Página 8 de 11

Enviado: Ter Jul 13, 2004 9:22 pm
por FinkenHeinle
Fox escreveu:
FinkenHeinle escreveu:Longe de ser apenas essa questão do site, os problemas da Avibrás são bem mais profundos e complexos.


Evidente! A questão do site, foi só um exemplo, né! [049]

FinkenHeinle escreveu:Quem dera eles tivessem um Maurício Botelho pra comandar aquilo lá!!! A principal deficiência deles, gerencialmente, é que seus gerentes são extremamente conservadores!!!

Resolvewndo isto, resolve-se metade de seus problemas!!!


Tudo bem, então vamos parar de falar que a Avibras, isso, aquilo, ou sei lá o que! Ela não produziu o Matador (e bota na conta o Barracuda!), porque não teve apoio do governo, FA’s, ou do Zezinho da esquina! Que com um investimento pequeno, a Avibras pode fazer mágica, milagre, ou algo parecido!

Então antes de qualquer coisa, a Avibras precisa ser organizar, ou mudar os seus conceitos, oi sei lá o que, porque se isso não acontecer, ela vai ter que abaixar as portas mesmo!

Até mais......................................................................

Fox :wink:


Mas é exatamente isso que eu quero dizer!!!

O que acho é que o governo tem de agir como o catalizador desse processo. Já postei várias vezes meu pensamento em relação à indústria de defesa, e não pretendo fazê-lo de novo. Mas, como já falei, o governo deve agir como catalizadro, e fiscalizador desse importante setor.

Mas, não só com direitos, o governo deveria ter o dever, também, de "dar trabalho" à essas empresas, assim elas poderiam ter uma renda extra. E ficalizar de perto a administração das mesmas.

Aliás, relativo à indústria de defesa, o importante, hoje, é que essas empresas devem também ter ramos "civis", para poder utilizar seu "know how" de forma à se capitalizar, através do efeito multiplicador da P&D.

Mas, já falei de mais.

Enviado: Ter Jul 13, 2004 9:23 pm
por FinkenHeinle
Vinicius Pimenta escreveu:Mas eu não me lembro de ter criticado sem indicar uma solução antes. Ou melhor, nessa discussão sobre a Avibrás, apenas tentei esclarecer que grande parte dos produtos dela não passavam de falácias. Não critiquei os problemas, e sim as falácias.

Acho que os problemas da Avibrás não são fáceis de resolver, mas tenho certeza que a maior parte deles é culpa dela própria.


Sim, a maior parte do que acontece com ela é culpa dela mesma. Mas também é culpa de um governo passivo diante do que ocorre com esse setor estratégico.

O que ocorreu com a Engesa foi culpa dela. Mas também, repito, culpa de um governo igualmente passivo!!!

Enviado: Ter Jul 13, 2004 10:55 pm
por Fox
FinkenHeinle escreveu:Mas é exatamente isso que eu quero dizer!!!

O que acho é que o governo tem de agir como o catalizador desse processo. Já postei várias vezes meu pensamento em relação à indústria de defesa, e não pretendo fazê-lo de novo. Mas, como já falei, o governo deve agir como catalizadro, e fiscalizador desse importante setor.

Mas, não só com direitos, o governo deveria ter o dever, também, de "dar trabalho" à essas empresas, assim elas poderiam ter uma renda extra. E ficalizar de perto a administração das mesmas.

Aliás, relativo à indústria de defesa, o importante, hoje, é que essas empresas devem também ter ramos "civis", para poder utilizar seu "know how" de forma à se capitalizar, através do efeito multiplicador da P&D.

Mas, já falei de mais.


Então porque o governo (subtenda como FA’s) injeta atualmente uma certa quantia (pequena, mais injeta!) em empresas como a Mectron e Emgepron, por exemplo, e não injeta na Avibrás (ou pelo menos, não na mesma proporção que injeta nas empresa já citadas)? Será que a Avibrás e o patinho feio da turma? Ou será porque a Mectron e Emgepron, não inventam maravilhosos engenhos como o Barracuda e Matador?

Também sou da opinião que o governo deveria injetar uma determinada quantia para que essas empresas pudessem desenvolver os seus próprios projetos, mais isso de forma racional, e com a participação direta da FA’s, é caso esse projeto preencherem os requisito básicos preestabelecido, a FA’s deveriam adquiri-lo em quantidade satisfatória.

O problema da Avibrás ao meu ver, e que essa empresa quer começar pelo alto, projetando vetores fora da nossa realidade tecnológica. Pelo menos e o que transparece com os boatos (ou propaganda, se preferir!) da construção do Matador, Barracuda, FOG-MPM, etc! O Brasil demorou mais de vinte anos, para terminar o projeto do MAA-1, e de um dia para outro, a Avibrás desenvolve mísseis top de linha, em diversos alcances e sistemas de guiagem. Ai eu me pergunto, qual e a mágica? Veja o exemplo da Mectron (juntamente com o CTA), todos os conhecimentos aprendidos com o MAA-1, estão sendo utilizados agora nos projeto do MAR-1 e MSS-1, em que sabe, poderá não será o começo do desenvolvimento de mais alguns outros mísseis nacionais. Agora imagine o seguinte, o Brasil deseja a construção de um míssil ar-ar, e uma empresa nacional cogita logo a construção de um míssil BVR. Pô não seria lógico primeiro a construção de um míssil WVR? Mas não a empresa e competente é vai projetar logo um BVR!

Na minha opinião a Avibrás até que está trilhando por um caminho correto, com esse armamentos e equipamento já descritos nesse tópico, porem não devemos esquecer que ela não fez tudo isso sozinha, pois a FAB (com o CTA) e o EB (esqueci agora o nome do departamento) trabalharam junto nesses projetos. Então não venha com essa que a Mectron, Embraer, Emgepron, e etc são ajudadas pelo governo e FA’s, e a Avibrás não é!

A Avibrás quer desenvolve algo muito útil para nos FA’s, pois comece, por exemplo, com um projeto de Kit nacional para equipar a nossa bomba convencional, ou seja por projetos mais simples (sem comparado por exemplo ao Matador). Mas por favor, não vamos pensar logo em construir um kit com guiagem a laser, GPS ou algo do tipo! Vamos começar por baixo, primeiro construindo kit com guiagem IR, e os conhecimentos apreendidos, serão úteis na construção de outros kits.

A Avibrás já não possui o EDT-FILA, então porque ela não começa um projeto de evolução desse sistema, podendo que sabe ser integrado com alguns mísseis internacionais? Imagine a Avibrás construindo um lançador que juntamente com o EDT-FILA pudesse lançar mísseis como o Aspide 2000, por exemplo, ou até mesmo quem sabe um míssil nacional!

Agora se quiser começar com míssil tipo o Apache, Tomahawk, Polyphem etc, tudo bem, mais vai correr o risco de ser projeto ruim, por conseqüência não conseguirá venda, podendo causar até o fechamento da empresa!

Pode ser que a Avibrás nem seja a culpada por essa divulgação incorreta de seus possíveis produtos (Matador, FOG- MPM, etc), talvez seja uma parte da impressa que não serve para nada, quer dizer, que serve para falar bobagem! Mas um site, poderia esclarecer algum boatos, e até mesmo o rumo de alguns projeto.

Bom, é isso ai.....................................................................

Fox :wink:

Enviado: Ter Jul 13, 2004 11:31 pm
por ZeRo4
Alitson, Não se trata de desmerecer a indústria Nacional! Trata-se de enxergar o verdadeiro patamar das coisas. No mundo dos Sistemas de Armas, as notícias pipocam a toda hora, equipamentos novos surgem a qualquer momento... e vou te falar a realidade?! desde do tempo que eu não sabia a diferença entre um MBT e um VCI eu ouço falar desse AV/MT-300! se sair, po... ótimo! teremos uma ótima arma, com imensas possibilidades de venda pelo mundo... mas como o Vinicius falou atualmente não passa de promessa e se o programa esta parado por falta de verbas, well paciência!

O Brasil pode até ser um dos maiores produtures de tecnologia digital do mundo, damos a MÃO de OBRA! pq TODAS as empresas que fabricam os celulares são estrangeiras ou possuem capital estrangeiro. A Gradiente nem vale como comparação pq além de não possuírem nenhum celular numa categoria "Top" (Coloridos por exemplo...), a maioria dos seus aparelhos são cópias ou semi-cópias de produtos de empresas estrangeiras.

Enviado: Ter Jul 13, 2004 11:32 pm
por ZeRo4
Edson,

Os argentinos conseguiram afundar o HMS Sheffield pois esse estava atuando com uma espécie de "batedor" da armada britânica, visto que o GT não tinha aeronaves AEW! Os Super Etandart voaram baixo e após adquirir o Sheffield em seus radares subiram rapidamente, lançaram os Exocet e voltaram a descer. Se o GT inglês tivesse aeronaves AEW a coisa seria diferente.

No Sistema de Armas, tem a foto de um A-4 Skyhawk Britânico equipado com um Harpoon, alguém sabe se depois de uma modernização seria possível equipá-lo com AM-39 Exocet ?!

Lauro Melo,

Eu entendi muito bem, sei que se comprarmos F-16 usados, as empresas que faram a modernização serão Européias e/ou Israelenses. Porém esses países podem receber pressão pra NÃO modernizar de modo satisfatórios os aviões, como aconteceu no caso dos A-4AR.

Continuaria a dizer que restam outros importantes fatores num avião que não são componentes eletrônicos por si só. Mas a parte estrutural do avião como motores sobressalentes, peças e etc. Alegra-me muito o fato de saber que Holanda, Bélgica, Noruega e Dinamarca também tem licensa para construir partes críticas do avião. Porém a reca se aplica, são países "paus mandados" dos EUA, e basta um "Ai" do chefe, para que se criem problemas e barreiras para nos fornecer peças.

Além do que, se optarmos pelo F-16 agora, estariamos praticamente assinando uma sentença a continuar comprometido com a famosa logística ocidental, dificultando ainda mais as coisas! Acredito que para soberania futura do Brasil o ideal é investir em projetos próprios e conjuntos, ex: Rússia, Índia e China. Ou projetos de terceiros sem tanto vínculo com os EUA, ex: Gripens da África do Sul.

Sobreo Celular, certamente não ficarei a esperar 3 ou 4 anos pra uma nova compra (Já possuo...) porém vou comprar um que esteja de acordo com minhas necessidades e o preço que eu possa pagar. O que não pode é eu pagar R$ 800 reais num celular, que apesar de ser o mais barato dos que tem câmera, tem um custo Benefício baixo se comparado até a celulares sem câmera, e acredito que esse é o problema do A-12! operamos um porta-aviões sem poder operálo...

Abrirei um novo tópico na área naval para discutir o que se pode fazer.

Enviado: Qua Jul 14, 2004 12:11 pm
por Vinicius Pimenta
Fox escreveu:Então porque o governo (subtenda como FA’s) injeta atualmente uma certa quantia (pequena, mais injeta!) em empresas como a Mectron e Emgepron, por exemplo, e não injeta na Avibrás (ou pelo menos, não na mesma proporção que injeta nas empresa já citadas)? Será que a Avibrás e o patinho feio da turma? Ou será porque a Mectron e Emgepron, não inventam maravilhosos engenhos como o Barracuda e Matador?

Também sou da opinião que o governo deveria injetar uma determinada quantia para que essas empresas pudessem desenvolver os seus próprios projetos, mais isso de forma racional, e com a participação direta da FA’s, é caso esse projeto preencherem os requisito básicos preestabelecido, a FA’s deveriam adquiri-lo em quantidade satisfatória.

O problema da Avibrás ao meu ver, e que essa empresa quer começar pelo alto, projetando vetores fora da nossa realidade tecnológica. Pelo menos e o que transparece com os boatos (ou propaganda, se preferir!) da construção do Matador, Barracuda, FOG-MPM, etc! O Brasil demorou mais de vinte anos, para terminar o projeto do MAA-1, e de um dia para outro, a Avibrás desenvolve mísseis top de linha, em diversos alcances e sistemas de guiagem. Ai eu me pergunto, qual e a mágica? Veja o exemplo da Mectron (juntamente com o CTA), todos os conhecimentos aprendidos com o MAA-1, estão sendo utilizados agora nos projeto do MAR-1 e MSS-1, em que sabe, poderá não será o começo do desenvolvimento de mais alguns outros mísseis nacionais. Agora imagine o seguinte, o Brasil deseja a construção de um míssil ar-ar, e uma empresa nacional cogita logo a construção de um míssil BVR. Pô não seria lógico primeiro a construção de um míssil WVR? Mas não a empresa e competente é vai projetar logo um BVR!

Na minha opinião a Avibrás até que está trilhando por um caminho correto, com esse armamentos e equipamento já descritos nesse tópico, porem não devemos esquecer que ela não fez tudo isso sozinha, pois a FAB (com o CTA) e o EB (esqueci agora o nome do departamento) trabalharam junto nesses projetos. Então não venha com essa que a Mectron, Embraer, Emgepron, e etc são ajudadas pelo governo e FA’s, e a Avibrás não é!

A Avibrás quer desenvolve algo muito útil para nos FA’s, pois comece, por exemplo, com um projeto de Kit nacional para equipar a nossa bomba convencional, ou seja por projetos mais simples (sem comparado por exemplo ao Matador). Mas por favor, não vamos pensar logo em construir um kit com guiagem a laser, GPS ou algo do tipo! Vamos começar por baixo, primeiro construindo kit com guiagem IR, e os conhecimentos apreendidos, serão úteis na construção de outros kits.

A Avibrás já não possui o EDT-FILA, então porque ela não começa um projeto de evolução desse sistema, podendo que sabe ser integrado com alguns mísseis internacionais? Imagine a Avibrás construindo um lançador que juntamente com o EDT-FILA pudesse lançar mísseis como o Aspide 2000, por exemplo, ou até mesmo quem sabe um míssil nacional!

Agora se quiser começar com míssil tipo o Apache, Tomahawk, Polyphem etc, tudo bem, mais vai correr o risco de ser projeto ruim, por conseqüência não conseguirá venda, podendo causar até o fechamento da empresa!

Pode ser que a Avibrás nem seja a culpada por essa divulgação incorreta de seus possíveis produtos (Matador, FOG- MPM, etc), talvez seja uma parte da impressa que não serve para nada, quer dizer, que serve para falar bobagem! Mas um site, poderia esclarecer algum boatos, e até mesmo o rumo de alguns projeto.


Ass.: Vinicius

Assino embaixo, perfeita colocação.

Ps.:
pois a FAB (com o CTA) e o EB (esqueci agora o nome do departamento) trabalharam junto nesses projetos.


CTEx - Centro Tecnológico do Exército

Enviado: Qua Jul 14, 2004 12:41 pm
por Ted Striker
FinkenHeinle escreveu:
Ted Striker escreveu:Pessoal

Tenho um irmão que é engenheiro na Avibrás e já falou. Essa do AVMT-300 é uma farsa!!!!!!

Ocorre que um certo jornalista falou que o Brasil entrava no mundo dos mísseis de cruzeiro com uma foto montagem da Avibrás. Todo mundo começou a falar que nós tínhamos esse tipo de míssil. Mas é uma mentira, e junto com o ufanismo, acaba virando uma verdade.

A única coisa que a Avibrás tem é o projeto de abertura das aletas e só. Não tem o motor, não tem o sistema de GPS, e pelo incrível que pareça, não tem a ogiva, pois até para isso ela tem que injetar grana.

Um outro absurdo é o FOG. Deveria se chamar FROG. É um projeto cheio de erros que consumiu a pouca grana que a Avibrás tinha. Nem se quer saiu da fase de protótio. Uns tempos atrás, o Alfredo André postou umas informações do FOG aqui e é a realidade desse projeto, que COM TODA CERTEZA DO MUNDO, vocês não verão nas revistas nacionais.

[]s
Ted Striker


Olá Ted,


Eu penso nesses programas (AV/MT-300 e FOG-MPM) como demonstradores de tecnologia, ou, como diz um colega, "Demonstradores da Falta de Tecnologia". Porque??? Porque imagino que a Avibrás lançou esses programas pensando conseguir parcerias e clientes. Afinal, se não anunciar a droga do programa, ninguém vai saber, né?

Ocorre também que, pela complexidade do programa, é impossível que ele seja feito 100% dentro da Avibrás. Certamente ela teria de comprar equipamentos em outras empresas. Pela natureza do programa, é óbvio que ela não poderia comprar no exterior, de forma que teriam de ser equipamentos brasileiros. De fato, o Brasil não tem capacidade (hoje) de fabricar a maior partes desses equipamentos. O único meio seria realizando parcerias com outros países, ou então o gov. injetando dinheiro, como fez com o AMX, para desenvolver tecnologia. Dessa forma, poderíamos desenvolver a maioria das tecnologias rapidamente. Mas, o caso é que a grana anda curta no Brasil!!!


Fala André

A “demonstração de tecnologia” é o que o pessoal da Avibrás fala hoje, e o melhor, de forma correta.
Mas antes, na época do FOG e do Avmt-3000, nunca se falou em demonstração de tecnologia e sim num produto que satisfaria as necessidades do mercado de fora. Ocorre que ocorreu o fim da guerra fria, assim como a redução de custos no planeta inteiro para o setor bélico. E a Avibrás entrou nessa também. Ela esperava que o Brasil injetasse uma grana, tanto para o FOG e o AVMT-300, mas a Avibrás já estava com sua imagem muito suja nas forças armadas e nada recebeu. Não vou entrar nessa história de novo porque é longa. No http://www.asasnet.cjb.net , o Alfredo, eu, e outros falamos muito sobre isso, tem muita coisa boa lá sobre esse tema.

Voltando ao ponto. Os clientes não se interessaram pelos projetos, fazendo com que a Avibrás usasse seu pouco dinheiro de forma errada, gerando produtos sem qualificação, no caso do FOG. Já o avmt-3000 nem se fala.

O legal é que hoje a Avibrás está mudando a sua filosofia, e mudando para melhor, mas tem avançado muito pouco nesse ponto.

Na época desses produtos, a meta era fabricar eles aqui com tecnologia própria, sem parceiro algum, e para isso, iria que ter uma ajuda (leia-se muitos dólares) do governo, coisa que infelizmente não ocorreu. Hoje sim ela necessitaria de parceiros, e não vejo problema nisso, pelo contrário. Como você mesmo disse, o Brasil está com a grana curta e parceiros seriam muito bem vindos. Só lembrando que, hoje, temos aqui técnicos de alto gabarito, mas que muitas vezes falta grana para dar prosseguimento nos projetos. Antes, nossos técnicos e engenheiros nada mais faziam do que mamar na teta do governo, então nada faziam. Hoje, é o contrário, mas falta a grana :x .

[]s
Ted Striker

Enviado: Qua Jul 14, 2004 1:14 pm
por Ted Striker
Alitson escreveu:Caro Ted Striker

Se eu fosse chefe do teu irmão e descobrisse que ele falou isto mesmo, e mandaria ele para a rua e por justa causa, que nem fez a Vasp com um piloto a poucos dias a tras que falou para os passageiros não voarem de Vasp:
"Caros senhores passageiros, não voem Vasp"
Será que agora ele tá empregado???
Qual a credibilidade que outra empresa daria a este???

E Caro Pimenta

Agora sim, vc não esta apenas criticando e sim dando uma saida ou uma solução. Agora sim, gostei!!!!

Valeu!!!!


Caro Alitson

Duvido e muito que o demitam.

Primeiro, lá ele limpou muita cagada de gerentes anteriores e conseguiu ajudar na precária estabilização da Avibrás. Tenho orgulho de dizer que ele é um dos raros profissionais que são procurados por outras empresas. No mais, não vou expor a pessoa do meu irmão aqui.

Segundo. Essa falácia do avmt-3000 e o defeituoso FOG é de conhecimento de todos que atuam no setor bélico brasileiro. Desde a CBC até a Embraer. O pessoal do setor bélico é muito informado sobre os produtos dos outros e as falhas do FOG e a inexistência do mt3000 é de conhecimento de TODOS. Assim ele nada mais falou do que o óbvio, o que todos sabiam.

Não sei a sua idade e não estou te discrimando. No anos 80 a Avibrás fez uso enganativos de informação. Ela sempre comprou matérias nos Jornais Folha de SP, e o Estado de SP. Muitos jornalistas falavam das maravilhas da Avibrás quando na verdade muitos se quer existiam, como foi o Barracuda. Mas os jornais comprados colocavam como o míssil anti navio dos mais avançados do mundo. Tudo isso fruto de matérias compradas pela Avibrás. Se bem que a história do Barracuda é uma outra mais ridícula ainda.

E só para descontrair, esse piloto tem razão, VASP é uma droga mesmo :D .

[]s
Ted Striker

Enviado: Qua Jul 14, 2004 1:31 pm
por FinkenHeinle
Fox escreveu:Então porque o governo (subtenda como FA’s) injeta atualmente uma certa quantia (pequena, mais injeta!) em empresas como a Mectron e Emgepron, por exemplo, e não injeta na Avibrás (ou pelo menos, não na mesma proporção que injeta nas empresa já citadas)? Será que a Avibrás e o patinho feio da turma? Ou será porque a Mectron e Emgepron, não inventam maravilhosos engenhos como o Barracuda e Matador?

Também sou da opinião que o governo deveria injetar uma determinada quantia para que essas empresas pudessem desenvolver os seus próprios projetos, mais isso de forma racional, e com a participação direta da FA’s, é caso esse projeto preencherem os requisito básicos preestabelecido, a FA’s deveriam adquiri-lo em quantidade satisfatória.

O problema da Avibrás ao meu ver, e que essa empresa quer começar pelo alto, projetando vetores fora da nossa realidade tecnológica. Pelo menos e o que transparece com os boatos (ou propaganda, se preferir!) da construção do Matador, Barracuda, FOG-MPM, etc! O Brasil demorou mais de vinte anos, para terminar o projeto do MAA-1, e de um dia para outro, a Avibrás desenvolve mísseis top de linha, em diversos alcances e sistemas de guiagem. Ai eu me pergunto, qual e a mágica? Veja o exemplo da Mectron (juntamente com o CTA), todos os conhecimentos aprendidos com o MAA-1, estão sendo utilizados agora nos projeto do MAR-1 e MSS-1, em que sabe, poderá não será o começo do desenvolvimento de mais alguns outros mísseis nacionais. Agora imagine o seguinte, o Brasil deseja a construção de um míssil ar-ar, e uma empresa nacional cogita logo a construção de um míssil BVR. Pô não seria lógico primeiro a construção de um míssil WVR? Mas não a empresa e competente é vai projetar logo um BVR!

Na minha opinião a Avibrás até que está trilhando por um caminho correto, com esse armamentos e equipamento já descritos nesse tópico, porem não devemos esquecer que ela não fez tudo isso sozinha, pois a FAB (com o CTA) e o EB (esqueci agora o nome do departamento) trabalharam junto nesses projetos. Então não venha com essa que a Mectron, Embraer, Emgepron, e etc são ajudadas pelo governo e FA’s, e a Avibrás não é!

A Avibrás quer desenvolve algo muito útil para nos FA’s, pois comece, por exemplo, com um projeto de Kit nacional para equipar a nossa bomba convencional, ou seja por projetos mais simples (sem comparado por exemplo ao Matador). Mas por favor, não vamos pensar logo em construir um kit com guiagem a laser, GPS ou algo do tipo! Vamos começar por baixo, primeiro construindo kit com guiagem IR, e os conhecimentos apreendidos, serão úteis na construção de outros kits.

A Avibrás já não possui o EDT-FILA, então porque ela não começa um projeto de evolução desse sistema, podendo que sabe ser integrado com alguns mísseis internacionais? Imagine a Avibrás construindo um lançador que juntamente com o EDT-FILA pudesse lançar mísseis como o Aspide 2000, por exemplo, ou até mesmo quem sabe um míssil nacional!

Agora se quiser começar com míssil tipo o Apache, Tomahawk, Polyphem etc, tudo bem, mais vai correr o risco de ser projeto ruim, por conseqüência não conseguirá venda, podendo causar até o fechamento da empresa!

Pode ser que a Avibrás nem seja a culpada por essa divulgação incorreta de seus possíveis produtos (Matador, FOG- MPM, etc), talvez seja uma parte da impressa que não serve para nada, quer dizer, que serve para falar bobagem! Mas um site, poderia esclarecer algum boatos, e até mesmo o rumo de alguns projeto.

Bom, é isso ai.....................................................................

Fox :wink:


Olá Fox,


Concordo com parte do que você disse.

Apesar disso, tenho algumas colocações.

Como já falei, o gov. não deve apenas agir como financiador do setor, mas também como catalizador de algumas mudanças que são necessárias ao setor, bem como de organizar o setor.

Relativo à Emgepron, ela é uma empresa estatal. Me corrijam se eu estiver errado! Já quanto à Mectron, ela demonstrou grande capacidade gerencial e técnica, aprendendo da forma como tu colocaste. Mas, o Barracuda nunca foi um projeto de verdade. Ele foi ventilado pela imprensa, patrocinado por Engesa e Avibrás, para impedir a compra/produção do Gabriel III, que poderia prejudicar as vendas de material bélico para o Oriente. Ele nunca foi levado à sério pela Avibrás.

A questão é que a Avibrás tenta se colocar como produtora de armamentos, mas ela carece de duas coisas: capacidade gerencial, e apoio do gov. E, quando digo apoio, não digo financiamento. Longe disso. Mas o gov. deveria apoiar a Avibrás, assim como outras empresas, no sentido de poderem planejar melhor as suas ações.

Quanto à ajuda do gov. à Avibrás, eu discordo. O Astros II surgiu, sim, da série Sonda, mas isso já fazem uns 30 anos!!! De lá para cá, o que o governo fez para apoiar a Avibrás? Saliento que não me refiro à questões financeiras!!!

A Avibrás quer desenvolve algo muito útil para nos FA’s, pois comece, por exemplo, com um projeto de Kit nacional para equipar a nossa bomba convencional, ou seja por projetos mais simples (sem comparado por exemplo ao Matador).

Alguma vez o gov. sinalizou que pretende comprar um kit desses??? Como você mesmo disse, a Avibrás quer fazer tudo sozinha. Tenho certeza que, se o governo buscasse a Avibrás para produzir esse kit (IR, como você disse), ela mostraria grande competência!!! Mas o governo buscou a Avibrás? Não! Aí, se a Avibrás se aventura à projetar um kit desses e o gov. simplesmente não se interessa, a Avibrás engole o prejuízo, fica com má fama, e talvez com um produto de segunda linha, pois não teve o suporte tecnológico do gov.!!! É isso que ocorre com a maioria dos seus projetos!!!

A Avibrás já não possui o EDT-FILA, então porque ela não começa um projeto de evolução desse sistema, podendo que sabe ser integrado com alguns mísseis internacionais? Imagine a Avibrás construindo um lançador que juntamente com o EDT-FILA pudesse lançar mísseis como o Aspide 2000, por exemplo, ou até mesmo quem sabe um míssil nacional!

Como eu e você mesmo disse, ela precisaria de suporte tecnológico do gov. mais até do que suporte financeiro! Imagine você que ela se aventurasse à projetar tal sistema! Sem o apoio do gov. ele seria de qualidade duvidosa, e não teria cliente!!!

Quanto ao AV/MT-300, concordo que ele é um equipamento complexo demais para um primeiro projeto!!! Mas, quanto ao FOG-MPM, ele não é nada de mais, e poderia ter suporte do governo!!

Concordo quanto ao site!!!

Enviado: Qua Jul 14, 2004 1:33 pm
por FinkenHeinle
ZeRo4 escreveu:No Sistema de Armas, tem a foto de um A-4 Skyhawk Britânico equipado com um Harpoon, alguém sabe se depois de uma modernização seria possível equipá-lo com AM-39 Exocet ?!


Na verdade, é um SkyHawk americano mesmo.

Quanto ao Exocet, creio que ele não caberia, pois é cerca de 1 metro mais comprido, e uns 150 Kg mais pesado!!!

Mas, não seria nada mal comprar um lote de Harpoons para o P-3Br e para os A-4Br, não!!!

Enviado: Qua Jul 14, 2004 4:25 pm
por SUNDAO
OLA SRs

É bastante claro notar que a AVIBRAS não é um sucesso.

Não dá contudo para pensar que isto é culpa única e exclusiva do mau gerenciamento.

Não dá para dizer que uma Empresa, especialmente na área de alta tecnologia. ou se quiserem de capital intelectual intensivo pode sobreviver sem o apoio governamental, principalmente na área de armamentos.

Se formos analisar com cuidado veremos que a estrutura para o financiamento de projetos de pesquisa em armamentos do Brasil é quase uma piada !

A maioria das empresas que fazem sucesso hoje tiveram um aporte tecnológico direta ou indiretamente de organizações como o CTA.

A análise dos modelos para criação de novos produtos de Defesa deveria se desenvolver a partir de investimentos de pesquisa em empresas particulares ou mesmo se quiserem dentro de centros de pesquisa mas por pessoal ligado diretamente as empresas ( o ideal é se o CTA utilizasse alguns laboratórios de empresas particulares).

O que ocorre no meu entender é que o Estado brasileiro oferece um projeto de pesquisa desenvolvido depois de uma longa gestação ( por falta crônica de verbas ) a empresas que se predispõe a desenvolver e fabricar os equipamentos.

De maneira absurda o governo não compra os produtos que ele mesmo investiu para desenvolver, ou seja, ele desenvolve o projeto e diz para o empresário - toma, se vira agora para vender no mercado internacional porque não temos dinheiro aqui para comprar. Materia de Defesa é um produto secundário na atual conjuntura que vivemos !

É facil ver que tem muita coisa errada principalmente porque é dificil alguém comprar Material Bélico dum país que nem mesmo adota tal euipamento. Só mesmo os árabes as voltas com tantos embargos e restrições mesmo de política internas se habilitam.

Quanto ao fato da AVIBRAS se associara outras empresas é simplesmente uma postura meio dificil de acontecer no mercado de produção de equipamentos de Defesa. Tais asssociações só ocorrem quando existe uma possibilidade mais do que real para a compra de equipamentos, o que não aconteceria aqui no Brasil.

Aliás quem se associasse a AVIBRAS o faria com o objetivo de desnacionaliza-la. Neste mercado se compram mais do empresas , compram-se mercados. Lembrem-se dos sistemas do F5-BR e a valorosa ajuda das cias israelenses.

Finalmente não excluindo os questionamentos possíveis, não dá para criticar uma empresa que desenvolve projetos - o que é uma raridade por aqui - como as já citados sem aporte de recursos, não se faz tecnologia com capital intelectual apenas e sim com um somatório de recursos. Ademais este recursos devem ser utilizados/liberados na velocidade de evolução do projeto e não quando der !!!!

Por fim, cabe salientar que pelo simples fato de existir/resistir por tanto tempo denota sim uma atitude empreendedora, uma capacidade de sobrevivência, a criação de uma marca.

Esta situação já tem em si um grande valor, ou vocês acham que algum novo empresário nacional investiria numa área tão desprestigiada no país como esta.

A credibilidade de uma empresa fica sacrificada se neste setor ela tiver sido criada anteontem especialmete - mesmo se ela fosse a MAFIA.

Quanto aos rebates falsos, projetos incabados ou inexistentes mesmo. Estes expedientes fazem parte desta guerrilha que estas empresas devem ( ou são obrigadas ) fazer. Não é o mais louvavél, mas é o que se faz desde muito tempo e não é só aqui no Brasil. As revistas da área agradecem penhoradamente e ficam felizes pelas matérias !

Sundao

Enviado: Qua Jul 14, 2004 4:46 pm
por SUNDAO
Ola Srs.

Gostaria de me desculpar pelo fato de meu comentario desvirtuar completamente o objetivo do tópico. Estarei colocando o comentário em um tópico específico na parte de assuntos gerais. Convido os interessados ( SE É QUE POSSO FAZE-LO ) a fazer os mesmo.

SUNDAO

Enviado: Qua Jul 14, 2004 8:01 pm
por Fox
Blz André,

Como já falei, o gov. não deve apenas agir como financiador do setor, mas também como catalizador de algumas mudanças que são necessárias ao setor, bem como de organizar o setor.


Mas só organizar não basta, se não injeta uma determinar quantia! E outra, não entenda injetar como dar dinheiro é sim abrir linhas de créditos, incentivando assim a produção do setor. Com isso as nossas empresas poderiam planejar seus projetos de forma mais adequada. Ou você acha que só organização vai adiantar alguma coisa? Tái um exemplo, a MB (somada a Emgepron), é super organizada, e está numa pindaíba danada! Porque? Simples, falta de dinheiro!

Relativo à Emgepron, ela é uma empresa estatal. Me corrijam se eu estiver errado!


Sobre a Emgepron, até hoje eu não sei qual e a jogada dessa empresa com a MB, só sei uma coisa, não é igual como era a Embraer antigamente. Leia esse trecho retirado do Informar, e também do site da Emgepron, veja se entendeu alguma coisa, porque eu não entendo muito bem disso, até porque área admistrativa, jurídica, etc não e a minha praia!

Informar

“Criada em 09 de julho de 1982, a Empresa Gerenciadora de Projetos Navais - EMGEPRON é um Empresa Pública vinculada à Marinha do Brasil, tem personalidade jurídica de direito privado, sua sede localiza-se dentro do AMRJ. “

Emgepron

“A Empresa Gerencial de Projetos Navais - EMGEPRON, é uma empresa pública de direito privado, criada em 09/06/1982, vinculada ao Ministério da Defesa, através do Comando da Marinha do Brasil.”

O que seria então, “Empresa Pública vinculada à Marinha do Brasil, tem personalidade jurídica de direito privado”?

Já quanto à Mectron, ela demonstrou grande capacidade gerencial e técnica, aprendendo da forma como tu colocaste. Mas, o Barracuda nunca foi um projeto de verdade. Ele foi ventilado pela imprensa, patrocinado por Engesa e Avibrás, para impedir a compra/produção do Gabriel III, que poderia prejudicar as vendas de material bélico para o Oriente. Ele nunca foi levado à sério pela Avibrás.


E o AV/MT-300 foi um projeto? Até agora, as notícias que temos, e um simples lançamento de um foguete SS-60, fantasiado de míssil de cruzeiro! Eu entendo como projeto, as fases de testes, passando pelos modelos, chegando aos protótipos. Agora, teste é teste! Se a Mectron realizasse um disparo de um MAA-1 em um lançador de solo, alguém falaria que era um projeto! O que temos que entender, e que para nascer o projeto, é preciso fazer alguns testes, agora não vamos confundir testes com projetos! Agora, o Barracuda talvez nem teste tenha feito, porem é aquilo que eu sempre digo, qualquer coisa, qualquer projeto, ou sei lá o que, tem que começar por baixo! Quer começar pelo alto, é isso que dá!

A questão é que a Avibrás tenta se colocar como produtora de armamentos, mas ela carece de duas coisas: capacidade gerencial, e apoio do gov. E, quando digo apoio, não digo financiamento. Longe disso. Mas o gov. deveria apoiar a Avibrás, assim como outras empresas, no sentido de poderem planejar melhor as suas ações.


Mais por trás do apoio tem credito, incentivo, etc, que é igual a dinheiro! Ou que tipo de apoio você acha que o governo tem que dar? Apoio moral!

Quanto à ajuda do gov. à Avibrás, eu discordo. O Astros II surgiu, sim, da série Sonda, mas isso já fazem uns 30 anos!!! De lá para cá, o que o governo fez para apoiar a Avibrás? Saliento que não me refiro à questões financeiras!!!


Alguém citou o Astros II? Pois eu não citei! Agora a Avibrás projetou e desenvolveu sozinha as bombas convencionais (BFA-920, BLG-120, BFA230, BLG-252, etc, etc, etc), o Foguete SBAT-70 e sua versão terrestre (os lançadores, etc), o EDT-Fila, etc? Daquela lista que o Alitson colocou aqui nesse tópico, somente o sistema Astros, o AV-VBL e o FOG-MP, foram desenvolvidos sem a ajuda, seja do EB (esqueci o nome) ou da FAB (CTA). Putz, esquecido do AV/MT-300, mas esse nem passou da fase de teste mesmo!

Por coincidência, olha o que está escrito na BAPI, fabricada pela Avibrás:

Imagem
BAPI
CTA

Alguma vez o gov. sinalizou que pretende comprar um kit desses??? Como você mesmo disse, a Avibrás quer fazer tudo sozinha. Tenho certeza que, se o governo buscasse a Avibrás para produzir esse kit (IR, como você disse), ela mostraria grande competência!!! Mas o governo buscou a Avibrás? Não! Aí, se a Avibrás se aventura à projetar um kit desses e o gov. simplesmente não se interessa, a Avibrás engole o prejuízo, fica com má fama, e talvez com um produto de segunda linha, pois não teve o suporte tecnológico do gov.!!! É isso que ocorre com a maioria dos seus projetos!!!


Como eu e você mesmo disse, ela precisaria de suporte tecnológico do gov. mais até do que suporte financeiro! Imagine você que ela se aventurasse à projetar tal sistema! Sem o apoio do gov. ele seria de qualidade duvidosa, e não teria cliente!!!


Não! Você não entendeu! Se a Avibras quer partir para um projeto independente, então projete vetores dentro da nossa realidade tecnológica, pois são mais baratos de projetar, construir e adquirir!

Na verdade, qualquer empresa brasileira do ramo de defesa que quiser partir para projetos independentes, vai dar tiro no pé, pois o caminho não e esse! O caminho e o inverso, os projetos saem dos institutos ligados as FA’s (CTA, por exemplo), e posteriormente são mandados para as empresa que possam dar prosseguimento. Isso aconteceu com o MAA-1, MSS-1, MAR-1, as bombas, foguetes, etc, etc! Uns dos orgulhos da industria bélica brasileira, o Cascavel, nasceu na Engesa? Não, nasceu no EB (PqRMM/2: Parque Regional de Motomecanização da 2ª Região Militar)! Evidentemente que a Engesa teve grande mérito no projeto e desenvolvimento do Cascavel, porem inicialmente o projeto nasceu no EB. Agora, está errado? Não está certo, porque o objetivo primário da industria de defesa e atender as exigências das forças armadas de seu país! Qualquer coisa além disso e secundário! Exatamente ai que entra o governo, possibilitando orçamento para pesquisas, projetos, desenvolvimento, e por ultimo, orçamento para aquisição desses vetores. Agora pelo que entendi, o Matadar foi projetado (isso se realmente foi!) de fora para “dentro”! Então nesses casos, se o projeto não der certo, a empresa tem que arcar sozinha com o fracasso!

Quanto ao AV/MT-300, concordo que ele é um equipamento complexo demais para um primeiro projeto!!! Mas, quanto ao FOG-MPM, ele não é nada de mais, e poderia ter suporte do governo!!


Ele é nada de mais, se comparado a um míssil de cruzeiro, porem ao meu ver ainda e um projeto um tanto quanto complexo! Isso não que dizer que o Brasil (incentivo do governo e com a participação das FA’s) não poderia desenvolve-lo! Porem e aquilo, o projeto deveria ser um requisito das FA’s, ou até mesmo, sair dos centros de pesquisa das FA’s.

Agora cá entre nós, se o FOG-MPM for esse ai das fotos divulgadas em alguns site, ele não é nenhuma maravilha! Aliás, o Alfredo já mencionou aqui nesse fórum alguma das deficiências desse sistema! Uma coisa e incentivar o projeto, outra coisa e fechar os olhos e dizer que ele é uma maravilha! O EDT-Fila, por exemplo, e uma maravilha de vetor? Lógico que não, pois ela ainda e um sistema bem inferior se compararmos com alguns que estão no mercado, porem esse sistema e o avanço da industria brasileira, então seu projeto e desenvolvimento e valido! O sistema sueco (utilizado pela MB), por exemplo, e bem mais moderno que o EDT-Fila! Esse sistema está integrado com RBS 23 BAMSE (que se não me engano André, e o seu sistema preferido)! E o EDT-Fila pode ser integrado a esse sistema? Aliás, o EDT-Fila, se não me engano, também nasceu no EB! Então cabe a Avibrás com o auxilio governamental ($$$) e das FA’s evoluir esse sistema!

Só uma pequena observação: Eu não estou criticando diretamente a Avibrás, estou sim criticando essas notícias publicadas na imprensa sobre a construção de AV/MT-300 e companhia limitada! Chegaram até dizer a pouco tempo que a Avibrás estaria desenvolvendo um kit de guiagem para equipar as nossas bombas convencionais, e pior, se não me engano foi citado que o desenvolvimento estava em fase final! Sinceramente acredito que a Avibrás e uma vitima de uma impressa mal intencionada (espero não estar errado!)! Os vetores que a Avibrás fabrica hoje, ao meu ver são bastante interessante para nossas FA’s e estão dentro da nossa realidade tecnológica, porem acabam sendo encobertos por essa noticia incorretas! Sinceramente, sou a favor de qualquer tipo de teste (assim como foi feito com o “AV/MT-300”!), porem repito, uma coisa e testar e outra e projetar! Mas também sou da opinião que projetar um vetor hoje desse tipo, e dar um salto maior que a perna! É pior não e isso, o vetor nem existe, e tudo mundo sabe o peso, dimensões, alcance, preço unitário, versões, etc, etc, etc. A foto da criança que bom, tudo mundo só conhece uma! Os Israelenses estão projetando um vetor semelhante, mais já existe maquete, esboço e se duvidar até fotos de modelos ou quem sabe, de protótipo, coisa que não acontece com a “versão brasileira”.

Ufa, acho que agora quem falou demais fui eu! :oops:

Até mais................................................................................

Fox :wink:

Aviões de Caça usados

Enviado: Qui Jul 15, 2004 1:40 am
por edson.jesus
E ai pessoal !

Caro Fox.

Obrigado pelo esclarecimento.

Complementando o que eu já havia comentado, se for este avião usado escolhido, a Embraer e o governo deveriam usar "toda a sua influência" para adquirir da Força Aérea Francesa aviões usados M2000 a um baixo custo.

Já que o Fox complementou que são os Mirage F1 os primeiros a serem substituido, melhor ainda para o nosso atual governo, já que o Lula quer economizar. Nem sei qual a especialidade deste avião.
Quem sabe a França não fica com pena do Brasil e faz uma " DOAÇÃO" de 24 caças F1. Se não me engano em 2002/2003 a Espanha doou 12 caças F1 para a Colombia.
Seria um gesto de boa vontade para no futuro, logicamente estar atrelada a França vencer a concorrência. São apenas suposições.

Observação:
Não tenho nada contra a Embraer, pelo contrário, sou profundo admirador da mesma, más acho que quando ela se associou com a Dassault no Consórcio Mirage2000, ela literalmente tirou o poder de manobra do governo. As declarações da empresa é que ela "só" aceitaria participar do programa fx se o consórcio que ela faz parte fosse o vencedor. O que limita muito a ação do governo. Ela forçou a barra querendo beneficiar o seu grupo.
Deveria deixar o governo escolher o avião e ai sim, participar do projeto para o pais. Qualquer um dos 5 concorrentes aceitaria a Embraer como parceira.
O Mirage 2000 já perdeu a concorrencia 2 vezes, 1º no periodo FHC para o Gripen e 2º agora para o Sukhoy ou para o Gripen novamente.
O governo para não prejudica-la vai comprar caças usados e futuramente voltar a opção do consórcio da Embraer.
O governo tem medo de tomar decisão. Se beneficia-la poderá pagar bem mais caro (dinheiro público) por um produto que logo chegará no limite de desenvolvimento. Se optar pelas outras 2 propostas que são excelentes, a Embraer vai dizer que não poderá participar.
Muitos no governo, na política e inclusive altos cargos militares torcem por ela para poderem ganhar a sua comissão :oops: .

Vamos esperar para ver.

Ei pessoal, os comentários da Avibrás estavam excelente, quase 2 folhas, pena que no tópico errado. Brincadeirinha !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Um Abraço.

Edson de Jesus[/quote]

Enviado: Qui Jul 15, 2004 1:05 pm
por Carlos Mathias
Em nenhum post meu defendi a indústria estrangeira em detrimento da nacional, defendo sim a associação com um país/países que nos permitam queimar etapas no desenvolvimento de armas modernas e não apenas comprar as mesmas prontas ou usar telas LCD e coisas do gênero que na verdade não são o filé, pois se não temos conhecimento do núcleo das mesmas, talvez quando chegar a hora de usá-las teríamos a ingrata surpreza de vê-las jameadas e travadas, como os argentinos tiveram seus exocet jameados nas Malvinas após uma solicitação dos ingleses à França pelos segredos desses mísseis, ou ter o fornecimento de peças cortado sempre que nosso patrão discordar de algume política. E por favor não me perguntem a fonte por que eu já procurei, li e agora escrevi, como não sou mentiroso...
A EMFRAER deu uma bola na costas da FAB ao associar-se à Dassault sem o conhecimento da mesma, complicando algo que não deveria ser complicado já que qualquer que fosse o caça ganhador a sua participação seria garantida, mas o olho cresceu e aí chegamos a essa situação.
O piloto da VASP fez o que sua consciência diz ser o correto quando se trata da vida de mais de cem pessoas e mostrou coragem e compromisso com a maneira correta de fazer aviação. Onde estão os orgãos de fiscalização reponsáveis por coibir o estado atual da aviação civil brasileira? Hoje se premia quem anda errado em termos de segurança e regulamentação aeronáutica como nunca se viu no país, mas vende passagem baratinho, como se avião fosse ônibus que quando quebra encosta e pede reboque. Em aviação não existe amadorismo nem improviso.
A VASP hoje não tem tripulantes com mais de 10 anos de carreira, todos os mais antigos foram demitidos para que se contrata-se pessoal mais "barato" e sem estabilidade. A companhia melhorou? Não, só piorou e chegou ao ponto de um piloto arriscar seu emprego para alertar as pessoas sobre o risco de voar nesses aviões.
Temos de ter muito cudado com a nova administração nas empresas, que corta custos apenas e apenas nos postos de trabalho, mantendo um perigoso estado de coisas que custa ou custará muitas vidas, por que como disse, não se encosta o avião e chama-se o reboque, nem se improvisa treinamento de tripulantes. Será que é essa a aviação que nós queremos? Será que demitir o piloto é a solução? Demitir pilotos de Xavante e pessoal de manutenção vai evitar que os mesmos caiam?
Hoje vivemos um estado de coisas no Brasil em que o errado é o certo, onde quem anda na lei é sempre penalizado. Quem paga em dia não tem as "anistias" dos sonegadores nem o desconto em suas dívidas. Desarma-se a população e aqueles que compraram sua arma numa loja, fornecendo um calhamaço de documentos , mas a marginália continua preferindo as modernas pistolas cal..40 e fuzis 7,62. Isso mesmo, 5,56 não serve mais para eles, é mutio fraquinho, .380 e .38 nem pensar.
Então vamos desarmar quem tem arma registrada, é a solução. Acontecem crimes com armas registradas assim como com carros, motos, facas, porretes, giletes, cacos de vidro e uma infinidade de tipos de armas. Que tal combater os grandes traficantes de drogas e armas? Será que isso incomodaria alguém no planalto central? Por que a CPI do narcotráfico parou quando chegou em Brasília? Por que a solução é desarmar a população, demite-se o piloto.