gabriel219 escreveu: ↑Ter Dez 17, 2019 9:41 pm
Infelizmente não, Túlio, pois és o senhor da sabedoria dos investimentos. Aqui só pode falar quem tem conhecimento de causa e não com achismo, já que foi isso que você me baniu por alguns meses, não?
Talvez eu tinha sido claro quanto a queda diária, resultado do descontentamento com o negócio feito.
Depois pego umas aulas com você, pois sou burro com isso.
Balanço trimestral a respeito de um caso sobre o descontentamento no dia. É, realmente...
Na verdade não foste suspenso por (1) não saber nem por (2) não saber que não sabe mas porque (3) quando te foi mostrado que não sabias, foste ficando mais e mais agressivo e violaste o Regulamento. Simples assim. Ninguém é punido por NÃO SABER e sim por VIOLAR O REGULAMENTO em sua parte Disciplinar. Foi o teu caso, QED.
Para não ficar de todo OT te digo que, se o conhecimento que tens sobre este negócio entre a Boeing e a EMBRAER é semelhante ao que demonstraste sobre o Mercado, bueno...
Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Enviado: Ter Dez 17, 2019 10:00 pm
por Viktor Reznov
O que virou essa novela? Nada mais tem sido falado na imprensa marrom e nem na imprensa especializada desde o fim do ano passado.
Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Enviado: Qua Dez 18, 2019 7:52 am
por Cassio
Viktor Reznov escreveu: ↑Ter Dez 17, 2019 10:00 pm
O que virou essa novela? Nada mais tem sido falado na imprensa marrom e nem na imprensa especializada desde o fim do ano passado.
Não virou ainda. Segue o processo de ser obter as aprovações normais. A aprovação por parte da comunidade europeia atrasou. Desconfio que tem pressão da Airbus por trás.
Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Enviado: Qua Dez 18, 2019 6:56 pm
por FCarvalho
O que seria mais do que natural, já que os europeus costumam ser bem protecionistas em relação as suas empresas e demais negócios.
Mas de qualquer forma, com essa situação financeira da Boeing, toda essa história de Boeing Brasil pode realmente ir por água abaixo.
E se for, a Embraer tem um plano B?
abs
Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Enviado: Seg Jan 13, 2020 10:37 pm
por Túlio
A EMBRAER eu não sei mas um dos principais fornecedores da BOEING está despencando rápido, com seus papéis negociados no Mercado como junk (lixo, ações que quem tem quer se livrar e quem não tem só compra por uma pequena fração do valor de face; lembrar dos títulos da dívida Argentina quando entraram no último default e em QUEM comprou):
Boeing Was Just Put on Credit Watch for a Downgrade — But Supplier Spirit Aero Was Cut To Junk
Ue, mas não era somente "variações mínimas que não significa nada sobre a Boeing e/ou seu negócio com a Embraer"?
Ah, esqueci, aqui só pode falar quem "trabalha" na Embraer, se não você é punido com suspensão.
Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Enviado: Ter Jan 14, 2020 12:13 am
por Túlio
gabriel219 escreveu: ↑Seg Jan 13, 2020 11:11 pm
Ue, mas não era somente "variações mínimas que não significa nada sobre a Boeing e/ou seu negócio com a Embraer"?
Ah, esqueci, aqui só pode falar quem "trabalha" na Embraer, se não você é punido com suspensão.
BOO-HOOOOOO.........
Ah, enxugues esses grandes olhos chorosos, a BOEING está muito mais longe de quebrar que a própria EMBRAER, a notícia que eu trouxe foi sobre um dos seus fornecedores e mesmo este (Spirit Aero) dificilmente quebra também. Quis apenas mostrar que, no que enfraquece uma ponta, o resto da corrente fica mais fraco junto. E a "ponta" neste momento enfraquecida é mesmo assim maior do que EMBRAER e AIRBUS juntas!
De resto, já enjoei de explicar que sanções são aplicadas a quem descumpre o Regulamento (sair dando coice em Colega ou se vitimizando pra cima de Moderador, p ex), assim, não vou explicar mais, nova chorumela desse tipo e vais ter uma boa razão para fazer isso, só que em outras paragens, que não sou babá de marmanjo.
AVISO FINAL.
Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Enviado: Ter Jan 14, 2020 10:17 am
por FCarvalho
Tá, o que acontece se os europeus não aprovarem o acordo?
E se a Embraer não tem um plano B, alguém além dos seus acionistas pode se dar muito mal com essa falta de precaução dos seus gestores. Incluindo o governo, que permitiu essa excrescência.
Afinal, vez em quando as coisas costumam não sair exatamente cono planejado.
Uma lei que obrigasse todas as empresas aéreas do pais, da menor à maior, a dispor no mínimo de 20% de sua frota com aeronaves nacionais poderia ser contestada na OMC?
abs
Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Enviado: Ter Jan 14, 2020 12:23 pm
por Túlio
FCarvalho escreveu: ↑Ter Jan 14, 2020 10:17 am
Tá, o que acontece se os europeus não aprovarem o acordo?
E se a Embraer não tem um plano B, alguém além dos seus acionistas pode se dar muito mal com essa falta de precaução dos seus gestores. Incluindo o governo, que permitiu essa excrescência.
Afinal, vez em quando as coisas costumam não sair exatamente cono planejado.
Uma lei que obrigasse todas as empresas aéreas do pais, da menor à maior, a dispor no mínimo de 20% de sua frota com aeronaves nacionais poderia ser contestada na OMC?
abs
Não sei, não mando nada na EMBRAER nem na WTO nem em empresa aérea alguma e muito menos no GF. Minhas opiniões estão expostas acima, em várias páginas e, mesmo discordando das de outros (tu mesmo), o faço de maneira respeitosa (às vezes bem humorada até) e, se mal interpretado, não me custa pedir desculpas, não acho isso vergonhoso (insistir em ofender ou achar que tem razão nisso sim, eu acho, mas nunca te vi fazendo isso, que eu me lembre).
Pensamos diferente, sou a favor por razões que já expus e tu és contra, também tendo exposto tuas razões. SO WHAT? Isso te torna menos meu cupincha? Não acho. Aliás, muito me apraz a ideia acima exposta, 20% de BUY BRAZIL. Minha opinião a respeito: se a WTO for contra, FUCK WTO!
Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Enviado: Ter Jan 14, 2020 1:27 pm
por ramme
FCarvalho escreveu: ↑Ter Jan 14, 2020 10:17 am
Tá, o que acontece se os europeus não aprovarem o acordo?
E se a Embraer não tem um plano B, alguém além dos seus acionistas pode se dar muito mal com essa falta de precaução dos seus gestores. Incluindo o governo, que permitiu essa excrescência.
Afinal, vez em quando as coisas costumam não sair exatamente cono planejado.
Uma lei que obrigasse todas as empresas aéreas do pais, da menor à maior, a dispor no mínimo de 20% de sua frota com aeronaves nacionais poderia ser contestada na OMC?
abs
Barbaridade... Que ninguém te ouça com essa lei de conteúdo nacional.
Barbaridade... Que ninguém te ouça com essa lei de conteúdo nacional.
Preço da passagem iria pro espaço.
PUTZ, não tinha pensado nisso, poderias aprofundar?
Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Enviado: Ter Jan 14, 2020 3:21 pm
por Cassio
FCarvalho escreveu: ↑Ter Jan 14, 2020 10:17 am
Tá, o que acontece se os europeus não aprovarem o acordo?
E se a Embraer não tem um plano B, alguém além dos seus acionistas pode se dar muito mal com essa falta de precaução dos seus gestores. Incluindo o governo, que permitiu essa excrescência.
Afinal, vez em quando as coisas costumam não sair exatamente cono planejado.
Uma lei que obrigasse todas as empresas aéreas do pais, da menor à maior, a dispor no mínimo de 20% de sua frota com aeronaves nacionais poderia ser contestada na OMC?
abs
É você que está dizendo que a empresa não teria um "Plano B"...
Não vejo com bons olhos a obrigação de conteúdo nacional. Teríamos empresa aérea tendo de adaptar seu plano de negócio as aeronaves disponíveis, e não o oposto, o que é um contrassenso.
Barbaridade... Que ninguém te ouça com essa lei de conteúdo nacional.
Preço da passagem iria pro espaço.
PUTZ, não tinha pensado nisso, poderias aprofundar?
Então, Túlio... regras de conteúdo nacional, via de regra, não funcionam. No geral, os países se beneficiam do comércio exterior. A insersão nas cadeias globais de produção permite o acesso a melhores bens de capital e insumos mais eficientes, tornando os países mais ricos. Existe uma vasta evidência na literatura econômica no sentido de que a abertura comercial aumenta a produtividade (Trade Liberalization and Imported Inputs, Goldberg et al, American Economic Review (2009) - https://www.aeaweb.org/articles?id=10.1257/aer.99.2.494). O Marcos Lisboa tem alguns papers também sobre o tema.
Recomendo fortemente essa palestra, onde ele cita dois papers:
Em suma, há evidências de que existe uma correlação negativa entre proteção efetiva e a produtividade setorial.
Boa parte da quebra da Petrobrás é explicada justamente pela política industrial do governo PT. Regras de conteúdo nacional para plataformas e navios que encareceram muito a operação. Ao invés de comprarmos no mercado externo, produzimos aqui a um custo elevadíssimo. O ML costuma citar também o caso da lei de informática. No vídeo acima, ele fala do setor automobilístico.
No setor da aviação temos a expertise da construção de excelentes aeronaves regionais, o que é ótimo. Apesar disso, uma lei no sentido proposto inviabilizaria a entrada de players no mercado, diminuindo a concorrência e de quebra aumentando os preços.
Não tenho propriedade para falar tanto sobre o tema, mas pelo pouco que entendo, me filio ao posicionamento do Marcos Lisboa. Se for do teu interesse, te encaminho outras palestras dele por MP.
Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Enviado: Qua Jan 15, 2020 12:36 pm
por FCarvalho
Cassio escreveu: ↑Ter Jan 14, 2020 3:21 pm
É você que está dizendo que a empresa não teria um "Plano B"...
Não vejo com bons olhos a obrigação de conteúdo nacional. Teríamos empresa aérea tendo de adaptar seu plano de negócio as aeronaves disponíveis, e não o oposto, o que é um contrassenso.
Se tem, melhor ainda. É o lógico a se fazer e ter.
Por outro lado, onde está escrito que os E-2 da Embraer não servem para cobrir a imensa maioria das linhas comerciais que temos no Brasíl?
Até onde eu sei, a AZUL começou e prosperou no mercado somente utilizando E-190/195 onde operavam somente 737/A320. E nem por isso a empresa se deu mau. Hoje eles estão evoluindo para o E-2 e comprando Airbus. Onde está o problema?
Aliás, até onde consigo perceber, os E-2 cobrem a imensa maioria das linhas regionais das grandes empresas - e mesmo a interregionais - e ainda podem fazem isso especificamente em empresas regionais. Mas como anda a aviação regional no Brasil?
O problema é que historicamente o pessoal aqui sempre teve mania de grandeza. Lucro alto e rápido, pouco ou nenhum trabalho e serviço de qualidade duvidosa. Preocupação com passageiro zero.
A LATAM é o melhor retrato dessa realidade.
Não existe concorrencia no país em termos de empresas aéreas, o que sempre existiu foi, e é ainda, um mercado cartelizado e oligopólio de 2 ou 3 empresas que dominam e determinam as regras do setor. E quem não quiser dançar conforme a música, se ferra. É só olhar a quantidade de empresas que faliram ou foram compradas pelas grandes.
Aliás, tal lei se fosse feita seria direcionada principalmente para o mercado de aviação regional, onde existe uma demanda reprimida e não atendida muito grande, e que via de regra não interessa as 3 grandes.
Não creio que o Estado deva ser leniente com empresas privadas. Isso já deu muito problemas ao longo do tempo.
Fixar uma porcentagem mínima não seria um problema exatamente para as grandes e ainda ajudaria a indústria aeronáutica nacional a poder, inicialmente, prosperar em um mercado que simplesmente ela não consegue sobreviver por fatores expostos acima. Para não falar da insanidade que é o setor comercial aeronáutico no Brasil e as trapalhadas governamentais.
FCarvalho escreveu: ↑Ter Jan 14, 2020 10:17 am
Tá, o que acontece se os europeus não aprovarem o acordo?
E se a Embraer não tem um plano B, alguém além dos seus acionistas pode se dar muito mal com essa falta de precaução dos seus gestores. Incluindo o governo, que permitiu essa excrescência.
Afinal, vez em quando as coisas costumam não sair exatamente cono planejado.
Uma lei que obrigasse todas as empresas aéreas do pais, da menor à maior, a dispor no mínimo de 20% de sua frota com aeronaves nacionais poderia ser contestada na OMC?
abs
Barbaridade... Que ninguém te ouça com essa lei de conteúdo nacional.
Preço da passagem iria pro espaço.
Olá ramme.
A ideia basicamente é direcionada a indústria nacional de aviação geral e regional. Para as muitas empresas que projetam e gostariam de fabricar aviões de leve a médios, e não conseguem fazer isso, como disse ao Cássio, porque o mercado interno é uma verdadeira sandice e totalmente oligopolizado.
Não seria uma lei permanente, e muito menos com o objetivo de favorecer a Embraer. As 3 grandes possuem via de regra frotas com mais de cem aviões. Possuir 20% deste número, com todas as possibilidades e qualidades que os E-2 possuem, com certeza não seria um problema. A AZUL é um exemplo disso.
Os aviões da Embraer são perfeitos para integrar regiões e aeroportos onde as grandes não operam ou não querem operar, o que deixaria margem também para empresas regionais investirem neles e cobrir os muitos hiatos que existem neste campo.
Na minha região, por exemplo, os E-2 do -175 ao -195 seriam mais que suficientes para dar conta da malha aérea existente e ainda expandir e ligar muitas cidades do interior que só recebem voos pontuais ou de turbohélices pequenos.
A mesma situação se repete em outras regiões.
Acredito que se o Estado parar de atrapalhar o setor aéreo comercial e regional, além da aviação geral, já seria um começo bom para dar a indsutria existente no país ligada a ele um respiro. Mas como não fazem isso, talvez seja possível pelo menos tratar a indústria aeronáutica com o mesmo denodo que a BID está recebendo neste momento, ou quem sabe incluir a toda a industria aeronáutica no mesmo pacote legal de incentivo a BID. O que já seria muita coisa.
Protecionismo por protecionismo, europeus, americanos, japoneses, chineses, coreanos, indianos, russos e muito mais gente por aí cresceu e apareceu tendo como suporte em algum momento da vida a proteção industrial, com condicionantes de desempenho e qualidade. E isso fez bem à época até que a indústria pudesse andar com as próprias pernas. Depois, é cada um por si.
Mas já reparaste que as países desenvolvidos até hoje protegem suas industrias a ferro e fogo com os mais diversos instrumentos legais e institucionais, aparentes ou disfarçados, mais estes do que aqueles, e ninguém diz nada entre eles?
Mas quando se trata de países em desenvolvimento, não pode?