Programa de mísseis da MB
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Re: Programa de mísseis da MB
No fim, acho é o que vai acontecer. Sindicalista no Brasil não vive sem uma peixada do governo e do partido do governo. E claro, sem as benesses financeiras do sistema de sindicalismo obrigatório deste país.
Acho até que a MB já trabalha com esta possível solução. O EB é sempre mais atrasado, mas vai acabar encampando a mesma saída.
O peleguismo sindical político ideológico é capaz de coisas que até Stalin duvida.
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Re: Programa de mísseis da MB
Pessoal, boa tarde!
Seguem atualizações do programa do MANSUP:
https://www.defesaaereanaval.com.br/art ... -do-astros
Fonte: Defesa Aérea Naval
Seguem atualizações do programa do MANSUP:
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- FCarvalho
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Re: Programa de mísseis da MB
Só tenho uma dúvida. A SIATT não produz e muito menos dispõe de absolutamente nada do que ofereceu no texto do site.
Então, ou vão tirar da EDGE, que também não sei se tem tudo isso para oferecer à MB, ou se vão fazer isso a partir de ofertas de produtos e soluções encontradas na BIDS e em parcerias com estas, ou de empresas estrangeiras, e simplesmente fazer a integração aqui.
Há sim, tem anos, se não mais de uma década que desenvolvemos aqui um radar OTH via IACIT e até hoje a MB não fez nada além de acompanhar os infinitos testes e avaliações do único radar lá nos cafundó do judas no RS. E não saiu disso até hoje aparentemente.
O SISGAAz prevê, também, o uso deste tipo de radares em seu sistema, mas até agora não se viu e não se vê vislumbre da sua adoção, muito menos do modelo brasileiro.
A ver.
Então, ou vão tirar da EDGE, que também não sei se tem tudo isso para oferecer à MB, ou se vão fazer isso a partir de ofertas de produtos e soluções encontradas na BIDS e em parcerias com estas, ou de empresas estrangeiras, e simplesmente fazer a integração aqui.
Há sim, tem anos, se não mais de uma década que desenvolvemos aqui um radar OTH via IACIT e até hoje a MB não fez nada além de acompanhar os infinitos testes e avaliações do único radar lá nos cafundó do judas no RS. E não saiu disso até hoje aparentemente.
O SISGAAz prevê, também, o uso deste tipo de radares em seu sistema, mas até agora não se viu e não se vê vislumbre da sua adoção, muito menos do modelo brasileiro.
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- knigh7
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- FCarvalho
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Re: Programa de mísseis da MB
Em que pese a necessidade, oportunidade e a total conveniência do desenvolvimento desta versão do MANSUP, o que me chama a atenção é o fato de que o CFN possui apenas 6 veículos lançadores do ASTROS 2020, ou seja, uma única e simplória bateria. Neste sentido, do ponto de vista comercial, ter o CFN como cliente de lançamento não é exatamente um suporte fidedigno a este projeto, uma vez que a marinha, como as demais forças, não tem orçamento suficiente para adequar suas compras às suas necessidades reais, sobrando apenas aquisições pontuais e a miúde do que eventualmente se produz aqui.
Se o projeto permanecer apenas em dois mísseis por viatura lançadora, que parece ser o caso, na teoria, segundo os manuais de operação do ASTROS, é de se esperar a aquisição de, ao menos, 36 unidades destes mísseis, considerando o equipamento mínimo da bateria. Horas, eu tenho a mais absoluta certeza de que a MB sequer passa perto de tal quantidade, quando, e se muito, deve comprar um terço disso, a fim de tentar pagar os custos de desenvolvimento.
Não faço ideia de quanto custa uma unidade do Mansup, mas a julgar pela precariedade das encomendas que a MB deve fazer a si, não é de se surpreender que ele talvez seja tão ou mais caro que os Exocet e Harpoon da vida, dentre outros, com os quais pretende concorrer no mercado internacional. E sem uma linha ativa, reguular e longeva por aqui para justificar custos aceitáveis ao mercado, fica difícil saber até onde chega sua viabilidade comercial e operacional, apesar das encomendas árabes, que devem vir a seu tempo, como visto recentemente.
Se o projeto permanecer apenas em dois mísseis por viatura lançadora, que parece ser o caso, na teoria, segundo os manuais de operação do ASTROS, é de se esperar a aquisição de, ao menos, 36 unidades destes mísseis, considerando o equipamento mínimo da bateria. Horas, eu tenho a mais absoluta certeza de que a MB sequer passa perto de tal quantidade, quando, e se muito, deve comprar um terço disso, a fim de tentar pagar os custos de desenvolvimento.
Não faço ideia de quanto custa uma unidade do Mansup, mas a julgar pela precariedade das encomendas que a MB deve fazer a si, não é de se surpreender que ele talvez seja tão ou mais caro que os Exocet e Harpoon da vida, dentre outros, com os quais pretende concorrer no mercado internacional. E sem uma linha ativa, reguular e longeva por aqui para justificar custos aceitáveis ao mercado, fica difícil saber até onde chega sua viabilidade comercial e operacional, apesar das encomendas árabes, que devem vir a seu tempo, como visto recentemente.
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- FCarvalho
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Re: Programa de mísseis da MB
Ainda curioso por saber qual o sistema de guiamento está sendo utilizado nas plataformas do ASTROS do CFN para estas versões do Mansup. O míssil é guiado por radar próprio, mas, antes de ser lançado, ele tem que ser dirigido ao seu alvo, até se plugar nele a posteriori por conta própria depois de lançado. Até agora eu não vi nada disso ser aprestado por nenhum dos envolvidos. E ao que eu saiba, não termos radares terrestres que façam isso, enquanto os radares de orientação de tiro do ASTROS pouco se prestam a este serviço.
Como os caras da EDGE parecem ter certa pressa em desenvolver o mais rápido possível este míssil da marinha, inclusive com versões melhoradas como a ER, tudo indica que as outras versões pretendidas pela MB possam vir à luz já nos próximos anos, como a MANAER lançada de aeronaves de asa fixa e rotativa e, talvez, um pouco mais para frente, a versão lançada de submarino.
Não se descarta, embora eu ache que ele não é ideal para isso, versões de "míssil de cruzeiro" para ataque a terra a partir de vetores navais. Neste caso, penso que tanto o AV-MTC do exército, quanto o MICLA da FAB, podem ser a solução mais adequada, e mais lógica, cabendo as adaptações necessárias. Ganha-se, inclusive, em termos de escala de produção das variantes em uso pelas três forças.
Quanto a alcances do MANSUP e futuras variações, bom, as nossas AJB podem chegar a extremos de 350 milhas náuticas mar adentro ou 648,2 km além da costa. Assim, quaisquer variações deste míssil no futuro para a defesa de costa precisará considerar invariavelmente este dado para efeito de desempenho operacional. Se haverá interesse em dilatar a performace do MANSUP até, ou além, deste limite, veremos.
Como os caras da EDGE parecem ter certa pressa em desenvolver o mais rápido possível este míssil da marinha, inclusive com versões melhoradas como a ER, tudo indica que as outras versões pretendidas pela MB possam vir à luz já nos próximos anos, como a MANAER lançada de aeronaves de asa fixa e rotativa e, talvez, um pouco mais para frente, a versão lançada de submarino.
Não se descarta, embora eu ache que ele não é ideal para isso, versões de "míssil de cruzeiro" para ataque a terra a partir de vetores navais. Neste caso, penso que tanto o AV-MTC do exército, quanto o MICLA da FAB, podem ser a solução mais adequada, e mais lógica, cabendo as adaptações necessárias. Ganha-se, inclusive, em termos de escala de produção das variantes em uso pelas três forças.
Quanto a alcances do MANSUP e futuras variações, bom, as nossas AJB podem chegar a extremos de 350 milhas náuticas mar adentro ou 648,2 km além da costa. Assim, quaisquer variações deste míssil no futuro para a defesa de costa precisará considerar invariavelmente este dado para efeito de desempenho operacional. Se haverá interesse em dilatar a performace do MANSUP até, ou além, deste limite, veremos.
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- Vinícius Almeida
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Re: Programa de mísseis da MB
Gente, será que não foi uma espécie de propaganda isso de o Mansup ter sido integrado no sistema ASTROS?

Se repararmos bem dá para ver que cortaram o suporte do lançador na Makita para instalarem o tubo do míssil. Acredito que fizeram isso por achar que a adaptação do tubo em um Constellation ou outro caminhão não causasse o mesmo impacto visual.


Se repararmos bem dá para ver que cortaram o suporte do lançador na Makita para instalarem o tubo do míssil. Acredito que fizeram isso por achar que a adaptação do tubo em um Constellation ou outro caminhão não causasse o mesmo impacto visual.

Editado pela última vez por Vinícius Almeida em Dom Jan 26, 2025 8:04 pm, em um total de 1 vez.
- FCarvalho
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Re: Programa de mísseis da MB
O conceito de artilharia de costa equipada com mísseis é muito antigo na MB\CFN, e mais ainda no EB. Como sempre, as eternas limitações orçamentárias impuserem seu peso no desenvolvimento deste tipo de equipamento no país.
A Avibras projetou o ASTROS há mais de 40 anos atrás levando em conta, também, o seu emprego neste tipo de missão, que já naquela época era uma demanda do exército. Mas, assim como o ASTROS não se criou na força terrestre totalmente, a ideia de emprego dele em versão para defesa de costa não progrediu.
O advento do Mansup com o apoio do dinheiro do Edge Group fez com que essa ideia fosse retomada pelo CFN, mesmo dispondo de uma única bateria, até pelo fato do exército literalmente ter extinto toda a defesa de costa, como variante da sua artilharia. O emprego das AV-LMU era o que se poderia esperar de mais lógico pois tanto veículos de transporte como os containers são modulares o suficiente para receber o casulo do míssil e integrá-los aos sistemas ISR e C2 da MB e do CFN. E claro, era o que se tinha à mão de mais adequado ao que se propunha. Ademais, usar o ASTROS 2020, também, como defesa de costa é sim uma grande jogada de marketing, ainda mais usando um míssil que é quase tão popular quanto o Pelé mundo afora.
O problema deste conceito é que os containers atuais do ASTRO 2020 obviamente não foram feitos para receber os casulos do Mansup, sendo uma clara improvisação, como se pode ver nas fotos. Mas, como esta é uma função secundária para do sistema, não se espere de momento que haja quaisquer mudanças nele a fim de ter algo melhor do que isso. Pode ser que mais pra frente possamos ver algo melhor ajustado, ou não. Tudo vai depender de quanto sucesso esta nova capacidade adicionada ao sistema irá fazer sucesso no mercado de exportação. Porque desse mato aqui não sai nada tão cedo.
A Avibras projetou o ASTROS há mais de 40 anos atrás levando em conta, também, o seu emprego neste tipo de missão, que já naquela época era uma demanda do exército. Mas, assim como o ASTROS não se criou na força terrestre totalmente, a ideia de emprego dele em versão para defesa de costa não progrediu.
O advento do Mansup com o apoio do dinheiro do Edge Group fez com que essa ideia fosse retomada pelo CFN, mesmo dispondo de uma única bateria, até pelo fato do exército literalmente ter extinto toda a defesa de costa, como variante da sua artilharia. O emprego das AV-LMU era o que se poderia esperar de mais lógico pois tanto veículos de transporte como os containers são modulares o suficiente para receber o casulo do míssil e integrá-los aos sistemas ISR e C2 da MB e do CFN. E claro, era o que se tinha à mão de mais adequado ao que se propunha. Ademais, usar o ASTROS 2020, também, como defesa de costa é sim uma grande jogada de marketing, ainda mais usando um míssil que é quase tão popular quanto o Pelé mundo afora.
O problema deste conceito é que os containers atuais do ASTRO 2020 obviamente não foram feitos para receber os casulos do Mansup, sendo uma clara improvisação, como se pode ver nas fotos. Mas, como esta é uma função secundária para do sistema, não se espere de momento que haja quaisquer mudanças nele a fim de ter algo melhor do que isso. Pode ser que mais pra frente possamos ver algo melhor ajustado, ou não. Tudo vai depender de quanto sucesso esta nova capacidade adicionada ao sistema irá fazer sucesso no mercado de exportação. Porque desse mato aqui não sai nada tão cedo.
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Re: Programa de mísseis da MB
Agora é torcer para mais alguém além da marinha do UAE comprar esse míssil, porque se nem a versão básica a MB comprou, quanto mais a ER.
Notar, há estudos na MB para apor casulos lançadores do Mansup nos NaPa 500BR, como alternativa paliativa à falta de escoltas na esquadra.
Não é uma ideia nova no mundo, mas por aqui, com certeza é algo totalmente inovador.![[001]](./images/smilies/001.gif)
Notar, há estudos na MB para apor casulos lançadores do Mansup nos NaPa 500BR, como alternativa paliativa à falta de escoltas na esquadra.
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Re: Programa de mísseis da MB
Então e as vossas Tamandaré? As fragatas terão obrigatoriamente que levar estes misseis.FCarvalho escreveu: Qua Fev 19, 2025 1:32 pm Agora é torcer para mais alguém além da marinha do UAE comprar esse míssil, porque se nem a versão básica a MB comprou, quanto mais a ER.
Notar, há estudos na MB para apor casulos lançadores do Mansup nos NaPa 500BR, como alternativa paliativa à falta de escoltas na esquadra.
Não é uma ideia nova no mundo, mas por aqui, com certeza é algo totalmente inovador.![]()
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Re: Programa de mísseis da MB
Se houver verba.cabeça de martelo escreveu: Qui Fev 20, 2025 8:06 amEntão e as vossas Tamandaré? As fragatas terão obrigatoriamente que levar estes misseis.FCarvalho escreveu: Qua Fev 19, 2025 1:32 pm Agora é torcer para mais alguém além da marinha do UAE comprar esse míssil, porque se nem a versão básica a MB comprou, quanto mais a ER.
Notar, há estudos na MB para apor casulos lançadores do Mansup nos NaPa 500BR, como alternativa paliativa à falta de escoltas na esquadra.
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Re: Programa de mísseis da MB
A SIATT e a Marinha-do-Brasil-assinam-acordo-de-desenvolvimento-dos-misseis-superficie-ar-e-ar-superficie
https://www.defesaaereanaval.com.br/nav ... rficie/amp
Agora eu fiquei passado. Mas, boa sorte pra eles.
Vamos ver de onde vai sair o dinheiro.
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