Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Qui Dez 11, 2014 1:44 am
Só por curiosidade, já dizem que a MEKO 600 é a escolhida do PROSUPER, mas e quanto aos sistemas, radares, sensores, armamentos e tal, já se conhecem?
Bem, nada nesse mundo é de graça. Nem favor. Então eu coloco as minhas barbas de molho quanto a esta nossa sincera e inopinada "participação" no acompanhamento da evolução das Type 26.LeandroGCard escreveu:Se os ingleses admitem que nossos engenheiros acompanhem o projeto e a construção de seus mais novos navios de combate sem nenhum compromisso então ótimo, temos mais é que ir lá mesmo e aprender o máximo que pudermos (até porque o que sabemos hoje é pouco, ainda nem projetamos as CV3 e qualquer coisa do PROSUPER ainda é um sonho distanteFCarvalho escreveu:Não fosse assim, por que então teríamos engenheiros navais da MB sendo bancados pelo erário público com tudo pago, para acompanhar o desenvolvimento deste projeto na Inglaterra se não temos intensão nenhuma em relação a ele?![]()
Bom, dizem por aí que o seguro morreu de velho...![]()
abs). E se vamos adotar o Sea-Ceptor como arma de defesa AAe padrão já à partir das CV3, então mais importante ainda qualquer aprendizado com as Type-26.
Mas isso sem prejuízo para nossos próprios projetos futuros, se algum dia realmente chegarmos lá. E se não chegarmos então estes engenheiros estão perdendo tempo e gastando dinheiro à toa na Inglaterra.
Leandro G. Card
Talvez, na verdade, é bem provável que, pensando nisso é que a MB anda por lá discretamente pelas docas inglesas...Luís Henrique escreveu:Não vamos esquecer que ainda não fechamos contrato com ninguém. A MB foi convidada a participar do desenvolvimento da typr 26 provavelmente com a intenção de nos convencerem a adquiri-lá. Como no Brasil a defesa é ignorada existe ainda a possibilidade da decisão do PROSUPER demorar e quando for tomada a type 26 poderá estar em um estágio mais avançado e poderá ser a vencedora... O tempo dira.FCarvalho escreveu: Leandro, concordo em grau, número e gênero consigo. A lógica do Prosuper é essa mesmo. Mas... abs
Hoje o que sabemos é que a MB selecionou a proposta alemã, mas até a assinatura muita coisa pode mudar...
Este projeto das Meko 600 é modular e a princípio está apto a receber todos os sistemas que hoje a MB desenvolve ou tem proposta de introdução em seus navios.Bolovo escreveu:Só por curiosidade, já dizem que a MEKO 600 é a escolhida do PROSUPER, mas e quanto aos sistemas, radares, sensores, armamentos e tal, já se conhecem?
Outra questão apontada que poderá influir na realidade do Prosuper. Para as Inhaúma, modernização. Para as F-22, revitalização. Para as Niterói, PMG's cada vez mais caros e difíceis de se manter.Lord Nauta escreveu:Anterior a passagem para a ''reserva'' da Frontim. Entretanto os trabalhos de modernização seguem nos outros três navios da classe.LeandroGCard escreveu:Esta previsão é de antes ou depois da Frontin ir para a reserva?
Leandro G. Card
A execução do Plano de Modernização das Corvetas Classe “Inhaúma” encontra-se em andamento. O seu escopo é bastante abrangente e envolve a substituição de cerca de 30 novos equipamentos pertencentes aos Sistemas da Propulsão, de Detecção, de Comunicações e do Convoo. Dentre esses equipamentos, destaca-se o Sistema de Controle e Monitoração (SCM), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), que concentra o controle total da propulsão, das máquinas auxiliares, incluindo a geração de energia elétrica e o controle de avarias. O SCM-IPqM é um sistema com tecnologia no estado da arte, que exige a instalação de interfaces, com conteúdo digital, nos Motores de Combustão Principal (MCP) e na Turbina a Gás (TG), serviços ora em execução na Corveta “Júlio de Noronha”.
Sds
Lord Nauta
Então, queria saber exatamente do I-Mast. A futura classe Tamandaré era para ser equipada com a versão menor, acho que a I-Mast 100, mas pelo visto a coisa miou por questão de transferência de tecnologia. A ideia era usar o mesmo sistema para as novas corvetas, fragatas etc. Vai ser qual sistema de radares afinal?FCarvalho escreveu:Este projeto das Meko 600 é modular e a princípio está apto a receber todos os sistemas que hoje a MB desenvolve ou tem proposta de introdução em seus navios.Bolovo escreveu:Só por curiosidade, já dizem que a MEKO 600 é a escolhida do PROSUPER, mas e quanto aos sistemas, radares, sensores, armamentos e tal, já se conhecem?
Basicamente, tudo o que se refere as CV-3 poderá/deverá ser incorporado Às Meko 600, além é claro do que ela já possui em termos de sistemas ofertado pelos alemães.
Contudo, os radares a priori escolhidos seriam instalados na torre I-Mast, enquanto os sistemas de armas seriam aqueles previstos para as CV-3 mais os mísseis Aster 30, e demais produtos nacionais.
O navio prevê uma nacionalização média de cerca de 75% de seus diversos sistemas.
A questão como disse antes, é que hoje ele já está defasado em termos, posto que é uma proposta com mais ou menos uns cinco anos. Então, em 2020, com certeza já não possuirá mais as mesmas condições.
E provavelmente, a MB não poderá manter ad eternum a revalidação das propostas originais do Prosuper por muito mais tempo, sem deixar claro um limite para a atualização das propostas.
A ver o que acontece.
abs.
Bem, a lógica é que seja o mesmo adotado nas CV-3, no caso o Artisan. Se ele é compatível com a I-Mast 400 que é oferecida no projeto da Meko 600, já não saberia dizer.Bolovo escreveu:Então, queria saber exatamente do I-Mast. A futura classe Tamandaré era para ser equipada com a versão menor, acho que a I-Mast 100, mas pelo visto a coisa miou por questão de transferência de tecnologia. A ideia era usar o mesmo sistema para as novas corvetas, fragatas etc. Vai ser qual sistema de radares afinal?FCarvalho escreveu: Este projeto das Meko 600 é modular e a princípio está apto a receber todos os sistemas que hoje a MB desenvolve ou tem proposta de introdução em seus navios...
Pensando aqui com os meus botões, como o plano é dispor de 12 navios de patrulha, e por hora admite-se cinco, poderíamos dar continuidade a classe Amazonas, e modernizar o AMRJ, e posteriormente, angariar tais frutos desta modernização para os estaleiros que se comprometessem a construir a versão BR do nosso NaPaOc, que alguma sorte, por assim dizer, poderiam passar das sete unidades previstas no PAEMB.Marino escreveu:Globo Online
COLUNA ANCELMO GOIS
Comandante da Marinha lança desafio à indústria do Rio
O comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, convocou a indústria de defesa do Rio para um mutirão de cooperação e desenvolvimentos de equipamentos visando ao reaparelhamento da Força Armada. O desafio foi lançado ontem, na homenagem prestada a ele pelo Fórum de Defesa e Segurança da Firjan.
Além de dois estaleiros, quatro submarinos convencionais e um nuclear, em produção, a Marinha quer o engajamento das empresas do setor na construção, por exemplo, de cinco navios patrulha e quatro corvetas, que ajudarão a proteger a costa brasileira também conhecida como Amazônia Azul. Mais de 80% da construção naval nacional está no Rio. Daí a convocação feita pelo almirante ao empresariado do estado.
Atualmente os projetos da Marinha geram no Rio nove mil empregos diretos e 32 mil indiretos, e a expectativa é de que com a parceria proposta pelo almirante se crie mais postos de trabalho. A partir de 2015, Marinha e indústria de defesa farão mesas redondas, para definirem como se dará a parceria com a iniciativa privada.
Falando em custos de se manter o meio, já existe algum estudo sobre o impacto do uso de sistemas de propulsão Gás/Diesel-Elétrico em embarcações mais modernas como a Fremm e as Type 26 frente aos modelos onde os motores à combustão e turbinas tracionam diretamente as hélices?FCarvalho escreveu:Outra questão apontada que poderá influir na realidade do Prosuper. Para as Inhaúma, modernização. Para as F-22, revitalização. Para as Niterói, PMG's cada vez mais caros e difíceis de se manter.Lord Nauta escreveu: Anterior a passagem para a ''reserva'' da Frontim. Entretanto os trabalhos de modernização seguem nos outros três navios da classe.
A execução do Plano de Modernização das Corvetas Classe “Inhaúma” encontra-se em andamento. O seu escopo é bastante abrangente e envolve a substituição de cerca de 30 novos equipamentos pertencentes aos Sistemas da Propulsão, de Detecção, de Comunicações e do Convoo. Dentre esses equipamentos, destaca-se o Sistema de Controle e Monitoração (SCM), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), que concentra o controle total da propulsão, das máquinas auxiliares, incluindo a geração de energia elétrica e o controle de avarias. O SCM-IPqM é um sistema com tecnologia no estado da arte, que exige a instalação de interfaces, com conteúdo digital, nos Motores de Combustão Principal (MCP) e na Turbina a Gás (TG), serviços ora em execução na Corveta “Júlio de Noronha”.
Sds
Lord Nauta
No final desta década, estaremos reduzidos a uma frota real, e efetiva, de apenas 4 navios.
E quando isso acontecer, e irá acontecer, a Marinha do Brasil acabou.
abs
Segundo eu sei estes sistemas tem custo de aquisição e manutenção menor, além de outras vantagens como menor emissão de ruído e menor consumo de combustível. Por isso tem sido adotados em navios já há algum tempo (as Type-23 já empregam) e estão se tornando padrão nos mais modernos (vai ser usado também nas Type-26 e até nos CV Queen Elizabeth, além de um monte de outros projetos recentemente entregues ou já em construção).bcorreia escreveu:Falando em custos de se manter o meio, já existe algum estudo sobre o impacto do uso de sistemas de propulsão Gás/Diesel-Elétrico em embarcações mais modernas como a Fremm e as Type 26 frente aos modelos onde os motores à combustão e turbinas tracionam diretamente as hélices?
Seria pelo projeto mecânico simplificado e curva de torque melhor que nos motores a combustão? As CV3 preveem o uso desse tipo de propulsão?LeandroGCard escreveu:Segundo eu sei estes sistemas tem custo de aquisição e manutenção menor, além de outras vantagens como menor emissão de ruído e menor consumo de combustível. Por isso tem sido adotados em navios já há algum tempo (as Type-23 já empregam) e estão se tornando padrão nos mais modernos (vai ser usado também nas Type-26 e até nos CV Queen Elizabeth, além de um monte de outros projetos recentemente entregues ou já em construção).bcorreia escreveu:Falando em custos de se manter o meio, já existe algum estudo sobre o impacto do uso de sistemas de propulsão Gás/Diesel-Elétrico em embarcações mais modernas como a Fremm e as Type 26 frente aos modelos onde os motores à combustão e turbinas tracionam diretamente as hélices?
A impressão que tenho é que os sistemas anteriores, com caixas de redução e embreagens, estão obsoletos.
Leandro G. Card
O projeto e instalação são simplificados, eliminam-se as perdas mecânicas na transmissão, os motores à combustão podem trabalhar o tempo todo no ponto de máxima eficiência e os motores elétricos tem alta eficiência em qualquer regime. Além disso a casa de máquinas pode ser instalada com mais liberdade, facilitando o projeto e eventualmente permitindo espalhar os geradores, diminuindo a suscetibilidade à avarias.bcorreia escreveu:Seria pelo projeto mecânico simplificado e curva de torque melhor que nos motores a combustão? As CV3 preveem o uso desse tipo de propulsão?
Já da para notar o atraso em alguns projetos. Uma pergunta: parece que o pagamento de royalties sobre os navios de projeto estrangeiro construídos aqui é uma questão financeira importante para a Marinha justificando um novo projeto de patrulheiro oceânico em vez de construir a classe Amazonas. Então por que o mesmo pensamento não é válido para os futuros 27 navios da classe Macaé? Não vamos pagar royalties em cima de 27 navios? Não justificaria um novo projeto feito aqui no Brasil?Para quem ainda não viu, e quer ver. De 2009, para comparação com o que irá se tentar efetivamente fazer a partir de 2015.
http://www.ecnsoft.net/wp-content/plugi ... /PAEMB.pdf
abs