RENN_Akino escreveu:Georgia duraria quanto tempo se a Rússia entrasse com todo seu poder?!
errr...5 minutos?????
/08/2008 - 06h40
Geórgia volta a ter bombardeio; conflito pode ter matado 1.500
da Folha Online
A Geórgia registrou neste sábado um segundo ataque aéreo russo à capital Tbilisi no segundo dia de conflito armado entre o governo georgiano e os separatistas da Ossétia do Sul. O ataque da Geórgia, aliada dos Estados Unidos na região do Cáucaso, para retomar a província da Ossétia do Sul pode ter deixado ao menos 1.500 mortos, segundo declarações do ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
O número de mortos ainda não foi confirmado, já que se baseia em estatísticas do Kremlin. Dados do governo da província da Ossétia do Sul apontam para 1.400 vítimas. As televisões locais noticiam que Tskhinvali, considerada a capital da província, está em ruínas e há cadáveres por todos os lados.
Desde o começo dos bombardeios, cerca de 140 ônibus com refugiados chegaram à Ossétia do Norte --província anexada à Rússia. De acordo com a agência de notícias russa Interfax, mais de 500 pessoas buscaram abrigo em outras partes da Geórgia e centenas de pessoas devem abandonar a Ossétia do Sul a partir de hoje.
Considerada uma importante rota de transporte de petróleo e gás natural na fronteira russa, a Ossétia do Sul autoproclamou independência da Geórgia em 1992, após a queda da União Soviética. O território conta com o apoio de Moscou para a separação --inclusive por abrigar muitos cidadãos russos--, mas a Geórgia não reconhece a independência.
Rússia
A Geórgia lançou um cerco à Ossétia do Sul na última quarta-feira, enviando tanques para a capital separatista. Em resposta, a Rússia lançou bombardeios e realiza sobrevôos na região. O governo de Tblisi pediu apoio à ONU (Organização das Nações Unidas) e acusou a Rússia de atacar a capital, portos e bases aéreas do país.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, respondeu neste sábado que os soldados do Exército russo enviados para a província da Ossétia do Sul vão trabalhar para buscar a paz na região. Para ele, as forças do seu país têm a missão de proteger a população civil.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou que 13 soldados das forças de manutenção da paz morreram em Tskhinvali. Além disso, a Força Aérea do país confirmou que perdeu dois caças abatidos pela Geórgia. Por sua vez, o Exército georgiano declarou que abateu dez aeronaves em ataques à região.
Os enviados da Rússia e da Geórgia trocaram acusações durante a reunião do Conselho de Segurança (CS) da ONU realizado nesta sexta-feira (8). O embaixador russo da ONU, Vitaly Churkin, disse que a Geórgia estava deliberadamente mirando nas forças de paz russas na Ossétia do Sul.
Musa Sadulayev/AP
Parte de míssil cai em região atacada pela Rússia na Geórgia; governo de Tblisi registra segundo bombardeio e pede ajuda à ONU
O embaixador da Geórgia, Irakli Alasania, rechaçou as acusações russas, dizendo que Tbilisi está apenas se defendendo da agressão russa. Ele afirmou que a Rússia estava bombardeando alvos civis e a infra-estrutura na Geórgia.
Exceção
O presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, irá decretar estado de exceção em todo o país nas próximas horas, afirmou o secretário nacional do Conselho de Segurança, Kakha Lomaia. "O decreto já está sobre a mesa do presidente para ser assinado", declarou. "Nós achamos que a Rússia começou a bombardear locais de infra-estrutura civil e econômica."
O estado de exceção deve ser declarado pouco depois de Saakashvili ter dito em mensagem transmitida pela TV que o Estado havia retomado o controle sobre a Ossétia do Sul. Na TV, o presidente admitiu a morte de 30 cidadãos, "na maioria militares".
A escalada do conflito ocorre desde a semana passada, quando um tiroteio matou seis pessoas, todas elas da região separatista, e mais de 30 feridos na sexta-feira (1).
Na quarta-feira passada (6), o governo georgiano e a administração ossetiana trocaram acusações sobre dois episódios violentos. No domingo (3), autoridades da região separatista denunciaram que a Geórgia estaria aproximando suas tropas da região do conflito, mas o governo de Tbilisi negou.
Guerra
O presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvilli, afirmou na quinta-feira --logo após os primeiros episódios de conflito-- que não quer uma guerra na região. Por sua vez, a Rússia acusou o governo de começar o incidente e se preparar para uma guerra. "O confronto não é do interesse da Geórgia e eu tenho certeza que também não é do interesse da Rússia", disse Saakashvilli em entrevista à TV do país.
Mesmo assim, o premiê russo e ex-presidente, Vladimir Putin, afirmou que Rússia e Geórgia já estão em guerra.
Musa Sadulayev/AP
Coluna de blindados russos se aproxima da província separatista Ossétia do Sul
Os episódios causam temor na região graças às ameaças de reativar o conflito que deixou 2 mil mortos entre 1990 e 1992.
A Rússia pediu na semana passada à Geórgia e à Ossétia do Sul que reatem as conversas de paz, e acusou o governo de Tblisi pelo rompimento do cessar-fogo.
"Consideramos de suma importância a retomada do processo negociador no formato da Comissão Mista de Controle (formada por Rússia, Geórgia, Ossétia do Sul e Ossétia do Norte) e a realização de reuniões de trabalho urgentes de representantes das partes em conflito", afirmou o Ministério de Assuntos Exteriores russo.
As autoridades georgianas defendem a substituição das forças de paz russas por um contingente policial internacional, iniciativa que conta com apoio da União Européia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Divisão
A origem do conflito entre Geórgia e Ossétia do Sul data de 1922, quando Josef Stalin transformou a região separatista em Região Autônoma da República Socialista Soviética da Geórgia e acrescentou à área a planície adjacente, incluindo a cidade de Tskhinvali, habitada principalmente por georgianos.
Em 10 de novembro de 1989, o Congresso de Deputados Populares da região proclamou sua conversão em República Autônoma (dentro da Geórgia), decisão que o Parlamento georgiano declarou inconstitucional.
No ano seguinte, em 20 de setembro, os deputados locais proclamaram a soberania e a criação da República da Ossétia do Sul. Em resposta, o Parlamento da Geórgia aboliu a autonomia da Ossétia do Sul, em 10 de dezembro de 1990.
Um dia depois, explodiram os enfrentamentos armados e morreram as três primeiras vítimas, e depois a Geórgia impôs o estado de exceção na região.
A tensão nessas regiões aumentou nos últimos meses. As Províncias separatistas têm a maioria da população de cidadania russa, e a Rússia dá apoio político e financeiro aos rebeldes.
Com Associated Press
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Geórgia/Ossétia: Presidente georgiano decreta "estado de guerra" no país
09 de Agosto de 2008, 11:43
Tbilissi, 09 Ago (Lusa) - A Geórgia "está em estado de guerra" anunciou hoje o presidente georgiano Mikhaïl Saakachvili, acusando a Rússia de ter bombardeado várias cidades do país.
"Decretei o estado de guerra" no país, afirmou durante uma reunião do Conselho de segurança georgiano.
Segundo Mikhaïl Saakachvili o país encontra-se num estado de "agressão militar total pela marinha e aviação russas com grandes operações no terreno".
Entretanto, o secretário do Conselho de Segurança da Geórgia, Alexander Lomaia, revelou que foi decretada "a lei marcial", facto que, contudo "não afectará a vida quotidiana dos civis".
Porém, assegurou, "isto não pode ser interpretado como uma declaração de guerra à rússia".
"Seria ridículo", acrescentou.
A Geórgia lançou uma ofensiva militar sexta-feira de madrugada na Ossétia do Sul, república separatista pró-russa.
A NATO e a União Europeia (UE) já apelaram ao "fim imediato do conflito armado" na Ossétia do Sul, depois do Conselho de Segurança da ONU ter manifestado inquietação relativamente ao agravamento da situação na região separatista, mas ter falhado um acordo sobre uma declaração para apelar às partes que renunciem ao uso da força.
Em Washington, o Governo norte-americano instou a Geórgia, a Rússia e a região separatista a cessarem "de imediato" os confrontos e a impedirem "uma escalada de violência".
CC.
LUSA