DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#106 Mensagem por prp » Sex Mar 10, 2017 10:19 pm

Túlio escreveu:Eu que sei, roubam, brigam umas com as outras, se apaixonam por freguês e fogem, o diabo. Nunca tinha contado (falta de oportunidade) mas em 1989 eu, ainda garotão, vendi minha moto (uma XLX-250 super incrementada) para o dono do puteiro mais "quente" de Santo Angelo, o Barranco. Em vez de me dar dinheiro, o cara me ofereceu hospedagem "free" por dez dias (todo o "pacote" incluído, desde refeições e cerveja até todas as putas que eu quisesse, ele acertava com elas). Fiquei uns seis meses a pé mas valeu a pena, PQP! Aprendi um bocado sobre como funciona um estabelecimento deste tipo.
Isso deve ser sina de AP. :lol:
Amigo meu morou em um puteiro por uns 2 anos, amasiou com uma senhora de família lá dentro, só saiu quando casaram. :lol: :lol:
Hoje vive super bem com a esposa.




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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#107 Mensagem por Túlio » Sex Mar 10, 2017 10:30 pm

prp escreveu: Isso deve ser sina de AP. :lol:
Amigo meu morou em um puteiro por uns 2 anos, amasiou com uma senhora de família lá dentro, só saiu quando casaram. :lol: :lol:
Hoje vive super bem com a esposa.

Não, eu só "morei" dez dias e não "amasiei" com puta nenhuma, eu queria comer TODAS! Tinha 25 e muito GÁS!!! :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

Mas não deixas de ter razão, conheço vários casos, e não só de AP: teve um gadiano com quem trabalhei em São Sebastião do Caí, ele levou uns dois anos para confiar o suficiente em mim e me contar que tirara a esposa da zona (eu já sabia havia tempos, não é só AP que não guarda segredo, Brigadiano também tem a boca que é uma gamela :mrgreen: ) e, segundo ele, eram muito felizes (o resto da Tropa concordava).

Sei lá, acho que tem gente que é mesmo predestinada a encontrar sua "cara metade"; já no meu caso, sempre tive índole de viralata, dois divórcios o comprovam e para mim basta.




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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#108 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Nov 16, 2017 9:14 am


The merchant shipping industry releases 2.2% of the world’s carbon emissions, about the same as Germany, and the International Maritime Organization estimates that could increase up to 250% by 2050 if no action is taken
Tecnologia que apareceu em 1922 mas só agora se tornou economicamente viável: a vela rotativa




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#109 Mensagem por P44 » Dom Dez 03, 2017 2:38 pm

O "Admirável Mundo Novo"

Robots deixarão no desemprego 800 milhões de pessoas até 2030

Os estados mais ricos serão os mais afetados.

Imagem

Um estudo levado a cabo pela McKinsey procurou apurar as consequências das alterações económicas causadas pela introdução de robots na sociedade, apontando que até 2030 resultará no desemprego de 800 milhões de pessoas.

Nota o Business Insider que as estimativas das Nações Unidas apontam para uma população mundial de 8.5 mil milhões de pessoas nesta altura, o que significa que 10% estará desempregada graças à ocupação de postos de trabalho por robots.

O mesmo estudo indica que a integração de robots não será homogénea em todo o mundo, com países mais ricos como os EUA, o Reino Unido, o Japão e a Coreia do Sul (com mais dinheiro) a serem os mais afetados por esta mudança económica. De início serão os trabalhos mais repetitivos que estarão vulneráveis, nomeadamente lavadores de pratos e cozinheiros em restaurantes.

https://www.noticiasaominuto.com/tech/9 ... s-ate-2030




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#110 Mensagem por Túlio » Dom Dez 03, 2017 6:40 pm

P44 escreveu:O "Admirável Mundo Novo"

Robots deixarão no desemprego 800 milhões de pessoas até 2030

Os estados mais ricos serão os mais afetados.

Imagem

https://www.noticiasaominuto.com/tech/9 ... s-ate-2030

Seriously? Já era um adulto jovem quando ouvia dizer o mesmo sobre os computadores. Hoje tenho um - na verdade vários, já que a cada dia se tem mais bugigangas "inteligentes" em casa, no carro e até na arma - e só me ajuda, a ponto de, se eu parar para pensar, fico espantado com como fazia as coisas há apenas duas décadas e pouco atrás, era quase tudo analógico, quando não manual...




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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#111 Mensagem por Bourne » Dom Dez 03, 2017 7:24 pm

Muita coisa que faço hoje e como trabalho seria inviável em 2005/2006; Praticamente impossível na década de 1990, salvo que fosse milionário. Fico imaginando o sofrimentos e as dificuldades do pessoal da década de 1980 e 1990. Por exemplo, um livro técnico tinha que comprar no exterior e demorar meses para vir. Hoje compra a versão digital na Amazon ou baixa no site russo.

Esse tipo de aparelho mudou o mundo e não tem uma década que funciona direito.

https://fm.cnbc.com/applications/cnbc.com/resources/img/editorial/2017/03/31/104377564-iPhone_6.jpg

Enquanto isso, a China...
Há 30 anos era uma vila de pescadores e hoje é o Vale do Silício da China

1. A eficiência é vida

"Shenzhen está muito bem", diz Eric Hu. “Se você consegue sobreviver a ela”. Fala rápido. Pensa rápido. Tem o cabelo esvoaçante, camiseta surrada, tênis. Olha seu celular com frequência, um Huawei, marca chinesa, e com orgulho: “O iPhone”, diz, “é um lixo”. É noite neste lado do mundo e ele dirige seu Audi Q5, em cujo retrovisor dançam dois bichinhos de pelúcia Hello Kitty. Quer mostrar algo no centro desta cidade enorme, símbolo do capitalismo asiático, uma espécie de Eldorado tecnológico onde os recém-chegados buscam imitar os fundadores das grandes empresas do país. Aqui nasceram gigantes como Huawei, segunda produtora mundial de telefones inteligentes e líder em redes de telecomunicações, e Tencent, uma das maiores empresas de Internet do planeta, criadora do WeChat, o WhatsApp chinês, com 1 bilhão de usuários. Mas há outras 8.000 empresas de alta tecnologia. O setor contribui com 40% da economia da cidade. E esse PIB é monstruoso: o de Shenzhen disputa com o da Irlanda; o da região, conhecida como o Delta do Rio da Pérola, que inclui outros oito centros urbanos da China e as regiões especiais de Hong Kong e Macau, é equiparável ao de toda a Rússia.

Entre guinadas no volante, Hu vai enviando mensagens de voz através do WeChat (o “WhatsApp é outro lixo”). Fundou há três anos uma start-up de drones resistentes à água chamada Swellpro. Criações de engenharia com oito patentes próprias e uma câmera 4K para gravar cenas marítimas. São vendidas pelo equivalente a 6.140 reais. A maioria acaba no Ocidente. Muitas, em mãos de pessoas endinheiradas com barcos ou iates. Mas nascem em uma zona poeirenta, nos arredores, onde passam caminhões, os operários muito jovens dormem em apartamentos ao lado das fábricas e encontramos, ao caminhar por suas ruelas, todo tipo de negócios de manufaturas tecnológicas. Shenzhen, conta, é o melhor lugar para a inovação. Com uma rede de fornecedores de componentes eletrônicos inigualável. “Atrai pessoas jovens, educadas, enérgicas”, diz Hu. “Vai a toda a velocidade. A concorrência é altíssima.” Os arranha-céus brilham através da janela. “Este foi erguido há dois anos”, aponta. Atravessa uma área de livre comércio recém-aberta pelo Governo. Vias engarrafadas. Carros caros. E, no fim, para. Desce e aponta a inscrição em algumas pedras. Em caracteres chineses se lê a filosofia que define a cidade: “Tempo é dinheiro. A eficiência é a vida”.

Hu nasceu em 1980, ano em que Deng Xiaoping transformou Shenzhen na primeira zona econômica especial do país. Uma porta aberta ao liberalismo, à iniciativa privada. Um experimento da China do futuro. A cidade era uma vila de pescadores com 30.000 habitantes. Hoje, no censo oficial beira os 12 milhões; no extraoficial alcança 20. Uma locomotiva à qual chegam centenas de milhares de trabalhadores arrojados todo o ano. Engenheiros altamente qualificados, legiões de operários. Não se vê um rosto velho na rua. A idade média ronda os 28. Em Shenzhen quase ninguém é de Shenzhen. Ele cresceu em uma zona rural da província, entre galinhas e plantações de arroz. Estudou engenharia, trabalhou em uma fábrica de celulares da Samsung (na região estão muitas das megafábricas do mundo) e em 2005 se mudou para a cidade para tentar a sorte. Lapidou o inglês vendendo USB e câmeras. Depois passou a trabalhar por conta própria. Seu negócio, explica, consiste em “desenvolver produtos: não algo barato, mas inovador, alta tecnologia”. Esboça ideias: seus engenheiros projetam e montam até chegar a um protótipo. Seu último invento é um projetor portátil do tamanho de um punho. Shenzhen, explica, é o paraíso do hardware. O físico, o artefato. Com um ecossistema superveloz onde a passagem da ideia à produção em série ocorre em um suspiro e quase na mesma quadra. E enquanto sonha em dar a grande tacada, lembra com nostalgia de seu primeiro apartamento dividido, em um bairro do qual hoje não resta senão o templo budista. Ali agora se erguem os arranha-céus do parque tecnológico, com cerca de 1.300 empresas; uma centena delas cotada em Bolsa.

2. O gigante tecnológico

Yu Chengdond entra na sala de reuniões sem gravata e seguido por uma secretária com saltos altos e brinquedos de pelúcia pendurados do celular. Cumprimenta em espanhol. Fala um inglês duro. É o executivo-chefe de uma das três ramificações da Huawei, a divisão de telefones e outros produtos de consumo. Representa um terço da receita da multinacional, cujo faturamento beira os 250 bilhões de reais, conta com 180.000 funcionários em 170 países e lidera o mercado de celulares na China. Na Espanha disputa ferrenhamente com a Samsung o primeiro lugar. No mundo, o ombro a ombro é contra a Apple, ambas atrás da Samsung. O CEO afirma que a empresa não teria existido se não tivesse nascido em Shenzhen: “Há 30 anos, quando a China não era tão aberta, se transformou em uma cidade de acolhida. Capitalista no econômico, não no político. De estilo ocidental. Onde se podia desenvolver uma gestão moderna”. Ele, engenheiro da Universidade de TsingHua, “o MIT chinês”, se uniu à empresa em 1993, quando começava a desenvolver infraestrutura telefônica. A Huawei foi fundada em 1987 pelo ex-militar Ren Zhengfei com apenas 19.000 reais. Uma empresa privada cuja primeira sede ficava entre plantações. Hoje se transferiram para um campus tecnológico de 200 hectares nos arredores da cidade, com universidade própria, apartamentos para trabalhadores, jardins zen e vans que transportam os funcionários de um edifício a outro com o ar condicionado no máximo. Mas não estão satisfeitos. “Podemos fazer melhor”, disse Yu. E para mostrar que se empenham nisso convidaram à sua sede cinquenta instagramers, youtubers e jornalistas ocidentais (entre os quais o EL PAÍS). Segundo o CEO, “nosso problema não é a inovação. Nisso somos fortes. O grande desafio é que não somos uma marca conhecida. Ninguém a conhece”. O marketing, a grande tragédia chinesa. Uma luta contra si mesmos para passar de sinônimo de produto barato ao de artigo de alta qualidade.

Durante dois dias de conferências e powerpoints no interior de um moderno bloco envidraçado que, visto em panorâmica, tem a forma de uma chave, diretores desfiam detalhes de seu próximo lançamento, o celular Mate 10, cujo chip Kirin 970, afirmam, imita o cérebro humano: “Unidade de processamento neuronal”, o chamam. O telefone, prestes a ser lançado (foi colocado à venda em outubro), está trancado em uma maleta com três fechaduras (numérica, de chave e bluetooth), colocam luvas brancas para tocar nele, pedem a assinatura de contratos de confidencialidade antes que se possa dar uma olhada. E em cada pausa projetam anúncios nos quais uma voz sensual de mulher sussurra sonhos eletrônicos.

Também decidiram abrir suas portas para mostrar uma face transparente, dinâmica, que lembre as concorrentes norte-americanas. Percorremos laboratórios onde engenheiros com avental de trabalho trituram equipamentos e terminais para medir sua resistência. Nas instalações há cartazes que avisam: “Prestem atenção às informações sobre segurança para proteger nossas patentes”. Uma visita rápida atravessando corredores intermináveis e desertos de mármore. Nunca oficinas com trabalhadores. É proibido tirar fotos na maioria das salas. E, ao contrário do mundo que se imagina, digamos, no Google, veem-se mesas de pingue-pongue, mas sem rede. Piscinas paradisíacas com horários estritos. Mesas de bilhar cobertas. Para quem é de fora não é permitido conversar com funcionários de forma espontânea. E o engenheiro autorizado a falar, sob o olhar de seus chefes, responde assim sobre suas aspirações pessoais: “São parecidas com o slogan da empresa: construir um mundo mais conectado”. O controle é férreo. “É uma empresa militar”, ironiza um financista que conhece o setor, referindo-se aos anos de juventude de seu fundador no Exército Popular.

Se não quer falar sem barreiras com um funcionário da Huawei, melhor ir a uma Pizza Hut mais próxima do campus. Em uma mesa há quatro profissionais de telecomunicações estrangeiros. “Somos a ONU”, brincam. Vêm de Brunei, Sri Lanka, Egito e Costa do Marfim. Especialistas em redes, vieram passar por um treinamento na sede. Suspiram porque desde que aterrissaram não puderam olhar o Facebook, e o WhatsApp funciona só por breves momentos: esqueceram-se de instalar no celular, antes de viajar, uma VPN (rede privada virtual), com a qual os usuários contornam diariamente a grande muralha chinesa da Internet e têm acesso ao outro lado da censura. Não se deve esquecer onde estamos. Nem a proximidade nesses dias do XIX Congresso Nacional do Partido Comunista da China: a imprensa regional fala na necessidade de “erradicar rumores políticos online”. Durante a refeição, quando por fim conseguem se conectar com o outro lado, o egípcio exclama: “Sou livre!”. O grito soa estranho na boca dos criadores do sistema. Mas esta é uma cidade de contradições, onde convivem as multinacionais de fast food e as bandeiras comunistas em cada avenida.

3. Os inventores

Se no Vale do Silício se sonha nas garagens, muitos dos recém-chegados a Shenzhen com pretensões digitais se acomodam em apartamentos de Baishizhou, um bairro labiríntico, de estrutura medieval e com algazarra da rua, e com velhos edifícios de pouca altura de cujas janelas se pode dar a mão ao vizinho do bloco ao lado. Conta com cerca de 150.000 habitantes, 20 vezes a densidade da população do resto da cidade. E em seus meandros se misturam jogadores de mahjong, vendedores de lichia e de peixes vivos, depenadores de patos, emaranhado de cabos que pendem até o chão como trepadeiras e jovens hipsters que voltam da prática de esportes no meio da tarde. A área ficou cercada por arranha-céus. E já existe um plano para derrubá-la e erguer sobre seus escombros torres de vidro e aço.

Shenzhen é o centro urbano que mais depressa se transformou em uma megalópole na história, segundo Juan Du, professora de arquitetura na Universidade de Hong Kong. Em 1979 nem sequer contava com o status de cidade. Hoje possui 49 edifícios que superam os 200 metros de altura, incluindo o segundo mais alto do país, de quase 600 metros. E há outros 48 a caminho. O fervor imobiliário a transformou na bolha mais cara da China: o metro quadrado custa 21.000 reais em média. E as chengzhongcun (“aldeias no meio da cidade”) ficaram como testemunhas anãs da era em que tudo começou. Nelas, os aluguéis ainda são aceitáveis e atraem pessoas como Eli MacKinnon, de 28 anos, um nova-iorquino que trabalha na Insta360, uma start-up local que fabrica câmeras de realidade virtual.

MacKinnon fala chinês com fluência, se arranja com seu porte atlético, mas ficou velho: o fundador da empresa, JK Liu, tem 26 anos. E a idade média entre seus 250 funcionários é de 24. O ambiente de trabalho na sede impressiona: jovens, quase adolescentes, teclam concentrados, sentados em fileiras em uma sala com enormes janelas através das quais se veem edifícios no meio da obra. Muitos têm grandes objetos de pelúcia ao lado do teclado: Explica-se: são almofadas. Na hora da refeição, as luzes são apagadas, colocam a almofada sobre a mesa de trabalho e tiram uma soneca. Depois continuam trabalhando.

A inscrição define a filosofia da cidade: “Tempo é dinheiro. A eficiência é a vida”
A inscrição define a filosofia da cidade: “Tempo é dinheiro. A eficiência é a vida” JAMES RAJOTTE
A empresa nasceu em 2014 e a história de seu fundador já apareceu na Forbes: JK Liu se mudou para Shenzhen com colegas da Universidade de Nanjing, convenceram uma empresa de capital de risco a investir neles e acabaram criando câmeras portáteis, acessíveis, que se acoplam ao celular e captam o mundo em 360 graus. Depois de um período em sua sede, entre óculos de realidade virtual e bolas futuristas com visão de peixe, dá a sensação de que as imagens governarão o planeta em breve. MacKinnon nos guia através de um terraço, na unidade 29, para mostrar as maravilhas que podem ser feitas com os inventos: registrar cenas tipo Matrix, mas quais o retratado fica congelado. Selfies em que a pessoa parece contida em uma esfera. Do alto se escutam as perfurações incessantes das obras. Um som envolvente, também em 360 graus. Quando se fecha os olhos, parece que o chão treme sob os pés. A cidade em estado febril, grunhindo como uma criança em pico de crescimento. Talvez seja o som do capitalismo, o dos impérios em seu apogeu. “Quem chega a Shenzhen vem com a ideia de que pode criar algo por si mesmo”, diz MasKinnon. “De que não há barreiras que não possa saltar. Representa uma verdadeira mudança na mentalidade chinesa.”

Jason Gui representa essa nova China. Tem 26 anos e usa uns óculos que de longe parecem de desenho. Imprimiu-os com uma máquina 3D. Toca com o dedo uma haste e começam a emitir a música de seu celular, ou isso ele diz, porque não se ouve nada: só vibra uma protuberância nas varetas, e essa vibração, em contato com um osso de seu crânio, faz com que a escute dentro da cabeça. Batizou-as à francesa, Vue, mas ele nasceu em Shenzhen. Sua família se mudou do interior da China. Deram-se bem, aproveitaram anos de boom imobiliário e ele estudou na Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos. Passa metade do ano em San Francisco, onde se encontra o ramo de marketing e design de sua empresa, e a outra em Shenzhen, onde tem a parte de P+D neste espaço chamado Hax, uma aceleradora de start-ups com capital norte-americano, para cuja sede acorrem empreendedores de meio mundo para aperfeiçoar protótipos em suas oficinas repletas de cabos. Entre telas, levanta o rosto uma dupla de taiwaneses, magrinhos e de aparência infantil, inventores de uma máquina para se jogar pingue-pongue sozinho; ou o grego George Kalligeros, engenheiro de 24 anos, com experiência na Tesla e Bentley, criador de um dispositivo que converte “em minutos” qualquer bicicleta em uma elétrica. Aqui não vale o etéreo. A tônica é o hardware, produtos físicos que são melhorados até se encontrar o design perfeito. Os criadores mostram seus inventos recém-saídos do forno, como esta espécie de fruto da cor do céu, “pequeno e sexy”, diz sua autora, a checa Kristina Cahojova, de 28 anos, que chegou há um mês, e em 10 dias tinha pronto seu medidor da fertilidade feminina. Dá muito que pensar o potencial de um aparelho semelhante conectado ao celular, à Internet: “Que tipo de compras o Google vai te sugerir em dias férteis? Que música? Que restaurantes? No fundo, é disso que trata o negócio. De milhões de dispositivos conectados, gerando informação sobre padrões de vida. Os especialistas chamam de IoT, a Internet das coisas, na sigla em inglês.

4. Hong Kong

De Iot entende bastante Bay McLaughlin, norte-americano de 34 anos, boné de sufista e olhar messiânico, que trabalhou 10 anos no Vale do Silício, 6 deles na Apple, até que se deu conta de que vivia no dia da marmota: “Deixou de haver inovação. Repetiam-se os mesmos pitches, as mesmas ideias, modelos, investidores. Então surgiu uma nova tendência: o hardware. E vi claramente. Se quisesse participar da revolução seguinte, precisava vir ao sul da China. Porque não vai acontecer no Vale do Silício. Tudo o que tiver impacto virá da Ásia. E a China vai ser a locomotiva”. Mas não se instalou em Shenzhen, e sim na cidade vizinha, já quase a mesma, a 30 quilômetros em linha reta, e separada por uma fronteira que 80 milhões de pessoas cruzam por ano: Hong Kong, “a face ocidental da China”, assim a chama, uma das praças financeiras mais poderosas, em cujas ruas se misturam as raças, os dialetos, os investimentos; a região administrativa especial, democrática, futurista, onde se dirige pela mão esquerda, vigora uma lei baseada na common law e se completam 20 anos desde que foi devolvida pelo Reino Unido. Hoje faz parte do plano mestre de Pequim para o Delta do Rio da Pérola, esse conglomerado de cidades que desembocam no Mar do Sul, ao qual também pertence Shenzhen. Juntas somam 66 milhões de habitantes e pouco a pouco vão se unindo com trens de alta velocidade, pontes quilométricas e acordos de livre comércio, formando a maior megacidade do planeta.

McLaughlin é cofundador de uma aceleradora de start-ups no estilo da HAX. A sua se chama BRINC e tem a vantagem, diz, de estar deste lado da censura chinesa, com a propriedade intelectual bem protegida, e a um passinho de Shezhen, o paraíso de componentes eletrônicos ao qual os recém-chegados acodem para montar seus protótipos. É o que conta Florian Simmendinger, alemão de 28 anos, cofundador da Soundbrenner, uma empresa que desenvolveu metrônomos digitais em forma de relógio de pulso. O artefato vibra e marca o ritmo no pulso, um engenho interessante para grupos de música: seu tam-tam sincroniza todos os membros. A ideia começou em Berlim; desenvolveram protótipos de forma precária. O primeiro, que abre em uma mesa, é grande e feio. Parece um aparelho para medir a pressão sanguínea. Para aperfeiçoá-lo, precisavam de melhores motores de vibração. “Na maior loja de eletrônicos de Berlim encontramos apenas um modelo. Começamos a encomendá-los no eBay, mas chegavam três semanas depois”.

O BRINC os selecionou para seu programa, o que envolve um investimento e uma transferência para Hong Kong, onde fazem cursos, recebem ajuda e um espaço para desenvolver o negócio. Assim que aterrissaram, atravessaram Shenzhen e entraram no epicentro do ecossistema de componentes eletrônicos, o mercado Huaqiangbei. O lugar lembra um formigueiro, do qual entram e saem vendedores e clientes vão e vem empurrando carrinhos com sacos de chips, placas, interruptores. Tem um aspecto que está entre uma loja de departamentos e um mercado atacadista de verduras, mas com andares dedicados a áudio, leds, telefonia, informática. Dentro, se ouve constantemente o ruído da fita adesiva fechando embalagens, porque tudo parece ser vendido em caixas, a granel; é possível fazer uma réplica quase exata do iPhone procurando peças nas bancas. O alemão ficou impressionado: “Uma velhinha me ofereceu 300 motores de vibração diferentes em um carrinho. Pensei: “Viemos ao lugar certo”. Na semana, visitaram o fabricante dos motores e pediram um sob medida. “E em dois meses nós o transformamos nisso”. Deixa sobre a mesa essa espécie de relógio de pulso que vibra e acompanha com seu tam-tam as bandas ao redor do mundo: venderam cerca de 40.000 unidades.

Yu Chengdong, CEO da Huawei
Yu Chengdong, CEO da Huawei JAMES RAJOTTE
O ritmo. Sobre isso também gosta de falar o surfista McLaughlin, cujo discurso augura um futuro estilo Blade Runner, em que o tempo, claro, é dinheiro e a eficiência é a vida: “O Ocidente não percebe isso. As pessoas aqui estão trabalhando muito duro. Bem-vindos à nova norma. Você acha que a Suécia é o mundo real? Estão fodidos. Não é que os europeus não gostem de trabalhar. Lá foi doutrinado que o equilíbrio é mais importante do que a produtividade. E é muito bom se o mundo vai nesse ritmo. Mas, adivinhe, ele mudou. Agora é global. E a Europa nem aparece no gráfico”. Nesse mundo que vislumbra, cujo magma está sob seus pés, marcado por horários diferentes, cruzamentos de idiomas e o encontro entre Leste e Oeste, o hardware, diz ele, é a chave. A Internet das coisas. E os dados que geram essas coisas. No momento, existe cerca de 1 bilhão de objetos conectados à Internet. Os cálculos mais exagerados apontam que haverá 100 bilhões em 2020. Um “superorganismo” diz um relatório da OCDE, que formará um “sistema nervoso digital global”. Com impulsos de informação individual atualizados a cada segundo. “A maior revolução desde a Internet”, segundo McLaughlin. Na opinião dele, “o software nos torna leves. Porque significa que você pode criar o Instagram enquanto está sentado em um porão. Mas tampouco é o mundo real. O mundo real é físico. Todos falam de big data e inteligência artificial. Bem, como coletamos os dados dos objetos físicos? É por isso que no BRINC começamos onde começa o valor. Com o hardware. Precisamos introduzir mais wearables, mais sensores, mais produtos domésticos inteligentes. Para extrair os dados e entregá-los aos especialistas em algoritmos para que possam explorá-los”.

5. O novo ouro

Os dados, hoje, são mais valiosos do que o ouro”, sorri David Chang, diretor da MindWorks, empresa de capital de risco com sede em Hong Kong e focada nas start-ups da China. Chang também migrou de Silicon Valley para esta terra. Sua família era dona do banco Kwong on em Hong Kong (eles o venderam para a DBS). Seu pai foi um investidor destacado nos Estados Unidos, discípulo de Arthur Rock, a quem se atribui ter cunhado o termo venture capital e apostado em uma das primeiras empresas de semicondutores de silício na Califórnia nos anos cinquenta, aquelas que moldaram o nome Silicon Valley. Chang, de 34 anos, nasceu em Mountain View. Frequentou a mesma escola que Steve Jobs. Voltou para casa porque daqui, garante, em um raio de três horas de avião, se tem acesso a 2,2 bilhões de pessoas. “É 30% da humanidade. Deixo vocês por um momento para que meditem sobre isso”.

Depois da pausa dramática, acrescenta que 70% dessa população ainda não possui Internet. E que na próxima década, 1,3 bilhão de pessoas se conectará à Rede. “Uma loucura, como se toda a China se conectasse de repente”. Ele chama isso de “a próxima grande onda”. E quer surfá-la. Gerencia um fundo de 70 milhões de euros. Investiu em diferentes start-ups, como LaLa Move, um serviço de compartilhamento de carros tipo Uber, mas para mercadorias. Passar uma tarde com ele é como abrir um zíper e enfiar o nariz numa dimensão futura em que o eixo do mundo gravita em direção à Ásia. Fala sobre o guanxi, as relações de confiança necessárias para entrar nos investimentos chineses (e que ele conquistou nas filiais locais do Morgan Stanley e do Credit Suisse). Sobre a maneira como se deve lidar com o Governo. Sobre a diferença entre investir em software e em hardware (prefere o soft: custos fixos, maior retorno e em menos tempo). E por que muitos serviços de Internet não custam um tostão: “Se te oferecem algo de graça é porque você é o produto. Se você usa o Facebook ou o WeChat, você é o produto”.

Então ele nos convida para ir ao China Club, na cobertura da antiga sede do Banco da China. Pede um dedo de whisky e, entre pequenos goles, instalado em uma poltrona de brocado e cercado por uma decoração tipo Shanghai anos quarenta, se define como um “glocal”, fala do preço estratosférico do mercado imobiliário e de arrisca que, no caso de um apocalipse nuclear estilo Kim Jong-un, apenas as bitcoins sobreviverão. Aconselha a comprar. Define essa região como “o centro do comércio mundial” e Shenzhen como uma cidade “crua, o wild wild West”. E a cobertura parece estar a anos-luz das fábricas empoeiradas de Shenzhen, onde tudo começa e faz girar a roda. Na saída, um cartaz de propaganda comunista, que o dono do lugar coleciona e hoje custa uma fortuna, lembra essa origem. No desenho, um homem chinês com um chapéu de palha diante de uma fábrica. E um lema: “Rompamos com as convenções estrangeiras. Tracemos o nosso próprio caminho para o desenvolvimento industrial”.

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/1 ... rsoc=FB_CC




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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#112 Mensagem por Wingate » Seg Dez 04, 2017 8:21 am

Enquanto isso, no Brasil:


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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#113 Mensagem por P44 » Seg Dez 04, 2017 5:09 pm

Túlio escreveu:
P44 escreveu:O "Admirável Mundo Novo"

Robots deixarão no desemprego 800 milhões de pessoas até 2030

Os estados mais ricos serão os mais afetados.

Imagem

https://www.noticiasaominuto.com/tech/9 ... s-ate-2030

Seriously? Já era um adulto jovem quando ouvia dizer o mesmo sobre os computadores. Hoje tenho um - na verdade vários, já que a cada dia se tem mais bugigangas "inteligentes" em casa, no carro e até na arma - e só me ajuda, a ponto de, se eu parar para pensar, fico espantado com como fazia as coisas há apenas duas décadas e pouco atrás, era quase tudo analógico, quando não manual...
Bem, eu posso falar do pouco que sei, nomeadamente da industria automóvel, e é um facto que linhas de montagem que antes precisavam de uma meia-dúzia de pessoas agora operam com uma ou duas no máximo. Isso vi eu acontecer.




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#114 Mensagem por Sterrius » Seg Dez 04, 2017 11:31 pm

O maior efeito vai começar quando os carros autônomos explodirem, o que deverá ocorrer na próxima década.

Isso vai levar a toda uma mudança na infraestrutura dos carros. Estradas, Sinais, reabastecimento, fabricação, minas, industria. Tudo isso terá que ser automatizado para dar conta tanto do sistema que guiará e calculará esses carros como a demanda que será imensa quando as pessoas perceberem que carros autônomos dirigem melhor do que qualquer humano.

E isso provavelmente vai levar a um impulso de automação para outras áreas rapidamente. Da mesma maneira com o carro modificou mtas industrias no século XX apenas pelo fato de ser um carro ao invés de 1 cavalo.




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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#115 Mensagem por Bolovo » Ter Dez 05, 2017 1:40 am

Eu acredito que num futuro não muito longe, praticamente tudo será automatizado, e sobrará pouquíssimos empregos em setores bem específicos para os seres humanos. A solução desse problema pode ser tanto uma distopia como uma utopia. A distopia é que 90% da população mundial vai ficar desempregada, vai se favelizar e sobreviverão de subempregos os 10% restantes desfrutam dos benefícios de uma sociedade automatizada, num eterno clima de guerra civil entre essas partes. Por outro lado, na utopia ninguém mais trabalhará (afinal não existirão mais empregos), porém todos receberão uma espécie de "bolsa família" que será financiado a partir de altíssimos impostos cobrados sobre as empresas que promoveram essa automação que, porém, continuarão podres de ricos e não farão nenhuma objeção por se beneficiarem desse sistema, pois irão dar dinheiro para as pessoas que justamente usarão seus serviços automatizados.




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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#116 Mensagem por Sterrius » Ter Dez 05, 2017 10:53 am

Espera-se desemprego na faixa de 25 a 40% bolovo. Estamos mto mas mto longe de 90%.
Talvez se um dia inventarem um criador de coisas do nada como em Star Trek ae sim, vc vai ter um total colapso da economia. Mas esse dia não é hoje :P.

Logo com 1/3 da população desempregada por falta de emprego e para não gerar revoltas sociais que parem a sociedade por completo.
Será preciso separar a renda do trabalho obrigatório.

As outras opções é cair na anarquia ou autocracia. E ambas as opções são inferiores a opção acima.

Tb temos que lembrar que a automação não sera uniforme.

Você precisa de internet em alta velocidade, população educada, infraestrutura boa e abundancia energética.

País como o Brasil terão lugares em que é possível, tipo SP. E lugares que ainda estão a bilhões de reais de sequer começar.




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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#117 Mensagem por Viktor Reznov » Ter Dez 05, 2017 10:53 pm

O futuro vai ser mais ou menos como retratado na série The Expanse. Como não haverá empregos pra maioria da população, essa parcela vai viver com mesadas do Estado (welfare) que taxará pesadamente as megacorporações e grande corporações pra manter a economia funcionando, e essas corporações concordarão com isso pq francamente essa será a única alternativa.




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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#118 Mensagem por Wingate » Dom Dez 10, 2017 3:42 pm

Sugiro a criação de um tópico do tipo "ADMIRÁVEL MUNDO NOVO" onde se possa discutir possíveis possibilidades futuras quanto à evolução da humanidade, tanto em termos tecnológicos quanto sociais.

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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#119 Mensagem por Bourne » Dom Dez 10, 2017 5:43 pm

No feudalismo, lá por volta de 1050 - 1250 os servos ficaram com medo das novas tecnologias de arado e uso do cavalo. Eles achavam que a população ficaria sem terra, sem condições de comprar alimento e morreriam todos de fome. Ai o que aconteceu foi ao contrário. A maior produtividade expulsou o pessoal dos feudos, forçou o renascimento das cidades, do comércio e finanças, aumentou a renda real e melhorou o acesso aos bens em geral. Ao mesmo tempo em que reduziu o poder dos feudos, criou os grupos de comerciantes e começaram a defender um estado nacional. O Tulio deve lembrar da época.

O mesmo ocorreu na revolução industrial inglesa, na industrialização tardia da Europa continental, EUA e Japão, nos países em desenvolvimento no século XX. O ponto é que a estrutura produtiva mudou em conjunto em como o fator trabalho é alocado na sociedade. Se antes tinham existiam funções que respondiam a esse estrutura, hoje a maioria não faz sentido ou mudou tanto que pouco tem a ver com a função original. Não precisa ir longe. Até idos de 1990, as empresas nacionais e repartições públicas tinham o departamento de informática. Hoje não tem sentido. O equipamento de informativa mudou totalmente. quando dá problema uma terceirizada que troca o equipamento ou resolve on-line.

No longo prazo não ocorre desemprego porque os trabalhadores são treinados para novas funções e migram. Por exemplo, o boia fria que cortava cana teve os filhos que viraram tratoristas, mecânicos, comerciantes e outros. Porém, no curto e médio prazo gera desemprego. Por que não tem como transformar um operário de 40-50 anos que foi torneiro mecânico em operador de um equipamento computadorizado. No mínimo terá dificuldades. Nos países desenvolvidos, especialmente os EUA, tem o problema que competem com as importações de países em desenvolvimento e a competição com imigrantes. Ao mesmo tempo em que países em desenvolvimento como China tem maior renda e estão incorporando a parte expressiva da população em novas atividades que antes não existiam.

Ou seja, o mundo pós-apocalíptico dominado por mega corporações não faz sentido. As próprias mega corporações estão implodindo por que não conseguem competir om outras que vem de países em desenvolvimento e criam choques tecnológicos. Nem o ludismo que diz que se destruirmos máquinas seremos todos felizes e ricos com todos empregados. O que se faz de política pública para antecipar as mudanças é elevar nível educacional em cultura geral e capacidade de assimilar mudanças.

Onde que está isso? Em Adam Smith quando fala de especialização do trabalho, competição e tecnologia. Para ele tecnológica e competição mudam e interagem com a estrutura econômica e social. Está em Karl Marx sobre a capacidade do capitalismo elevar a produção e tecnologia. Outros mais moderninhos como Schumpeter idem na sua "destruição criativa".




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Re: DESCOBERTAS E AVANÇOS DA CIÊNCIA

#120 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Abr 11, 2018 6:14 am

China cria primeiro projeto de chuva artificial em grande escala

https://www.jn.pt/mundo/interior/china- ... 45373.html




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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