Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Dom Nov 23, 2008 4:38 pm
Prezados(as) boa tarde! alguma novidade a respeito da aquisição dos MCM class Osprey??
att,
binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
att,
binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
binfa escreveu:Prezados(as) boa tarde! alguma novidade a respeito da aquisição dos MCM class Osprey??
att,
binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
Os alemães insistem no jogo
Escrito por André M. Mileski
A HDW ainda quer vender submarinos para o Brasil
Entre os dias 24 e 28 de novembro, Tecnologia & Defesa viajou, a convite, para a Alemanha, para conhecer as instalações e projetos da Howaldtswerke - Deutsche Werft (HDW), estaleiro de propriedade do grupo industrial ThyssenKrupp, conhecido por desenvolver e construir uma bem sucedida família de submarinos convencionais, operados por diversas Marinhas em todo o mundo, incluindo a do Brasil (Classe Tupi).
A HDW, cujo principal centro de desenvolvimento e construção está localizado na cidade de Kiel, na costa do Mar Báltico, é uma das empresas integrantes da ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS), que fatura anualmente mais de € 2 bilhões e emprega cerca de 10.200 pessoas. A TKMS possui um amplo portfólio de produtos, composto por navios militares, como fragatas, corvetas, navios-patrulha, de apoio logístico, submarinos e também embarcações civis, tais como navios de transporte, de propósitos específicos e grandes iates.
Submarinos
A visita às instalações da HDW em Kiel teve como foco principal o portfólio de produtos e sistemas para submarinos. O objetivo era demonstrar a experiência e capacidade tecnológica da empresa, interessada na venda de submarinos para a Marinha do Brasil (MB).
Desde a década de 1960, a HDW construiu ou vendeu kits para a construção de mais de 170 submarinos. Atualmente, o portfólio da HDW é formado pelos submarinos das Classes 209, 210mod, 212A (projetados para as Marinhas da Alemanha e da Itália), 214, ULA, Dolphin e Gotland. A HDW também executa reparos, atualizações e conversões de meia-vida.
O 209 é considerado um dos submarinos de propulsão diesel-elétrica de maior sucesso comercial em todos os tempos. Já foram vendidas quase 60 unidades em variadas versões, sendo 21 para as Marinhas do Brasil (5), da Argentina (2), Chile (2), Peru (6), Equador (2), Colômbia (2), e Venezuela (2).
A carteira de pedidos da companhia inclui a construção de quatro submarinos 212A (dois para a Alemanha e dois para a Itália), dois Dolphin com AIP para a Marinha de Israel, três 214 para a Marinha da Grécia, dois 209PN para a Marinha Portuguesa, além de modernizações e revisões de nove submarinos das forças navais da Alemanha (212A), Grécia (209), Venezuela (209) e Cingapura (A17). A empresa participa ainda de várias outras concorrências mundo afora, como a do Paquistão, em que o 214 é considerado favorito.
Em termos de modernização, vários usuários de antigos submarinos estão em busca de atualizações de meia-vida. Na América Latina, por exemplo, a HDW acompanha os interesses das Marinhas da Venezuela, Peru e Colômbia.
A mais nova
A Classe 214 é o mais recente desenvolvimento da HDW, já tendo sido exportadas sete unidades para dois países, a Grécia e a Coréia do Sul. Desenvolvido com base no bem-sucedido 209 e incorporando características inovadoras aplicadas no 212A, o 214 é considerado um dos mais modernos submarinos convencionais do mundo.
Com 65 metros de comprimento e deslocamento aproximado de 1.800 toneladas na superfície, o 214 pode utilizar o sistema de propulsão AIP (Air-Independent Propulsion / Propulsão Independente de Atmosfera), que lhe possibilita navegar submerso e com baixo risco de detecção por até quatro semanas. O sistema AIP da HDW é baseado em células de combustível PEM (Polymer Electrolyte Membrane), desenvolvidas pela Siemens, que permitem a combinação de oxigênio, extraído da água do mar e hidrogênio para a produção de eletricidade, calor e água. Este sistema de propulsão já equipa ou equipará submarinos das Marinhas da Alemanha, Itália, Grécia, Coréia do Sul, Portugal e Israel.
O 214 tem características stealth, além de sofisticados sistemas de sensores (ISUS 90), produzidos pela Atlas Elektronik e reduzidas assinaturas acústicas, térmicas e magnéticas graças ao uso de métodos avançados de desenho e construção. Possui ainda oito tubos para o lançamento de torpedos, sendo quatro deles equipados com sistemas que permitem o lançamento de mísseis. Para a sua operação, são necessários cerca de 30 tripulantes.
Para o Brasil
Em setembro de 2006, a Marinha do Brasil (MB) anunciava publicamente a escolha do 214, sem o AIP, como a sua futura Classe de submarinos, em complemento e futura substituição dos cinco 209 (quatro Tupi originais mais o Tikuna), que atualmente dotam a Força de Submarinos brasileira. Era o resultado de discussões e negociações realizadas pela Marinha e o consórcio HDW/MFI entre os anos 2005 e 2006, prevendo não apenas a construção de um submarino 214, mas também a modernização dos cinco 209 em operação. O negócio envolveria financiamento internacional de longo prazo pelo banco ABN Amro, aprovado pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) em 4 de setembro de 2006.
Em 30 de setembro de 2007, a MB solicitou à HDW informações indicativas de preços para um programa expandido de submarinos, envolvendo a construção de quatro unidades e a transferência de tecnologia quanto ao design das embarcações. Na mesma época, a Marinha optou por modernizar os 209 por seus próprios meios, tendo contratado junto à companhia estadunidense Lockheed Martin o fornecimento de sistemas de gerenciamento de combate para os cinco exemplares em serviço.
Em outubro de 2007, o Consórcio HDW/MFI apresentou proposta atendendo às solicitações da Marinha, a qual foi mostrada aos jornalistas brasileiros em Kiel, e que incluía a construção de um novo submarino no estado-da-arte e extensa transferência de tecnologia, capacitando a MB a projetar e construir no Brasil submarinos de grande porte.
A proposta oferece à MB soluções efetivas, divididas em curto, médio e longo prazos. Em curto prazo, o escopo do financiamento aprovado pela Cofiex, incluindo condições de pagamento e valores pode ser usado para imediatamente iniciar a construção de dois submarinos da Classe 214 no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ). A experiência e infra-estrutura já existentes na Marinha seriam inteiramente utilizadas e aprimoradas.
Em médio prazo, uma efetiva melhoria em termos de custos para a Força de Submarinos seria alcançada com a inclusão de outros dois novos 214, com aproveitamento das experiências logística e operacional. Em paralelo, seria realizada a transferência de tecnologia para o projeto de submarinos, baseada no conhecimento já existente dentro da MB sobre a tecnologia alemã, ampliando a capacidade técnica dos técnicos brasileiros. Respondendo a um questionamento de T&D sobre a intenção da MB de construir submarinos de propulsão nuclears, especialistas da HDW afirmaram que a tecnologia de projeto incluída no pacote de transferência tecnológica poderia ser utilizada com tal propósito.
Em longo prazo, a MB adquiriria know how em projeto de submarinos, inclusive em sensores e tecnologia de sistemas de combate, podendo desenvolver seu próprio projeto, baseado em seus próprios requisitos, com o apoio da HDW. A oferta do 214 já envolveria, aliás, certas atividades domésticas de desenvolvimento, além de considerável pacote de contrapartidas tecnológicas (offsets), como treinamentos, envolvimento da indústria nacional, licença de reparos, entre outros (ver quadro). A proposta da HDW/MFI conta com integral apoio do governo alemão, conforme foi ressaltado pelo ministro da Defesa da Alemanha ao seu colega brasileiro em carta enviada em maio de 2007.
Ao apresentar e detalhar sua proposta para a imprensa brasileira, o consórcio HDW/MFI demonstra que ainda está no jogo e conta com sérios argumentos para a disputa quanto ao fornecimento de novos submarinos para a MB, concorrendo com a francesa DCNS, que oferece o Scorpène, dentro do escopo da parceria estratégica já anunciada entre os governos do Brasil e da França.
Pelo que se pôde ver e ouvir na Alemanha, a transação que já apresentava claros sinais de decisão a favor de Paris, parece que ainda vai gerar muitos capítulos interessantes e mesmo surpreendentes. Resta esperar para ver, e T&D acompanhará de perto todas as novidades.
Sniper escreveu:Matéria meio comprada.
Ja está sacramentada a compra dos Scorpene, isso é desespero Alemão por ver esse grande contrato escapar de suas mãos...
Analisaremos assim, o nível de maturidade e firmeza dos tomadores de decisão de nossa querida Marinha que não pode esperar mais para ter seus submarinos convencionais e nucleares e que não deveria servir ao interesses terceiros.Pelo que se pôde ver e ouvir na Alemanha, a transação que já apresentava claros sinais de decisão a favor de Paris, parece que ainda vai gerar muitos capítulos interessantes e mesmo surpreendentes. Resta esperar para ver, e T&D acompanhará de perto todas as novidades.
Caro Lord,Tenhamos paciência e seremos testemunhas da construção de uma das principais Esquadras do hemísferio sul.
Subscrevo totalmente as palavras do Soutrain.Caro Lord,
O Brasil, os brasileiros e a MB precisam e merecem. Espero e torço para que nada mude esses planos.
um abraço do outro lado do Atlântico.