É mais simples acertar agora a legislação enquanto não existe grandes celeumas sobre o assunto.suntsé escreveu:Não colega marcelo, não devia não.marcelo l. escreveu:As Farcs, a muito, deveriam ter ser enquadrado como organizações criminosas assim como Zetas, Máfia etc e combatidas com um lei tipica-se com rigor e extradições rápidas.
você se esqueceu que nós Brasileiros somos bonzinhos e amantes da Paz?
Está história de qualificar fulano e ciclano como terrorista é coisa para os paises imperialistas, malvados e crueis.
F A R C
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Re: F A R C
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: F A R C
Ainda que, por hipótese, as FARC fossem destruídas neste ano, será que existiria algum interesse entre os indivíduos e organizações brasileiros que nutrem simpatias por elas, de estabelecer alguma legislação que, no futuro, pudesse prejudicar novos movimentos de luta armada - claro, em defesa das massas oprimidas pelo neoliberalismo - que surgissem em outros pontos da América do Sul? Eu acho que não.marcelo l. escreveu:É mais simples acertar agora a legislação enquanto não existe grandes celeumas sobre o assunto.
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Re: F A R C
Doze militares são mortos em ataque das FARC na Colômbia.
Guerrilheiros estavam escondidos na Venezuela.
REUTERS - O Globo.com - 22.05.12.
BOGOTÁ - Doze militares morreram e quatro ficaram feridos nesta segunda-feira no nordeste da Colômbia, em um ataque de guerrilheiros esquerdistas aparentemente escondidos na Venezuela, no pior revés para as Forças Armadas nos últimos meses.
O atentado, cometido pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) com fogo de metralhadoras, fuzis e explosivos, aconteceu perto do município de Maicao, no departamento de La Guajira, quando as tropas do Exército realizavam uma patrulha pela zona.
O comandanta do Exército Nacional, general Sergio Mantilla, disse que os guerrilheiros aparentemente realizaram o ataque de território venezuelano e que depois entraram na Venezuela para evitar a perseguição das tropas.
- Foi um ataque muito forte de aproximadamente 80 indivíduos da organização terrorista FARC, presumivelmente do outro lado da fronteira - disse o oficial.
Mantilla revelou que o ataque foi realizado a cerca de 300 metros da fronteira com a Venezuela e que os guerrilheiros atacaram as tropas do Exército que protegiam um grupo de trabalhadores encarregados pelo conserto de uma torre de linhas de alta tensão derrubada horas antes pelos rebeldes.
As FARC, consideradas uma organização terrorista pelos EUA e pela União Europeia, intensificaram suas ações violentas nos últimos meses, inclusive contra o setor petroleiro, como parte de uma estratégia para mostrar seu poder militar, de acordo com fontes de segurança e analistas.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, condenou o ataque e disse que depois que falou por telefone com seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, reforçou a presença militar na zona fronteiriça para impedir que os guerrilheiros se escondam no país vizinho.
- Ele me disse que como o ataque foi tão perto da fronteira, algumas unidades de guerrilha podem ter ido para a Venezuela - disse Chávez de Caracas em um contato telefônico com os líderes de seu partido que foi transmitido pela televisão estatal.
- Nós, desde esta manhã, reforçamos o patrulhamento aéreo porque reafirmamos a nossa posição de não permitir incursões de nenhuma força armada, seja qual for sua natureza, em território venezuelano - acrescentou.
No passado, as FARC têm sido acusadas de cruzar a fronteira terrestre de 2.219 quilômetros entre os dois países para fugir das operações dos militares colombianos.
Embora o grupo rebelde tenha sido enfraquecido por uma ofensiva militar apoiada pelos Estados Unidos, em que forma mortos vários de seus comandantes, ainda tem a capacidade de realizar ataques de alto impacto.
No final de março, 68 guerrilheiros das FARC foram mortos em dois bombardeios realizados pelas Forças Armadas nos departamentos de Arauca e Meta, em meio à implementação de uma nova estratégia militar contra a guerrilha, que busca derrotá-la ou forçá-la a iniciar negociações paz.
O governo colombiano descartou a possibilidade de iniciar no futuro imediato um diálogo de paz com as FARC até que os rebeldes libertem todos os reféns, suspendam seus ataques e anunciem sua disposição para desarmar.
Mas o grupo guerrilheiro, que no final de fevereiro anunciou a suspensão dos sequestros econômicos, rejeitou as exigências por considerá-las como uma rendição.
Guerrilheiros estavam escondidos na Venezuela.
REUTERS - O Globo.com - 22.05.12.
BOGOTÁ - Doze militares morreram e quatro ficaram feridos nesta segunda-feira no nordeste da Colômbia, em um ataque de guerrilheiros esquerdistas aparentemente escondidos na Venezuela, no pior revés para as Forças Armadas nos últimos meses.
O atentado, cometido pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) com fogo de metralhadoras, fuzis e explosivos, aconteceu perto do município de Maicao, no departamento de La Guajira, quando as tropas do Exército realizavam uma patrulha pela zona.
O comandanta do Exército Nacional, general Sergio Mantilla, disse que os guerrilheiros aparentemente realizaram o ataque de território venezuelano e que depois entraram na Venezuela para evitar a perseguição das tropas.
- Foi um ataque muito forte de aproximadamente 80 indivíduos da organização terrorista FARC, presumivelmente do outro lado da fronteira - disse o oficial.
Mantilla revelou que o ataque foi realizado a cerca de 300 metros da fronteira com a Venezuela e que os guerrilheiros atacaram as tropas do Exército que protegiam um grupo de trabalhadores encarregados pelo conserto de uma torre de linhas de alta tensão derrubada horas antes pelos rebeldes.
As FARC, consideradas uma organização terrorista pelos EUA e pela União Europeia, intensificaram suas ações violentas nos últimos meses, inclusive contra o setor petroleiro, como parte de uma estratégia para mostrar seu poder militar, de acordo com fontes de segurança e analistas.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, condenou o ataque e disse que depois que falou por telefone com seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, reforçou a presença militar na zona fronteiriça para impedir que os guerrilheiros se escondam no país vizinho.
- Ele me disse que como o ataque foi tão perto da fronteira, algumas unidades de guerrilha podem ter ido para a Venezuela - disse Chávez de Caracas em um contato telefônico com os líderes de seu partido que foi transmitido pela televisão estatal.
- Nós, desde esta manhã, reforçamos o patrulhamento aéreo porque reafirmamos a nossa posição de não permitir incursões de nenhuma força armada, seja qual for sua natureza, em território venezuelano - acrescentou.
No passado, as FARC têm sido acusadas de cruzar a fronteira terrestre de 2.219 quilômetros entre os dois países para fugir das operações dos militares colombianos.
Embora o grupo rebelde tenha sido enfraquecido por uma ofensiva militar apoiada pelos Estados Unidos, em que forma mortos vários de seus comandantes, ainda tem a capacidade de realizar ataques de alto impacto.
No final de março, 68 guerrilheiros das FARC foram mortos em dois bombardeios realizados pelas Forças Armadas nos departamentos de Arauca e Meta, em meio à implementação de uma nova estratégia militar contra a guerrilha, que busca derrotá-la ou forçá-la a iniciar negociações paz.
O governo colombiano descartou a possibilidade de iniciar no futuro imediato um diálogo de paz com as FARC até que os rebeldes libertem todos os reféns, suspendam seus ataques e anunciem sua disposição para desarmar.
Mas o grupo guerrilheiro, que no final de fevereiro anunciou a suspensão dos sequestros econômicos, rejeitou as exigências por considerá-las como uma rendição.
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Re: F A R C
Forças Armadas da Colômbia aumentaram em 146 mil homens de 2001 a 2012
As forças militares e de Polícia da Colômbia aumentaram seu efetivo de 300 mil para 446 mil homens entre 2001 e 2012 e para isto contarão este ano com um orçamento ao redor de 23,2 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 12,9 bilhões), informou em 23 de maio de 2012 o presidente Juan Manuel Santos.
Segundo o governante, “graças ao aumento do orçamento da Força Pública, foi realizada a modernização da Força Aérea, o Exército tornou-se mais eficiente e profissional e a Marinha incrementou seus equipamentos e sua frota”.
Santos fez estas declarações ao participar de um tradicional ato acadêmico em Bogotá, com a presença dos comandos militares e oficiais de alta patente.
O presidente destacou que “de um orçamento no setor da Defesa – com valores registrados de 2012 – de 1,4 bilhão de pesos (US$ 764,4 milhões) em 2001, passamos (…) para 3,4 bilhões (US$ 1,86 bilhões) em 2008 e 3,2 bilhões (US$ 1,75 bilhões) em 2009 e este ano teremos investimentos de cerca de 2 bilhões de pesos (US$ 1,09 bilhões)”.
Para o funcionamento da Força Pública, “passou-se de 11,8 bilhões (US$ 6,44 bilhões) em 2001 para 21,2 bilhões [de pesos colombianos] (US$ 11,58 bilhões) em 2012, o que permitiu um crescimento da base da força de 146 mil homens”, acrescentou.
Santos explicou que entre 2001 e 2012 o Exército passou de 147 mil para 230 mil homens, a Marinha de 21 mil para 35 mil, a Força Aérea de 11 mil para 14 mil e a Polícia Nacional de 121 mil para 167 mil homens.
As forças militares colombianas enfrentam há cerca de 50 anos os grupos guerrilheiros esquerdistas e mais recentemente grupos paramilitares de extrema-direita, organizações do narcotráfico e quadrilhas criminosas a seu serviço.
Para o combate às guerrilhas e ao narcotráfico, este país recebeu dos Estados Unidos US$ 8 bilhões desde 2000, através do Plano Colômbia.
Segundo um informativo da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), entre 2006 e 2010 os 12 países que participam desta estrutura destinaram US$ 126,11 bilhões para gastos com defesa, dos quais 17 por cento correspondem à Colômbia, o segundo país com os mais altos investimentos no setor, depois do Brasil.(AFP)
Fonte: Diálogo
Posted in Defesa
fonte: www.planobrasil.com
As forças militares e de Polícia da Colômbia aumentaram seu efetivo de 300 mil para 446 mil homens entre 2001 e 2012 e para isto contarão este ano com um orçamento ao redor de 23,2 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 12,9 bilhões), informou em 23 de maio de 2012 o presidente Juan Manuel Santos.
Segundo o governante, “graças ao aumento do orçamento da Força Pública, foi realizada a modernização da Força Aérea, o Exército tornou-se mais eficiente e profissional e a Marinha incrementou seus equipamentos e sua frota”.
Santos fez estas declarações ao participar de um tradicional ato acadêmico em Bogotá, com a presença dos comandos militares e oficiais de alta patente.
O presidente destacou que “de um orçamento no setor da Defesa – com valores registrados de 2012 – de 1,4 bilhão de pesos (US$ 764,4 milhões) em 2001, passamos (…) para 3,4 bilhões (US$ 1,86 bilhões) em 2008 e 3,2 bilhões (US$ 1,75 bilhões) em 2009 e este ano teremos investimentos de cerca de 2 bilhões de pesos (US$ 1,09 bilhões)”.
Para o funcionamento da Força Pública, “passou-se de 11,8 bilhões (US$ 6,44 bilhões) em 2001 para 21,2 bilhões [de pesos colombianos] (US$ 11,58 bilhões) em 2012, o que permitiu um crescimento da base da força de 146 mil homens”, acrescentou.
Santos explicou que entre 2001 e 2012 o Exército passou de 147 mil para 230 mil homens, a Marinha de 21 mil para 35 mil, a Força Aérea de 11 mil para 14 mil e a Polícia Nacional de 121 mil para 167 mil homens.
As forças militares colombianas enfrentam há cerca de 50 anos os grupos guerrilheiros esquerdistas e mais recentemente grupos paramilitares de extrema-direita, organizações do narcotráfico e quadrilhas criminosas a seu serviço.
Para o combate às guerrilhas e ao narcotráfico, este país recebeu dos Estados Unidos US$ 8 bilhões desde 2000, através do Plano Colômbia.
Segundo um informativo da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), entre 2006 e 2010 os 12 países que participam desta estrutura destinaram US$ 126,11 bilhões para gastos com defesa, dos quais 17 por cento correspondem à Colômbia, o segundo país com os mais altos investimentos no setor, depois do Brasil.(AFP)
Fonte: Diálogo
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Re: F A R C
Procuradoria-Geral da Colômbia associa atentados a bomba à ação das Farc
30/05/2012 - 6h41
Brasília – O procurador-geral da Colômbia, Eduardo Montealegre, disse que há "indícios" do envolvimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no atentado contra o ex-ministro do Interior e da Justiça Fernando Londoño, no último dia 15 em Bogotá. Londoño conseguiu escapar, mas o motorista e o segurança dele morreram no atentado. Na mesma semana, houve a explosão de um carro-bomba na capital colombiana.
Montealegre disse que há provas que ligam o atentado contra Londoño ao carro-bomba. No entanto, anteriormente, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, policiais e militares negaram a existência de vínculos entre os dois casos.
Londoño, que foi ministro do Interior nos dois primeiros anos do governo do ex-presidente Alvaro Uribe (2002-2010), que antecedeu Santos, é considerado um crítico contumaz das Farc. No atentado contra ele, o carro em que estava, embora blindado, foi destruído.
Há duas semanas, Santos ofereceu recompensa que pode chegar a US$ 280,6 mil para quem fornecer informações sobre os atentados ocorridos em Bogotá. Ele também criou uma comissão especial para acompanhar os casos. O grupo, formado pelo ministro da Defesa, Juán Carlos Pinzón, e seu vice-ministro, Jorge Enrique Bedoya, além dos diretores de agências de Inteligência de cada uma das Forças Armadas e do prefeito de Bogotá, Gustavo Petro Urrego, investiga os atentados.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... o-das-farc
30/05/2012 - 6h41
Brasília – O procurador-geral da Colômbia, Eduardo Montealegre, disse que há "indícios" do envolvimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no atentado contra o ex-ministro do Interior e da Justiça Fernando Londoño, no último dia 15 em Bogotá. Londoño conseguiu escapar, mas o motorista e o segurança dele morreram no atentado. Na mesma semana, houve a explosão de um carro-bomba na capital colombiana.
Montealegre disse que há provas que ligam o atentado contra Londoño ao carro-bomba. No entanto, anteriormente, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, policiais e militares negaram a existência de vínculos entre os dois casos.
Londoño, que foi ministro do Interior nos dois primeiros anos do governo do ex-presidente Alvaro Uribe (2002-2010), que antecedeu Santos, é considerado um crítico contumaz das Farc. No atentado contra ele, o carro em que estava, embora blindado, foi destruído.
Há duas semanas, Santos ofereceu recompensa que pode chegar a US$ 280,6 mil para quem fornecer informações sobre os atentados ocorridos em Bogotá. Ele também criou uma comissão especial para acompanhar os casos. O grupo, formado pelo ministro da Defesa, Juán Carlos Pinzón, e seu vice-ministro, Jorge Enrique Bedoya, além dos diretores de agências de Inteligência de cada uma das Forças Armadas e do prefeito de Bogotá, Gustavo Petro Urrego, investiga os atentados.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia ... o-das-farc
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Re: F A R C
Farc usam mineração para compensar perdas com narcotráfico
Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 1/6/2012 7:44
Atrás de uma trincheira, quatro militares conversam enquanto vigiam a entrada do aeroporto de Caucasia, cidade no noroeste da Colômbia que há vários anos integra a 'zona vermelha do narcotráfico', segundo definição do governo colombiano. O papo é interrompido pelo ronco de helicópteros Mi-17 que, de tempos em tempos, chegam à base para despejar dezenas de soldados e embarcar outros.
Ao partir novamente, porém, é possível que as aeronaves não mirem plantações de coca, mas sim outra atividade que cada vez mais tem financiado grupos criminosos colombianos: a mineração de ouro.
Estimulados pela valorização de quase 100% no preço do minério desde o início da crise econômica mundial, em 2008, guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), do ELN (Exército de Libertação Nacional) e grupos remanescentes de organizações paramilitares estão recorrendo ao garimpo para se sustentar.
A atividade, segundo a polícia colombiana, tem permitido a grupos no Baixo Cauca, região a que Caucasia pertence, compensar perdas no comércio de cocaína, dificultado desde que o governo de Álvaro Uribe (2002-2010) anunciou uma guerra contra o narcotráfico.
Além disso, de acordo com a polícia, as organizações têm usado o ouro para lavar dinheiro obtido ilegalmente.
'Enquanto leva quatro meses para que uma folha de coca cresça e há grandes dificuldades para exportá-la, a mineração é mais rentável e tem menos riscos', explica um policial à BBC Brasil.
Mudança de atividade
Carlos Medina, professor da Faculdade de Direito e Ciência Política da Universidade Nacional da Colômbia, diz que a nova estratégia também reflete o êxito do Plano Colômbia (política antidrogas patrocinada pelos Estados Unidos) em reduzir as áreas de cultivo de coca por meio de fumigações.
'Grupos que se dedicavam à produção da folha estão se deslocando a outra atividade que o território onde estão localizados permite: a mineração de ouro', diz.
Medina conta que o minério começou a ser explorado na região nos tempos coloniais, mas a extração se encontrava quase adormecida até que a escalada recente nos preços do metal voltou a torná-la altamente rentável.
'Minas que foram degradadas há 15, 20 anos voltaram a ser exploradas', disse à BBC Brasil o lojista Davidson Garcez, que compra e revende ouro em Caucasia desde 1986. Segundo Garcez, houve nos últimos quatro anos um incremento de 40% no comércio do minério na cidade.
Ele afirma que, quando ingressou no mercado, os mineradores que empregavam retroescavadeiras tinham de encontrar três castelhanos (ou 13,5 gramas) de ouro por dia para cobrir seus custos. Hoje, devido à valorização, basta que encontrem 1 castelhano (4,5 gramas) por dia.
A atividade aqueceu a economia de Caucasia, com a abertura de dezenas de casas de compra de ouro, joalherias e oficinas para reparar dragas e retroescavadeiras. No entanto, a associação entre a mineração informal e grupos criminosos, somada aos danos ambientais que ela acarreta, fizeram o presidente Juan Manuel Santos declarar que combatê-la é tão importante quanto lutar contra o narcotráfico.
Desde que tomou posse, em 2011, Santos tem ordenado operações militares para fechar minas e apreender máquinas. O governo agora prepara uma série medidas legislativas para aumentar ainda mais o controle sobre a atividade.
Propinas
Em um discurso feito em janeiro em Caucasia, o presidente colombiano disse que, além de controlar minas, guerrilheiros e grupos criminosos cobram propinas de outros mineradores para cada máquina utilizada no garimpo.
Os que se recusam a pagá-las são mortos ou têm os equipamentos destruídos.
A informação foi confirmada por todos os cinco donos de minas informais que a BBC Brasil entrevistou na cidade. Segundo um deles, para cada retroescavadeira empregada, deve-se pagar mensalmente um valor que vai de 1 milhão a 3 milhões de pesos colombianos (entre R$ 1 mil e R$ 3 mil).
Como há pelo menos mil retroescavadeiras em operação no Baixo Cauca, segundo estimam os mineradores, as propinas movimentam entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões por mês, ou até R$ 36 milhões por ano.
'Não entrego dinheiro a dez pessoas armadas porque são fulano ou sicrano: faço-o para defender a minha vida, porque nosso Estado não é capaz de cuidar dos seus cidadãos', diz à BBC Brasil o minerador Luis Carlos Paternostro. 'Aqui estamos à mercê dos mais poderosos, dos que tiverem mais fuzis.'
Com medo de represálias, Paternostro não diz qual organização o extorque. Mas a polícia de Caucasia afirma que, além das Farc e do ELN, gangues remanescentes do grupo paramilitar Forças Unidas de Auto-Defesa da Colômbia (AUC) estão envolvidas com o garimpo na região.
A AUC foi criada por fazendeiros e narcotraficantes nos anos 1990 para combater as guerrilhas esquerdistas da Farc e do ELN. O grupo, porém, passou a se envolver com o tráfico de drogas e promoveu massacres de civis.
Após um acordo de paz em 2006, 30 mil de seus integrantes entregaram as armas, mas logo vários voltaram à ativa ao se reagruparem em novas organizações, batizadas de bacrim (abreviação de 'bandas criminales').
De acordo com um policial, entre essas gangues, as mais fortes no Baixo Cauca são os Urabeños e os Rastrojos. Ele diz que as duas, assim como a guerrilha, atuam nas zonas rurais e costumam se deslocar a pé, em grupos altamente armados com no máximo 15 pessoas. Como conhecem bem a região, escondem-se quando os helicópteros do Exército se aproximam.
Segundo a polícia, conflitos entre as organizações levaram a uma escalada na taxa de homicídios de Caucasia, que chegou a 186 por 100 mil habitantes em 2010 (naquele ano, o índice em toda a Colômbia foi de 34 para 100 mil). No ano passado, porém, o índice caiu para 36 por 100 mil, redução atribuída por especialistas a acordos entre alguns dos grupos.
'Viramos bandidos'
Embora reconheçam o envolvimento das bacrim e da guerrilha com o garimpo de ouro, mineradores informais se queixam do tratamento que têm recebido do governo.
'Nos anos 1980, quando o governo precisava aumentar seus estoques de ouro, recorreram a nós. Agora, viramos bandidos', afirma o minerador Fábio Builez.
'Filho e pai de mineradores', conforme se define, Builez acompanhou as várias transformações na mineração de ouro no Baixo Cauca desde o início dos anos 1970. À época, conta ele, a extração era feita artesanalmente à beira de rios. No fim daquela década, porém, a mineração começou a ser mecanizada.
Segundo Builez, a valorização do ouro nos últimos anos reconfigurou a atividade outra vez, com a chegada dos 'mineradores de ocasião' - gente de todas as regiões do país disposta a investir ao menos US$ 200 mil para comprar máquinas, contratar funcionários e começar a explorar uma mina. O grupo, segundo ele, hoje responde por 80% de todos os mineradores no Baixo Cauca.
Para o professor Carlos Medina, o combate do governo à mineração informal serve a dois propósitos: sufocar a insurgência guerrilheira e recuperar territórios controlados por grupos ilegais para permitir o avanço de grandes mineradoras.
'Mas há um conflito: a concessão às transnacionais também gera prejuízos ambientais e não proporciona nenhum tipo de desenvolvimento regional', afirma.
'E no desenrolar dessa luta estão arrastando um tipo de mineração contemplada pela Constituição, que é a mineração artesanal, levada a cabo por camponeses em condições de extrema precariedade técnica, que com um ou dois gramas (de ouro) subsistem uma semana ou um mês.'
No entanto, o governo afirma que não dará as costas aos mineradores tradicionais. 'Queremos identificá-los para que se capacitem, tenham acesso a financiamento, a tecnologias e para que seus trabalhadores tenham segurança industrial e benefícios trabalhistas', disse à BBC Brasil o vice-ministro de Minas, Henry Medina.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/farc-u ... %C3%A1fico
Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 1/6/2012 7:44
Atrás de uma trincheira, quatro militares conversam enquanto vigiam a entrada do aeroporto de Caucasia, cidade no noroeste da Colômbia que há vários anos integra a 'zona vermelha do narcotráfico', segundo definição do governo colombiano. O papo é interrompido pelo ronco de helicópteros Mi-17 que, de tempos em tempos, chegam à base para despejar dezenas de soldados e embarcar outros.
Ao partir novamente, porém, é possível que as aeronaves não mirem plantações de coca, mas sim outra atividade que cada vez mais tem financiado grupos criminosos colombianos: a mineração de ouro.
Estimulados pela valorização de quase 100% no preço do minério desde o início da crise econômica mundial, em 2008, guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), do ELN (Exército de Libertação Nacional) e grupos remanescentes de organizações paramilitares estão recorrendo ao garimpo para se sustentar.
A atividade, segundo a polícia colombiana, tem permitido a grupos no Baixo Cauca, região a que Caucasia pertence, compensar perdas no comércio de cocaína, dificultado desde que o governo de Álvaro Uribe (2002-2010) anunciou uma guerra contra o narcotráfico.
Além disso, de acordo com a polícia, as organizações têm usado o ouro para lavar dinheiro obtido ilegalmente.
'Enquanto leva quatro meses para que uma folha de coca cresça e há grandes dificuldades para exportá-la, a mineração é mais rentável e tem menos riscos', explica um policial à BBC Brasil.
Mudança de atividade
Carlos Medina, professor da Faculdade de Direito e Ciência Política da Universidade Nacional da Colômbia, diz que a nova estratégia também reflete o êxito do Plano Colômbia (política antidrogas patrocinada pelos Estados Unidos) em reduzir as áreas de cultivo de coca por meio de fumigações.
'Grupos que se dedicavam à produção da folha estão se deslocando a outra atividade que o território onde estão localizados permite: a mineração de ouro', diz.
Medina conta que o minério começou a ser explorado na região nos tempos coloniais, mas a extração se encontrava quase adormecida até que a escalada recente nos preços do metal voltou a torná-la altamente rentável.
'Minas que foram degradadas há 15, 20 anos voltaram a ser exploradas', disse à BBC Brasil o lojista Davidson Garcez, que compra e revende ouro em Caucasia desde 1986. Segundo Garcez, houve nos últimos quatro anos um incremento de 40% no comércio do minério na cidade.
Ele afirma que, quando ingressou no mercado, os mineradores que empregavam retroescavadeiras tinham de encontrar três castelhanos (ou 13,5 gramas) de ouro por dia para cobrir seus custos. Hoje, devido à valorização, basta que encontrem 1 castelhano (4,5 gramas) por dia.
A atividade aqueceu a economia de Caucasia, com a abertura de dezenas de casas de compra de ouro, joalherias e oficinas para reparar dragas e retroescavadeiras. No entanto, a associação entre a mineração informal e grupos criminosos, somada aos danos ambientais que ela acarreta, fizeram o presidente Juan Manuel Santos declarar que combatê-la é tão importante quanto lutar contra o narcotráfico.
Desde que tomou posse, em 2011, Santos tem ordenado operações militares para fechar minas e apreender máquinas. O governo agora prepara uma série medidas legislativas para aumentar ainda mais o controle sobre a atividade.
Propinas
Em um discurso feito em janeiro em Caucasia, o presidente colombiano disse que, além de controlar minas, guerrilheiros e grupos criminosos cobram propinas de outros mineradores para cada máquina utilizada no garimpo.
Os que se recusam a pagá-las são mortos ou têm os equipamentos destruídos.
A informação foi confirmada por todos os cinco donos de minas informais que a BBC Brasil entrevistou na cidade. Segundo um deles, para cada retroescavadeira empregada, deve-se pagar mensalmente um valor que vai de 1 milhão a 3 milhões de pesos colombianos (entre R$ 1 mil e R$ 3 mil).
Como há pelo menos mil retroescavadeiras em operação no Baixo Cauca, segundo estimam os mineradores, as propinas movimentam entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões por mês, ou até R$ 36 milhões por ano.
'Não entrego dinheiro a dez pessoas armadas porque são fulano ou sicrano: faço-o para defender a minha vida, porque nosso Estado não é capaz de cuidar dos seus cidadãos', diz à BBC Brasil o minerador Luis Carlos Paternostro. 'Aqui estamos à mercê dos mais poderosos, dos que tiverem mais fuzis.'
Com medo de represálias, Paternostro não diz qual organização o extorque. Mas a polícia de Caucasia afirma que, além das Farc e do ELN, gangues remanescentes do grupo paramilitar Forças Unidas de Auto-Defesa da Colômbia (AUC) estão envolvidas com o garimpo na região.
A AUC foi criada por fazendeiros e narcotraficantes nos anos 1990 para combater as guerrilhas esquerdistas da Farc e do ELN. O grupo, porém, passou a se envolver com o tráfico de drogas e promoveu massacres de civis.
Após um acordo de paz em 2006, 30 mil de seus integrantes entregaram as armas, mas logo vários voltaram à ativa ao se reagruparem em novas organizações, batizadas de bacrim (abreviação de 'bandas criminales').
De acordo com um policial, entre essas gangues, as mais fortes no Baixo Cauca são os Urabeños e os Rastrojos. Ele diz que as duas, assim como a guerrilha, atuam nas zonas rurais e costumam se deslocar a pé, em grupos altamente armados com no máximo 15 pessoas. Como conhecem bem a região, escondem-se quando os helicópteros do Exército se aproximam.
Segundo a polícia, conflitos entre as organizações levaram a uma escalada na taxa de homicídios de Caucasia, que chegou a 186 por 100 mil habitantes em 2010 (naquele ano, o índice em toda a Colômbia foi de 34 para 100 mil). No ano passado, porém, o índice caiu para 36 por 100 mil, redução atribuída por especialistas a acordos entre alguns dos grupos.
'Viramos bandidos'
Embora reconheçam o envolvimento das bacrim e da guerrilha com o garimpo de ouro, mineradores informais se queixam do tratamento que têm recebido do governo.
'Nos anos 1980, quando o governo precisava aumentar seus estoques de ouro, recorreram a nós. Agora, viramos bandidos', afirma o minerador Fábio Builez.
'Filho e pai de mineradores', conforme se define, Builez acompanhou as várias transformações na mineração de ouro no Baixo Cauca desde o início dos anos 1970. À época, conta ele, a extração era feita artesanalmente à beira de rios. No fim daquela década, porém, a mineração começou a ser mecanizada.
Segundo Builez, a valorização do ouro nos últimos anos reconfigurou a atividade outra vez, com a chegada dos 'mineradores de ocasião' - gente de todas as regiões do país disposta a investir ao menos US$ 200 mil para comprar máquinas, contratar funcionários e começar a explorar uma mina. O grupo, segundo ele, hoje responde por 80% de todos os mineradores no Baixo Cauca.
Para o professor Carlos Medina, o combate do governo à mineração informal serve a dois propósitos: sufocar a insurgência guerrilheira e recuperar territórios controlados por grupos ilegais para permitir o avanço de grandes mineradoras.
'Mas há um conflito: a concessão às transnacionais também gera prejuízos ambientais e não proporciona nenhum tipo de desenvolvimento regional', afirma.
'E no desenrolar dessa luta estão arrastando um tipo de mineração contemplada pela Constituição, que é a mineração artesanal, levada a cabo por camponeses em condições de extrema precariedade técnica, que com um ou dois gramas (de ouro) subsistem uma semana ou um mês.'
No entanto, o governo afirma que não dará as costas aos mineradores tradicionais. 'Queremos identificá-los para que se capacitem, tenham acesso a financiamento, a tecnologias e para que seus trabalhadores tenham segurança industrial e benefícios trabalhistas', disse à BBC Brasil o vice-ministro de Minas, Henry Medina.
Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/farc-u ... %C3%A1fico
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Re: F A R C
Farc falam pela 1ª vez de possível desarmamento
Por EFE Brasil, Atualizado: 01/06/2012 21:39
Bogotá, 1 jun.- As Farc afirmaram nesta sexta-feira que o marco jurídico para a paz estudado pelo Congresso colombiano pode abrir caminho para a reconciliação e pela primeira vez mencionaram a possibilidade de um desarmamento e desmobilização de seus homens.
'Para os inimigos do povo, que sempre acharam que a guerrilha nunca se submeteria à entrega das armas e à desmobilização, esta é a oportunidade para dizer-lhes que com o 'marco jurídico para a paz', vemos uma janela aberta para que isso ocorra', assinala um comunicado divulgado pelo portal 'Café Stéreo'.
Presidente da Colômbia diz que se há fatos reais das Farc haverá paz
Por EFE Brasil, Atualizado: 1/6/2012 22:26
Bogotá, 1 jun.- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta sexta-feira que se há fatos reais e não só palavras por parte das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) haverá paz neste país, que vive um conflito armado há quase 50 anos.
Santos fez esta afirmação ao mesmo tempo em que disse que seu Governo está verificando a autenticidade de um comunicado supostamente desta guerrilha, no qual fala pela primeira vez de desarmamento.
'Estão me perguntando sobre um comunicado que supostamente as Farc expediram, um comunicado onde fazem uma série de afirmações em relação a um processo de paz. Vamos verificar sua autenticidade', disse o líder.
'Se a mensagem for autêntica damos as boas-vindas a esta atitude, mas novamente o povo colombiano, pela experiência que teve, é cético. Somos como São Tomé, que para crer temos que colocar o dedo na ferida. E as palavras, por mais bonitas que sejam, não são suficientes', acrescentou o presidente.
'Queremos fatos. Se há fatos haverá paz', asseverou.
Pouco antes tinha sido divulgado um comunicado, que algumas fontes qualificaram de 'apócrifo', no qual supostamente as Farc asseguraram que o Marco Jurídico para a Paz que se debate no Congresso pode abrir o caminho para a reconciliação, e mencionaram pela primeira vez a possibilidade de um desarmamento e a desmobilização de seus homens.
'Para os inimigos do povo, que sempre acharam que a guerrilha nunca se submeteria à entrega das armas e à desmobilização, esta é a oportunidade para dizer-lhes que com o 'marco jurídico para a paz', vemos uma janela aberta para que isso ocorra', assinala um comunicado divulgado pelo portal 'Café Stéreo'. EFE
Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/presid ... 3%A1-paz-3
Por EFE Brasil, Atualizado: 01/06/2012 21:39
Bogotá, 1 jun.- As Farc afirmaram nesta sexta-feira que o marco jurídico para a paz estudado pelo Congresso colombiano pode abrir caminho para a reconciliação e pela primeira vez mencionaram a possibilidade de um desarmamento e desmobilização de seus homens.
'Para os inimigos do povo, que sempre acharam que a guerrilha nunca se submeteria à entrega das armas e à desmobilização, esta é a oportunidade para dizer-lhes que com o 'marco jurídico para a paz', vemos uma janela aberta para que isso ocorra', assinala um comunicado divulgado pelo portal 'Café Stéreo'.
Presidente da Colômbia diz que se há fatos reais das Farc haverá paz
Por EFE Brasil, Atualizado: 1/6/2012 22:26
Bogotá, 1 jun.- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta sexta-feira que se há fatos reais e não só palavras por parte das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) haverá paz neste país, que vive um conflito armado há quase 50 anos.
Santos fez esta afirmação ao mesmo tempo em que disse que seu Governo está verificando a autenticidade de um comunicado supostamente desta guerrilha, no qual fala pela primeira vez de desarmamento.
'Estão me perguntando sobre um comunicado que supostamente as Farc expediram, um comunicado onde fazem uma série de afirmações em relação a um processo de paz. Vamos verificar sua autenticidade', disse o líder.
'Se a mensagem for autêntica damos as boas-vindas a esta atitude, mas novamente o povo colombiano, pela experiência que teve, é cético. Somos como São Tomé, que para crer temos que colocar o dedo na ferida. E as palavras, por mais bonitas que sejam, não são suficientes', acrescentou o presidente.
'Queremos fatos. Se há fatos haverá paz', asseverou.
Pouco antes tinha sido divulgado um comunicado, que algumas fontes qualificaram de 'apócrifo', no qual supostamente as Farc asseguraram que o Marco Jurídico para a Paz que se debate no Congresso pode abrir o caminho para a reconciliação, e mencionaram pela primeira vez a possibilidade de um desarmamento e a desmobilização de seus homens.
'Para os inimigos do povo, que sempre acharam que a guerrilha nunca se submeteria à entrega das armas e à desmobilização, esta é a oportunidade para dizer-lhes que com o 'marco jurídico para a paz', vemos uma janela aberta para que isso ocorra', assinala um comunicado divulgado pelo portal 'Café Stéreo'. EFE
Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/presid ... 3%A1-paz-3
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Re: F A R C
Site ligado às Farc diz que nota sobre desarmamento foi divulgada por hacker
02 de junho de 2012 • 11h52
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Um site ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) informou neste sábado que foi invadido por um "hacker" que postou um suposto comunicado da guerrilha segundo o qual, supostamente, os rebeldes aceitavam um desarmamento, uma desmobilização e davam sinal verde ao acordo jurídico para a paz estudado pelo Congresso do país.
"Quem tem recursos para pagar ''hackers'' e tentar dar legitimidade a uma lei feita para proteger terroristas de estado?", questiona o "radiocafestereo.nu", site que divulgou ontem o comunicado.
"Um comunicado em nome das Farc-EP foi colocado em nossa página, e não temos clareza de sua procedência", disse o portal.
Ainda segundo o site, o "marco jurídico para a paz" que atualmente é debatido pelo Congresso colombiano "visa tirar da prisão militares e outros personagens condenados por massacres e outros crimes contra o povo colombiano".
A página, hospedada fora do país, explicou que "as senhas da administração do site (...) foram mudadas, tornando impossível a correção rápida desta informação", e anunciou que investiga a invasão e pôs no ar "a cópia de segurança da página de dois dias atrás, e por enquanto tudo parece corrigido".
O esclarecimento termina com outra dúvida: "O que pretendem continuando a enganar a Colômbia e o mundo?" A nota segundo a qual a guerrilha falava pela primeira vez em largar as armas gerou tamanha repercussão na Colômbia que o próprio presidente Juan Manuel Santos anunciou que o governo investigaria sua autenticidade.
"Se for autêntica, daremos as boas-vindas a esta atitude, mas novamente o povo colombiano, pela experiência que tem, é cético. Somos como São Tomé, para crermos, precisamos colocar o dedo na ferida", afirmou Santos.
"As palavras, por mais bonitas que sejam, não são suficientes. Queremos ações, se houver ações, haverá paz", acrescentou.
Santos respondeu dessa forma ao comunicado divulgado na sexta-feira no site "Cafe Stereo" que indicava que as Farc aceitavam o marco jurídico para a paz e pela primeira vez "anunciavam" que estavam dispostas a deixar as armas e a se desmobilizar.
"Para os inimigos do povo, que sempre acharam que a guerrilha nunca se submeteria à entrega das armas e à desmobilização, esta é a oportunidade para lhes dizer que com o ''marco jurídico para a paz'' vemos uma janela aberta para que isso ocorra", dizia o texto.
Habitualmente, a guerrilha colombiana divulga seus comunicados e entrevistas em sua página oficial ("www.farc-ep.co"). Também costuma fazê-lo na página da chamada Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol).
O suposto comunicado das Farc, uma carta dessa guerrilha ao presidente da França, François Hollande, e a libertação do repórter francês Roméo Langlois aconteceram em meio à reta final da discussão do Congresso sobre o acordo jurídico para a paz - uma proposta governamental que busca ferramentas jurídicas para desenvolver um futuro diálogo com as guerrilhas e firmar as bases para a negociação de uma saída política ao conflito armado que afeta a Colômbia há quase 50 anos.
02 de junho de 2012 • 11h52
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Um site ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) informou neste sábado que foi invadido por um "hacker" que postou um suposto comunicado da guerrilha segundo o qual, supostamente, os rebeldes aceitavam um desarmamento, uma desmobilização e davam sinal verde ao acordo jurídico para a paz estudado pelo Congresso do país.
"Quem tem recursos para pagar ''hackers'' e tentar dar legitimidade a uma lei feita para proteger terroristas de estado?", questiona o "radiocafestereo.nu", site que divulgou ontem o comunicado.
"Um comunicado em nome das Farc-EP foi colocado em nossa página, e não temos clareza de sua procedência", disse o portal.
Ainda segundo o site, o "marco jurídico para a paz" que atualmente é debatido pelo Congresso colombiano "visa tirar da prisão militares e outros personagens condenados por massacres e outros crimes contra o povo colombiano".
A página, hospedada fora do país, explicou que "as senhas da administração do site (...) foram mudadas, tornando impossível a correção rápida desta informação", e anunciou que investiga a invasão e pôs no ar "a cópia de segurança da página de dois dias atrás, e por enquanto tudo parece corrigido".
O esclarecimento termina com outra dúvida: "O que pretendem continuando a enganar a Colômbia e o mundo?" A nota segundo a qual a guerrilha falava pela primeira vez em largar as armas gerou tamanha repercussão na Colômbia que o próprio presidente Juan Manuel Santos anunciou que o governo investigaria sua autenticidade.
"Se for autêntica, daremos as boas-vindas a esta atitude, mas novamente o povo colombiano, pela experiência que tem, é cético. Somos como São Tomé, para crermos, precisamos colocar o dedo na ferida", afirmou Santos.
"As palavras, por mais bonitas que sejam, não são suficientes. Queremos ações, se houver ações, haverá paz", acrescentou.
Santos respondeu dessa forma ao comunicado divulgado na sexta-feira no site "Cafe Stereo" que indicava que as Farc aceitavam o marco jurídico para a paz e pela primeira vez "anunciavam" que estavam dispostas a deixar as armas e a se desmobilizar.
"Para os inimigos do povo, que sempre acharam que a guerrilha nunca se submeteria à entrega das armas e à desmobilização, esta é a oportunidade para lhes dizer que com o ''marco jurídico para a paz'' vemos uma janela aberta para que isso ocorra", dizia o texto.
Habitualmente, a guerrilha colombiana divulga seus comunicados e entrevistas em sua página oficial ("www.farc-ep.co"). Também costuma fazê-lo na página da chamada Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol).
O suposto comunicado das Farc, uma carta dessa guerrilha ao presidente da França, François Hollande, e a libertação do repórter francês Roméo Langlois aconteceram em meio à reta final da discussão do Congresso sobre o acordo jurídico para a paz - uma proposta governamental que busca ferramentas jurídicas para desenvolver um futuro diálogo com as guerrilhas e firmar as bases para a negociação de uma saída política ao conflito armado que afeta a Colômbia há quase 50 anos.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: F A R C
'Senhor das armas’ brasileiro negocia com Farc e integrou lista suja dos EUA
Solto por habeas corpus do STJ e pouco conhecido no País, traficante condenado Coracy Vilhena foi parceiro de Beira-Mar e teve alerta vermelho da Interpol Raphael Gomide, iG Rio de Janeiro 12/06/2012 06:00:48
Coracy Vilhena dos Santos, em foto ao ser preso, é o "senhor das armas" brasileiro Foto: Reprodução
Condenado pela Justiça por tráfico de cocaína, mas solto por habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o brasileiro Coracy Vilhena dos Santos atua no comércio internacional de armas e drogas há mais de 20 anos e negocia ativamente com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o iG apurou.
Por sua atuação destacada nesse comércio clandestino, o paraense de 54 anos é também conhecido como Vítor – alusão ao russo Viktor Bout, o “senhor das armas”, que inspirou o personagem de Nicolas Cage no filme de mesmo título.
No contexto global, a importância de Coracy é tanta que ele foi incluído em 2006 e 2007 na “lista suja” (Kingpin Act) da presidência dos Estados Unidos, que reúne os chefões e os nomes mais perigosos e influentes do tráfico internacional. Os integrantes da "lista suja" têm os bens bloqueados nos EUA.
Ele também esteve na lista de procurados com "alerta de difusão vermelho", nível máximo, da Interpol (Polícia Internacional), de 2004 até 2007, quando foi preso novamente após sete anos foragido.
No Brasil, porém, ele consegue manter um perfil discreto, quase invisível para as forças policiais e a imprensa.
Ligações com as Farc, Beira-Mar e Leonardo Mendonça
Alerta de difusão vermelha da Interpol pela prisão de Coaracy, que vigorou de 2004 a 2009 Foto: Reprodução
Coracy, ou Vítor, atua nas fronteiras internacionais, principalmente com a Colômbia, Guiana e Suriname.
Investigações da Polícia Federal apontaram que sua operação principal é a troca de armas por cocaína das Farc. Ele entrega as armas e recebe drogas em troca. Usando o Brasil como rota do tráfico internacional e usando barcos e aviões pequenos como meios de transporte, ele distribui os entorpecentes no Brasil e os envia para a Guiana, Suriname e Venezuela, de onde seguem para Europa e Estados Unidos.
É considerado um atacadista, que atua com grandes quantidades de droga.
No plano internacional, segundo investigações a que o iG teve acesso, ele tem conexões diretas com lideranças das Farc e já teria estado pessoalmente com Luiz Edgar Devia, o porta-voz das Farc conhecido como Raul Reyes – morto na operação militar colombiana na fronteira com o Equador, em 2008 – e com Victor Julio Suárez Rojas, o Mono Jojoy, chefe militar das Farc morto em um ataque militar, em 2010.
Beira-Mar foi parceiro de Coracy até ser preso, na Colômbia Foto: Agência Estado
No Brasil, fez parcerias com Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar – traficante do Rio preso na Colômbia, em abril de 2001, e Leonardo Dias Mendonça, detido em 2002 na “Operação Diamante”, da Polícia Federal, e apontado então como o maior traficante do País pela PF, que identificou remessas suas de 2 toneladas para o Suriname e a Guiana.
Beira-Mar e Leonardo baleado em 2009 no presídio em Goiás e depois transferido para penitenciária federal de segurança máxima são dois dos maiores nomes do tráfico no Brasil e atuaram juntos no tráfico de cocaína da Colômbia para o Suriname e a Guiana.
Na investigação que levou à prisão de Leonardo, a PF descobriu que ele levou ao menos 2 toneladas de cocaína da Colômbia para o Suriname e para a Guiana.
Leonardo e Beira-Mar têm muitas semelhanças com Coracy.
Coracy mantinha contatos com Beira-Mar e Leonardo Mendonça Foto: Reprodução
O primeiro também mantinha contatos com as Farc, era investigado pelo FBI e constava na lista de criminosos mais procurados da Interpol. Beira-Mar foi preso na Colômbia, após tiroteio com as forças de segurança daquele país. Ele estivera com Negro Acácio, então responsável das Farc pelo tráfico de drogas.
Coracy também tinha contatos com Negro Acácio e com Gerardo Aguilar Ramirez, o Cesar - preso na operação que libertou Ingrid Bettancourt e mais 14 sequestrados das Farc, em 2008 (ver vídeos).
Colômbia, Suriname e Guiana são a área de operação de Coracy, que chegou a morar em Georgetown (Guiana), no fim de 2005. Ele teria se deslocado à Guiana para se aproveitar da farta oferta de armas e munição no mercado negro daquele país e do escasso combate à atividade.
Discrição
Diferentemente dos parceiros brasileiros Beira-Mar e Leonardo, cujos nomes aparecem muito na mídia, Coracy consegue manter um perfil discreto, quase invisível para as forças policiais e à imprensa.
É conhecido por sua habilidade de ficar abaixo dos radares das polícias locais e internacionais enquanto estabelece conexões de negócios e operações fornecimento de armas a intermediários e representantes das Farc, e narcotraficantes para compradores no Brasil, Guiana e Suriname.
Coracy teve contato com Mono Jojoy, chefe militar das Farc Foto: AFP
Embora seja apontado como o maior traficante de armas do Brasil motivo por que entrou para a lista negra dos EUA, além da atuação junto às Farc ele teve apenas duas condenações, a última em processo criminal de 1998, em que foi sentenciado com seis companheiros a 7 anos e 6 meses de reclusão e 150 dias-multa, por ser reincidente em tráfico de entorpecentes.
Preso em fevereiro de 1999 após a apreensão de quantidade de drogas relativamente pequena p, a sentença foi parcialmente anulada e seu regime passou a ser semi-aberto. Um habeas corpus preventivo o libertou em outubro de 99. Quando saiu a sentença, em maio de 2000, estava foragido, e só foi novamente preso em novembro de 2007, portanto mais de sete anos depois.
Entretanto, em dezembro de 2009, o STJ lhe concedeu o direito de apelar em liberdade.
Base em Manaus e conexões com Guiana, Suriname e Venezuela
Jornalista francês Romeo Langlois foi sequestrado e libertado pelas Farc Foto: AP
Apesar de baseado em Manaus (AM), Coracy circula com desenvoltura pela região amazônica. Tem conexões de negócios e viaja com frequência para a fronteira da região com a Colômbia, Georgetown, na Guiana, e Paramaribo, Suriname.
Ele coordena o transporte de armas e drogas na região. A reportagem apurou que agentes operacionais das Farc ligados a Coracy entraram na Venezuela pelo Rio Negro e pelo Rio Orinoco para receber remessas de armas da Guiana e do Suriname.
A quadrilha do brasileiro também teria usado com frequência aeroportos clandestinos na Venezuela, em Maroa e Puerto Ayacucho, com capacidade para receber aviões grandes.
O iG não conseguiu contato com o advogado de Coracy, Antônio José Dantas Ribeiro, baseado no Pará. Seu nome e foto aparecem no cadastro de membros da OAB no Estado, mas não há telefone disponível. Os telefones do advogado e de Coracy também não estão na lista telefônica.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2 ... a-neg.html
Solto por habeas corpus do STJ e pouco conhecido no País, traficante condenado Coracy Vilhena foi parceiro de Beira-Mar e teve alerta vermelho da Interpol Raphael Gomide, iG Rio de Janeiro 12/06/2012 06:00:48
Coracy Vilhena dos Santos, em foto ao ser preso, é o "senhor das armas" brasileiro Foto: Reprodução
Condenado pela Justiça por tráfico de cocaína, mas solto por habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o brasileiro Coracy Vilhena dos Santos atua no comércio internacional de armas e drogas há mais de 20 anos e negocia ativamente com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o iG apurou.
Por sua atuação destacada nesse comércio clandestino, o paraense de 54 anos é também conhecido como Vítor – alusão ao russo Viktor Bout, o “senhor das armas”, que inspirou o personagem de Nicolas Cage no filme de mesmo título.
No contexto global, a importância de Coracy é tanta que ele foi incluído em 2006 e 2007 na “lista suja” (Kingpin Act) da presidência dos Estados Unidos, que reúne os chefões e os nomes mais perigosos e influentes do tráfico internacional. Os integrantes da "lista suja" têm os bens bloqueados nos EUA.
Ele também esteve na lista de procurados com "alerta de difusão vermelho", nível máximo, da Interpol (Polícia Internacional), de 2004 até 2007, quando foi preso novamente após sete anos foragido.
No Brasil, porém, ele consegue manter um perfil discreto, quase invisível para as forças policiais e a imprensa.
Ligações com as Farc, Beira-Mar e Leonardo Mendonça
Alerta de difusão vermelha da Interpol pela prisão de Coaracy, que vigorou de 2004 a 2009 Foto: Reprodução
Coracy, ou Vítor, atua nas fronteiras internacionais, principalmente com a Colômbia, Guiana e Suriname.
Investigações da Polícia Federal apontaram que sua operação principal é a troca de armas por cocaína das Farc. Ele entrega as armas e recebe drogas em troca. Usando o Brasil como rota do tráfico internacional e usando barcos e aviões pequenos como meios de transporte, ele distribui os entorpecentes no Brasil e os envia para a Guiana, Suriname e Venezuela, de onde seguem para Europa e Estados Unidos.
É considerado um atacadista, que atua com grandes quantidades de droga.
No plano internacional, segundo investigações a que o iG teve acesso, ele tem conexões diretas com lideranças das Farc e já teria estado pessoalmente com Luiz Edgar Devia, o porta-voz das Farc conhecido como Raul Reyes – morto na operação militar colombiana na fronteira com o Equador, em 2008 – e com Victor Julio Suárez Rojas, o Mono Jojoy, chefe militar das Farc morto em um ataque militar, em 2010.
Beira-Mar foi parceiro de Coracy até ser preso, na Colômbia Foto: Agência Estado
No Brasil, fez parcerias com Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar – traficante do Rio preso na Colômbia, em abril de 2001, e Leonardo Dias Mendonça, detido em 2002 na “Operação Diamante”, da Polícia Federal, e apontado então como o maior traficante do País pela PF, que identificou remessas suas de 2 toneladas para o Suriname e a Guiana.
Beira-Mar e Leonardo baleado em 2009 no presídio em Goiás e depois transferido para penitenciária federal de segurança máxima são dois dos maiores nomes do tráfico no Brasil e atuaram juntos no tráfico de cocaína da Colômbia para o Suriname e a Guiana.
Na investigação que levou à prisão de Leonardo, a PF descobriu que ele levou ao menos 2 toneladas de cocaína da Colômbia para o Suriname e para a Guiana.
Leonardo e Beira-Mar têm muitas semelhanças com Coracy.
Coracy mantinha contatos com Beira-Mar e Leonardo Mendonça Foto: Reprodução
O primeiro também mantinha contatos com as Farc, era investigado pelo FBI e constava na lista de criminosos mais procurados da Interpol. Beira-Mar foi preso na Colômbia, após tiroteio com as forças de segurança daquele país. Ele estivera com Negro Acácio, então responsável das Farc pelo tráfico de drogas.
Coracy também tinha contatos com Negro Acácio e com Gerardo Aguilar Ramirez, o Cesar - preso na operação que libertou Ingrid Bettancourt e mais 14 sequestrados das Farc, em 2008 (ver vídeos).
Colômbia, Suriname e Guiana são a área de operação de Coracy, que chegou a morar em Georgetown (Guiana), no fim de 2005. Ele teria se deslocado à Guiana para se aproveitar da farta oferta de armas e munição no mercado negro daquele país e do escasso combate à atividade.
Discrição
Diferentemente dos parceiros brasileiros Beira-Mar e Leonardo, cujos nomes aparecem muito na mídia, Coracy consegue manter um perfil discreto, quase invisível para as forças policiais e à imprensa.
É conhecido por sua habilidade de ficar abaixo dos radares das polícias locais e internacionais enquanto estabelece conexões de negócios e operações fornecimento de armas a intermediários e representantes das Farc, e narcotraficantes para compradores no Brasil, Guiana e Suriname.
Coracy teve contato com Mono Jojoy, chefe militar das Farc Foto: AFP
Embora seja apontado como o maior traficante de armas do Brasil motivo por que entrou para a lista negra dos EUA, além da atuação junto às Farc ele teve apenas duas condenações, a última em processo criminal de 1998, em que foi sentenciado com seis companheiros a 7 anos e 6 meses de reclusão e 150 dias-multa, por ser reincidente em tráfico de entorpecentes.
Preso em fevereiro de 1999 após a apreensão de quantidade de drogas relativamente pequena p, a sentença foi parcialmente anulada e seu regime passou a ser semi-aberto. Um habeas corpus preventivo o libertou em outubro de 99. Quando saiu a sentença, em maio de 2000, estava foragido, e só foi novamente preso em novembro de 2007, portanto mais de sete anos depois.
Entretanto, em dezembro de 2009, o STJ lhe concedeu o direito de apelar em liberdade.
Base em Manaus e conexões com Guiana, Suriname e Venezuela
Jornalista francês Romeo Langlois foi sequestrado e libertado pelas Farc Foto: AP
Apesar de baseado em Manaus (AM), Coracy circula com desenvoltura pela região amazônica. Tem conexões de negócios e viaja com frequência para a fronteira da região com a Colômbia, Georgetown, na Guiana, e Paramaribo, Suriname.
Ele coordena o transporte de armas e drogas na região. A reportagem apurou que agentes operacionais das Farc ligados a Coracy entraram na Venezuela pelo Rio Negro e pelo Rio Orinoco para receber remessas de armas da Guiana e do Suriname.
A quadrilha do brasileiro também teria usado com frequência aeroportos clandestinos na Venezuela, em Maroa e Puerto Ayacucho, com capacidade para receber aviões grandes.
O iG não conseguiu contato com o advogado de Coracy, Antônio José Dantas Ribeiro, baseado no Pará. Seu nome e foto aparecem no cadastro de membros da OAB no Estado, mas não há telefone disponível. Os telefones do advogado e de Coracy também não estão na lista telefônica.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2 ... a-neg.html
att, binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
REgistro Nacional de DOadores de MEdula nº 1.256.762
UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA. Sócrates
Depoimento ABRALE http://www.abrale.org.br/apoio_paciente ... php?id=771
DOE VIDA, DOE MEDULA!
REgistro Nacional de DOadores de MEdula nº 1.256.762
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Re: F A R C
E a gente - pobres seres humanos comuns, não-jurídicos - se pergunta: como é possível que um bandido perigoso deste naipe possa receber habeas-corpus?binfa escreveu:'Senhor das armas’ brasileiro negocia com Farc e integrou lista suja dos EUA
Solto por habeas corpus do STJ e pouco conhecido no País, traficante condenado Coracy Vilhena foi parceiro de Beira-Mar e teve alerta vermelho da Interpol Raphael Gomide, iG Rio de Janeiro 12/06/2012 06:00:48
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Re: F A R C
Eu acho que você ja tem a resposta, mas como a prudência é tipica do seu temperamento você não falou com todas as letras.Clermont escreveu:E a gente - pobres seres humanos comuns, não-jurídicos - se pergunta: como é possível que um bandido perigoso deste naipe possa receber habeas-corpus?binfa escreveu:'Senhor das armas’ brasileiro negocia com Farc e integrou lista suja dos EUA
Solto por habeas corpus do STJ e pouco conhecido no País, traficante condenado Coracy Vilhena foi parceiro de Beira-Mar e teve alerta vermelho da Interpol Raphael Gomide, iG Rio de Janeiro 12/06/2012 06:00:48
Mas eu tenho um palpite de que um bom padrinho as vezes ajuda muito.
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Re: F A R C
E ainda tem gente que acha que o Brasil não faz parte da guerra colombiana. E ignora que no futuro, torço eu que distante, isso tudo será motivo para agressões.Apesar de baseado em Manaus (AM)
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: F A R C
Confirmada a morte em combate do líder da Frente 37 das FARC .
http://www.defesanet.com.br/images/resi ... true/false
Foto de arquivo de um vídeo do comandante das FARC, Ivan Marquez, quem ordenou um plano para recuperar as finanças da guerrilha, executar um recrutamento forçado e recuperar a sua capacidade armada. (Foto: AFP/WWW.FARC-EP.CO)
Em uma operação conjunta entre o Exército Nacional, a Marinha e a Força Aérea colombiana, foi localizada a estrutura do acampamento da Frente 37 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) no município de Nechí, estado de Antioquia.
Este duro golpe contra a estrutura logística e financeira do “Bloco Caribe” foi desferido como consequência da compilação detalhada de inteligência obtida pela Marinha Nacional, da precisão das aeronaves de combate e reconhecimento da Força Aérea e das operações subsequentes do Exército Nacional do país sul-americano. O Corpo Técnico de Investigações da Promotoria identificou Luis Enrique Benítez Cañola, vulgo “Silvio el Francés”, líder da Frente 37, e Hernando Tique Rodríguez, vulgo “Ulises”, segundo líder da Frente 35, mortos em combate durante a operação.
Até o momento foram confirmadas as mortes em combate de oito indivíduos, três feridos, a apreensão de nove fuzis, uma pistola, equipamentos de campanha, comunicações e uma tonelada de víveres.
Os feridos vinham praticando extorsões contra mineiros e faziam parte da segurança do líder de codinome “Silvio”.
A operação realizada na madrugada de 6 de junho neutraliza uma vez mais a execução do “Plano de retomada dos Montes de María”, ordenado pelo vulgo “Iván Márquez”, quando os redutos das Frentes 35 e 37 se estabeleceram na região sul de Bolívar para reforçar suas finanças, realizar recrutamentos forçados e recuperar a capacidade armada.
Com as operações realizadas pela Força Pública para impedir a execução do “Plano de retomada dos Montes de María” foram neutralizados, um a um, os líderes dessas frentes.
QUEM ERA:
Praticava crimes há 34 anos nesta organização narcoterrorista.
Dedicava-se a obter recursos para apoiar o Bloco Caribe e seus líderes, através de extorsão contra trabalhadores da mineração, comerciantes, fazendeiros da região, cobrança de propina aos plantadores de folha de coca e a realização de sequestros com extorsão.
Participou do sequestro do ex-ministro Fernando Araujo.
A partir de 2010, assumiu a liderança da Frente 37
Tinha contra ele ordem de prisão por rebelião, sequestro com extorsão, tráfico de entorpecentes e extorsão.
Entre as múltiplas ações terroristas de que participou, registram-se:
• O massacre de 13 pessoas em junho de 2001.
• O ataque a um comboio militar de Fuzileiros Navais, que deixou um saldo de 12 militares mortos e nove feridos.
• Atentado terrorista contra unidades da Polícia Nacional, em junho de 2003.
• Em fevereiro de 2008, ordenou a instalação e ativação de um dispositivo explosivo improvisado contra uma torre de interconexão elétrica em Tabacalito.
• Nos anos de 2010 e 2011, foi responsável por vários ataques a tropas do Exército Nacional.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... -das-FARC-
http://www.defesanet.com.br/images/resi ... true/false
Foto de arquivo de um vídeo do comandante das FARC, Ivan Marquez, quem ordenou um plano para recuperar as finanças da guerrilha, executar um recrutamento forçado e recuperar a sua capacidade armada. (Foto: AFP/WWW.FARC-EP.CO)
Em uma operação conjunta entre o Exército Nacional, a Marinha e a Força Aérea colombiana, foi localizada a estrutura do acampamento da Frente 37 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) no município de Nechí, estado de Antioquia.
Este duro golpe contra a estrutura logística e financeira do “Bloco Caribe” foi desferido como consequência da compilação detalhada de inteligência obtida pela Marinha Nacional, da precisão das aeronaves de combate e reconhecimento da Força Aérea e das operações subsequentes do Exército Nacional do país sul-americano. O Corpo Técnico de Investigações da Promotoria identificou Luis Enrique Benítez Cañola, vulgo “Silvio el Francés”, líder da Frente 37, e Hernando Tique Rodríguez, vulgo “Ulises”, segundo líder da Frente 35, mortos em combate durante a operação.
Até o momento foram confirmadas as mortes em combate de oito indivíduos, três feridos, a apreensão de nove fuzis, uma pistola, equipamentos de campanha, comunicações e uma tonelada de víveres.
Os feridos vinham praticando extorsões contra mineiros e faziam parte da segurança do líder de codinome “Silvio”.
A operação realizada na madrugada de 6 de junho neutraliza uma vez mais a execução do “Plano de retomada dos Montes de María”, ordenado pelo vulgo “Iván Márquez”, quando os redutos das Frentes 35 e 37 se estabeleceram na região sul de Bolívar para reforçar suas finanças, realizar recrutamentos forçados e recuperar a capacidade armada.
Com as operações realizadas pela Força Pública para impedir a execução do “Plano de retomada dos Montes de María” foram neutralizados, um a um, os líderes dessas frentes.
QUEM ERA:
Praticava crimes há 34 anos nesta organização narcoterrorista.
Dedicava-se a obter recursos para apoiar o Bloco Caribe e seus líderes, através de extorsão contra trabalhadores da mineração, comerciantes, fazendeiros da região, cobrança de propina aos plantadores de folha de coca e a realização de sequestros com extorsão.
Participou do sequestro do ex-ministro Fernando Araujo.
A partir de 2010, assumiu a liderança da Frente 37
Tinha contra ele ordem de prisão por rebelião, sequestro com extorsão, tráfico de entorpecentes e extorsão.
Entre as múltiplas ações terroristas de que participou, registram-se:
• O massacre de 13 pessoas em junho de 2001.
• O ataque a um comboio militar de Fuzileiros Navais, que deixou um saldo de 12 militares mortos e nove feridos.
• Atentado terrorista contra unidades da Polícia Nacional, em junho de 2003.
• Em fevereiro de 2008, ordenou a instalação e ativação de um dispositivo explosivo improvisado contra uma torre de interconexão elétrica em Tabacalito.
• Nos anos de 2010 e 2011, foi responsável por vários ataques a tropas do Exército Nacional.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... -das-FARC-
- Andre Correa
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Re: F A R C
Não sei se já postaram:
Pelos comentários no YT, o Exército Colombiano atacou esta embarcação, com Guerrilheiros das FARC em resposta a um ataque a soldados do EB.
Pelos comentários no YT, o Exército Colombiano atacou esta embarcação, com Guerrilheiros das FARC em resposta a um ataque a soldados do EB.
Audaces Fortuna Iuvat
- Luiz Bastos
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Re: F A R C
Sera que morreu algum guerrilheiro?
Como gastaram munição.... e o pior. Vão atirar mal assim na China. A maioria dos tiros foi na água.
Como gastaram munição.... e o pior. Vão atirar mal assim na China. A maioria dos tiros foi na água.