Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qui Out 21, 2021 2:38 pm
A maioria dos concorrentes, pro Flávio, significa Umkhonto.
Então, todo mundo aqui sabe que a compra do Mi-35 foi um negócio arranjado pelo governo da época. O resto é história como bem sabes.knigh7 escreveu: ↑Qua Out 20, 2021 10:34 pm O Diehl Group não tem nada a ver com a RAFAEL Advanced Defense Systems Ltd, competem em concorrências por aí e ambos atendem aos requisitos absolutos. Onde está a prevaricação?
Quero ver vc reclamar de prevaricação no processo de aquisição do Mil Mi-35. Na época da concorrência, o representante da Sikorsky no Brasil, a PowerPack, foi à público denunciar que os requisitos para o helicóptero foram tirados do manual do helicóptero russo.
Tirando os sistemas russos que são operacionais e totalmente integráveis a qualquer base que colocarmos, o Umkhonto me parece poderia ser a opção mais coerente no longo prazo, dada a experiência que temos com o desenvolvimento do A-Darter e as capacidades tecnológicas da Denel. Mas se até agora o míssil sul africano sequer conseguiu vaga nos Gripen E/F da FAB, imagina se ele iria conseguir barrar os sistemas favoritos de EB e MB, mesmo que isso fosse a melhor alternativa segundo a tal da END em termos de capacitação nacional no longo prazo.gabriel219 escreveu: ↑Qui Out 21, 2021 2:38 pm A maioria dos concorrentes, pro Flávio, significa Umkhonto.
Qual Russo?FCarvalho escreveu: ↑Qui Out 21, 2021 8:03 pmTirando os sistemas russos que são operacionais e totalmente integráveis a qualquer base que colocarmos, o Umkhonto me parece poderia ser a opção mais coerente no longo prazo, dada a experiência que temos com o desenvolvimento do A-Darter e as capacidades tecnológicas da Denel. Mas se até agora o míssil sul africano sequer conseguiu vaga nos Gripen E/F da FAB, imagina se ele iria conseguir barrar os sistemas favoritos de EB e MB, mesmo que isso fosse a melhor alternativa segundo a tal da END em termos de capacitação nacional no longo prazo.gabriel219 escreveu: ↑Qui Out 21, 2021 2:38 pm A maioria dos concorrentes, pro Flávio, significa Umkhonto.
Mas sei lá, o EB está decidindo AAe para todo mundo, e as demais forças não falam nada. Tem algo de muito estranho nesse programa.
Ah, quantas vezes vc não viu processo seletivo militar, que tem inúmeras especificações, entre 2 equipamentos? Vale ressaltar que deve ter mais equipamentos concorrendo, com os outros fabricantes tentando fazer lobby para alterar os requisitos absolutos).FCarvalho escreveu: ↑Qui Out 21, 2021 7:59 pmEntão, todo mundo aqui sabe que a compra do Mi-35 foi um negócio arranjado pelo governo da época. O resto é história como bem sabes.knigh7 escreveu: ↑Qua Out 20, 2021 10:34 pm O Diehl Group não tem nada a ver com a RAFAEL Advanced Defense Systems Ltd, competem em concorrências por aí e ambos atendem aos requisitos absolutos. Onde está a prevaricação?
Quero ver vc reclamar de prevaricação no processo de aquisição do Mil Mi-35. Na época da concorrência, o representante da Sikorsky no Brasil, a PowerPack, foi à público denunciar que os requisitos para o helicóptero foram tirados do manual do helicóptero russo.
E qual a licitude, ou a lógica, de uma (pseudo)concorrência em que só cabem dois sistemas, quando há no mundo inteiro dezenas de produtos oferecidos no mercado?
Se isto não é direcionamento de resultado, não sei o que é então.
Creio que seria mais honesto simplesmente chegarem com quem oferece algo mais próximo do que querem, dentro dos requisitos conjuntos, e negociar diretamente, governo a governo, onde temos um pouco mais de força, do que somente via MD. Não vai haver concorrência de verdade mesmo. Aliás, não me lembro de RFI até agora para a AAe.
Aliás, em havendo um RFI, vou ficar na expectativa de como ele será. Se vai ser mera cópia do RO ou se teremos alguma novidade.
Porque do jeito que está hoje, não tem nem graça falar em concorrência pública, muito menos isenta.
Esse é o Iris-T SLS.
O S-350E cobre a média e longa distância usando as versões dos mísseis 9M96 e o novo 9M100, este para curto alcance. Respectivamente entre 40 e 120 kms e 10 kms, com a altitude variando entre 20 e 30 mil metros no primeiro.gabriel219 escreveu: ↑Qui Out 21, 2021 8:31 pm Qual Russo?
O único que possui míssil com guiagem autônoma é o S-350, que é um sistema de LONGO ALCANCE. BUK, TOR, Pantsir e até o Antey 2500 utilizam mísseis semi-ativos, que automaticamente excluem do pleito.
O pleito exige um sistema de guiagem autônoma, certo? Logo não existe sistema Russo que atenda os requisitos.
A vantagem de ter um sistema de mísseis com guiagem autônoma é GIGANTESCA frente a um sistema que dependa de um radar pra chegar até o alvo. Você pode utilizar diversos meios para apenas mostrar aonde estão os alvos. Assim, os lançadores não ficam expostos.
E de onde você tirou que o "totalmente integráveis"?
A concorrência não é para compra de mísseis e sim para compra de um sistema. O S-350 ainda depende dos sistemas TELAR, principalmente do 50N6A, que é o seu radar e atualiza o míssil via data-link até o alvo, quando utiliza seu radar de busca ativo.FCarvalho escreveu: ↑Sex Out 22, 2021 9:33 pmO S-350E cobre a média e longa distância usando as versões dos mísseis 9M96 e o novo 9M100, este para curto alcance. Respectivamente entre 40 e 120 kms e 10 kms, com a altitude variando entre 20 e 30 mil metros no primeiro.gabriel219 escreveu: ↑Qui Out 21, 2021 8:31 pm Qual Russo?
O único que possui míssil com guiagem autônoma é o S-350, que é um sistema de LONGO ALCANCE. BUK, TOR, Pantsir e até o Antey 2500 utilizam mísseis semi-ativos, que automaticamente excluem do pleito.
O pleito exige um sistema de guiagem autônoma, certo? Logo não existe sistema Russo que atenda os requisitos.
A vantagem de ter um sistema de mísseis com guiagem autônoma é GIGANTESCA frente a um sistema que dependa de um radar pra chegar até o alvo. Você pode utilizar diversos meios para apenas mostrar aonde estão os alvos. Assim, os lançadores não ficam expostos.
E de onde você tirou que o "totalmente integráveis"?
Como disse, há várias fontes na internet que citam o desenvolvimento de versões com alcance entre 200 e 250 kms daqueles mísseis. Inclusive o 9M96 possui versão para uso naval. Do S-350 só o que precisamos é dos misseis. O resto temos aqui para C4ISR.
Pelo que consegui verificar da descrição dos mísseis, um e outro são passíveis de serem adaptados ao container do Astros. Talvez só não coubesse a mesma quantidade (12) que cada lançador russo pode carregar. Em todo caso, modificar o container não é exatamente um problema, e nem mesmo o caminhão, caso se optasse por levar aquele número. E como disse, outra opção mais simples é adaptar o lançador original russo ao caminhão do Astros. Nada demais que não possa ser feito também.
Os demais sistemas elenquei apenas a título de divagação pessoal, sem compromisso com o RO, apenas para ilustrar o tamanho e a complexidade das necessidades do EB nesta área, que penso, não serão resolvidas apenas com um sistema comum a todas as forças ainda que de média altura.
Quanto a questão da integração, o RO é bem claro. Os sistemas tem que ser abertos e totalmente integráveis aos nossos. Sem isso nem adianta oferecer qualquer coisa. A Rosoboronexport já alegou bem mais de uma vez de público que os sistema russos, se forem oferecidos, serão integrados a qualquer meio que os militares aqui determinarem. E como a meu ver nós só precisamos dos mísseis, ou eventualmente dos lançadores, nada impede que um e outro sejam integrados ao caminhão dos Astros.
E como uma suposta aquisição do S-350 se daria a meu ver, apenas no nível de integração dos mísseis e/ou lançadores, me parece que qualquer desconfiança sobre uma possível aquisição deste sistema morre ao provar que eles podem ser adaptados ao produto da Avibrás. Mas aí cabe a eles atestarem na prática se for o caso, o que dizem.
De resto, qualquer sistema adotado terá radares, comunicações, data link e gestão de comando e controle nacionais, a partir dos sistemas já existentes. A Avibrás tem expertise e capacidade de integrar tudo isso, como já demonstrou com o proposto AV-MMA com a versão terrestre do CAMM. Se eles podem fazer com os ingleses, qual a dúvida sobre fazer exatamente o mesmo com os russos?
Por enquanto nenhuma concorrência foi aberta ainda. Se tiver alguém desenvolvendo alguma solução nacional, vai ser a SIATT porque a Avibras é puta veia de zona e já aprendeu a não se meter nessas empreitadas sem antes ter assegurado a verba de pesquisa e desenvolvimento. Aliás, até a SIATT já aprendeu isso, mas olhando pelo portfólio me vêm a impressão de que isso seria mais algo da alçada deles mesmo do que a AVIBRAS.
Por curiosidade entrei no site da SIATT e os únicos projetos que eles citam são o MANSUP e o MSS 1.2. Não apresentam simplesmente nenhum outro projeto... Como uma empresa vai pra frente tendo apenas dois produtos no seu portfólio, sendo um deles o MSS 1.2?Viktor Reznov escreveu: ↑Seg Out 25, 2021 10:55 pmPor enquanto nenhuma concorrência foi aberta ainda. Se tiver alguém desenvolvendo alguma solução nacional, vai ser a SIATT porque a Avibras é puta veia de zona e já aprendeu a não se meter nessas empreitadas sem antes ter assegurado a verba de pesquisa e desenvolvimento. Aliás, até a SIATT já aprendeu isso, mas olhando pelo portfólio me vêm a impressão de que isso seria mais algo da alçada deles mesmo do que a AVIBRAS.
Lywis escreveu: ↑Ter Out 26, 2021 7:45 amPor curiosidade entrei no site da SIATT e os únicos projetos que eles citam são o MANSUP e o MSS 1.2. Não apresentam simplesmente nenhum outro projeto... Como uma empresa vai pra frente tendo apenas dois produtos no seu portfólio, sendo um deles o MSS 1.2?Viktor Reznov escreveu: ↑Seg Out 25, 2021 10:55 pm
Por enquanto nenhuma concorrência foi aberta ainda. Se tiver alguém desenvolvendo alguma solução nacional, vai ser a SIATT porque a Avibras é puta veia de zona e já aprendeu a não se meter nessas empreitadas sem antes ter assegurado a verba de pesquisa e desenvolvimento. Aliás, até a SIATT já aprendeu isso, mas olhando pelo portfólio me vêm a impressão de que isso seria mais algo da alçada deles mesmo do que a AVIBRAS.
Eu entendo a questão da compra do sistema, já que pelo menos até o presente momento, não temos todos os insumos prontos aqui no Brasil que possam cumprir na íntegra as funções de C4IRS de uma bataria ou grupo AAe. Mas a integração com sistemas nacionais é uma das exigências do RO para a AAe. Isto por si só me parece ser um grande apêndice do projeto.gabriel219 escreveu: ↑Sex Out 22, 2021 9:44 pm A concorrência não é para compra de mísseis e sim para compra de um sistema. O S-350 ainda depende dos sistemas TELAR, principalmente do 50N6A, que é o seu radar e atualiza o míssil via data-link até o alvo, quando utiliza seu radar de busca ativo.
Não existe nenhum míssil do S-350 com 40 km de alcance, esse sistema possuí dois mísseis: o 9M96, que possui de 12 km até 120 km e o 9M100, até 15 km. Dizem que o 9M338 poderia ser utilizado no mesmo, porém é o 9M100 que faz o papel de C-RAM orgânico. Logo, o S-350 NÃO se encaixa na concorrência que o MD propôs.
Ele é basicamente um SAMP/T, um sistema de longo alcance.
Chegou a ser proposto o míssil 9M96E, que seria de médio alcance e de exportação, ainda na época da parceria no K-SAM, mas esse míssil nunca viu a luz do dia. Era um 9M96 padrão com tanque de combustível menor.
E aparentemente você não deve entender como funciona a integração e transferência de dados via data-link pra tentar afirmar que, ao a Avibrás supostamente integrar o CAMM-VL num radar e/ou sistema C2 nacional - ela fez isso? Teve teste? - dá pra se fazer o mesmo com um Russo, afinal, usam o mesmo tipo de data-link, não é?
Tal como está o RO atual, aparentemente não teremos muitos interessados em um eventual RFI sobre a AAe tupiniquim.Viktor Reznov escreveu: ↑Seg Out 25, 2021 10:55 pmPor enquanto nenhuma concorrência foi aberta ainda. Se tiver alguém desenvolvendo alguma solução nacional, vai ser a SIATT porque a Avibras é puta veia de zona e já aprendeu a não se meter nessas empreitadas sem antes ter assegurado a verba de pesquisa e desenvolvimento. Aliás, até a SIATT já aprendeu isso, mas olhando pelo portfólio me vêm a impressão de que isso seria mais algo da alçada deles mesmo do que a AVIBRAS.