Fórum Defesa Brasil

Gabriel, se estamos ralando, e muito, para manter o Nae SP, e ainda temos esperança de um dia vir a produzir o seu substituto aqui no Brasil, convencional, e que não deve sair por menos do que o preço de um Prosuper da vida, só ele, imagines então um Nae nuclear... que na prática elevaria ao cubo, no mínimo, os investimentos necessários para o seu projeto e produção?

Ademais, Nae nucleares são brinquedos caros e complexos demais para o nosso parquinho da infância... isso é coisa de gente grande, que já passou do primário. Nós ainda temos muita caminho a percorrer.

Fiquemos com o que podemos - e nos cabe as possibilidades - ter, que já estará de ótimo tamanho.

Acredite, projetar, construir e manter um único Nae na mesma classe de um QE, como eu defendo aqui para o Pronae, já será por si só o maior desafio político, industrial, logístico e militar que iremos enfrentar depois do Prosub.

O tempo dirá.

abs.

Foi por isso que quis perguntar.

Bolovo escreveu:A DCNS não está presa somente ao projeto do QE/PA2 gente.............. eles tem milhares de projetos, ao gosto do cliente. A maquete que eu postei é posterior ao abandono ao projeto anglo-francês....

No site da DCNS não consta, ao menos oficialmente, dentre os seus produtos nada que diga respeito a Nae's.
O PA2 era um projeto conjunto da Bae System com a Thales, e não a DCNS, mas como dissestes, foi cancelado definitivamente.
De qualquer forma, a DCNS tem expertise mais que suficiente na área de engenharia naval para oferecer um produto dentro dos requisitos determinados pela MB.
A foto da maquete postada é o projeto RXX (PA DSX) da DCNS apresentado na LAAD pela empresa, e que segundo infos na rede, seria a base da oferta da mesma para o PRONAE da marinha.
O que não quer dizer que seja o mesmo navio que a MB construirá, caso a oferta francesa seja a vencedora. O projeto obrigatoriamente terá de ser adaptado as especificações da MB, e portanto, terá seus dados gerais alterados.

Dados gerais do projeto:

Versão de propulsão convencional
Comprimento total (convés de vôo): 285 m
Largura global (convés de vôo): 69 m
Deslocamento (início da vida): 59.000 toneladas
Deslocamento (fim da vida): 62.000 toneladas
Calado (fim de vida): 10 m
Velocidade: 26 nós /> 20 nós em (n-1) eixos
Propulsão: elétrico
Autonomia (com 30% de reserva): 8.000 nm a 15 nós / 5.000 milhas náuticas a 22 nós
Capacidade de óleo combustível: 3.800 toneladas
Capacidade de combustível para os jatos: 3.400 toneladas
Magazine (munições): 800 toneladas
Hangar área: 4.800 m2
Alojamento: 1690
Convés de vôo, área: 13.400 m2

Como este projeto é o que mais se aproxima dos requisitos da MB no Pronae, suponho que a MB não vá alterar de tal forma o mesmo que venha a incutir nisso custos maiores ou desnecessários, já que o mesmo supera os próprios requisitos emitidos pela força.

Na minha humilde e ignorante opinião, como já disse antes, se é para termos um Nae baseado nesta proposta, que é superlativa aos requisitos da MB, insisto, prefiro que optemos pelo projeto da Bae System de um QE nacionalizado, visto que os dados gerais de ambos são na prática os mesmos, com o projeto inglês demandando apenas um deslocamento maior, o que significa, ao menos para mim, que a sua capacidade de crescimento é melhor do que o seu concorrente. E isso na hora de modernizações e/ou PMG's poderá contar, e muito, a favor, tanto em matéria de custos, quando de investimentos.

Reforço a minha tese de que dois QE nacionais, deslocando 65 mil tons, são bem melhores, sob vários aspectos, do que seriam dois "RXX" adaptados de 50 mil.

HMS QE

Key Facts

Displacement: 65,000 tonnes
Length: 280 metres
Maximum beam: 70 metres
Top speed: 25 knots
Range: 10,000 miles
Crew size: 679
Embarked forces: up to 921

http://www.baesystems.com/product/

abs.

Pergunta: Um NA do tipo CAVOUR da Marinha Italiana seria conveniente para a MB?





Wingate

Não.

Se colocar catapultas, cabos de pouso e ficar com umas 50 mil toneladas... sim haha

Lembrem-se que o novo INS Vikrant é baseado no Cavour.

gabriel219 escreveu:Então seria um projeto totalmente novo, correto?

Porque a MB não está interessada em NAe de propulsão nuclear? Seria muito mais caro e não teria tantos benefícios em relação ao convencional?

A parte nuclear da propulsão (reator) dificilmente seria repassada, pelos poucos que detém esta tecnologia, ao Brasil, pelo menos não a um custo praticável. Caso tivesse interesse por um PA nuclear, a MB teria que fazer o mesmo que está fazendo com o seu futuro SSN, ou seja, desenvolver a parte da propulsão, que no caso da complexidade de um PA, necessitaria de uma planta de grande potência, que teria um desenvolvimento demorado, caro, Complexo e de alto risco (vide CdG, frances).

henriquejr escreveu:

gabriel219 escreveu:Então seria um projeto totalmente novo, correto?

Porque a MB não está interessada em NAe de propulsão nuclear? Seria muito mais caro e não teria tantos benefícios em relação ao convencional?

A parte nuclear da propulsão (reator) dificilmente seria repassada, pelos poucos que detém esta tecnologia, ao Brasil, pelo menos não a um custo praticável. Caso tivesse interesse por um PA nuclear, a MB teria que fazer o mesmo que está fazendo com o seu futuro SSN, ou seja, desenvolver a parte da propulsão, que no caso da complexidade de um PA, necessitaria de uma planta de grande potência, que teria um desenvolvimento demorado, caro, Complexo e de alto risco (vide CdG, frances).

X 2




Sds


Lord Nauta

Bolovo escreveu:Se colocar catapultas, cabos de pouso e ficar com umas 50 mil toneladas... sim haha

Lembrem-se que o novo INS Vikrant é baseado no Cavour.

Porra, se é pra adaptar, pega logo um LHA-7, que serviria como porta-aviões, porta-helicópteros e navio de assalto anfíbio! Mais "END" do que isso não existe!






Power Plant : Two LM2500+ marine gas turbines, approximately 50 MW, two shafts, 70,000 total brake horsepower
Length: 844 feet (257.3 meters)
Beam: 106 feet (32.3 meters)
Displacement: 44,971 long tons
Speed: 22+ knots
Endurance: 9,500 miles
Med Capability: 2 Med OR; 24 Ward
Flight Deck: 9 CH-53K Spots
Elevators: 1 Port (37 ½ t); 1 Starboard (37 ½ t)
Hangar Bay / High Bay: 30,542 ft2 / Two 7 Frame High Bay (49 ft)
Vehicle Square: 19,112 ft2
Cargo/Ammo Cube: 145,963 ft3
Aviation Fuel: 1,300,000 gal / or 1.6 M gallons (JP-5)
Aircraft: A mix of: F-35B Joint Strike Fighters (JSF) STOVL aircraft; MV-22 Osprey VTOL tiltrotors; CH-53E Sea Stallion helicopters; UH-1Y Huey helicopters; AH-1Z Super Cobra helicopters; MH-60S Seahawk helicopters

Pra dar idéia do tamanho de um LHA (ainda sem adaptações para virar porta-aviões, rsrsrsr)...

Se fosse para adaptar um Nae, então não tem pra ninguém....

Agora, falando sério, não há a menor possibilidade de a MB aceitar qualquer tipo de gambiarra neste projeto do PRONAE dos ofertantes atuais.

A questão que se tem no PRONAE é que nenhum dos ofertantes dispõe exatamente do produto que a MB deseja, segundo os seus requisitos estabelecidos. Não há no mercado nenhum Nae em projeto ou produção de 50 mil toneladas. O mais próximo disso, são os navios da oferta francesa e britânica, e que não por acaso, superam por larga margem o que foi pedido.

E neste sentido, como a MB não seria incoerente, burra ou teimosa de arrumar para si despesas para além do óbvio, só para satisfazer um "capricho" seu, e diminuir o tamanho destes Nae's, para "caberem" na sua proposta original, podemos esperar que o desenho de tais navios seja adaptado para o que a MB quer e precisa. Em se tratando de projetos superlativos ao desejado, nada mais óbvio do que a MB admitir apenas mudanças "cosméticas" no sentido de adaptar aos mesmos as suas necessidades e peculiaridades.

Ou alguém aqui acha que diminuir 15 mil tons e/ou 20 mts de um QE ou RXX fará dele um Nae melhor para a MB?

Mas nem no Brasil se faria isso...

obs: os LHA-7 por suas características bem que poderiam derivar um Nae para a MB. Mas depois do Snowden, da espionagem e do tipo da (falta de) reação americana, e a permanecer a tia DR onde está, dificilmente os primos do norte ganharão alguma coisa de mais relevante por aqui por um bom tempo. Não pelo menos do que diga respeito a defesa.

abs.

Informações interessantes, principalmente em relação ao SeaGripen.

GloboNews Alexandre Garcia

Especialistas discutem defesa nacional e investimentos nas Forças Armadas

O Brasil acabou de comprar uma nova frota de caças Gripen. Nos últimos 15 anos, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica vêm sofrendo desgaste em seu equipamento sem reposição, o que desfalca o poder de dissuasão do país.


http://globotv.globo.com/globo-news/glo ... s/3041042/

Ainda em tempo. O desenho atual da classe "QE" permite um GAE de 40+ aeronaves. E com capacidade de expansão futura desta base. Isto para mim é mais um fator motivante e qualitativo para a sua escolha, já que supondo que um grupo de caça embarcado da MB seja dotado de 24 aeronaves, ainda teremos espaço de sobra para helos e/ou aeronaves revo/cod e até mesmo um hipotético ASW embarcado também. Avião que no nosso caso, entendo como ainda necessário ao pleno emprego de nosso poder naval.

E esta capacidade, de prover mais várias possibilidades de expansão do GAE de acordo com as necessidades, é item mais que meritório deste projeto.

No caso da MB, como espera-se seja adotada apenas uma "ilha" para o C2 do navio, o desenho pode ser modificado de tal forma que possa-se abrir mais espaço ainda no hangar e no convés para o aporte de aeronaves. E de fato poderia mesmo haver até a diminuição do peso final de deslocamento do navio, aproximando-o mais ainda dos requisitos da MB.

Enfim, o modelo e o arranjo do projeto deste navio o capacitam a disputar de igual para igual o PRONAE. A contar as suas inúmeras qualidades, e potencialidades de crescimento, e de adaptação as necessidades da MB, pode-se antever que a sua escolha trará inúmeros benefícios para a nossa esquadra, que poderá contar com um Nae digno de honrar a história e o passado de seus antecessores no Brasil.

abs.

Isso é quase um furto de reportagem. O Almirante responsável pelos programas estratégicos da MB admitindo fortemente a possibilidade de desenvolvimento da versão naval do Gripen. Se essa parceria com os suecos de desenvolver bem, será o caminho mais lógico para a MB e para o País.

Nada mais natural. Mas o tempo é que irá dizer se vai valer a pena ou não o investimento. Afinal, ainda acho que apenas 48 undes não se paga os custos do projeto desta versão naval. A não ser que a FAB e MB tenham um ás na manga quanto a isso, já que o próprio cmte Saito já disse que o preço final irá baixar mais ainda.

Quem sabe ao invés de 36, não levamos 84 Gripens NG. Aí eu já começo a achar que os custos valeriam o investimento.

E como tais aeronaves provavelmente só começariam a ser recebidas após o lote da FAB, a partir de 2023, então todas as possibilidades estão abertas.

Esse negócio parece irá nos sair melhor do que a encomenda.

E no caso do Prosupe/Pronae/Profanf serem decididos ano que vem, então...

abs.