Santiago escreveu:Quinta-feira, 8 de Maio de 2008
Em 1987 o Brasil "quase" foi de F-7M (MiG-21) Airguard
http://moraisvinna.blogspot.com/2008/05 ... ig-21.html
Em tempos de F-4, F-104, Kfir, FX, Flanker, FX-2, PAK-FA, Rafale, F-16, dentre outros... Várias histórias circulam e circularam ao logo dos anos acerca das aeronaves que viriam a equipar a FAB. Neste sentindo procurando em meus arquivos achei essa materia muito interessante de sobre a possibilidade da FAB vir a ser equipada com MiG-21 produzido na China (F-7m Airguard) com aviônicos ocidentais.
A noticia circulou numa época pós plano cruzado em que o país havia declarado moratória ao FMI e estava sem financiamnto externo. O boato (muito sério na época segundo alguns) acabou funcionando como uma forma de facilitarem (financiarem) a venda de mirage III usados da França e a compra dos F-5 "Aggressor" de estoques da USAF.
Quem acredita que o MiG-21 venha a voar no Brasil?
São coisas distintas, uma coisa é uma moratória, ela atinge os títulos da dívidas e os empréstimos de créditos para novos recursos, isso quer dizer não se emprestava dinheiro para o Brasil.
Coisa diversa são os chamados créditos exibank, ou crédito fornecido para compras de mercadoria e serviços, na verdade um tipo de crediário, esse tipo de crédito está ligado a um contrato de venda de produtos e serviços, isso não constuma entrar em moratória, era um crédito desse tipo que o Governo do Equador não queria pagar, alegando quebra de contrato.
É igual ao empréstimo do Acordo dos Submarinos, caso não paguemos as parcelas, equivale a quebra de contrato, o que dá direito aos franceses de não continuarem o fornecimento da sua parte.
O Brasil não deixou de pagar os F-5E comprados na década de 1970, o Governo dos EUA queria punir o Brasil por ter declarado moratória, assim, não queria vender os outros F-5E. Esse tipo de negação tem sentido se não honramos os contratos anteriores, mas não era o caso, a moratória atingiu o pagamento, a rolagem dos empréstimos financeiros e o pagamentos do juros e títulos da dívida externa. Por isso, quando o Brasil ameaçou fazer a compra de outro fornecedor, rapidamente, o Governo dos EUA mudou de idéia.
Já no caso do Equador, ele estava quebrando contratos do tipo exibank, quer dizer não pagando as mercadorias e serviços que estava contratando, assim, o Governo Brasileiro tomou a atitude de não fazer mais empréstimos exibank, como seria a venda de Super Tucanos para o Equador.
Empréstimos do tipo crediário, que se fundam num contrato de compra e venda ou fornecimento de um serviço, quando não pagos geram quebra de contrato, e o fornecedor pode para de entregar o produto e o serviço. Mas não era o caso. Porque era uma nova compra, e a anterior, foi paga!
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