Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1126 Mensagem por Penguin » Seg Set 28, 2009 10:01 pm

FSP, 28/09

ENTREVISTA

JULIA SWEIG

Honduras expõe tensão recente entre governos de Brasil e EUA
Para especialista, diplomacia brasileira pode ter "atenção mais positiva" da Casa Branca com tom mais firme sobre o Irã

O "SURPREENDENTE" protagonismo que o Brasil adquiriu na crise em Honduras, em contraste com a posição vacilante dos EUA, expõe a tensão recente entre os dois países, depois de um início que parecia promissor após a posse de Barack Obama, em janeiro. O Brasil vê sua expectativa de ser a ponte para uma relação renovada entre a Casa Branca e a região frustrada pelo novo governo, "incrivelmente vulnerável" à oposição conservadora no Congresso e até agora sem porta-voz para a política hemisférica. Mas é possível que os EUA esperem posição mais firme do Brasil numa questão que consideram vital, o programa nuclear do Irã.

CLAUDIA ANTUNES
DA SUCURSAL DO RIO

Este é, em resumo, o diagnóstico feito por Julia Sweig, diretora para a América Latina do Council on Foreign Relations, que reúne parte da elite dos estudiosos da política externa americana. Sweig conversou com a Folha por telefone e e-mail no fim de semana. Abaixo, trechos da entrevista.


FOLHA - A Casa Branca parecia satisfeita com a situação que havia antes da volta do presidente deposto Manual Zelaya a Honduras, de esperar para ver o que fazer depois das eleições lá. Qual a sua opinião?
SWEIG - Não sei. Se você pensar que a estratégia do Departamento de Estado e da Casa Branca sempre foi se mover vagarosamente, até que houvesse eleições que eles pudessem descrever como legítimas, pode-se dizer que estavam satisfeitos. Mas na semana retrasada veio o anúncio de que eles [do governo americano] finalmente imporiam sanções adicionais [ao governo golpista]. Portanto, ainda havia dúvidas sobre se as eleições poderiam ser reconhecidas. E agora a ONU anunciou que vai retirar sua assistência eleitoral. Acho, francamente, que ninguém sabe o que fazer.

FOLHA - Por que os EUA se moveram tão devagar?
SWEIG - O fator importante é que este governo, pelo menos no que diz respeito à América Latina, tem tentado excessivamente acomodar a oposição no Congresso, fantasmas da Guerra Fria que saíram do armário com esse evento [o golpe hondurenho]. Depois que Obama e [a secretária de Estado] Hillary Clinton disseram as coisas certas sobre restaurar o governo legítimo, foram alvo de uma chuva de críticas por supostamente facilitar a aliança chavista na região. E se mostraram incrivelmente vulneráveis. Claro que o oposto é verdadeiro. Ao se moverem com mais força para restaurar Zelaya, eles teriam esvaziado a retórica de [o presidente da Venezuela, Hugo] Chávez. Essas forças no Congresso ainda seguram a confirmação do novo secretário de Estado assistente para a região [Arturo Valenzuela] e do novo embaixador no Brasil [Thomas Shannon, ex-responsável pelo hemisfério no Departamento de Estado].

FOLHA - Qual o impacto regional de o Brasil ter recebido Zelaya na embaixada?
SWEIG - É cedo para dizer. Mas acho que isso surpreendeu, porque o Brasil não tem tradicionalmente esse ativismo em sua política externa. É muito ativo nos bastidores, na resolução de conflitos na América do Sul etc. Mas Honduras é o último lugar na América Latina onde você esperaria que o Brasil assumisse um papel ativo. Acho que a frustração foi crescendo, o compromisso verbal dos EUA com a democracia não foi apoiado por fatos. E isso, claro, dá ao Brasil uma oportunidade para elevar sua posição na região.

FOLHA - Mas o governo brasileiro também é acusado de intromissão nos assuntos internos hondurenhos. Qual o limite entre intervenção indevida e a defesa da democracia?
SWEIG - Esse é um longo debate. A Carta Democrática da OEA (Organização dos Estados Americanos) não é um documento intervencionista. Há uma grande diferença entre tomar medidas para corrigir violações de princípios articulados na Carta e intervir em assuntos internos de outro Estado. Mas o risco de ser uma potência nesta região ou globalmente é que você fica vulnerável à acusação de intervenção, seja por ação ou seja por omissão. Do meu ponto de vista, a disposição do Brasil em enfatizar a legitimidade do pleito de Zelaya pela volta à Presidência não deve ser confundida com intervenção no sentido clássico. Dito isso, pode ser que ir da retórica à prática, permitindo que Zelaya se estabeleça na embaixada, seja um passo ambicioso demais mesmo para o compromisso do governo Lula em restaurar a ordem democrática.

FOLHA - E o que isso significa na relação do Brasil com os EUA?
SWEIG - Não vi os EUA dizerem nada publicamente sobre a decisão do Brasil de permitir a entrada de Zelaya na embaixada. Você viu?

FOLHA - O chanceler Celso Amorim e a embaixadora americana na ONU tiveram uma discussão [na sexta-feira]. A embaixadora disse que o Brasil recorrera ao fórum errado para tratar de Honduras.
SWEIG - Lembre-se de que hoje não há nenhuma liderança respondendo pela América Latina no governo americano. Temos o Afeganistão, a questão nuclear no Irã. O último lugar em que este governo quer pôr sua energia é na região. O que eu diria é que há tensões entre EUA e Brasil, como essa conversa sobre Honduras sugere. Mas isso pode forçar uma atenção [ao Brasil] em nível superior, porque os dois governos, seja no G20, no tema da mudança climática, em Cuba, precisam um do outro. Ambos têm a ganhar com relações mais fortes e menos polarizadas.

FOLHA - O acordo para o uso pelos EUA de bases na Colômbia contribuiu para essa tensão?
SWEIG - Nos primeiros nove meses deste ano, o Brasil queria ser visto como a potência na América do Sul que poderia ajudar Washington a recuperar sua posição na região. Mas ocorreu que, primeiro, do ponto de vista brasileiro os EUA não se moveram com a rapidez esperada na questão de Cuba [o governo brasileiro tem insistido no fim do embargo]. Depois, vieram as bases. Acho que falhas da diplomacia americana levaram a uma batalha desnecessária. Se a consulta à região tivesse sido mais séria, a tensão poderia ter sido evitada.

FOLHA - Quem está no comando da diplomacia para a região nos EUA?
SWEIG - Ninguém sabe. Thomas Shannon submergiu, porque não quer pôr em risco sua confirmação para a embaixada em Brasília. Não acho que isso [a disputa sobre as bases] teria acontecido se ele e Valenzuela não tivessem sido tão enfraquecidos pelo caso de Honduras. E aí é que tudo se junta.

FOLHA - Há preocupação nos EUA com o acordo militar entre Brasil e França?
SWEIG - Diria que há alguma preocupação, não porque seja a França, que é aliada dos EUA, mas porque reflete a redução da influência dos EUA na região. Mas há algo importante sobre o Irã.

FOLHA - O que é?
SWEIG - Com o aumento do foco sobre o Irã, haverá uma expectativa em Washington de que uma potência como o Brasil deve se juntar a França, Reino Unido, EUA, Alemanha, China e Rússia [o grupo que iniciará negociações com Teerã na próxima quinta-feira] na advertência ao Irã de que haverá um preço a pagar por não cumprir as regras da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) ou enganá-la.
A percepção de que o presidente Lula se preocupa pouco com as pretensões nucleares do Irã ou com a anormalidade extrema das últimas eleições [iranianas] pode alimentar a sensação em Washington de que o problema brasileiro em Honduras poderia ter uma atenção mais positiva dos EUA se o Brasil expressasse posição mais dura sobre o Irã.
Proliferação nuclear e Irã são questões vitais para os EUA, e a impressão de que Lula tenta ficar acima disso pode diminuir a posição brasileira em temas mais perto de casa. O Brasil pode condenar as instalações secretas iranianas [denunciadas por EUA, França e Reino Unido na semana passada] sem sacrificar suas prioridades nas relações Sul-Sul.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1127 Mensagem por kurgan » Seg Set 28, 2009 10:05 pm

Ser forte é a única opção

Luiz Eduardo Rocha Paiva
General da reserva, foi comandante e é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército


Grande parte da sociedade não considera necessário o atual aporte de recursos para melhorar a defesa do país. Isso não surpreende, pois só agora o Brasil deixa de ser um país periférico e projeta-se no tabuleiro do grande jogo, onde enfrentará conflitos com possibilidades de perdas e ganhos decisivos. Tal projeção é consequência do seu desenvolvimento, das riquezas disponíveis e da posição geoestratégica, fatores de poder que atraem a cobiça e rivalidade de grandes potências.

A nação não visualizou as implicações militares desse quadro e sua liderança perdeu a noção de que política exterior não é apenas diplomacia, mas também defesa. Talvez só percebam quando viermos a lamentar perdas significativas de patrimônio e autoestima, por imposições a que o país tenha de se submeter em função de sua indigência militar.

Hoje, as potências tradicionais e emergentes são Estados Unidos, União Europeia, Rússia, China, Japão, Índia e Brasil, único país cujas Forças Armadas (FA) estão na UTI e dela só sairão em longo prazo, mesmo com os investimentos anunciados. Haverá tempo para sanar essa vulnerabilidade antes de sermos obrigados a respaldar militarmente decisões de Estado? Nossas FA não têm a menor condição de resistir ou dissuadir àquelas potências, caso elas se disponham a empregar meios militares em um contencioso. Em todos os conflitos atuais, o poder militar é empregado de modo indireto ou direto se necessário.

A aplicação do poder militar não se restringe a operações bélicas, de paz e humanitárias. Seu emprego também vai além da participação no desenvolvimento, na garantia da lei e da ordem e no apoio à defesa civil. No campo internacional, FA potentes apoiam e dão relevância à política exterior por meio da cooperação, dissuasão e coação militar, trazendo importantes dividendos em termos de recursos materiais e projeção internacional.

Pela cooperação, uma potência projeta-se por meio de missões militares de ajuda e apoio, intercâmbios de ensino e pesquisa, reuniões de troca de informações para fortalecer a confiança mútua, realização de exercícios combinados, venda e manutenção de material militar, fabricação conjunta de equipamentos, financiamento e incorporação de tropa do país apoiado em suas operações internacionais, aliança militar, participação em órgãos regionais de segurança e outras iniciativas distintas. Assim, cria-se um vínculo cujo rompimento não seria interessante, sendo a cooperação um forte argumento de persuasão e convencimento em contenciosos com o país apoiado.

A indústria nacional de defesa foi uma das maiores fontes de divisas do Brasil em passado recente, com importante contribuição para o nível de emprego, a pesquisa e o desenvolvimento científico-tecnológico. Vários de seus produtos e estudos eram aproveitados em diversas áreas de atividades civis.

No caso da escalada de um conflito, com ameaça a interesses vitais ou importantes ou de graves prejuízos, uma potência pode empregar suas FA ainda de forma indireta, sem configurar um conflito armado. Nesse caso, usaria a dissuasão ou a coação pela ameaça de suspensão da cooperação ou sua transferência a um rival da nação em litígio, pelo armamentismo próprio, pela realização de exercícios na fronteira com o oponente, pelo desdobramento de forças de modo a ameaçar objetivos de valor estratégico e, em última instância, realizando ações punitivas como revide a atos lesivos contra seus direitos e interesses. O revide visa a causar um prejuízo maior que o sofrido e não a ocupação de território. A simples capacidade militar de fazê-lo é fator de dissuasão.

Na América do Sul, poderemos ter problemas com alguns vizinhos, mas não chegarão ao nível de ameaças, em virtude do poder relativo nos campos político, econômico e militar. O perigo maior vem de potências extracontinentais, que têm capacidade de tentar impor-nos condições para a exploração de recursos e ocupação de espaços, limitando-nos a soberania, ameaçando o nosso patrimônio e impedindo a projeção do país. Os vizinhos terão de entender que não podemos abdicar da condição de potência militar diante de ameaças dessa natureza. A nação precisa despertar de seu sonho ingênuo de um mundo de paz e apoiar a edificação e preservação de um poder militar compatível com a estatura política do país, sem flutuações ou retrocessos nos investimentos em defesa.

Fonte: Correio Braziliense




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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1128 Mensagem por nveras » Seg Set 28, 2009 10:12 pm

Isto é briga de cachorro grande. Não é pra vira-latas da política externa.
O que está claro é que, se queres o apoio da comunidade internacional à tua gritaria pra esse paíseco, vais ter que tomar posição junto aos cachorros grandes, ou então, faz como tu sempre fez, fica longe da briga o mané.




Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1129 Mensagem por WalterGaudério » Seg Set 28, 2009 10:31 pm

felipexion escreveu:
Dieneces escreveu:Monteiro , poderíamos transportar uma brigada de fuzileiros para El Salvador e umas três brigadas de infantaria para Nicarágua , além de batalhões de FE e paraquedistas ,acho que uns 12 mil homens já gerariam bastante temor no governo hondurenho . O Funes e o Ortega dariam apoio logístico e cederiam mais uns 6 mil homens cada um . O Chávez e o Castro mandariam mais umas duas brigadas cada um e o Evo Morales poderia mandar ao menos uma equipe daqueles flautistas andinos que se encontram pelas esquinas das grandes cidades brasileiras . Teríamos aí uma formidável força invasora de uns 30 mil homens , que acho que bastaria . Isso sem contar os flautistas aimarás . Claro que com essa parceria correríamos o risco de encontrar uma Task Force pelo caminho...mas sempre poderíamos contar com os Sukhoi bolivarianos ou com o apoio de jihadistas iranianos....
E com isso lá se vai o orçamento do ano em apenas uma semana...
E o direito internacional????. Calma!!!!, O Lula é o Cara, mas não é o Exterminador do Futuro.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1130 Mensagem por WalterGaudério » Seg Set 28, 2009 10:40 pm

Bolovo escreveu:Andar com fuzil sem carregador parece ser moda nessas cantos do mundo... :lol:
É porque eles se preocupam com o social... [002] [003] [003] [003] [003] [003]




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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1131 Mensagem por Túlio » Seg Set 28, 2009 11:37 pm

Pois eu nem digo mais nada, se a FAB nos desse um Hércules e o Governo de Honduras um salvo-conduto, creio que não me seria difícil juntar uma meia centena de APs da pesada, a gente tirava aqueles 'assessores' do Zé Laia a laço da Embaixada e depois eu mesmo pegava o bigodudo pelo grasnete e fazia a pergunta fatal: "queres asilo ou não? Advirto: se for SIM, te levamos junto pro Brasil. Se for NÃO, te jogamos no meio da rua junto com os teus cupinchas, daí chupa que é de uva, comuna!"

E não nego que torceria pelo NÃO... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

O mais legal é que ninguém poderia acusar o governo do Brasil de INTERVENÇÃO MILITAR, eis que somos CIVIS...




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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1132 Mensagem por Virgulino » Seg Set 28, 2009 11:42 pm

SOu frequentador aki do forum a algum tempo, estes assuntos nao escrevo muito, sou mais um "espectador" assiduo, mas moro nos EUA e tenho um amigo americando q ja foi da aeronautica aqui USAF, inclusive ja ficou sediado na base que os EUA possuem em Honduras, segundo ele um amigo dele que esta em Honduras atualmente ligou para ele hj afirmando que ja se encontra no local varias "equipes" da Força Especial brasileira com todos os aparatos, e um C-130 tbm, segundo ele estavam pra chegar alguns Rangers americanos tbm. Nao vou confirmar a informacao como veridica de fato, mas as fontes sao relativamentes "quentes". quem sabe o governo ta agindo por debaixo do pano.?




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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1133 Mensagem por vmonteiro » Ter Set 29, 2009 12:37 am

Sei não, o primeiro a fazer alarde e movimentar-se seria o governo golpista, se isso não aconteceu ainda deve ser pq isso ae não existe, vamos aguardar.




Senhores, sejamos razoáveis.
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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1134 Mensagem por U-27 » Ter Set 29, 2009 1:37 am

se fosse um golpe de esquerda contra o uribe a chiadeira de monteiro e afins seria nula




"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer

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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1135 Mensagem por Enlil » Ter Set 29, 2009 2:16 am

Túlio escreveu:Pois eu nem digo mais nada, se a FAB nos desse um Hércules e o Governo de Honduras um salvo-conduto, creio que não me seria difícil juntar uma meia centena de APs da pesada, a gente tirava aqueles 'assessores' do Zé Laia a laço da Embaixada e depois eu mesmo pegava o bigodudo pelo grasnete e fazia a pergunta fatal: "queres asilo ou não? Advirto: se for SIM, te levamos junto pro Brasil. Se for NÃO, te jogamos no meio da rua junto com os teus cupinchas, daí chupa que é de uva, comuna!"

E não nego que torceria pelo NÃO... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

O mais legal é que ninguém poderia acusar o governo do Brasil de INTERVENÇÃO MILITAR, eis que somos CIVIS...
:mrgreen:... Cupincha, não quer concorrer nas eleições de Honduras de novembro [037] ? Quem sabe tu possa por ordem naquela bagaça :mrgreen:...




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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1136 Mensagem por Enlil » Ter Set 29, 2009 2:28 am

U-27 escreveu:se fosse um golpe de esquerda contra o uribe a chiadeira de monteiro e afins seria nula
Convencido U-27? Do mesmo modo q tu parece não te importar com um GOLPE contra "bolivarianos"... Do mesmo modo q para alguns um terceiro mandato de Chávez, Morales e Correa é uma ameaça a democracia mas o de Uribe não... Contraditório, não achas?... Não há mais espaço para golpes setentistas na América Latina, não interessa de q via... Infelizmente as duas primeiras décadas da "redemocratização" tem sido terríveis para muitos países latino-americanos. Primeiro foi o neo-liberalismo, depois venho o "bolivarianismo" e ainda há os q sofrem com um permanente complexo de vira-latas... Apesar de tudo de errado q ainda é reproduzido neste país se olhármos para nossa volta poderíamos até dizer q somos privilegiados...




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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1137 Mensagem por P44 » Ter Set 29, 2009 4:21 am

Paisano escreveu:O Pzito foi cooptado pelo lado negro da força :!:

ué, num era o lado bremeilhu?


Ação do Brasil agrava impasse, dizem hondurenhos

Denise Chrispim Marin, TEGUCIGALPA


Ao acolher o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, em sua embaixada em Tegucigalpa, o Brasil acabou responsabilizado pelas medidas de exceção adotadas pelo governo de facto de Honduras no final de semana. Até políticos independentes e cidadãos brasileiros em Tegucigalpa reclamaram da atuação do País.

Logo depois de criticar o decreto executivo PCM-M 016-2009, que impôs o estado de sítio, o comissário de Direitos Humanos hondurenho, Ramón Custódio, declarou que a interferência do Brasil na crise política deu ao governo de facto o argumento para suspender direitos individuais e coletivos.

"Quero agradecer ao senhor presidente (Luiz Inácio) Lula da Silva por nos ter colocado nesta situação", ironizou Custódio ao Estado.

A responsabilização do Brasil está na base da justificativa governo de facto para a suspensão de direitos individuais. Nos últimos dias, o chanceler Carlos López Contreras afirmou que a decisão do presidente Lula de proteger Zelaya transformou a embaixada brasileira em uma "plataforma política da insurreição".

Contreras disse que o Brasil foi "longe demais" e expôs Honduras a uma "situação de instabilidade".

INTERFERÊNCIA

Mas, ontem, mesmo políticos afastados das correntes oficiais argumentavam que o governo brasileiro havia desrespeitado um princípio básico do direito internacional, o da não interferência em assuntos internos de outras nações, o que teria aprofundado a crise local.

"Não acredito que o governo brasileiro tenha agido de má-fé, mas sua intromissão levou Honduras a uma situação dramática", afirmou a candidata independente à prefeitura de Tegucigalpa, Dóris Gutiérrez.

Para a administradora de empresas Sandra Estrada, brasileira que vive com sua família em Honduras há 15 anos, o Brasil não deveria ter se metido na questão e, agora, tem a obrigação de tirar Zelaya da embaixada brasileira e do país. Sandra faz parte da pequena comunidade de 500 brasileiros que vivem em Honduras - na maioria, mulheres casadas com hondurenhos.

"O Brasil jamais aceitaria uma intervenção externa em seus assuntos. Essa é uma questão que se tem de respeitar", afirmou. "O governo Lula enfiou os pés pelas mãos. Fez de tudo, menos diplomacia", completou.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 2551,0.php




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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1138 Mensagem por Clermont » Ter Set 29, 2009 6:08 am

P44 escreveu:(...)

o Brasil acabou responsabilizado pelas medidas de exceção adotadas pelo governo de facto de Honduras no final de semana. Até políticos independentes e cidadãos brasileiros em Tegucigalpa reclamaram da atuação do País.

(...)

declarou que a interferência do Brasil na crise política deu ao governo de facto o argumento para suspender direitos individuais e coletivos.

"Quero agradecer ao senhor presidente (Luiz Inácio) Lula da Silva por nos ter colocado nesta situação", ironizou Custódio ao Estado.

(...)

Contreras disse que o Brasil foi "longe demais" e expôs Honduras a uma "situação de instabilidade".

(...)

Mas, ontem, mesmo políticos afastados das correntes oficiais argumentavam que o governo brasileiro havia desrespeitado um princípio básico do direito internacional, o da não interferência em assuntos internos de outras nações, o que teria aprofundado a crise local.

(...)

"O Brasil jamais aceitaria uma intervenção externa em seus assuntos. Essa é uma questão que se tem de respeitar", afirmou. "O governo Lula enfiou os pés pelas mãos. Fez de tudo, menos diplomacia", completou.
Só queria ver a cara que esses hondurenhos e brasileiros que vivem lá, iriam fazer, caso fiquem sabendo que muitos brasileiros, que vivem cá, estão sonhando com fantásticas intervenções com gloriosos "COMANFs", "FEs", "Comandos", o BOPE e o kct.

E, no processo, matando uma porção de hondurenhos - e, quem sabe, um ou outro brasileiro que viva lá -, desta forma, mostrando, para o mundo inteiro, que o Brasil merece ganhar a "Cadeira Permanente no Conselho de Segurança" pois suas tropas invencíveis estão preparadas para "impor a democracia" nos quatro cantos do planeta.




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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1139 Mensagem por Demartino » Ter Set 29, 2009 8:27 am

Nukualofa77 escreveu:
U-27 escreveu:se fosse um golpe de esquerda contra o uribe a chiadeira de monteiro e afins seria nula
Convencido U-27? Do mesmo modo q tu parece não te importar com um GOLPE contra "bolivarianos"... Do mesmo modo q para alguns um terceiro mandato de Chávez, Morales e Correa é uma ameaça a democracia mas o de Uribe não... Contraditório, não achas?... Não há mais espaço para golpes setentistas na América Latina, não interessa de q via... Infelizmente as duas primeiras décadas da "redemocratização" tem sido terríveis para muitos países latino-americanos. Primeiro foi o neo-liberalismo, depois venho o "bolivarianismo" e ainda há os q sofrem com um permanente complexo de vira-latas... Apesar de tudo de errado q ainda é reproduzido neste país se olhármos para nossa volta poderíamos até dizer q somos privilegiados...
Nukualofa77

Perfeita análise, as pessoas tem mania de serem "democráticas" seletivamente, ou seja, somente quando lhes convém. Se achamos que o Chaves é um golpista e mostramos indignação, porque não fazemos o mesmo com o Uribe, só porque um é de direita e usa terninho e é capacho dos EUA? E o outro, uma figura quase folclórica, que é motivo de piada até por gente da esquerda? o Zelaya da vida, é outro que nem de esquerda é, mas a mídia tenta confundir a cabeça das pessoas, para que essas formem opinião contrária ao mesmo e à atitude do governo brasileiro.
A comunidade internacional, somente se mete em conflitos, ou pelo menos, somente deveria se meter e é o caso, quando liberdades individuais são desrespeitadas, ou minorias são perseguidas sem o direito de se defenderem, se o povo daquele país quer eleger democraticamente um cidadão por 50 vezes o problema são deles, desde que esse respeite as leberdadesa qual me referi anteiormente nada podemos fazer. A democracia é algo que tem um sentindo muito mais amplo do que algumas pessoas consideram!!!

Abs.,




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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

#1140 Mensagem por Beronha » Ter Set 29, 2009 8:36 am

Virgulino escreveu:SOu frequentador aki do forum a algum tempo, estes assuntos nao escrevo muito, sou mais um "espectador" assiduo, mas moro nos EUA e tenho um amigo americando q ja foi da aeronautica aqui USAF, inclusive ja ficou sediado na base que os EUA possuem em Honduras, segundo ele um amigo dele que esta em Honduras atualmente ligou para ele hj afirmando que ja se encontra no local varias "equipes" da Força Especial brasileira com todos os aparatos, e um C-130 tbm, segundo ele estavam pra chegar alguns Rangers americanos tbm. Nao vou confirmar a informacao como veridica de fato, mas as fontes sao relativamentes "quentes". quem sabe o governo ta agindo por debaixo do pano.?

Acredito que seja para levar o Zé Láia embora...




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