Fórum Defesa Brasil

Não reconheci esse Moskva fogueteiro aí. Sou mais o desenho daquele de 1967, bem bundudo e capaz de levar um montão de helis ASW. Isso sim, daria um senhor controle de área marítima contra subs inimigos; um deles (ou similar) aos lado de um NAe seria uma segurança e tanto...

Túlio escreveu:Não reconheci esse Moskva fogueteiro aí. Sou mais o desenho daquele de 1967, bem bundudo e capaz de levar um montão de helis ASW. Isso sim, daria um senhor controle de área marítima contra subs inimigos; um deles (ou similar) aos lado de um NAe seria uma segurança e tanto...

Túlio, navios diferentes para funções diferentes.

O antigo Moskva era uma boa plataforma anti-sub, mas este navio novo também é uma potente plataforma de interdição. Com informações externas sobre a posição dos alvos (por satélite por exemplo) e seus 16 mísseis ele pode enfrentar sozinho uma FT inteira americana baseada em PA´s, disparando seus mísseis de uma distância além da cobertura aérea dos navios inimigos, e ainda enfrentar um ataque aéreo pesado com seus 64 mísseis S-300 e nada menos que seis CIWS AK-360 (um sistema mais poderoso que o Goalkeeper, do qual as nações ocidentais se contentam em colocar um ou dois por navio), além de mísseis de curto alcance modernos. E isso por uma fração do custo de um PA, mesmo dos menores, e sem as limitações de velocidade e alcance de armas de um submarino.

Dê uma olhada no poder do "bicho":




Para um país que não pode contar com grande quantidade de PA´s mas tem que fazer frente aos dos EUA, não deixa de ser um barco muito interessante.


Leandro G. Card

Que ignorância!!!!! Putz!

Carrier Killer...

[]s
CB_Lima

Pedro o grande também é dessa classe, não?

O Moscou sozinho é uma ameaça para 80% das frotas marinhas.

Saudações

FOXTROT escreveu:Pedro o grande também é dessa classe, não?

O Moscou sozinho é uma ameaça para 80% das frotas marinhas.

Saudações

O "Pedro o Grande" é da classe Kirov, ainda maior, mais bem armada e com propulsão nuclear. A marinha russa pode não ter PA´s, mas ainda assim é bastante respeitável.


Leandro G. Card

Só para lembrar: O PIB da Rússia é pouco maior que o nosso...

Nominal é MENOR que o nosso, PPP é um pouco maior.

Valeu LeandroGCard, realmente uma marinha de respeito!

Saudações

tenho certeza que há coordenação local, em tabatinga.

O lubra véio tomou uma carraspana infernal pelo visto...

P. K. Liulba escreveu:Só para lembrar: O PIB da Rússia é pouco maior que o nosso...

Esta é uma questão que deve ser vista com mais cuidado.

Estes navios foram concebidos e construídos na época soviética, quando os dispêndios do país em defesa podiam ser muito maiores do que a Rússia poderia pensar hoje, já que não era necessário dar nenhuma justificativa para o povo que em última instância bancava estes gastos. Hoje talvez a Rússia não possa mais pensar em construir muitos navios novos com o mesmo porte e capacidade.

Mas, por outro lado, como os navios foram construídos totalmente com recursos nacionais (da URSS é claro, não da Rússia), não houve impacto negativo algum na balança comercial do país, e o impacto no PIB na verdade foi positivo (acrescentou-se ao PIB o valor dos barcos, mais todos os salários e benefícios pagos ao pessoal envolvido em sua construção, desde a extração dos minérios aos testes finais). Estes recursos poderiam ter ido para outros investimentos, como estradas, usinas elétricas, escolas e hospitais, mas não necessariamente teriam gerado algo mais útil (para quê mais escolas em um país onde a população em idade escolar diminui ano a ano, ou estradas para territórios que agora são independentes e não mais querem contato com os russos, só para citar alguns exemplos). Além disso deve-se considerar que a construção de navios de guerra gera mais e melhores empregos do que a abertura de estradas ou a construção de prédios para hospitais.

Vejamos no caso do Brasil, que gasta cerca de 10 bilhões de reais por ano com programas sociais para famílias de baixa renda e nenhuma formação. Se ao invés disso nossa população fosse bem qualificada (por uma educação decente em todos os níveis) este mesmo dinheiro não poderia ser gasto em programas militares como os destes navios russos, garantindo bons empregos para o pessoal qualificado ao invés de distribuir dinheiro de graça a quem não tem qualificação nenhuma, e como sub-produto gerando forças armadas muito mais poderosas? Será que não foi assim que a coisa funcionou neste setor na antiga URSS?


Leandro G. Card

Olá Leandro,
É sempre um prazer ler os seus posts.
Só um complemento: o governo russo anunciou algum tempo atrás, a primeira taxa positiva de natalidade depois de anos. O declínio da natalidade na rússia, para mim, sempre foi um mistério, com todas aquelas loirinhas eslavas, lindas, loucas para ter um neném...

Lembrei da frase do almirante russo que estava no comando do Pedrão na guerra com a Ossétia do Sul, etc.
A Otan enviou uma meia dúzia de navios de guerra (fragatas e destroyers de várias nacionalidades), os navios estavam a caminho e bem distantes e o comandante do Pedrão disse que poderia destruí-los com uma única salva.

Nos tempos da URSS, cada míssil AN daqueles carregava uma singela ogiva termonuclear de uns 500Kton.

Esqueceram que o Kirov tem os Kashtan também.

A AAAer é: S-300, TOR, Kashtan e AK-630.

E tem besta que ousa colocar o Brasil no mesmo grupo da Rússia.

Uma vergonha aos russos, de super potência ser rebaixado ao mesmo nível de um país cujas empresas não sabem projetar nem caças ou helicópteros, deixando de fora o fato que pede apostilas para fazer navios.