Luís Henrique escreveu:
Engraçado como as coisas se REPETEM.
Aqui no Brasil disseram que o poder político tentava manipular os resultados para colocar o Rafale como vencedor.
Reduziram o peso dos CUSTOS e aumentaram o peso de TOT, OFFSET, para tentar emplacar o Rafale. Mas não conseguiram;
Os militares o excluíram pois ficou em terceiro e ÚLTIMO lugar em capacidades militares.
Depois foram fazendo novas avaliações e conseguiram faze-lo passar de ano, com uma nota muito BAIXA mas passou.
E ai o escolheram...
Lá na Suíça foi o contrário. O poder político queria o caça MAIS BARATO e com boa participação de sua indústria.
O Gripen pode ser ótimo e possuir excelente custo/benefício mas dificilmente vai superar caças mais pesados em capacidades militares.
É uma questão de escolha entre capacidades x custos.
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a pontuação da proposta dos outros 2 concorrentes também subiram na avaliação seguinte (como mostra o quadro). Então na Suíça não houve manipulação de peso para favorecer a proposta da SAAB.
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Faltou 40 dias para a concorrência demorar 4 anos, teve atrasos. É natural que haja nova rodada de propostas.
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Pouco depois o anúncio do Gripen, a Dassault fez uma nova oferta, de 18 Rafales de valor equivalente aos 22 GripenNG confirmada pelo Comandante da Força Aérea Suíça.
A nova oferta da Dassault
Segundo o jornal SonntagsZeitung, a Dassault fez, em 19 de janeiro, uma nova oferta para a Suíça, envolvendo a aquisição de 18 caças Rafale. A oferta dos 18 caças da francesa Dassault por 2,7 bilhões de francos suíços (2,2 bilhões de euros) seria aproximadamente 400 milhões de francos (331,7 milhões de euros) mais barata que a de 22 caças da sueca Saab.
A Dassault também teria enviado uma carta a parlamentares dizendo que nunca recebeu a oportunidade de melhorar sua oferta no que se refere à relação custo-benefício. O representante do Senado Hans Hess confirmou que recebeu a carta.
A oferta original da Dassault era de 4 bilhões de francos suíços para 22 caças Rafale. Na nova oferta, o número foi reduzido a 18, que também foram adaptados para as necessidades suíças. Segundo o jornal (trazendo informações de outro meio, o Le Matin), o peso do armamento ar-terra foi reduzido com a retirada de sistemas de acoplamento de bombas de grande porte, porém sem modificar o raio de ação do caça.
Os franceses alegam que 18 Rafale são mais eficientes que 22 Gripen, o que um membro sênior das Forças Armadas concorda – na avaliação realizada na Suíça, três Rafale ou Eurofighter Typhoon corresponderiam a cinco Gripen. O menor alcance do Gripen levaria à necessidade de mais surtidas, com retornos para reabastecimento e remuniciamento, gerando a necessidade de mais pilotos para monitorar uma zona de exclusão aérea (nota do editor: o jornal não menciona que a versão avaliada pela Suíça foi a C/D, e a oferta atual da Saab refere-se à versão E/F, com capacidade superior).
“Se for necessário”, a Força Aéra Suíça poderia trabalhar com 18 Rafale ao invés de 22 Gripen, segundo o chefe da Força, Markus Gygax. Mas ele acrescenta que “essa é uma decisão política”.
Os franceses também oferecem cooperação militar, o que seria destaque na oferta, com acesso irrestrito a suas bases aéreas. Pilotos suíços poderiam operar nelas por várias semanas, utilizarem seus campos de tiro e zonas de voo supersônico no Mediterrâneo, assim como simuladores de voo e a logística francesa em exercícios internacionais.
Ainda segundo o SonntagsZeitung, há uma explicação para a nova oferta: os franceses estavam confiantes em novembro, devido às boas avaliações divulgadas a respeito das chances do Rafale na Suíça. Mas, depois da escolha do Gripen pelo país e com os problemas para vendê-lo ao Brasil, Índia e Emirados Árabes Unidos, eles reduziram o preço para os suíços.
Matéria deste domingo do Basler Zeitung acrescenta que, segundo o parlamentar Hans Hess, a carta da Dassault será discutida na próxima semana. Já o Ministro da Defesa Ueli Maurer disse desconhecer a oferta francesa, e que isso significaria que não seria levada em consideração, porque para levá-la “seria necessário começar toda a avaliação de novo para tratar a todos de forma equânime”. A afirmação está no jornal suíço (em francês) Le Matin.
A respeito da proposta francesa, o Le Matin também destaca o diferencial do acesso aos satélites militares de reconhecimento Helios 1 e 2, assim como aos dados disponibilizados pelos AWACS franceses. Sobre valores, o jornal diz que o custo unitário do Rafale para a Suíça baixou em 15% (nota do editor: dividindo-se os valores divulgados conforme as notícias dos jornais mostradas acima, tem-se – grosso modo – uma oferta inicial de 4 bilhões de francos suíços a serem divididos por 22 caças Rafale, o que dá aproximadamente 181,8 milhões de francos por caça. Agora, com 2,7 bilhões de francos por 18 caças, o “valor unitário” cai para a cifra de 150 milhões. De fato, isso significa uma redução próxima a 15% no valor unitário das aeronaves, no qual deve-se incluir toda a divisão dos demais custos da oferta global).
Porém, ainda segundo o Le Matin, essa concessão pode ter vindo tarde demais.
http://www.aereo.jor.br/2012/01/29/grip ... as-cartas/
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Em setembro daquele ano, baixou novamente, oferencendo 22 Rafales pelo mesmo valor da proposta da SAAB. A proposta foi conformada pelo porta-voz do Governo Suíço:
Suíça: em mais uma carta, Dassault quer submeter nova proposta do Rafale
Informação foi veiculada em vários jornais suíços – nova proposta seria de 22 caças Rafale pelo mesmo preço da proposta sueca de 22 caças Gripen
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Segundo o jornal suíço 24 heures, trazendo informações de vários outros periódicos dominicais do país (Le Matin Dimanche”, “Zentralschweiz am Sonntag”, “SonntagsZeitung” e “Sonntag”), a fabricante francesa Dassault voltou à carga para oferecer seu caça Rafale à Suíça. Num momento em que continua a controvérsia no país sobre a compra do Gripen, a Dassault quer submeter uma nova oferta do Rafale, e para isso mandou uma carta em meados de setembro para o Conselho Federal e líderes dos comitês parlamentares.
André Simonazzi, porta-voz do governo, confirmou a informação, mas disse que “o Conselho Federal não tratou dessa carta mas vai respondê-la no devido tempo.” Os presidentes da comissão de política de segurança, Chantal Galladé e Hans Hess, não quiseram comentar o conteúdo da carta da Dassault.
De acordo com o que foi divulgado nos demais jornais, segundo o 24 heures, a Dassault agora oferece 22 caças Rafale por 3,1 bilhões de francos suíços – isso corresponde ao preço da sueca Saab para os 22 caças Gripen que a Suíça quer adquirir. Vale lembrar que a proposta sueca foi vencedora, por oferecer o menor preço, na concorrência para substituição parcial dos caças F-5 Tiger II, da qual participaram também a Dassault com o Rafale e o consórcio europeu Eurofighter com o Typhoon.
Hans Hess, porém, mostrou certa irritação ao falar do assunto, pois já teria dito ao fabricante francês que este não era o canal adequado. A empresa já tinha tentado relançar sua proposta aos parlamentares suíços mais cedo, neste ano. O Departamento de Defesa da Suíça foi questionado sobre o assunto, mas indicou que essa questão depende do Conselho Federal. Porém, o Departamento foi avisado dessa carta da Dassault.
Um dos jornais que repercutiu a notícia, o Luzerner Zeitung, citou que essa nova carta do fabricante francês chegou à mídia suíça por meio de um vazamento. Também noticiou que, com essa oferta, os esforços do Departamento de Defesa para uma cooperação entre Suíça e Suécia são “torpedeados novamente”.
FONTE: 24 heures e Luzerner Zeitung (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
http://www.aereo.jor.br/2012/09/25/em-m ... e-a-suica/
Os suíços não ficaram com o GripenNG apenas pelo valor. Se fosse assim aceitariam a proposta da Dassault.
P.S.: eu não coloquei o link daquele upload do relatório vazado à toa: vai atrás, e vc vai entender porque vazaram o pior relatório do Gripen.