Geopolítica Brasileira
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- Bourne
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Re: Geopolítica Brasileira
Moscou não rejeitou. Ele que não quer ficar na Rússia e ter um emprego junto a inteligência. Na pior das hipóteses o serviço secreto russo forja a morte e lhe dá uma nova vida.
O problema é que parece que o Snowden não é um traidor e trabalhar para algum país estrangeiros. O objetivo era mostrar o que achava errado as agências de segurança norte-americanas fazerem. O problema é que vai ter a vida destruída e a melhor chance e voltar aos EUA e conseguir a absolvição ou perdão presidencial. Não devem ter eliminado ele ou sequestrado por que internamente seria muito difícil explicar ao eleitor médio norte-americano.
O problema é que parece que o Snowden não é um traidor e trabalhar para algum país estrangeiros. O objetivo era mostrar o que achava errado as agências de segurança norte-americanas fazerem. O problema é que vai ter a vida destruída e a melhor chance e voltar aos EUA e conseguir a absolvição ou perdão presidencial. Não devem ter eliminado ele ou sequestrado por que internamente seria muito difícil explicar ao eleitor médio norte-americano.
- FCarvalho
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Re: Geopolítica Brasileira
Ele vivo já está sendo um grande problema para os americanos, que estão tendo que se virar nos trinta para dar explicações a meio mundo sobre as revelações do sujeito, inclusive à própria Europa; quiçá ele morto seria bem pior, e ainda mais se estivesse em casa. Seria como pura e simplesmente jogar merda no ventilador de vez.
O negócio agora é esperar ele chegar em algum lugar, deixar a poeira abaixar, e na primeira oportunidade repatriá-o se possível. Ou então providenciar-se algum acidente de percusso na sua vida. E se isto acontecer em algum país bolivariano, menos mal. A coca-cola já não vende lá essas coisas e os pacotes para a Disney estão em baixa mesmo por estes lugares.
Pior seria se ele tivesse ficado na Russia ou em algum país europeu, ou ainda na China. Aí sim os americanos estariam com um grande problema, bem maior do que já tem nas mãos.
abs.
O negócio agora é esperar ele chegar em algum lugar, deixar a poeira abaixar, e na primeira oportunidade repatriá-o se possível. Ou então providenciar-se algum acidente de percusso na sua vida. E se isto acontecer em algum país bolivariano, menos mal. A coca-cola já não vende lá essas coisas e os pacotes para a Disney estão em baixa mesmo por estes lugares.
Pior seria se ele tivesse ficado na Russia ou em algum país europeu, ou ainda na China. Aí sim os americanos estariam com um grande problema, bem maior do que já tem nas mãos.
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Carpe Diem
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Re: Geopolítica Brasileira
Algumas notas, interessantes para nós, sobre o TNP, que pelo menos eu desconhecia :
"Article X allows a state to leave the treaty if "extraordinary events, related to the subject matter of this Treaty, have jeopardized the supreme interests of its country", giving three months' (ninety days') notice. The state is required to give reasons for leaving the NPT in this notice."
"NATO states argue that when there is a state of "general war" the treaty no longer applies, effectively allowing the states involved to leave the treaty with no notice. This is a necessary argument to support the NATO nuclear weapons sharing policy, but a troubling one for the logic of the treaty. NATO's argument is based on the phrase "the consequent need to make every effort to avert the danger of such a war" in the treaty preamble, inserted at the behest of U.S. diplomats, arguing that the treaty would at that point have failed to fulfill its function of prohibiting a general war and thus no longer be binding."
"Article X allows a state to leave the treaty if "extraordinary events, related to the subject matter of this Treaty, have jeopardized the supreme interests of its country", giving three months' (ninety days') notice. The state is required to give reasons for leaving the NPT in this notice."
"NATO states argue that when there is a state of "general war" the treaty no longer applies, effectively allowing the states involved to leave the treaty with no notice. This is a necessary argument to support the NATO nuclear weapons sharing policy, but a troubling one for the logic of the treaty. NATO's argument is based on the phrase "the consequent need to make every effort to avert the danger of such a war" in the treaty preamble, inserted at the behest of U.S. diplomats, arguing that the treaty would at that point have failed to fulfill its function of prohibiting a general war and thus no longer be binding."
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: Geopolítica Brasileira
Também acho que ele vai morrer por isso, algo como um cancer fulminante, ou um acidente de carro inexplicável.LeandroGCard escreveu:Também acho que é bem por aí.delmar escreveu:Penso que ele não sabe muita coisa, não tinha acesso ao que realmente importa. Se fosse um arquivo ambulante de dados secretos os americanos já teriam buscado elimina-lo fisicamente, sem muito alarde. Então o porque desta perseguição pública, com publicidade e pressão em todos países contra dar asilo ao desertor?
Acredito, na minha vivência, que destina-se a intimidar os demais empregados, de órgãos do governo americano que realizam operações sigilosas. O medo é que outros possam seguir o exemplo do Snowden, para eles é a mensagem de que não terão vida fácil, em lugar algum do mundo, se desertarem e abrirem a boca sobre o que estão fazendo. O governo americano vai infernizar a vida deles em toda parte, transforma-lo num lazarento da época medieval, um pária internacional.
Leandro G. Card
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Re: Geopolítica Brasileira
não acredito em assassinato. Não a ganhos em elimina-lo fora a pura e simples vingança e desperdício de recursos. Se ele ainda tem informação relevante a protegeu e está sob os cuidados de alguém ou alguma coisa pra ser enviada/entregue a quem interessar.
Logo a melhor ideia é justamente mante-lo vivo. A vida um inferno mas vivo. Isso só gasta recurso diplomático que seria gasto com ou sem o problema.
Matar alguém sem atrair autoridades exige meses de preparação, subornos, falsificação e contra medidas, e mesmo assim não anula o risco de serem pegos por autoridades locais. E nada disso impediria metade do mundo de somar 2+2 e apontar o obvio. Bah mesmo que ele morre-se acidentalmente ainda culpariam os EUA.
Ninguem quer essa batata, muito menos a batata de ganhar a fama de ter ajudado a matar alguém tão visível.
Logo a melhor ideia é justamente mante-lo vivo. A vida um inferno mas vivo. Isso só gasta recurso diplomático que seria gasto com ou sem o problema.
Matar alguém sem atrair autoridades exige meses de preparação, subornos, falsificação e contra medidas, e mesmo assim não anula o risco de serem pegos por autoridades locais. E nada disso impediria metade do mundo de somar 2+2 e apontar o obvio. Bah mesmo que ele morre-se acidentalmente ainda culpariam os EUA.
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- Bourne
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Re: Geopolítica Brasileira
Se o Snowden fosse trabalhar para algum governo estrangeiro e entregar tudo que sabe, a morte estaria encomendada. Porém não foi. Começo a achar que ele volta aos EUA, é julgado e absolvido. Ainda arranja emprego em uma entidade de defesa dos direitos civis como uma dos guardiões das liberdades individuais.
O que é uma prerrogativa válida até que alguém sequestre alguns aviões e derrubem algumas torres. Depois vem o questionamento "por que vocês não tinham sistemas de vigilância para prever esse tipo de coisa?" e "o governo foi irresponsável ao não criar mecanismos de proteção da população e dos interesses nacionais".
O que é uma prerrogativa válida até que alguém sequestre alguns aviões e derrubem algumas torres. Depois vem o questionamento "por que vocês não tinham sistemas de vigilância para prever esse tipo de coisa?" e "o governo foi irresponsável ao não criar mecanismos de proteção da população e dos interesses nacionais".
- Sávio Ricardo
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Re: Geopolítica Brasileira
Pois é...wagnerm25 escreveu:As pessoas estão surpresas com o fato dos EUA espionarem outros países?
Garanto que os EUA irão mandar 60 F-18 totalmente grátis com medo das represálias após o ultimato do nosso governo.
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Re: Geopolítica Brasileira
Todos mundo espiona todo mundo. Se o Brasil, através de seus órgãos de informação, não tem ninguém espionando e informando o que estão fazendo os bolivianos, os venezuelanos, os argentinos e demais, tem que fechar as portas daquelas agências e demitir todo mundo por incompetência.wagnerm25 escreveu:As pessoas estão surpresas com o fato dos EUA espionarem outros países?
Um exemplo claro. O material russo recebido pela Venezuela está operacional? Em que quantidade e qualidade? Os operadores estão bem treinados? Os nosso agentes deveriam estar lá coletando estas informações e repassando para Brasilia. Alguém do governo brasileiro deve estar (ou deveria estar) espionando.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Geopolítica Brasileira
Política de dissuasão versus a prática do equilíbrio de forças no contexto brasileiro: conceitos excludentes ou complementares?
A recente incursão aérea originária do território russo em direção a cidades suecas no Domingo de Páscoa (29 de março) de 2013 reacendeu o debate que a humanidade imaginou ter se esquecido desde a década de 1990: qual o grau necessário de proteção os países devem ter em suas respectivas esferas geopolíticas de defesa territorial, de influência ou de interesses? Qual é o grau de proteção efetivo das nações em vista de eventuais ameaças a suas cidades, populações e riquezas naturais? Como o Brasil se coloca diante da possibilidade de agressão a seu território ou à sua população? Hoje, como então, é muito difícil responder a esse tipo de pergunta definitiva ou conclusivamente. Sempre haverá espaço para grandes considerações contrárias que trarão consigo boa dose de razoabilidade.
Ao abordar uma possível dicotomia entre a estratégia denominada poder de dissuasão versus a adoção do equilíbrio de forças como fator inibidor de intervenções estrangeiras talvez seja necessário historiar e definir alguns termos, limitar áreas de atuação e estabelecer os parâmetros sob os quais a discussão se dará. Senão, vejamos:
A estratégia de dissuasão pode ser entendida como a capacidade que um ator tem de convencer outro ator de não ataca-lo, sob pena de prejuízo para o atacante. Essa postura de convencimento é adotada sem a aplicação de violência, apenas deixando subentendido para o atacante que, caso haja o ataque, o prejuízo auferido será igual ou maior que os lucros pretendidos, levando o atacante à reflexão sobre a conveniência de sua ação. Essa estratégia, em nível de nações, foi desenvolvida a partir da escalada da guerra fria e foi bem sucedida na manutenção da paz global ao demonstrar clara intenção de parte a parte que o país atacado exerceria plena e tenazmente a defesa em caso de agressão.
Já o conceito de equilíbrio de forças pode ser visto e entendido como a possibilidade de contrapor a uma ameaça, real ou presumida, meios iguais ou superiores àqueles à disposição do atacante. Em ambos os casos – seja na dissuasão, seja na aplicação da estratégia do equilíbrio de forças, espera-se que os eventuais oponentes tenham informações corretas sobre as disponibilidades adversárias.
Se concordarmos com as definições postas, resta definir em que campo serão aplicadas. O contexto geográfico e os interesses envolvidos tornam-se limitadores da quantidade e qualidade dos meios de projeção de força a ser empregado por um ator em específico. Nações com poucas pretensões geopolíticas certamente desenvolverão meios compatíveis com essas intenções, ao passo que nações com interesses mais amplos ou gerais, estarão dispostas a desenvolver ou adquirir meios que deem suporte às suas pretensões, muitas vezes em regiões bastante distantes de suas fronteiras.
A análise da história política da segunda metade do século XX, ainda que ligeiramente ampliada para o início da 2ª grande guerra (1939) mostra a evolução do pensamento estratégico de diversas nações, que passaram a ter uma preocupação maior que o entorno de suas fronteiras, como por exemplo, o Japão e a Austrália e, em maior medida, a então União Soviética e os Estados Unidos. Por razões diferentes, os dois primeiros decidiram entender como limites de defesa, arcos de ilhas, ou países, que estavam, muitas vezes, além de suas próprias fronteiras.
Já os dois últimos, uma vez que atuaram de maneira tímida no processo de aquisição de territórios coloniais, passaram a agir de forma bem mais agressiva ao difundir as respectivas ideologias ou vantagens de seus sistemas econômicos a partir do final do conflito mundial.
Com isso, mais a rapidíssima evolução da tecnologia militar havida no período da 2ª grande guerra, verificou-se uma correspondente alteração do pensamento estratégico aproximando as fronteiras políticas (sob o viés de observação ideológico, não do geográfico) até quase ao ponto do confronto aberto. O episódio da colocação de mísseis soviéticos em Cuba certamente foi o clímax desse processo.
Até então a estratégia da dissuasão talvez fosse a dominante, uma vez que os Estados Unidos possuíam vantagem tecnológica e numérica de artefatos que, se acionados, poderiam levar grande destruição à União Soviética. Contudo, a rápida equiparação soviética, não tanto em termos de tecnologia, mas amplamente em termos de quantidade, compensou a desvantagem tecnológica através da quantidade disponível de artefatos de destruição e causou a constatação que ambos os países possuíam meios para a aniquilação mútua repetidas vezes, levando a reboque o restante da humanidade. Nesse momento histórico é possível que tenha havido a combinação não intencional dos dois tipos de pensamento estratégico.
Contudo, dada a dimensão das nações e interesses envolvidos, com os Estados Unidos e União Soviética então denominados, apropriadamente, superpotências, não se consegue duplicar o raciocínio que as estratégias dissuasória e da obtenção do equilíbrio de forças sejam complementares. Para tanto, a análise em outros segmentos geopolíticos de amplitude menor deveriam ter efeito semelhante – e talvez não tenham, com resultados distintos em pelo menos dois casos: um deles, no conflito entre o Vietnã do Norte e do Sul, o poderio norte-americano foi confrontado e vencido por uma nação com menos recursos, que adotou táticas com as quais a nação mais poderosa não pode, ou não soube naquele momento, lidar.
Por outro lado, nos conflitos do Oriente Médio, Israel tem conseguido manter-se como nação apesar de estar rodeado de países que, até pouco tempo, tinham a manifesta vontade de eliminar sua existência de forma radical. Já nesse exemplo, o poderio militar israelense prevaleceu tanto nos momentos onde foi atacado, como no caso do conflito de 1973, como nos momentos onde foi o atacante, como na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Não se avalia aqui os ataques preventivos levados a efeito a objetivos específicos.
Ao se analisar pontualmente como o raciocínio global se regionalizou de diversas formas, com vários níveis de conflito, é possível observar que a estratégia de defesa das nações leva em conta muitas das vezes o momento político por que passa a região estudada. No caso específico da América do Sul, os últimos trinta anos mostraram um inequívoco desejo de suas populações de adotar o capitalismo como regime econômico e a democracia como regime político. Os diversos países sul americanos se organizaram, com diversos graus de sucesso, em torno do ideário capitalista democrático e a região, como um todo e, mais uma vez, com graus maiores ou menores de êxito, pode experimentar crescimento econômico e melhoria das condições sociais.
No que diz respeito a conflitos que poderiam evoluir para o uso de forças militares, os últimos trinta anos anotaram conflitos entre nações (Argentina x Inglaterra nas Falklands; Argentina x Chile, em Beagle; Chile x Bolívia, saída para o mar; Peru x Equador, por reivindicações territoriais) com menor intensidade e duração, exceto no caso das Falklans, do que enfrentamentos internos, principalmente no episódio das FARC, na Colômbia.
Tal cenário propiciou uma queda de prioridade do aparelhamento, ou manutenção dos equipamentos já existentes, em detrimento do atendimento das reivindicações sociais. Observou também uma alteração sensível no tipo de armamento que seria escolhido para reposição ou incremento da capacidade das forças armadas, muitas vezes voltado para a defesa contra ameaças fronteiriças e não para a projeção de poder. Entretanto, a descoberta de riquezas minerais, especialmente no litoral brasileiro e o incremento das atividades ilícitas, notadamente o tráfico de drogas e contrabando nas fronteiras terrestres da porção oeste do continente, fizeram com que a preocupação com a defesa voltasse a ser sentida pelos governos locais.
No caso específico brasileiro, a plataforma continental do mar territorial não pode ser vista como uma fronteira simples, onde as diversas forças militares poderiam apoiar-se em caso de agressão. A defesa do mar territorial é tarefa específica da Marinha, com o apoio da Força Aérea, sem uma participação importante do Exército. Nisso reside grande preocupação estratégica, visto não existir possibilidade de defesa adequada para tão grande área.
Ainda no caso brasileiro, as fronteiras terrestres constituem objeto de defesa igualmente difícil, aqui pelo fato de haver literalmente inúmeras possibilidades de passagem através dos milhares de quilômetros de terra. Contudo, a possibilidade de superposição de forças de defesa acrescidas do efetivo de polícias militares estaduais, fariam com que a tarefa fosse pouco mais efetiva.
Entretanto, a situação brasileira é embaraçosa. Não se poderiam aplicar os conceitos de dissuasão ou de equilíbrio de forças para defender-se efetivamente em ambos os casos. Os planos apresentados até aqui pelos chefes militares contemplam, no mais das vezes, um aparelhamento mínimo e insuficiente das forças armadas, aparelhamento esse que não conta com a certeza orçamentária de sua aplicação, devendo, ainda, ser submetidos a considerações políticas superiores às militares.
Portanto, no que diz respeito ao continente sul-americano, especificamente no caso brasileiro, poder-se-á observar que a estratégia de dissuasão terá dificuldades de ser aplicada tanto no contexto da plataforma continental quanto das fronteiras terrestre, no primeiro caso pela amplitude a área a ser defendida e no segundo caso, pela multiplicidade de pontos a serem defendidos de forma efetiva. Nem se cogita aqui as dificuldades de coordenação de comando entre as várias forças envolvidas.
Quanto à estratégia do equilíbrio de forças, há de se perguntar: contra quem? Em que circunstância? Se se analisar o cenário de defesa das riquezas localizadas na plataforma continental, é difícil imaginar como alguma nação poderia estabelecer uma base permanente de conquista, sem que houvessem reações em nível global contra tal ação. Resta, porém, a defesa contra incursões pontuais que visassem a violação de espaço, situação para a qual ainda não se tem defesa efetiva (e nem se espera que haja num horizonte de uma década, pelo menos), embora se tente demonstrar à sociedade que algo está sendo feito com esse objetivo.
Por fim, quanto à fronteira terrestre, verifica-se já haver um equilíbrio de forças relativo em nível de nações fronteiriças, e uma supremacia de forças absoluta, ao se comparar com as ameaças de origem criminosa. Entretanto essa supremacia não se aplica totalmente, pelo fato de que são forças completamente assimétricas, com níveis de reação bastante diferentes e, no caso dos criminosos, com flexibilidade muito maior que as forças armadas nacionais em seu atual estágio de manutenção. Observa-se então, o antagonismo conceitual com o que preconizam as autoridades de defesa nacionais, ao pretenderem o fortalecimento das unidades militares de fronteira, mas com meios e quantidades insuficientes para o cumprimento da missão proposta, e a prática proveniente da realidade orçamentária vigente.
Conclui-se então analisando que no contexto contemporâneo brasileiro os conceitos de estratégica dissuasória versus de equilíbrio de forças podem não ser excludentes ou complementares, mas, sim, antagônicos ou inexistentes, a depender do cenário observado.
http://www.defesanet.com.br/pensamento/ ... mentares-/
A recente incursão aérea originária do território russo em direção a cidades suecas no Domingo de Páscoa (29 de março) de 2013 reacendeu o debate que a humanidade imaginou ter se esquecido desde a década de 1990: qual o grau necessário de proteção os países devem ter em suas respectivas esferas geopolíticas de defesa territorial, de influência ou de interesses? Qual é o grau de proteção efetivo das nações em vista de eventuais ameaças a suas cidades, populações e riquezas naturais? Como o Brasil se coloca diante da possibilidade de agressão a seu território ou à sua população? Hoje, como então, é muito difícil responder a esse tipo de pergunta definitiva ou conclusivamente. Sempre haverá espaço para grandes considerações contrárias que trarão consigo boa dose de razoabilidade.
Ao abordar uma possível dicotomia entre a estratégia denominada poder de dissuasão versus a adoção do equilíbrio de forças como fator inibidor de intervenções estrangeiras talvez seja necessário historiar e definir alguns termos, limitar áreas de atuação e estabelecer os parâmetros sob os quais a discussão se dará. Senão, vejamos:
A estratégia de dissuasão pode ser entendida como a capacidade que um ator tem de convencer outro ator de não ataca-lo, sob pena de prejuízo para o atacante. Essa postura de convencimento é adotada sem a aplicação de violência, apenas deixando subentendido para o atacante que, caso haja o ataque, o prejuízo auferido será igual ou maior que os lucros pretendidos, levando o atacante à reflexão sobre a conveniência de sua ação. Essa estratégia, em nível de nações, foi desenvolvida a partir da escalada da guerra fria e foi bem sucedida na manutenção da paz global ao demonstrar clara intenção de parte a parte que o país atacado exerceria plena e tenazmente a defesa em caso de agressão.
Já o conceito de equilíbrio de forças pode ser visto e entendido como a possibilidade de contrapor a uma ameaça, real ou presumida, meios iguais ou superiores àqueles à disposição do atacante. Em ambos os casos – seja na dissuasão, seja na aplicação da estratégia do equilíbrio de forças, espera-se que os eventuais oponentes tenham informações corretas sobre as disponibilidades adversárias.
Se concordarmos com as definições postas, resta definir em que campo serão aplicadas. O contexto geográfico e os interesses envolvidos tornam-se limitadores da quantidade e qualidade dos meios de projeção de força a ser empregado por um ator em específico. Nações com poucas pretensões geopolíticas certamente desenvolverão meios compatíveis com essas intenções, ao passo que nações com interesses mais amplos ou gerais, estarão dispostas a desenvolver ou adquirir meios que deem suporte às suas pretensões, muitas vezes em regiões bastante distantes de suas fronteiras.
A análise da história política da segunda metade do século XX, ainda que ligeiramente ampliada para o início da 2ª grande guerra (1939) mostra a evolução do pensamento estratégico de diversas nações, que passaram a ter uma preocupação maior que o entorno de suas fronteiras, como por exemplo, o Japão e a Austrália e, em maior medida, a então União Soviética e os Estados Unidos. Por razões diferentes, os dois primeiros decidiram entender como limites de defesa, arcos de ilhas, ou países, que estavam, muitas vezes, além de suas próprias fronteiras.
Já os dois últimos, uma vez que atuaram de maneira tímida no processo de aquisição de territórios coloniais, passaram a agir de forma bem mais agressiva ao difundir as respectivas ideologias ou vantagens de seus sistemas econômicos a partir do final do conflito mundial.
Com isso, mais a rapidíssima evolução da tecnologia militar havida no período da 2ª grande guerra, verificou-se uma correspondente alteração do pensamento estratégico aproximando as fronteiras políticas (sob o viés de observação ideológico, não do geográfico) até quase ao ponto do confronto aberto. O episódio da colocação de mísseis soviéticos em Cuba certamente foi o clímax desse processo.
Até então a estratégia da dissuasão talvez fosse a dominante, uma vez que os Estados Unidos possuíam vantagem tecnológica e numérica de artefatos que, se acionados, poderiam levar grande destruição à União Soviética. Contudo, a rápida equiparação soviética, não tanto em termos de tecnologia, mas amplamente em termos de quantidade, compensou a desvantagem tecnológica através da quantidade disponível de artefatos de destruição e causou a constatação que ambos os países possuíam meios para a aniquilação mútua repetidas vezes, levando a reboque o restante da humanidade. Nesse momento histórico é possível que tenha havido a combinação não intencional dos dois tipos de pensamento estratégico.
Contudo, dada a dimensão das nações e interesses envolvidos, com os Estados Unidos e União Soviética então denominados, apropriadamente, superpotências, não se consegue duplicar o raciocínio que as estratégias dissuasória e da obtenção do equilíbrio de forças sejam complementares. Para tanto, a análise em outros segmentos geopolíticos de amplitude menor deveriam ter efeito semelhante – e talvez não tenham, com resultados distintos em pelo menos dois casos: um deles, no conflito entre o Vietnã do Norte e do Sul, o poderio norte-americano foi confrontado e vencido por uma nação com menos recursos, que adotou táticas com as quais a nação mais poderosa não pode, ou não soube naquele momento, lidar.
Por outro lado, nos conflitos do Oriente Médio, Israel tem conseguido manter-se como nação apesar de estar rodeado de países que, até pouco tempo, tinham a manifesta vontade de eliminar sua existência de forma radical. Já nesse exemplo, o poderio militar israelense prevaleceu tanto nos momentos onde foi atacado, como no caso do conflito de 1973, como nos momentos onde foi o atacante, como na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Não se avalia aqui os ataques preventivos levados a efeito a objetivos específicos.
Ao se analisar pontualmente como o raciocínio global se regionalizou de diversas formas, com vários níveis de conflito, é possível observar que a estratégia de defesa das nações leva em conta muitas das vezes o momento político por que passa a região estudada. No caso específico da América do Sul, os últimos trinta anos mostraram um inequívoco desejo de suas populações de adotar o capitalismo como regime econômico e a democracia como regime político. Os diversos países sul americanos se organizaram, com diversos graus de sucesso, em torno do ideário capitalista democrático e a região, como um todo e, mais uma vez, com graus maiores ou menores de êxito, pode experimentar crescimento econômico e melhoria das condições sociais.
No que diz respeito a conflitos que poderiam evoluir para o uso de forças militares, os últimos trinta anos anotaram conflitos entre nações (Argentina x Inglaterra nas Falklands; Argentina x Chile, em Beagle; Chile x Bolívia, saída para o mar; Peru x Equador, por reivindicações territoriais) com menor intensidade e duração, exceto no caso das Falklans, do que enfrentamentos internos, principalmente no episódio das FARC, na Colômbia.
Tal cenário propiciou uma queda de prioridade do aparelhamento, ou manutenção dos equipamentos já existentes, em detrimento do atendimento das reivindicações sociais. Observou também uma alteração sensível no tipo de armamento que seria escolhido para reposição ou incremento da capacidade das forças armadas, muitas vezes voltado para a defesa contra ameaças fronteiriças e não para a projeção de poder. Entretanto, a descoberta de riquezas minerais, especialmente no litoral brasileiro e o incremento das atividades ilícitas, notadamente o tráfico de drogas e contrabando nas fronteiras terrestres da porção oeste do continente, fizeram com que a preocupação com a defesa voltasse a ser sentida pelos governos locais.
No caso específico brasileiro, a plataforma continental do mar territorial não pode ser vista como uma fronteira simples, onde as diversas forças militares poderiam apoiar-se em caso de agressão. A defesa do mar territorial é tarefa específica da Marinha, com o apoio da Força Aérea, sem uma participação importante do Exército. Nisso reside grande preocupação estratégica, visto não existir possibilidade de defesa adequada para tão grande área.
Ainda no caso brasileiro, as fronteiras terrestres constituem objeto de defesa igualmente difícil, aqui pelo fato de haver literalmente inúmeras possibilidades de passagem através dos milhares de quilômetros de terra. Contudo, a possibilidade de superposição de forças de defesa acrescidas do efetivo de polícias militares estaduais, fariam com que a tarefa fosse pouco mais efetiva.
Entretanto, a situação brasileira é embaraçosa. Não se poderiam aplicar os conceitos de dissuasão ou de equilíbrio de forças para defender-se efetivamente em ambos os casos. Os planos apresentados até aqui pelos chefes militares contemplam, no mais das vezes, um aparelhamento mínimo e insuficiente das forças armadas, aparelhamento esse que não conta com a certeza orçamentária de sua aplicação, devendo, ainda, ser submetidos a considerações políticas superiores às militares.
Portanto, no que diz respeito ao continente sul-americano, especificamente no caso brasileiro, poder-se-á observar que a estratégia de dissuasão terá dificuldades de ser aplicada tanto no contexto da plataforma continental quanto das fronteiras terrestre, no primeiro caso pela amplitude a área a ser defendida e no segundo caso, pela multiplicidade de pontos a serem defendidos de forma efetiva. Nem se cogita aqui as dificuldades de coordenação de comando entre as várias forças envolvidas.
Quanto à estratégia do equilíbrio de forças, há de se perguntar: contra quem? Em que circunstância? Se se analisar o cenário de defesa das riquezas localizadas na plataforma continental, é difícil imaginar como alguma nação poderia estabelecer uma base permanente de conquista, sem que houvessem reações em nível global contra tal ação. Resta, porém, a defesa contra incursões pontuais que visassem a violação de espaço, situação para a qual ainda não se tem defesa efetiva (e nem se espera que haja num horizonte de uma década, pelo menos), embora se tente demonstrar à sociedade que algo está sendo feito com esse objetivo.
Por fim, quanto à fronteira terrestre, verifica-se já haver um equilíbrio de forças relativo em nível de nações fronteiriças, e uma supremacia de forças absoluta, ao se comparar com as ameaças de origem criminosa. Entretanto essa supremacia não se aplica totalmente, pelo fato de que são forças completamente assimétricas, com níveis de reação bastante diferentes e, no caso dos criminosos, com flexibilidade muito maior que as forças armadas nacionais em seu atual estágio de manutenção. Observa-se então, o antagonismo conceitual com o que preconizam as autoridades de defesa nacionais, ao pretenderem o fortalecimento das unidades militares de fronteira, mas com meios e quantidades insuficientes para o cumprimento da missão proposta, e a prática proveniente da realidade orçamentária vigente.
Conclui-se então analisando que no contexto contemporâneo brasileiro os conceitos de estratégica dissuasória versus de equilíbrio de forças podem não ser excludentes ou complementares, mas, sim, antagônicos ou inexistentes, a depender do cenário observado.
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Re: Geopolítica Brasileira
O fato da ABIN não funcionar deve ter algo a ver com isso. Se fossem russos nunca estaria na imprensa.
08/07/2013 - 08h22
Brasil abrigou base de espionagem dos EUA, diz jornal
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DE SÃO PAULO
Pelo menos até 2002, funcionou em Brasília uma das estações de espionagem nas quais funcionários da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) e agentes da CIA trabalharam em conjunto. A revelação foi feita na edição desta segunda-feira (8) do jornal "O Globo".
A publicação teve acesso a documentos da NSA que revelam que Brasília fez parte da rede formada por 16 bases da agência dedicadas a um programa de coleta de dados por meio de satélites abrigados em outros países.
Ainda segundo o jornal, não se pode afirmar, por falta de provas, que essa atividade continou após 2002.
O texto de "O Globo" também mostra que existe um conjunto de documentos da NSA, datados de setembro de 2010, cuja leitura pode levar até a conclusão de que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência em algum momento. O jornal, porém, diz que não foi possível confirmar a informação e nem se esse tipo de prática continua.
EDWARD SNOWDEN
Tais documentos da NSA foram vazados pelo técnico em informática Edward Snowden, que trabalhou para a CIA durante os últimos quatro anos. Em junho, o jornal britânico "The Guardian" publicou reportagens com as primeiras revelações de Snowden sobre o monitoramento de milhões de telefones e de dados de usuários de internet em todo o mundo.
O delator norte-americano agora é procurado pela Justiça dos EUA. Ele teve o passaporte revogado e acredita-se que esteja na área de trânsito do aeroporto de Moscou, na Rússia. Venezuela, Nicarágua e Bolívia lhe ofereceram asilo diplomático.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013 ... rnal.shtml
- FOXTROT
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Re: Geopolítica Brasileira
Estou comovido, a rede globo (um braço ianque no Brasil) dedicando vários minutos no seus telejornais a esse assunto, deve ser o fim dos tempos, só tornaram público o que tomo mundo sabia, só não queria reconhecer publicamnte.
E desse aliado, parceiro comercial, protetor divino que alguns oficiais da FAB e outros idiotas do GF querem comprar os caças?
Acredito que o delator esteja bem "guardado" pelo FSB, o Putin não perderia uma carta tão valiosa como essa!
Definitivamente é o fim dos tempos.....
Saudações
* Acho que esse assunto merece um tópico especifico!
E desse aliado, parceiro comercial, protetor divino que alguns oficiais da FAB e outros idiotas do GF querem comprar os caças?
Acredito que o delator esteja bem "guardado" pelo FSB, o Putin não perderia uma carta tão valiosa como essa!
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* Acho que esse assunto merece um tópico especifico!
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- wagnerm25
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Re: Geopolítica Brasileira
Tudo isso me leva a pensar que:
- A ABIN é o mais eficaz serviço de inteligência do mundo, porque ninguém jamais ouviu falar de qualquer ação dessa agência. Nunca, jamais vazou nada.
ou
- A ABIN é uma merda mesmo porque nunca produziu nada para ser vazado.
- A ABIN é o mais eficaz serviço de inteligência do mundo, porque ninguém jamais ouviu falar de qualquer ação dessa agência. Nunca, jamais vazou nada.
ou
- A ABIN é uma merda mesmo porque nunca produziu nada para ser vazado.
- rodrigo
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Re: Geopolítica Brasileira
A ABIN, assim como as Forças Armadas brasileiras, são monstruosamente subdimensionadas para a importância do Brasil. Nossas capacidades são desproporcionais até mesmo no cenário sulamericano. Quando o projeto do Brasil grande e importante for uma agenda real, e não propaganda barata de líderes demagógicos, talvez seja dada a necessária importância aos setores militares e de inteligência.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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- wagnerm25
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Re: Geopolítica Brasileira
Uma agência de inteligência bem azeitada, capaz de suprir as instâncias decisórias de um governo com informação de qualidade sobre o que acontece em torno e a respeito de um país, pode até mesmo servir para tornar eventuais carências militares menores que seriam em caso de não se contar com um serviço desse.
Resumindo: informação de qualidade bem usada = menor necessidade de uso de força ou melhor aplicação desta
Resumindo: informação de qualidade bem usada = menor necessidade de uso de força ou melhor aplicação desta