasão nem estudantes são. São só do contra. Eles mesmo não se entendem e discutem entre eles. Na assembléia que fizeram, o grupo que invadiu só fazia baderna, não deixavam ninguém falar. Tá na hora de enxotá-los de lá!
Numa quinta feira, a polícia abordou 3 estudantes no estacionamento da FFLCH, por denuncia de uso de drogas. Parte da FFLCH que é contra a PM, a favor da liberalização das drogas e sei lá mais o que, se revoltou com a detenção dos estudantes. Não queriam que fossem levados à delegacia para somente assinar o termo circunstanciado. Os 3 foram levados para dentro de um prédio com professores da unidade para discutir o que fazer. Os policiais que entraram foram fazer a segurança do grupo. Enfim foram levados por carros de professores para a delegacia e foram liberados em seguida.
Após, os estudantes invadiram e ocuparam a Administração da FFLCH. Há relatos de furtos de celulares que estavam no achados e perdidos.
No dia seguinte, fizeram uma passeata contra a PM no campus, pela universidade. Foram à FEA e pixaram a entrada.
Fizeram uma assembléia na terça para discutir se continuavam a ocupação. Foi decidido pela maioria que iriam sair. Quando ela se dissolveu e o pessoal foi embora, a ala radical (sustentada pelo Partido da Causa Operária, Movimento Negação da Negação e a Liga Estratégica Revolucionária-Quarta Internacional) fizeram uma assembléia só com eles e decidiram invadir a Reitoria da Usp. Reivindicam a saída total da PM do campus e fim dos processos administrativos contra estudantes, funcionários e professores.
O discurso deles é a favor da autonomia universitária, que segundo eles é impossível com a PM lá.
Minhas impressões: Eleições do Diretório Central dos Estudantes tá chegando. Querem aparecer. A tal autonomia é para esses vagabundos fumarem maconha, que ainda é ilegal. Tentaram proteger criminosos. Daqui a pouco tão passando a mão em cabeça de bandido. Sou a favor da PM no campus, assim como a maioria da FEA, FFLCH, POLI, enfim da Usp. Não quero morrer voltando da minha aula do noturno só pra metido a intelectual poder puxar um fumo. São rebeldes sem causa, muitos desses da invasão nem estudantes são. São só do contra. Eles mesmo não se entendem e discutem entre eles. Na assembléia que fizeram, o grupo que invadiu só fazia baderna, não deixavam ninguém falar. Tá na hora de enxotá-los de lá!
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Re: Legalização da maconha
Amigo, daqui alguns anos, chegará à mesa a idéia da privatização da USP, da educação, da pesquisa e tudo mais. E nem precisa ser privatização, pode ser qualquer outra decisão. Podem não ser estas, mas outras idéias malucas.
Vai chegar o dia em que haverá motivo muito para se fazer ocupação como única forma de ser ouvido, e dessa vez será do interesse não de 'um bando de maconheiros', mas digamos, de uma parcela grande da comunidade uspiana.
Quando esse dia chegar, já haverá um batalhão do Choque dentro do campus, bastando um estalar de dedos do reitor (escolhido pelo governador) para descer o cacete e mandar todo mundo ficar quietinho.
Porque lá fora, (e até mesmo aquid entro) cara. O povão tá 'cagando e andando' para futuro do país, debate, democracia e todas essas 'baboseiras'.
A minha dúvida em relação a tudo isso não é sobre o que a PM vai caçar dentro do campus, mas de que tipo de futuro isso é precedente. Não estou preocupado se isso é política anti-drogas, etc. O que me preocupa é haver dentro da universidade uma figura 'imagem e semelhança' do poder político, ter à disposição o uso da força policial.
São essas duas expressões que me deixam desconfiado: "TER À DISPOSIÇÃO" e "FORÇA". Pioram tudo quando se junta a "PODER POLÍTICO".
Vai chegar um dia em que essas três vertentes se casarão, entrarão em ressonância, o interesse será mútuo. E será o fim.
abraços]
Vai chegar o dia em que haverá motivo muito para se fazer ocupação como única forma de ser ouvido, e dessa vez será do interesse não de 'um bando de maconheiros', mas digamos, de uma parcela grande da comunidade uspiana.
Quando esse dia chegar, já haverá um batalhão do Choque dentro do campus, bastando um estalar de dedos do reitor (escolhido pelo governador) para descer o cacete e mandar todo mundo ficar quietinho.
Porque lá fora, (e até mesmo aquid entro) cara. O povão tá 'cagando e andando' para futuro do país, debate, democracia e todas essas 'baboseiras'.
A minha dúvida em relação a tudo isso não é sobre o que a PM vai caçar dentro do campus, mas de que tipo de futuro isso é precedente. Não estou preocupado se isso é política anti-drogas, etc. O que me preocupa é haver dentro da universidade uma figura 'imagem e semelhança' do poder político, ter à disposição o uso da força policial.
São essas duas expressões que me deixam desconfiado: "TER À DISPOSIÇÃO" e "FORÇA". Pioram tudo quando se junta a "PODER POLÍTICO".
Vai chegar um dia em que essas três vertentes se casarão, entrarão em ressonância, o interesse será mútuo. E será o fim.
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Re: Legalização da maconha
Se não tiver a polícia agora, se chegar esse dia que você fala, não vai sobrar mais ninguém lá! Porque tem PM na cidade inteira e lá não pode ter?
Isso é síndrome da perseguição, acham que vão entrar na sala de aula de prender todo mundo por discutir Marx. Se não fizeram isso na ditadura, agora é que não vão fazer.
Acha que o Governo de SP não tem o seu ego inflado quando a Usp aparece como melhor faculdade na América Latina? E com a Unicamp logo atrás? Na frente de todas as federais? Acha que vão querer mudar o modelo de agora? Vão fazer até campus em Santos, focado no pré sal...
Isso é síndrome da perseguição, acham que vão entrar na sala de aula de prender todo mundo por discutir Marx. Se não fizeram isso na ditadura, agora é que não vão fazer.
Acha que o Governo de SP não tem o seu ego inflado quando a Usp aparece como melhor faculdade na América Latina? E com a Unicamp logo atrás? Na frente de todas as federais? Acha que vão querer mudar o modelo de agora? Vão fazer até campus em Santos, focado no pré sal...
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Re: Legalização da maconha
Eu escrevi lá que não estava falando SÓ de privatização.traquinas escreveu:Se não tiver a polícia agora, se chegar esse dia que você fala, não vai sobrar mais ninguém lá! Porque tem PM na cidade inteira e lá não pode ter?
Isso é síndrome da perseguição, acham que vão entrar na sala de aula de prender todo mundo por discutir Marx. Se não fizeram isso na ditadura, agora é que não vão fazer.
Acha que o Governo de SP não tem o seu ego inflado quando a Usp aparece como melhor faculdade na América Latina? E com a Unicamp logo atrás? Na frente de todas as federais? Acha que vão querer mudar o modelo de agora? Vão fazer até campus em Santos, focado no pré sal...
Nosso reitor, na forma como é escolhido, é fantoche do governador. Quando se fala em 'perigo do fim da autonomia universitária', quer dizer que o reitor (na figura do governador) vai ter o poder de fazer da nossa querida universidade o que bem entender (já que o conselho universitário não é participativo nem mesmo entre os professores, procure saber disso) e quando alguém quisar abrir a boca, ele terá a PM em suas mãos para fazer valer seus interesses. Estou falando sobre futuro!
Procure saber a história do CRUSP (http://www.crusp68.org.br/abertura.php) para ter só um poquinho de idéia sobre qual era o trabalho da PM dentro do campus.
E como assim sem a PM não haverá mais estudantes na USP? Procure no Jornal do Campus, que há uma reportagem explicando que os índices de crimes lá dentro na verdade vêm diminuindo desde a década de noventa.
Tudo bem, você é a favor da polícia no campus. Mas eu quero saber se te perguntaram se você era a favor, se houve tempo para que a secretaria acadêmica do seu curso e dos outros debatessem JUNTO com a direção da universidade que medidas tomar, a curto, médio e longo prazo. Ou se simplesmente eles lá de cima assinaram um papel que você nem tem muita idéia sobre o que estava escrito. Ou então democracia é isso mesmo: uma mera questão de ser contra ou a favor?
Se você, como estudante e interessado na sua universidade, não foi ouvido desta vez, também não será ouvido nas outras questões que estão por vir. Seja você contra ou a favor. E aí já não terá mais jeito ser contra ou a favor mesmo, já que tudo será decidido na base da porrada.
abraços]
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amor fati
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Re: Legalização da maconha
Só nesse ano foram 3 sequestros relâmpagos e uma morte no estacionamento. Isso na FEA, nas outras unidades também há relatos de sequestros e roubos. Tirando a recente onda de estupros. Diminuiu sem a PM aonde? Com ela, já caiu em 90% a criminalidade.
Assinar o convênio com a PM foi depois do latrocínio ocorrido.O Centro Acadêmico Feano promoveu uma série de debates, com participação de alunos de grande parte da Usp. A maioria queria a polícia. Fizemos uma passeata até a reitoria e entregamos um documento pedindo mais segurança quer seja com a PM ou não. Fizeram um plebiscito na Poli. 80% a favor da PM. Tem até uma "pesquisa" no Facebook, ganhando por 60%, aonde as pessoas que conheço, que estudam na Usp, também são a favor. Só 3 são contra.
Ps:o site passado é sobre 1968. Época bem diferente...
Assinar o convênio com a PM foi depois do latrocínio ocorrido.O Centro Acadêmico Feano promoveu uma série de debates, com participação de alunos de grande parte da Usp. A maioria queria a polícia. Fizemos uma passeata até a reitoria e entregamos um documento pedindo mais segurança quer seja com a PM ou não. Fizeram um plebiscito na Poli. 80% a favor da PM. Tem até uma "pesquisa" no Facebook, ganhando por 60%, aonde as pessoas que conheço, que estudam na Usp, também são a favor. Só 3 são contra.
Ps:o site passado é sobre 1968. Época bem diferente...
O inferno é gelado e o diabo se chama catarina!!!
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Re: Legalização da maconha
Até aí tudo bem. Foi mais ou menos isso o que aconteceu, porque eu tava em toda essa parte. Esse dia a PM estava procurando alguma coisa, ficaram a tarde todo rodando lá pela FFLCH, revistaram pessoal dentro da faculdade, na saída na biblioteca e tal. Abordaram até a mim, que nada tinha a ver com isso. E isso é chato, intimida vc estar na sua faculdade e chega um policial as três da tarde mandando vc abrir a mochila.traquinas escreveu:Estudo na Usp, na FEA, e a minha irmã faz FFLCH, eis o que ocorre:
Numa quinta feira, a polícia abordou 3 estudantes no estacionamento da FFLCH, por denuncia de uso de drogas. Parte da FFLCH que é contra a PM, a favor da liberalização das drogas e sei lá mais o que, se revoltou com a detenção dos estudantes. Não queriam que fossem levados à delegacia para somente assinar o termo circunstanciado. Os 3 foram levados para dentro de um prédio com professores da unidade para discutir o que fazer. Os policiais que entraram foram fazer a segurança do grupo. Enfim foram levados por carros de professores para a delegacia e foram liberados em seguida.
Após, os estudantes invadiram e ocuparam a Administração da FFLCH. Há relatos de furtos de celulares que estavam no achados e perdidos.
No dia seguinte, fizeram uma passeata contra a PM no campus, pela universidade. Foram à FEA e pixaram a entrada.
Fizeram uma assembléia na terça para discutir se continuavam a ocupação. Foi decidido pela maioria que iriam sair. Quando ela se dissolveu e o pessoal foi embora, a ala radical (sustentada pelo Partido da Causa Operária, Movimento Negação da Negação e a Liga Estratégica Revolucionária-Quarta Internacional) fizeram uma assembléia só com eles e decidiram invadir a Reitoria da Usp. Reivindicam a saída total da PM do campus e fim dos processos administrativos contra estudantes, funcionários e professores.
O discurso deles é a favor da autonomia universitária, que segundo eles é impossível com a PM lá.
Quanto o lance desse furto de celulares, ainda não se sabe, o que tem é uma carta da Sandra Nitrini, diretora da FFLCH, falando que o prédio tá inteiro, tudo certo e tal e que não vai fazer nada contra os alunos que ocuparam o prédio. O que eu ouvi falar é que comeram uns panetones que estavam lá que eram de uma funcionária, mas parece que os alunos vão pagar, como sempre. Ocupar reitoria, prédio e o diabo o pessoal daqui já manja, a primeira coisa que faz é tirar uma foto do local quando chega e outra quando sai, pra provar que não mecheram em nada. Dá processo administrativo, capaz de expulsar da faculdade, como foi em 2007 e 2009.
Tua opinião. Mas não é tão simples assim. Ninguém invade coisa nenhuma porque quer fumar maconha. O povo daqui não é tão tonto e simplista.traquinas escreveu:Minhas impressões: Eleições do Diretório Central dos Estudantes tá chegando. Querem aparecer. A tal autonomia é para esses vagabundos fumarem maconha, que ainda é ilegal. Tentaram proteger criminosos. Daqui a pouco tão passando a mão em cabeça de bandido. Sou a favor da PM no campus, assim como a maioria da FEA, FFLCH, POLI, enfim da Usp. Não quero morrer voltando da minha aula do noturno só pra metido a intelectual poder puxar um fumo. São rebeldes sem causa, muitos desses da invasão nem estudantes são. São só do contra. Eles mesmo não se entendem e discutem entre eles. Na assembléia que fizeram, o grupo que invadiu só fazia baderna, não deixavam ninguém falar. Tá na hora de enxotá-los de lá!
O que ocorre é como enfiaram a PM dentro do campus. A USP é um espaço publico, a PM pode circular lá dentro, como sempre foi. O que tem agora é esse tal de convênio, que é um paliativo, porque na prática não vai resolver porra nenhuma. Os Portões 1, 2 e 3 e as entradas (a do HU, da Vila Indiana, a Faixa de Gaza e tal) continuam perigosos. Dias atrás teve uma garota que perdeu o olho porque levou um tiro quando saia do P2.traquinas escreveu:Só nesse ano foram 3 sequestros relâmpagos e uma morte no estacionamento. Isso na FEA, nas outras unidades também há relatos de sequestros e roubos. Tirando a recente onda de estupros. Diminuiu sem a PM aonde? Com ela, já caiu em 90% a criminalidade.
Mas isso é obvio, qualquer um é a favor de segurança. Só que na minha opinião não vai ser colocando a PM no campus que vai resolver isso. Segurança não é só PM. Do mesmo fato que eu acho boçal uma assembléia com 1000 pessoas da FFLCH decidir se vão ocupar ou não o prédio da reitoria, o mesmo foi feito quando a PM no campus. A FEA fez debates? Otimo, mas ninguem daqui ficou sabendo. Não consultaram o todo da comunidade uspiana. A estrutura do negócio é toda errada, o reitor faz o que quer e fica assim. Isso é discutir a tal da autonomia universitária.traquinas escreveu:Assinar o convênio com a PM foi depois do latrocínio ocorrido.O Centro Acadêmico Feano promoveu uma série de debates, com participação de alunos de grande parte da Usp. A maioria queria a polícia. Fizemos uma passeata até a reitoria e entregamos um documento pedindo mais segurança quer seja com a PM ou não. Fizeram um plebiscito na Poli. 80% a favor da PM. Tem até uma "pesquisa" no Facebook, ganhando por 60%, aonde as pessoas que conheço, que estudam na Usp, também são a favor. Só 3 são contra.
De fato os crimes diminuaram, é obvio, afinal tinha nada e agora tem alguma coisa. O Rodas pega um jornal e lê que os crimes diminuiram 80% e cacetada, fuma um charuto e diz "hahaha resolvido o problema!". Enquanto isso falta iluminação, cameras, maior frequencia nos circulares, uma guarda universitária decente e não o faz de conta que temos hj. Alias, ninguém fala disso, a USP tem um orçamento de quase 4bi de reais, cade o investimento em segurança, o que tão fazendo com essa grana? É mais fácil, prático e visivel colocar a PM. É esse tipo de coisa que se questiona, e não se vai poder ou não fumar maconha.
A propria construção do campus já é completamente boçal, uma unidade um zilharão de metros uma da outra, com vários espaços vazios e escuros. É obvio que é perigoso. O plano piloto tinha nada disso. Se vc entrar no Google Maps e olhar o prédio da História/Geografia e o da FAU, vão ver que são alinhados, e isso não é a toa. A idéia era ter um bolsão da humanas, podendo circular entre os prédios e assim promover o debate, mas daí construíram o anexo, o prédio da letras e sociais (que eram pra ser temporarios) e tal. O mesmo pra biologicas e exatas. Pra eu sair da Geografia e chegar na FAU eu demoro vinte minutos fazendo um caminho ridiculo de sinuoso. A USP foi feita pra quem tem carro, quem não tem ou anda meia hora pra chegar na unidade do lado ou espera mais pra pegar um circular, como é o meu caso. Não é a toa que tem crime, construiram o lugar pra isso.
Agora uma opinião minha. Tá todo mundo fazendo muito barulho por pouca coisa. Na mídia é basicamente isso "uspianos maconheiros querem fumar suas drogas ao ar livre!!!". Não é isso, isso foi um estopim. Eu nem estudava aqui e já escutava esse papo de fora PM. A Universidade é um lugar que tem que ter o debate livre, isso é, de movimentos que se expressam através de atos políticos, tipo essas ocupações malucas. É um lugar onde se experimenta coisas que "lá fora" não poderiam ser assim. Essa idéia é dos anos 70, por isso se tem uma guarda universitária e tal. Um exemplo onde tbm é assim é a Universidade de Coimbra em Portugal.
Quanto os três caras que foram pegos. Bem, estavam errados, pangaram forte e foram pegos. Azar, assinaram o TCO lá e tá tudo certo. Até joguei bola com eles hj no CEPE. Mas só aviso uma coisa pra vcs, com PM ou sem, o pessoal vai continuar fumando maconha e tal. A USP e qualquer outra faculdade é um mar de drogas. Não só a FFLCH, eu diria que aqui é esteotipado demais, fala principalmente onde tem mais grana, como a Poli e a Medicina. É só ler nos jornais. Tem um CA da engenharia que tem um orçamento de 200 mil. Porra, 200 mil. E isso porque é proibido a venda de bebida alcoolica dentro da USP, pois é um espaço publico, mas é muito mais fácil comprar uma lata de cerveja do que uma caneta por aqui hj. E as maoires festas da USP são exatamente do pessoal da exatas. Se rolar uma lei seca na entrada e saída dessas festas, não sobra um. Mas o problema da USP hj são os maconheiros da FFLCH. Pra mim é hipocrisia falar mal de um e nada do outro.
E está rolando uma baita de uma discriminização de quem estuda na FFLCH na mídia, alias, dentro da própria USP. Agora é tudo maconheiro, vagabundo, bancados pelos pais, seus cursos são inuteis e deveriam fechar aquilo lá. Deveriam ler mais, pois segundo a TopUniversities.com, a USP tem nove cursos entre os melhores do mundo, sendo que seis deles estão na maconhada e inutil FFLCH. Sem contar que maioria absoluta é estagiário ou dá aula em rede publica e não bancados pelos pais, como gostam de dizer por aí. E vão ser os maconhados da FFLCH que vão dar aula de portugues, história, geografia e sociologia pros filhos desse pessoal. É, somos inuteis ao mundo.
Enfim, acho bizarro o que está acontecendo. Um baita problema por causa de umas 20g de maconha. Ouvi falar que o delegado que veio até aqui pra levar os três pra assinar o TCO até deu risada e deu um esporrinho nos dois PM da ROCAM que flaglaram eles. Tudo isso por causa de algo que é tão importante quanto hortelã. Como o tópico é sobre isso mesmo, casos como esse e vários outros me indicam que a discriminalização e a posterior legalização da maconha está muito próximo. Diria que até o final da decada essa questão já tá resolvida.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)