E volto a perguntar: sendo a Agrale uma empresa estratégica de defesa, porque os seus produtos ainda são acima do custo já que, em tese, contam com os incentivos da lei sobre a BID e mais os incentivos fiscais do governo (estadual e federal).Juniorbombeiro escreveu:Como assim? A Agrale é simplesmente movida a governo, todo seu portfólio é subsidiado pelo governo, tanto na produção como na venda, sejam implementos agrícolas, tratores, caminhões, ônibus.
Tá, tudo bem, mas, qual industria automobilística no Brasil não recebe, ou recebeu, até hoje tal tipo de incentivo governamental?
O próprio Marruá, para quem não conhece é um produto derivado da Engesa, só foi pra frente por causa do EB (governo), em um arranjo que não deve ter sido dos mais republicanos, mas deixa pra lá, não sou nem contra isso, sou contra a hipocrisia apenas.
A Columbus que é uma empresa formada por ex-funcinários da Engesa é que detém os planos dos veículos da Engesa. E eles trabalham para a Agrale. Um contrato do tipo ganha-ganha. Fizeram isso praticamente com toda a linha militar da empresa. O que tem de errado nisso? E só não foram além de um caminhão 2,5 ton por um erro estratégico de avaliação do mercado. Para não falar de outros produtos já existentes no portfólio da empresa que só não foram anda empregados pelo EB e demais forças, porque continuamos naquela de bom, nem tão bonito assim e essencialmente barato. Qual empresa de defesa quem qualquer país consegue sobreviver e desenvolver-se com esse tipo de mentalidade. Se deixar o EB vira uma espécie de exercito de pikapeiros. Só faltava montar umas Mag ou .50 em cima e tava bom demais.
Aqueles gringos de Caxias adoram contar vantagem, como se fossem os arautos da livre iniciativa.
Quem são os gringos de Caxias?
Tira a bengala do governo da Agrale e aposto que daqui a dois anos vai estar todo mundo andando de trator indiano, caminhão chinês (aliás, a própria Agrale já os vende) e ônibus coreano, o que obviamente seria péssimo, só que se bate uma "lava jato" vai ter gente aí dando cabeçada em ponta de faca para tentar justificar certas posições, só não vou dar risada pq vou estar me ferrando junto.
Concordo. E é por isso que até hoje nenhum político em sã consciência ousa peitar a Anfavea. Porque fariam isso com a Agrale, que não passa de uma fabrica de fundo de quintal com uma linha de produção quase que artesanal dos seus produtos em um canto perdido do interior do RGS?
Aliás, com tantos incentivos assim a Agrale não deveria ser uma das maiores empresas automotivas do país?
Pegunto porque até hoje aqui em Manaus se quer uma concessionária da Agrale chegou a existir. Que se dirá de seus produtos, que chegam aqui a conta gotas. Não falo isso para puxar o saco da empresa, mas apenas porque se tivesse a chance, e o dinheiro, eu seria o primeiro na fila para querer comprar uma AM200. E tenho certeza que aqui na região a fila seria bem grande, mas...
abs