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Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 06, 2013 10:12 pm
por Marechal-do-ar
Clermont escreveu:E melhor ainda se o FAL tivesse sido adotado no calibre 7x43 mm e não no 7,62x51 mm que foi, da mesma forma, resultado do puro (e burro) lobby americano.
Aí, é muito provável que a história do M-16 - e do calibre 5,56 x 45 mm - jamais tivesse existido.
Também acho que ai o 5,56x45mm nunca teria existido, mas penso isso por razões diferentes.
Reginaldo Bacchi escreveu: Clermont, se isto é verdade, como você explica que os soviéticos que tinham adotado um calibre correspondente ao 7X43 mm (o 7,63X39 mm) o abandonaram, para adotar o 5,45X39 mm, claramente inspirado no 5,56X45 estadunidense?
O 7,62x39mm estava longe de ser correspondente ao7x43mm britânico, a velocidade e energia iniciais são semelhantes, mas o britânico tinha mais alcance.

O 7,62x39mm era correspondente ao 7,92x33 alemão e provavelmente adotado nas mesmas circunstâncias, a necessidade rápida de um calibre intermediário, estava longe de ser o ideal.

O 7,62x51mm americano por outro lado era só um .30-06 mais curto, inadequado para fuzis automáticos, uma grande burrada dos americanos...

E o 7x43mm foi o único realmente desenvolvido para um fuzil automático, mantendo um alcance semelhante ao .303 mas com recuo menor para possibilitar o fogo automático, ainda assim não era um calibre fraco, provavelmente ainda não era o ideal para combate aproximado, mas não era a catástrofe que o 7,62x51mm era, se tivesse sido adotado acho que não haveria justificativa para troca-lo, acho que o teste comparativo contra o .223 Remington ou não teria existido ou não teria impressionado ninguém e por isso que acho que o 5,56x45mm nunca teria existido.

Mas o 7,62x51mm que foi adotado, a dificuldade em nater o fogo automático foi constatada e ele foi comparado contra o .223 Remington que podia facilmente ser controlado em fogo automático e a tendência foi definida, menor recuo através de projeteis mais leves.

Nesse contexto o 5,45x39mm russo não é dificil de entender, o 7,62x39mm também não era um calibre ideal, ver os americanos tomando a dianteira? Nada disso, um projetil ainda mais leve e com menor recuo, e não acho que os russos tenham se arrependido disso.

Quanto a novos calibres intermediários, os russos testaram um 6,5mm mas abandonaram, nada de unificação a partir daquele lado, e os americanos... Ha esses americanos... Estão testando o 6,8mm... Mas no caso deles não acho que o problema seja o calibre (em parte por eles reclamarem de absolutamente qualquer calibre que testam), as duas maiores reclamações (desconsiderando vários mitos) em relação ao 5,56mm que tenho visto são:
1) Alcance muito curto.
2) Tem pouca energia em canos curtos como o caso da M4 Commando.

No primeiro item um projetil mais pesado (já existe) resolve, no segundo caso os ingleses devem estar rindo sem parar...

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 06, 2013 10:19 pm
por dalton romao
Aqui também tem informações interessantes.

http://www.cruffler.com/historic-april01.html

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 06, 2013 10:37 pm
por Reginaldo Bacchi
dalton romao escreveu:Nesse livro, Bacchi, você encontra o que precisa.
More on the Fabled FAL—A Companion to The FAL RIFLE
by R Blake Stevens
Deluxe First Edition, 2011
272 pages, 343 illustrations
This book is intended as a companion to the recently reprinted three volume omnibus title The FAL Rifle, which comprises our original studies titled North American FALs (1979), UK and Commonwealth FALs (1980), and The Metric FAL (1981).
The book begins with a historical retrospective on the 50 FAL prototypes, with new information on ordered FAL models as produced by Fabrique Nationale (FN).
An in-depth high-echelon workshop repair manual for the FAL rifle, titled Manuel de réparation et d'entretien du FAL (Manual of Repair and Maintenance [Procedures] for the FAL Rifle), under the general FN classification OREA (Outillage de Réparation et Entretien d'Arme (Tools for the Repair and Maintenance of Arms), was produced but never published by FN. A complete English translation of this manual occupies the central ten chapters of this new book. Very logically laid out with an illustrated breakdown of all the parts within each component group, the manual first establishes a set of inspection standards, and then follows up with detailed repair and replacement procedures for each component, including unbreeching and breeching the barrel. The recommended specialist tools are depicted and named, and their purpose(s) are fully described and illustrated.
Next we revisit the story of how the FAL was redimensioned and redrawn for production in non metric countries, beginning with new material on the interesting prototypes produced by Canadian Arsenals Ltd (CAL), the arbiter of the inch measurement conversion programme. More new material follows on the Rifle Steering Committee, which originally comprised members from Canada, Britain and the United States, and later, after the US had dropped out and unilaterally adopted the M14 rifle, Australia. Information from various sources and new photographs of the US T48, which was considered by many as the logical replacement for the M1 rifle, are included.
The book concludes with an authoritative retrospective on metric and Imperial barrel threads, barrel interchangeability, and official rebreeching instructions for the Canadian C1/C1A1 and British L1A1; an illustration of the latest investment cast FAL components—including the new “Type 4” receiver—and a Bibliography.
Você tem este livro?

Pode empresta-lo?

Bacchi

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 06, 2013 10:47 pm
por Reginaldo Bacchi
dalton romao escreveu:Aqui também tem informações interessantes.
http://www.cruffler.com/historic-april01.html
Obrigado.

Muito bom artigo, interessante, mas, não diz que o FN era superior ao M14.

Bacchi

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 06, 2013 10:50 pm
por dalton romao
no livro tem, amigo. mas infelizmente não posso te emprestar porque não o tenho mais. emprestei pro meu irmão mais novo, que como eu foi do CPOR, e ele esqueceu no escritório e alguém, que ele nem desconfia, levou o livro. deve ter sido um outro apaixonado pelo FAL.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 06, 2013 11:16 pm
por dalton romao
li artigo de um especialista americano na Soldiers of Fortune, que agora não recordo o nome, que falava que a versão PARA-FAL cano curto, idêntica a essa que estamos usando agora, seria, no entender dele, a escolha certa pra compor o GC americano nos anos 70, no vietnam, junto com o FAP. ele achava o PARA-FAL mais robusto e com melhor munição pra emprego de selva. o M-14 teve uma versão FAP que foi um desastre, a M-15 se não me engano, e por isso tiveram que adotar a M-60 pra esse papel. arma essa que era muito mais pesada do que o FAP e que dava muitos problemas mecânicos.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 06, 2013 11:41 pm
por dalton romao
Agora em português. Observem o que a Newsweek disse e no que a Controladoria de Defesa achou
e tirem as suas conclusões.

Testes no Conselho do Batalhão de Infantaria

O T-44 participou de uma competição conduzida pelo Batalhão de Infantaria do Forte Benning, na Georgia, contra o Springfield T-47 e o FN FAL da Fabrique Nationale de Herstal, designado como T-48. 9 O T-47, que não possuía o bolt roller e foi pior nos testes em tempo frio que qualquer T-44 ou T-48, assim foi desconsiderado em 1953. 7 Durante 1952-53, testes provaram que o T-48 e o T-44 tiveram desempenho comparavelmente muito próximos, porém o T-48 possuía uma vantagem em campos abertos e boa resistência à poeira e a desvantagem do longo tempo de espera de desenvolvimento do produto. 7 9 Um artigo da revista Newsweek em julho de 1953 apontava o T-48/FAL como o selecionado, ganhando do T-44. 7 10 Durante o inverno de 1953-54, ambos competiram nas instalações do Exército estadunidense, no Ártico. 9 11 Engenheiros da Springfield Armory ansiosos para garantir a seleção do T-44 prepararam uma modificação específica para os testes sob câmara fria, incluindo o redesenho do regulador de gás e modificações personalizadas do carregador e outras peças, visando reduzir o atrito e a pressão dos ambientes extremamente frios.9 11 Os T-48 que não receberam tal preparação especial e durante os testes experimentaram um sistema de gás lerdo, que continuava frio após os disparos. Os engenheiros da FN, tentando melhorar o funcionamento, abriram espaços para a saída do gás, o que causou a quebra e extração precoce de peças, resultando aumento de pressão. O relatório do Conselho de Testes no Ártico deixou claro que uma melhora no T-48 seria necessária e como resultado, o T-44 foi classificado como superior em climas frios, até ser superado pelo T-48 no inverno seguinte. 7 9 11
Um raro modelo de apresentação, série #0010.

Em junho de 1954, finalmente foi disponibilizado o financiamento para os receptores recém fabricados do T-44, especialmente projetados para o cartucho T-65. Os testes no Forte Benning continuaram até o outono de 1956, altura em que os T-48/FAL também tinham sido melhorados.

Por fim, o T-44 teve vantagem sobre o T-48/FAL e foi selecionado para ser o M14, principalmente pelos seguintes fatores: 7 9 11

Menor peso (cerca de 1Kg mais leve)
Simplicidade (possuía menos partes)
Um sistema auto-compensador à gás (para ambientes frios)
O argumento de que o T-44 poderia ser fabricado usando as mesmas máquinas existentes para a fabricação do M1 (conceito que mais tarde tornou-se impraticável)

Contratos de produção

Os contratos iniciais para o M14 foram atribuidos à Springfield Armory, Winchester, e H&R. A TRW Inc., mais tarde, foi premiada com um contrato para produção. 12 Aproximadamente 1 376 031 fuzis M-14 foram produzidos entre 1959 e 1964. 12
Implantação

Após a aprovação do M14, a Springfield Armory começou equipar uma nova linha de produção em 1958, entregando os primeiros fuzis de serviço para o Exército dos EUA em julho de 1959. No entanto, longos atrasos na produção resultaram que apenas a 101ª Divisão Aerotransportada seria a única unidade do Exército totalmente equipada com o M14 até o final de 1961. A frota da Força Marinha (em inglês: Fleet Marine Force) finalmente completou a mudança de M1 ao M14 no final de 1962. Registros da Springfield Armory refletem que a fabricação terminou quando a TRW, cumprindo o seu segundo contrato, cresceu com um incremento na produção final no ano fiscal de 1965 (1 de Julho de 64 - 30 Junho de 65). O arquivo da Springfield também indica que os 1 380 mil fuzis foram adquiridas por mais de US$ 143 milhões, para um custo unitário de cerca de US$ 104. 1 2
Um soldado com um fuzil M14 observando os suprimentos arremessados durante a Guerra do Vietnã, em 1967.

O fuzil serviu adequadamente durante sua breve aparição na Guerra do Vietnã. Apesar de ruim para uso em moitas e grama, devido ao seu comprimento e peso, o poder do cartucho 7.62 mm NATO permitiu penetrar e cobrir muito bem o território. No entanto teve várias desvantagens. A tradicional coronha de madeira tinha certa tendência a inchar e expandir pela forte umidade da selva, prejudicando a precisão. Coronhas de fibra de vidro foram desenvolvidas para solucionar este problema, mas antes que fossem distribuídas em todo o campo de batalha, o uso do M14 foi interrompido. Além disso, pelo poderoso cartucho 7.62×51 mm, a arma foi virtualmente considerada incontrolável no modo automático. Para evitar o desperdício de munição em combate a maior parte dos fuzis M14 eram permanentemente usados como semi-automáticos. 13 14 15

O M14 foi desenvolvido como um meio termo afim de tomar o posto de quatro diferentes sistemas de armas, o já citado rifle M1 Garand, a M1 Carbine, a submetralhadora M3 e a Browning Automatic Rifle (BAR). Pensou-se que desta maneira a M14 poderia simplificar as exigências logísticas das tropas, limitando os tipos de munições e peças necessárias a serem fornecidas. No entanto, um relatório da Controladoria do Departamento de Defesa dos Estados Unidos provou ser uma tarefa impossível e considerou a arma completamente inferior ao M1 da Segunda Guerra Mundial. O cartucho era muito poderoso para uma metralhadora de mão demasiadamente leve que serviria como substituta da Metralhadora BAR.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Qua Ago 07, 2013 1:16 am
por Bolovo
dalton romao escreveu:no livro tem, amigo. mas infelizmente não posso te emprestar porque não o tenho mais. emprestei pro meu irmão mais novo, que como eu foi do CPOR, e ele esqueceu no escritório e alguém, que ele nem desconfia, levou o livro. deve ter sido um outro apaixonado pelo FAL.
Eu sempre falei mal do FAL e agora falo mais mal ainda agora devido as histórias do meu irmão que é do CPOR.

CURIOSO

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Qua Ago 07, 2013 7:41 am
por Clermont
Bolovo escreveu:Eu sempre falei mal do FAL e agora falo mais mal ainda agora devido as histórias do meu irmão que é do CPOR.
Mas, Bolovo, os FAL que seu irmão manipula são novos de fábrica, ou são armas desgastadas, com décadas de uso nas mãos de recrutas bisonhos do Serviço Militar Obrigatório?

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Qua Ago 07, 2013 8:17 am
por Reginaldo Bacchi
Obrigado por tudo.

Bacchi

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Qua Ago 07, 2013 9:56 am
por nveras
Vamos parar com certas lendas (boas e ruins) sobre o Fal. Eu fui do Exército por 12 anos, oficial de carreira. Infante. Fui oficial de tiro de Btl, Comandante de Pelotão e de Cia Fzo e digo o que vi sobre o Fal. Lógico que agora, eles estão mais desgastados do que nos idos de 80 e 90.
Quanto a confiabilidade- Só vi, uma vez, uma explosão de carregador. Eu memso fiz a sindicância e conlclui que houve detonação prematura. A arma não estava completamente trancada. Fora isto, todas as vezes que um FAl negou fogo, foi falha da munição ou mal regulagem do escape de gases. Era só dar um click fechando um poucoi o regulador e pronto.
Ergonomia- Arma grande e pesada, principalmente para o padrão de estatura brasileiro.
Precisão. Muito boa. Um bom atirador faz festa a 200m.
Conclusão. Tirando a ergonomia, uma excelente arma para o padrão do recruta brasileiro. Simples , precisa e confiável.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Qua Ago 07, 2013 10:32 am
por dalton romao
bolovo, fui do CPOR e depois servi no Sampaio no começo dos anos 70. os FALs estavam novinhos e como disse aí o nveras, nunca soube de problemas sérios com ele. mas como também já disse aqui pro túlio, nunca atirei em quantidade suficiente como se estivesse realmente em combate, e nunca o usei em condições similares aos israelenses, então não posso falar que eles foram mal em contato com areia fina tipo de deserto, só isso. nos anos 70 não os achava grandes e pesados, hoje claro que são. os IA2, pelo menos no quesito tamanho, peso e ergonomia são 10.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Qua Ago 07, 2013 11:17 am
por FCarvalho
nveras escreveu:Conclusão. Tirando a ergonomia, uma excelente arma para o padrão do recruta brasileiro. Simples , precisa e confiável.
É o que estão tentando fazer do IA2. Se vão conseguir, ou não, acho que em breve saberemos.

abs.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Qua Ago 07, 2013 1:52 pm
por Paisano


:wink:

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Qua Ago 07, 2013 1:58 pm
por Túlio
Bolovo escreveu: Eu sempre falei mal do FAL e agora falo mais mal ainda agora devido as histórias do meu irmão que é do CPOR.

CURIOSO

Só posso comentar o seguinte:


:arrow: Se o teu irmão conta histórias denegrindo o Sagrado FAL, então ele é BISONHO, além de provavelmente FRACO e NANICO! Desculpes, cupincha, mas só pode ser isso.

:arrow: O dito especialista (deve ser o maior entendido em fuzis de todos os tempos) da SOF (deve ser a versão moderna da Bíblia Sagrada) que disse que com o FAL e o FAP os ianques teriam vencido a Guerra do Vietnã o fez por INSPIRAÇÃO DIVINA (todo mundo sabe que Deus odeia os COMUNAZZZ porque são ateus). Deveria ser nomeado PAPA da Igreja dos Santos do Sagrado FAL, com sede em qualquer quartel do EB e com capelas nos gabinetes dos Generais!

:arrow: Outra charla que para mim não passa de viagem é essa de que os ianques só perderam a guerra por causa de política e outras chorumelas. Não sei por que não inventaram a mesma desculpa na Coréia. A questão é a seguinte: se alguém tenta dominar, sofre resistência e esta não esmorece nunca, o invasor sofre tanto desgaste que acaba tendo que dar no pé, logo, PERDEU, PREIBÓI! Quem mandou ir sem FAL?

:arrow: Também não cola essa das baixas. FATO - os ianques perderam cinquenta e tantos mil MILITARES, grande parte por fogo de ridículos AK; já o Vietnã perdeu montanhas de CIVIS E MILITARES e grande parte por causa de fogo de artilharia e aviação, não de M-16. Alguém aí pode relatar algum ataque aéreo levado a cabo pelo Vietnã contra os soldados ianques?

:arrow: Finalmente, sustentamos (eu e o Papa da SOF) que o lado que usasse FAL teria vencido. Por quê? Porque sim!


PS.: Bolovo véio, muito cuidado ao andar espalhando infâmias e heresias sobre o Divino, se eu fosse tu nunca mais passaria perto de um quartel; SABES que o Sagrado é um fuzil INTELIGENTE, se ele te der recunha pode ficar FEIO! Estando de bom humor, vai disparar de modo a que o projétil passe apenas PERTO de ti, o que no máximo te arrancará um braço ou uma perna; Se estiver zangado e te acertar, mesmo que na ponta da unha do dedo mindinho, serás DESINTEGRADO!

Que as maldições do FUZIL-DEUS recaiam sobre ti e tua descendência até cem gerações! :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: