VENEZUELA

[FCarvalho]

O bigode do caribe voltou a cutucar onça com vara curta. No caso, a resposta veio tão rápida quanto o incômodo, não à Guiana, mas as plataformas da Exxon Mobil na ZEE daquele país.
O secretário de estado norte americano ameaçou com "um dia muito ruim" para o regime venezuelano.
Acho que foi o suficiente para ficarem quietos por um bom tempo. Até a próxima.
Novamente, o Brasil, como não haveria deixar de ser, parece um idiota, um palerma sem noção do perigo, e da realidade, nesta pendenga, enquanto os norte americanos fazem o seu papel de pitbull no quintal de casa.
Onde foi parar a tal segunda esquadra, os esquadrões de caça, as brigadas de selva do exército, os satélites, os navios patrulha, a modernidade da aviação de transporte, os helos de ataque e manobra... tudo piada de mal gosto.
Até o circo aqui pegar fogo de verdade. AÍ, não vai ter aeroporto suficiente para tanta gente querendo fugir para São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro... vão dizer que o sudeste está sendo invadido por enchentes de índios loiros pintados de branco.
Escrevam o que digo. A população de Manaus e Belém está estimada em 2.450 milhões cada, ou seja, 4,9 milhões de tupiniquins que, no primeira suspeita de um tirambaço por aqui, no mínimo 10% desse povo todo desce correndo às pressas rumo ao sul maravilha. Os outros 90%, ou vão pegar o primeiro barco para o interior, e torcer para não afundar por superlotação, ou sem opções, como eu, ficam em casa para ver os fogos de artifício no céu, torcendo para nenhum deles errar o alvo.

[akivrx78]

[FCarvalho]

Enquanto isso em um certo paraíso tropical....

[Suetham]

[FCarvalho]

Vejam só como são as coisas.
A Venezuela recebe, e talvez até saiba operar, drones e míssesi balísticos iranianos, mas o principal alvo seria Washington.
Já me sinto até mais seguro.
Quem precisa de defesa AAe afinal. Nossotros somos todos hermanos e cumpanheiros.
A torcida que deve estar agora no Planalto Central pelo bigode do caribe.
As casas de apostas devem estar fervilhando.

[Suetham]

[akivrx78]

Nunca tinha visto isto ai, caixa de água na cozinha de apartamento...

[J.Ricardo]

Vejam só como são as coisas.
A Venezuela recebe, e talvez até saiba operar, drones e míssesi balísticos iranianos, mas o principal alvo seria Washington.
Já me sinto até mais seguro.
Quem precisa de defesa AAe afinal. Nossotros somos todos hermanos e cumpanheiros.
A torcida que deve estar agora no Planalto Central pelo bigode do caribe.
As casas de apostas devem estar fervilhando.

Já vi muita gente, aqui no fórum e até generais em entrevista, dizendo que a primeira defesa do Brasil contra os EUA é a Venezuela...

[FCarvalho]

Vejam só como são as coisas.
A Venezuela recebe, e talvez até saiba operar, drones e míssesi balísticos iranianos, mas o principal alvo seria Washington.
Já me sinto até mais seguro.
Quem precisa de defesa AAe afinal. Nossotros somos todos hermanos e cumpanheiros.
A torcida que deve estar agora no Planalto Central pelo bigode do caribe.
As casas de apostas devem estar fervilhando.

Já vi muita gente, aqui no fórum e até generais em entrevista, dizendo que a primeira defesa do Brasil contra os EUA é a Venezuela...

Quem acha isso deve ter bebido vinagre com azeite de dendê, ou então bateu com a cabeça em 1997 e só acordou agora.
Ou no mínimo foi reprovado umas três vezes seguidas em geografia na escola e só passou no conselho de classe.

[FCarvalho]

Na falta do que dizer, do que fazer, além de novidades na fronteira, a máquina de propaganda governamental de Caracas resolveu falar mal dos tanques do EB.
Será que eles precisam de ajuda, correção ou estão só falando a verdade e nem sabem disso.
Acho que os T-72 viraram a estrela da morte do Darh Vader.

[J.Ricardo]

Deixa falar, adorei, quem sabe assim os velhacos de Brasília acordam cheios de brio e desistem dessa ideia estúpida de MMBT.

Tem matéria sobre isso? Vamos marcos o arroba do exército, de uns generais e deputados, quem sabe assim isso não vira uma coisa boa.

[FCarvalho]

Deixa falar, adorei, quem sabe assim os velhacos de Brasília acordam cheios de brio e desistem dessa ideia estúpida de MMBT.
Tem matéria sobre isso? Vamos marcos o arroba do exército, de uns generais e deputados, quem sabe assim isso não vira uma coisa boa.

No dia que botarem uns T-72 de fronte a Pacaraima, mais que de repente o EB arruma verba para comprar até Leo 2A8.

[gogogas]

Nunca tinha visto isto ai, caixa de água na cozinha de apartamento...

Acompanho ele , muito doido kkkkk ! Isso e nada comparado aos países asiáticos

[FCarvalho]

Instigado por um debate em outro tópico lá no forças terrestres, me propus a expor parcialmente o que penso e descrevi no mesmo, e repetir aqui com um pouco mais de detalhes.

A organização da 1a Brigada de Infantaria de Selva, GU que é uma das duas brigadas prioritárias da FORPRON na região norte, a outra é a 23a Bda Inf Sl, sediada no estado do Para, até o momento ainda se encontra em meio a um processo de modernização longo, demorado e distante de atingir seus objetivos primários, a meu ver, começando por não ser uma OM igualmente quaternária, como a brigada paraense.

Assim, transcrevo o que disse abaixo:

Se quiséssemos mesmo defender cada palmo de terra em Roraima de uma eventual aventura venezuelana, a 1a Bda Inf Slv já deveria estar toda ela estacionada permanentemente naquele estado. E mais, deveria ser uma GU tipo IV, com todas os elementos de apoio na íntegra, para dar cabo da missão sem precisar esperar alguém chegar para salvar o dia.
Além dela, pelo menos uma CiaAvex também permanente no estado é mandatório, com helos de manobra, helos de reconhecimento e ataque, na falta de helos de ataque de verdade, além de helos para emprego geral.
Toda essa parafernalha equipada com tudo e mais um pouco previsto em todos os programas estratégicos do EB cabíveis a elas.
Qualquer coisa a menos que isso é pura masturbação sociológica do exército, com os aplausos do MD, que não entende de nada mesmo.

https://www.defesabrasil.com/forum/view ... 9#p5672949

Em termos de organização, a 1a Bda Inf Slv é uma unidade tipo II, contando apenas com o 1o BIS e 7o BIS, respectivamente, em Manaus e Boa Vista. Este último até outro dia era uma OM também tipo II e só recentemente em funções de atos e palavras vindas de fora do país, lograram obrigar o EB a fazer uma movimentação em direção ao estado de Roraima, e a priorizar o equipamentos das OM - também sub equipadas e dimensionadas - lá sediadas que de outra forma não se veria tão cedo.

Abaixo o que penso deve\deveria ser a organização da brigada em Roraima, e algumas demandas materiais mais visíveis e necessárias à sua dotação completa.

1ª Bda Inf Sl

Cmdo

Estado Maior

1 Cia Cmdo
1.1 Pel Cmdo
1.2 Pel AAe
1.3 Pel AC
1.4 Pel Rec

2 BIS
2.1 7º BIS
2.2 Xº BIS
2.3 Yº BIS
2.4 Zº BIS

3 GAC Sl
3.1 Bia Cmdo
3.2 Bia Busca Alvos
3.3 Bia Fogo

4 RCM
4.1 Centauro II
4.2 VBTP Guarani
4.3 VBMT LSR Guaicurus
4.4 VBMT LSR Guaicurus REC
4.5 VBMT LSR Guaicurus AC
4.5 Guarani PC
4.6 Guarani Com
4.7 Guarani DT
4.8 Guarani Ambulância
4.9 Guarani AAe Msl
4.10 Guarani Radar
4.11 Guarani AAe Can
4.12 Guarani Mrt 120mm
4.13 Guarani Mrt 81mm

5 Btl Log
5.1 Cia CmdoAp
5.2 Cia Transporte
5.3 Cia Manutenção
5.4 Cia Suprimentos

6 Cia Eng Cmb Sl

7 Cia Com Sl

8 Pel PE


As unidades de logística, artilharia, cavalaria e o comando\Cia Cmdo da brigada podem ser estabelecidos em Boa Vista, pela centralidade da capital do Estado em relação às demandas dos PEF e acessibilidade à pouca infraestrutura viária e aérea existente. Isto vale também para as SU de engenharia, comunicações e polícia do exército.

Os 4 BIS que formariam o grosso da brigada a meu ver podem ser localizados, respectivamente, em: Pacaraima, Bonfim, Surucucu e Auaris, todos contando com PEF instalados nestas localidades. Os dois primeiros ficam localizados nas raras rodovias federais\estaduais que dão acesso ao estado pela Venezuela e Guiana.

Como se pode ver, seriam necessários investimentos em material e pessoal de vulto para tornar esta brigada proficiente no TO do estado de Roraima, a fim de oferecer-lhe as capacidades necessárias e indispensáveis à sua completa formatação e operacionalidade. Neste sentido, temos duas opções. A primeira é referente a uma leitura preventiva e pró ativa do cenário geopolítico na fronteira norte, de forma a nos adiantarmos aos acontecimentos e organizar a brigada o quanto antes naquele TO do extremo norte. A outra opção é e nos deixar sermos pegos com as calças nas mãos, e pautar a nossa resposta nos atributos de sempre da defesa, ou seja, reativa, passional, intempestiva e pouco eficiente, buscando realizar os investimentos acima de forma desorganizada, incompleta e, pior, dependente de orçamentos, prazos e fornecedores não controláveis e\ou fiáveis.

A escolha, como sempre, é nossa.

[FCarvalho]

Elencando as OM pertinentes à formação da 1a Bda Inf Sl no estado de Roraima, podemos observar que praticamente quase todos os projetos estratégicos do EB seriam de alguma forma aquinhoados neste processo e, paralelamente, insumos materiais logísticos e de infraestrutura ao estado, do básico aos mais complexos, seriam também buscados.

Introduzir uma brigada de infantaria de selva quaternária em Roraima, mais do que dispor de OM adicionais à fronteira norte, é permitir também os investimentos em infraestrutura, integração e vivificação econômica do Estado, hoje praticamente inviabilizado pelo fatiamento territorial do mesmo entre as diversas reservas indígenas criadas a troco de caixa e motivações em nada condizentes com o interesse nacional.

Além da própria instalação da brigada, é bom lembrar que o projeto SISFRON é aguardado há tempos por aqui, apesar de alegadamente algumas coisas já terem sido feitas às pressas em Roraima em virtude dos acontecimentos fora do planejamento institucional do EB, mas ainda assim insuficiente para dar conta dos mais de 1 mil km de fronteira com Venezuela e Guiana.

É mister lembrar que todas essas OM seriam extremamente dependentes da capacidade do EB e da FAB de providenciar-lhes o apoio aéreo necessário, diria obrigatório, a fim de manter suas atividades, sejam elas militares, sejam de apoio às comunidades onde estariam baseadas. E neste último aspecto, o que mais há por aqui são demandas por serviços públicos básicos, quase sempre inexistentes, e quando oferecidos, são de uma precariedade inaceitável.

Admita-se também o fato que o estabelecimento de um BIS dentro das reservas indígenas seria alvo dos mais diversos e furiosos ataques de todos os lados, inclusive dentro do governo de plantão. Esta seria a primeira batalha a ser vencida. E se ela fosse vencida, pode-se dizer que Roraima teria uma chance de ter um futuro diferente do ostracismo e quase completo isolamento em que foi jogado há mais de vinte anos atrás com o partilhamento do estado, e sua consequente inviabilidade econômica e social sob qualquer ponto de vista.

Enfim, não é o estabelecimento de uma brigada que irá resolver os muitos problemas que o estado possui até hoje, mas, do ponto de vista puramente militar, seria o primeiro passo a fim de garantir uma defesa concreta do nosso território, independente de quem esteja do outro lado. E diria até uma afirmação loquaz do quão o país está de fato disposto a defender-se onde for, do jeito que for, com o que for.

A melhor dissuasão é a vontade concreta do Estado de fazer-se presente e efetivo dentro de seus próprios espaços existenciais, em favor da sociedade que o sustenta.